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Meu filho foi diagnosticado com catarata. E agora?

A maioria das pessoas acredita ser a catarata uma doença tipicamente de idosos. Contudo, a catarata infantil é real e uma das maiores causadoras de cegueira em crianças evitável

Quando pensamos na saúde dos nossos bebês, é normal nos preocuparmos um pouco mais com doenças que sabemos serem detectáveis por exames logo que o bebê nasce. Entretanto, nem sempre é possível realizar o teste do olhinho. Seja por falta de informação ou de estrutura disponível. Este teste, que já é obrigatório no Brasil há alguns anos, tem a mesma função de outro exame amplamente conhecido: o teste do pezinho. Ambos os testes têm como objetivo diagnosticar doenças no recém-nascido, sejam elas presentes ou mesmo condições congênitas que nem sequer se manifestaram ainda. 

A boa notícia é que a catarata infantil, também conhecida como catarata congênita, é totalmente tratável. Por congênita deve-se entender como algo transmitido pelos genes da família ao bebê já no nascimento. Por isso mesmo, ela é perfeitamente detectável com o teste do olhinho ou o teste digital do olhinho – este último com uma capacidade de diagnóstico até 10 vezes maior. 

Sem o tratamento, a criança poderá desenvolver a síndrome do “olho preguiçoso”, ambliopia, nistagmo e até levar a perda da visão. 

Mas, antes de falarmos no tratamento, vamos conhecer melhor o que é a doença.

Causas da catarata infantil, sintomas e características

As causas podem variar entre a própria hereditariedade (os pais têm) ou mesmo doenças do organismo que passam de geração em geração, como rubéola e toxoplasmose.

Assim como a catarata comum de idosos, que causa mais de 50% dos casos de cegueira no mundo, segundo a OMS, a catarata infantil ou congênita é uma doença que afeta o cristalino do olho, nossa lente natural, causando sua opacificação.

Os sintomas já podem aparecer logo na primeira semana de vida do bebê. O principal deles é a pupila esbranquiçada (o que indica opacificação). Podem surgir como pontos azuis nos olhos e costumam ser bastante distinguíveis.

A catarata costuma acometer ambos os olhos, embora possa acontecer de ocorrerem um só.

Existem vários tipos de catarata congênita, nem todos exigem intervenção cirúrgica.

Os tipos de catarata congênita são:

– Catarata polar interior: Catarata na parte frontal dos olhos;

– Catarata nuclear: Catarata na parte frontal dos olhos;

– Catarata polar posterior: Na parte posterior do cristalino;

– Catarata cerúlea: Nos dois olhos da criança;

Tratamento e cirurgia de catarata infantil

Diferente da catarata em adultos, que é uma doença muito comum, cujo tratamento se encontra bastante difundido, a infantil requer um cuidado especializado. O primeiro passo em caso de dúvida, é a consulta com o oftalmologista e a realização do teste do olhinho. Quanto mais precoce, mais eficaz o tratamento. Portanto procure o médico logo nos primeiros meses de vida do bebê e opte pelo teste digital do olhinho, se puder.

Tendo diagnóstico positivo, o primeiro passo é buscar um médico oftalmologista especialista no assunto. Isso é fundamental porque nesta fase o globo ocular está crescendo, ou seja, o foco ainda está se definindo e pode existir ainda outras condições e erros refrativos a se corrigirem, para cada situação haverá necessidade de um tipo de tratamento. 

Na maioria dos casos será necessária a remoção do cristalino. O procedimento é simples e feito com uma anestesia local. A recuperação é rápida e com base em uso de colírios para evitar infecções. Os equipamentos empregados são de alta-tecnologia, o que torna o procedimento pouco invasivo. Costuma-se dar um intervalo de 1 mês entre a operação de cada olho.

Uma vez realizada a cirurgia, a visão do bebê é recuperada, porém ainda assim é indicado que a criança mantenha um acompanhamento médico para garantir um desenvolvimento saudável da visão. Recomenda-se que os pais se informem sobre o teste do olhinho antes do nascimento da criança.

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Conheça os tipos de lentes intraoculares indicadas para casos de catarata

A catarata é uma doença indolor que afeta o cristalino do olho, causando a perda progressiva da visão. O tratamento é geralmente realizado através do implante de lente intraocular para catarata, que substitui o cristalino afetado.

A causa mais comum da catarata é a danificação natural do cristalino que acontece com o tempo, sendo mais observada em pessoas a partir de 65 anos. Porém, ela também pode ocorrer quando o cristalino é lesionado de alguma maneira – como em acidentes ou pancadas – ou decorrente de outras doenças, como diabetes, hipertireoidismo, glaucoma ou miopia patológica. A catarata congênita é o caso de crianças que nascem com a condição. Todos esses casos são tratados com o implante de lente intraocular para catarata.


Existem vários tipos de lentes que podem ser implantadas no paciente. Neste post iremos falar um pouco sobre a cirurgia para catarata e explicar quais são os tipos de lente disponíveis no mercado para o tratamento da doença.

Como é feita a cirurgia de implante de lente intraocular para catarata?

A cirurgia para catarata é um processo rápido, simples, indolor e perfeitamente seguro.

Usando um laser de precisão, o cirurgião faz um corte de no máximo 2 milímetros no centro da córnea (tecido que reveste o olho). Em seguida é usado um aparelho chamado facoemulsificador que emite pulsos vibratórios curtos. Esses pulsos quebram o cristalino afetado do paciente, que depois são retirados do olhos através de um mini aspirador.

Terminado este processo, é feito o implante da lente intraocular para catarata pelo mesmo corte em que o cristalino foi retirado. Este corte se regenera sozinho dentro de poucos dias.

O procedimento leva entre 10 a 20 minutos para ser finalizado e é totalmente indolor com anestesia local aplicada. Após a realização do mesmo, o paciente deve ficar em observação por algumas horas para assegurar que não ocorra nenhuma complicação. Ao fim deste período o paciente já é liberado para voltar para casa.

O pós-operatório da cirurgia para catarata também é relativamente simples: O paciente deve evitar apenas grandes esforços físicos e levantar pesos maiores que 5 quilos por duas semanas. Deve-se evitar nadar em piscinas, rios, praias ou frequentar saunas por um mês. Atividades como ler, assistir TV, usar o computador ou o celular podem ser retomadas no mesmo dia.

É normal que a visão do paciente fique turva após o procedimento, sintoma este que deve desaparecer sozinho depois de 5 dias.

Quais são os tipos de lente intraocular para catarata?

Existem alguns tipos diferentes de lentes intraoculares com características distintas. Cada tipo é mais indicado para certos casos, incluindo lentes que são capazes de corrigir problemas adicionais de visão, como a miopia.

Veja a seguir quais são e para que servem cada um destes tipos de lente intraocular para catarata.

Lente intraocular monofocal não-tórica

Essas são as lentes indicadas para pacientes com baixo grau de astigmatismo (menor que 1). Essas lentes, além da catarata, também corrigem baixos graus de miopia ou até 6 graus de hipermetropia.

Após o implante desta lente, pode ser que o paciente ainda precise usar óculos de perto.

Lente intraocular monofocal tórica

Estas são indicadas para pacientes que possuem graus médios ou altos de astigmatismo. As lentes intraoculares monofocais tóricas contam com curvaturas calculadas para corrigir o astigmatismo, diminuindo assim a necessidade do paciente usar óculos para enxergar à distância.

Mesmo corrigindo a visão a distâncias maiores, não é raro que o paciente ainda precise de óculos para enxergar de perto mesmo após os implantes.

Lente intraocular multifocal tórica

As lentes multifocais são as mais modernas do mercado, pois como o nome indica, possuem foco tanto para perto quanto para longe. Por isso elas são as mais indicadas para pacientes que, além da catarata, também desejam corrigir tanto a vista de perto quanto de longe.

Esta lente é recomendada apenas para pacientes acometidos com grau médio de astigmatismo. Em alguns casos, o paciente ainda pode precisar de óculos após a cirurgia.

Lente intraocular multifocal não-tórica

Assim como a outra modalidade de lente multifocal, esta também é capaz de corrigir a visão tanto para perto quanto para longe. A diferença é que a lente não-tórica é recomendada para pacientes com grau baixo de astigmatismo.

Também pode ser necessário o uso de óculos após o procedimento.

Lente intraocular multifocal acomodativa

Este tipo de lente intraocular para catarata busca emular o formato natural do cristalino. Em outras palavras, elas imitam o movimento de acomodação do cristalino, além de serem capazes de focar a visão tanto para perto quanto para longe.

Consulte o seu oftalmologista!

É importantíssimo que consulte um médico oftalmologista caso haja alguma suspeita de catarata. Apesar da doença ser indolor, e os sintomas se manifestarem logo no início, ela é uma condição progressiva que só piora com o tempo, podendo vir a causar a perda total da visão.

Segunda a OMS (Organização Mundial da Saúde), a catarata é a causadora de metade de todos os casos de cegueira no mundo todo (fonte), e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) constatou que 28,7% dos brasileiros acima dos 60 anos são acometidos pela doença (fonte).

Levando em conta que estes casos são perfeitamente tratáveis preveníveis, é de suma importância a consulta com um oftalmologista caso a pessoa tenha sintomas como visão turva/embaçada, visão duplicada, fotossensibilidade, halos em volta da luz, dificuldade de diferenciar tons de cores e mudanças muito frequentes nos graus dos óculos.

O implante de lente intraocular para catarata é seguro e pode salvar a sua visão.

É possível evitar a progressão do Ceratocone?

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Como tratar halos ao redor das luzes

O surgimento de halos ao redor das luzes e também o GLARE (espalhamento da luz) pode se dar devido a vários fatores, sendo o mais comum, em função de ametropias, ou seja, sintomas de erros refrativos como miopia, astigmatismo, hipermetropia etc.

Não obstante, o surgimento dos halos ou o GLARE, também podem ter origens em doenças mais graves, tais como catarata, glaucoma ou diabetes.

Pesquisas de especialistas em miopia apontam também a incidência desses fenômenos da visão como resultado de cirurgias à laser (PRK, LASIK etc). Isso se dá em função de que, geralmente, as técnicas mais comuns de cirurgia à laser removem ou alteram o material corneano. Embora estes sintomas tendam, em sua maioria, desaparecer dentro de alguns dias, existem casos em que o fenômeno persiste podendo indicar uma lesão permanente na córnea. 

O que é o Halo?

O halo ao redor das luzes pode ser traduzido como as auréolas que se formam no entorno de pontos de luz, tais como a luz de postes, faróis, lâmpadas etc. Esse fenômeno se dá em função de algum tipo de interferência ou alteração na passagem da luz pela córnea. 

Causas do Halo

As as causas para esse tipo de interferência são de várias naturezas, indo desde o próprio uso de lentes corretivas, de alguma doença que provoque erro refrativo (sintomas de miopia, astigmatismo etc), formato da córnea, turvação do cristalino etc.

Veja doenças que podem apresentar esse sintoma:

– Catarata:

– Distrfia de Fuchs;

– Miopia;

– Hipermetropia;

– Astigmatismo;

– Diabetes;

– Retinite pigmentosa;

– Glaucoma;

– Síndrome de dispersão do pigmento (PDS);

– Ceratocone;

– Fotoqueratite;

Se você está observando a aparição de halos ao redor das luzes, sem intercorrência com outros sintomas, tais como, visão turva, dor nos olhos, ponto cego, baixa visão noturna, manchas na visão, escurecimento da visão etc, não há muitos motivos para se preocupar, podendo ser apenas algo simples e natural. 

O oftalmologista Dr. Danilo Campos, em resposta ao site Doctoralia, afirma que “a percepção de halos noturnos é um sintoma comum em pacientes com astigmatismo mas que não estão utilizando correção visual (óculos por exemplo)”.

Contudo, se os sintomas citados persistem ou ainda outros apareçam, como alteração repentina da visão, isto deve ser um alerta para ser investigado rapidamente. 

Da mesma forma que há inúmeras causas possíveis para o surgimento dos halos, seu tratamento também irá variar de acordo com a causa primária, sendo em todo caso, recomendável um acompanhamento de profissional capacitado.

Cirurgias refrativas e o aparecimento de halos

Outra causa possível para o aparecimento de halos é o resultado de uma lesão na córnea ou até mesmo resultado de recuperação pós-operatória. Isso nos leva à questão das cirurgias refrativas.

Notadamente, as técnicas mais comuns de cirurgia refrativa, como PRK e LASIK, funcionam removendo ou modificando material corneano. Recentes estudos têm demonstrado que essas pequenas lesões podem levar ao surgimento de halos. O Dr. Christopher Starr, professor associado de oftalmologia na Weill Cornell Medicine/New York Presbyterian Hospital em Nova York, destaca este fato: “Embora esteja comprovado que o Lasik seja seguro e eficaz ao longo de décadas, um subconjunto pequeno, mas significativo de pacientes relatam efeitos pós-operatórios, incluindo brilho, halos e outros sintomas, bem como olhos secos” (confira a matéria com o Dr. aqui).

Lentes intra-oculares podem causar halos?

Uma das soluções mais sólidas da atualidade em termos de cirurgias para correção de miopia, especialmente para altos míopes que não são operáveis por cirurgia à laser, justamente por algum tipo de condição da córnea (como a córnea fina), tem sido os implantes de lentes intraoculares. 

Primeiro temos de entender que existem dois tipos de lentes, sendo as pseudofácicas e as fácicas, sendo as últimas, as lentes que não removem o cristalino do olho, tais como a EVO Visian ICL™. Estas lentes são implantadas através de uma pequena incisão (menor que a própria lente, já que ela é dobrável), atrás da íris. Por isso mesmo, não alteram nem removem nenhum material corneano.

No caso da EVO Visian ICL™ ainda temos a vantagem do material usado, sendo um material exclusivo,  feito à base de colágeno, por isso, biocompatível, não causando rejeição ou reações. 

A recuperação de um implante de lente intraocular é rápida, em torno de 24 horas.

Por essas e outras razões, é que o aparecimento de halos ao redor das luzes não é um sintoma relacionado com implantes de lentes intraoculares.

1 ano de EVO Visian ICL no Brasil

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Como traçar um perfil de risco eficaz para candidatos a correção de miopia com lente intraocular

As lentes intraoculares EVO Visian ICL têm sido, cada vez mais, a solução em termos de cirurgia de correção de miopia para portadores de alta miopia. Por se tratar de uma lente fácica, colocada entre o cristalino e a retina, permite independência completa dos óculos. Embora no mundo todo já tenham sido realizadas mais de 1 milhão de cirurgias, no Brasil, o mercado é ainda novo. Por esse motivo, alguns médicos e pacientes optam por outras cirurgias, muitas vezes mais invasivas e menos eficazes, por falta de conhecimento dessa tecnologia inovadora. 

Para os médicos, é importante traçar um perfil seguro para possíveis candidatos à cirurgia de correção de miopia com lentes implantáveis EVO Visian ICL e, para os pacientes, é importante que o médico informe-os sobre a opção quando lhe for aplicável. 

Para traçarmos este perfil, devemos considerar alguns aspectos importantes. Veja a seguir. 

Alta miopia é uma ametropia grave que afeta milhões

O primeiro fator a se considerar é o diagnóstico de alta miopia. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 10% dos míopes no Brasil são altos míopes. Ou seja, cerca de 7 milhões de pessoas

Aqui usamos o parâmetro do olho com miopia entre – 6D a – 18D.

Pacientes não operáveis com outras técnicas

Muitos portadores de alta miopia nem sempre são candidatos ideais a operações com outras técnicas, como laser ou implante com lente rígida. Para esses casos, a indicação, uma vez que precisa-se trabalhar com uma anatomia ocular modificada pela alta miopia, é o uso das lentes EVO Visian ICL. Elas costumam se adaptar muito bem aos olhos, já que são feitas de Collame, um material exclusivo e altamente biocompatível. 

Ou seja, se considerarmos uma espessura normal da córnea estando entre 470 micrómetros e os 550 micrómetros, abaixo disso já podemos considerar um paciente que, em geral, não será candidato à cirurgia com a técnica PRK. Se for um paciente alto míope, será um bom candidato às lentes EVO Visian ICL. 

Outro exemplo são pacientes com ceratocone. Em geral, nem a cirurgia PRK nem a técnica LASIK se aplicariam nestes casos, tornando este paciente um forte candidato à cirurgia para correção de miopia com as lentes intraoculares

Pacientes entre 21 e 60 anos: Idade ideal para cirurgia de correção

É sabido que a miopia tende a estabilizar até os 21 anos, por isso essa é a melhor idade para se iniciar a candidatura a uma cirurgia com EVO Visian ICL.  Pelo mesmo motivo não é indicado a cirurgia em menores de 21 anos. Aos 60, a presbiopia e a catarata ainda não terão surgido. Por isso, essa é a idade limite para a cirurgia refrativa das lentes intraoculares ICL.

Contudo, podemos também considerar os perfis de pacientes que estão sem alteração na prescrição de mais de 0,5 D em 1 ano e que não tenham ainda presbiopia, nem catarata. 

Com relação à presbiopia e a catarata, mesmo com o aparecimento provável já a partir dos 50 anos, devemos considerar o benefício incalculável para um alto míope até que estas condições apareçam. Até porque, as lentes intraoculares EVO Visian ICL são implantáveis e o procedimento, reversível. 

Leve liberdade a seus pacientes através das lentes intraoculares!

Os implantes com EVO Visian ICL requerem certificação. Certifique-se e ofereça o que há de mais avançado em tecnologia de cirurgia para correção de miopia nos dias atuais. Não deixe de oferecer a liberdade e uma vida livre de óculos a seus pacientes.

Busque em nossos canais onde se certificar.

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Além da genética, saiba quais são outros fatores que causam miopia

Em recente matéria, o jornal El País em sua coluna de Ciência, o especialista em miopia, Chris Hammond, afirma que existe uma epidemia de Miopia. Tudo indica que para que a Miopia, um erro refrativo, se torne uma epidemia, somente causas genéticas não explicariam.  

Particularmente, nos últimos dois anos, com a pandemia de coronavírus, estudos no Reino Unido, na China e também registros relatados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), demonstram aumento de até 100% de casos de miopia, bem como da progressão do grau da mesma em quem já tem a condição, aumentando incidência de alta miopia, quadro que pode levar a doenças mais graves e até perda da visão.

Há também, cada vez mais procura por cirurgia para corrigir miopia.

Segundo a OMS, são 59 milhões de míopes no Brasil e, no mundo, 2,6 bilhões. Há estimativas de que até 2050, os míopes sejam a metade do planeta. 

Não é só a genética

miopia ocorre quando há um crescimento maior do globo ocular ou mesmo uma curvatura maior da córnea, gerando um erro refrativo em que a imagem é formada antes da retina. Ela tende a se estabilizar de 18 a 21 anos.

O que já é consenso na ciência há um bom tempo, no entanto, é que, embora as causas genéticas sejam um fator preponderante no aparecimento de miopia, há outros fatores que podem levar ao seu aparecimento ou mesmo à progressão do grau. 

Vejamos alguns deles:

Pouca atividade ao ar-livre

Especialmente as crianças, mas também adultos, que têm pouca atividade ao ar livre têm mais propensão a desenvolver miopia ou aumentar o grau da mesma. Isso está relacionado com dois fatores. Um, de que, em geral, quando se fica muito em casa, seja para estudo ou trabalho, estamos mais tempo expostos ao esforço do campo visual imediato, ou seja, olhando por muito tempo seguido as coisas mais de perto. 

De acordo com estudos recentes, há relação com o desenvolvimento do alongamento do globo ocular, causando o surgimento do erro refrativo. 

Outro fator, porém, tem a ver com a luz do sol: Segundo estudos de uma universidade alemã, o sol produz neurotransmissores que desaceleram o alongamento do globo ocular, logo, quem tem pouca exposição à luz do sol, teria um aceleramento do mesmo.

O estudo de Freiburg, Alemanha, também calcula que há probabilidade até 5 vezes maior no aparecimento da miopia em pessoas com pouca exposição ao sol e até 16 vezes se, somado a isso, existir muito esforço do campo imediato (focar muito para perto).

Uso excessivo de aparelhos eletrônicos e telas

Como mencionado acima, o aumento de casos de miopia, chegando a ser considerado uma epidemia, já preocupava a OMS antes mesmo da pandemia de coronavírus. Isso porque a incidência de outras doenças mais graves são mais prováveis em míopes, mais ainda em altos míopes. 

Estudos indicam que este aumento vem na esteira do aumento do uso de telas, a ponto de já existir uma doença tipificada como Síndrome Visual do Computador (SVC). O mencionado estudo chinês, publicado no JAMA, conclui com estes dois cenários (pré e pós-pandemia), que há relação do aumento de casos com uso excessivo de telas.

Como medida de prevenção, o especialista em miopia, o Oftalmopediatra Rubens Amorim, em entrevista ao portal Meio Norte, indica a regra do 20-20-20. A cada 20 minutos focando um objeto de perto, fazer uma pausa de 20 segundos e olhar um objeto que esteja a cerca de 20 pés, ou seis metros.Outra dica importante é se consultar regularmente com oftalmologista, se indicado, optar pela cirurgia para corrigir a miopia, ou mesmo, o uso do óculos, evitando problemas maiores e até a perda da visão.

 

É possível evitar a progressão do Ceratocone?

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Diagnóstico de ambliopia em crianças

A ambliopia é uma das principais causas de perda de visão nas crianças. Também conhecida como olho preguiçoso, a doença ocorre quando as vias nervosas entre o cérebro e um dos olhos não é estimulada o suficiente, por qualquer motivo que seja. Esta é mais uma das várias condições que demonstram a  importância de um teste da visão infantil.

Hoje iremos falar sobre como um médico pode detectar esta disfunção através de um teste da visão infantil, assim como dar dicas sobre como orientar os pais sobre esta doença.

Qual o melhor teste da visão infantil para diagnosticar ambliopia?

Como o sistema visual do bebê ainda não está completamente desenvolvido ao nascer, as vias nervosas entre o cérebro e o olho precisam ser propriamente estimuladas para que se desenvolvam de maneira saudável.

O processo de desenvolvimento do sistema visual humano só se completa totalmente por volta dos oito anos de idade. Durante este período, é importante que o cérebro receba imagens nítidas, focalizadas, alinhadas e sobrepostas de ambos os olhos, para o bom desenvolvimento das vias nervosas. Caso o cérebro receba informações desiguais dos olhos, o mesmo aprende a suprimir – ou seja, ignorar – as imagens do olho com mais dificuldade. É neste cenário que ocorre a ambliopia, o que pode vir a causar a perda total de um dos olhos.

A ambliopia é geralmente causada por uma outra condição, que impede que um dos olhos mande imagens corretas para o cérebro. Estas condições podem ser erros refrativos (como miopia, hipermetropia ou astigmatismo), estrabismo ou obstruções da visão decorrentes da catarata congênita, do glaucoma ou até de uma formação anormal da pálpebra.

Dito isso, os melhores testes da visão infantil para detectar a ambliopia são exames que diagnostiquem estas condições citadas. O teste do olhinho é extremamente eficiente para isso, por ser um teste preventivo realizado em diferentes intervalos durante os primeiros anos de vida do bebê, e que é capaz de diagnosticar precocemente todas as disfunções citadas anteriormente.

A prevenção é a maior arma contra a ambliopia, pois quanto mais precocemente forem identificadas as condições que causam a doença, maior é a chance de prevenir ou corrigir os efeitos desta disfunção. Caso a ambliopia não seja detectada até os 8 anos de idade, a doença pode causar a perda permanente e irreversível da visão em dos olhos. Dito isso, é importante também a realização de exames oftalmológicos durante toda a infância da criança.

Quais são os tratamentos da ambliopia?

A ambliopia é tratada através da correção do problema que a causou. Uso de óculos, lentes de contato ou intraoculares no caso de erros refrativos, por exemplo. Métodos para forçar o cérebro a usar o olho com a visão mais precária, como tampões, também podem ser empregados.

Em caso de ambliopia decorrente de estrabismo, é necessário corrigir o desalinhamento dos olhos com uma cirurgia após a normalização da visão.

É importante que a causa da doença seja identificada através de um teste da visão infantil para saber qual o melhor tratamento a ser adotado.

Como orientar os pais sobre os sinais e sintomas da ambliopia

Sem a realização de um teste da visão infantil, a ambliopia pode não ser notada, pois é muito comum que as crianças não percebam por muito tempo que a visão de um dos seus olhos é mais precária do que no outro. Por isso, é importante que os pais fiquem atentos aos possíveis sinais que possam indicar isso. Cabe, então, ao médico orientar os pais sobre estes sintomas.

Recomende aos pais procurarem um oftalmologista caso notem um ou mais dos seguintes sintomas nos filhos:

  • Costume de apertar ou tampar um dos olhos para ler, escrever, ou realizar demais atividades que requeiram um uso mais preciso da visão.
  • Olhos que não se movem de maneira coordenada.
  • Dificuldades na escola
  • Sinais de erros refrativos, como aproximar ou distanciar objetos dos olhos para conseguir enxergá-los
  • Estrabismo (desalinhamento dos olhos)
  • Opacidade no cristalino dos olhos
  • Lacrimejamento excessivo
  • Coceira nos olhos
  • Olhos excessivamente avermelhados
  • Sensibilidade à luz
  • Olhos com aspecto azulado.

Certifique-se também conscientizar os pais sobre a importância da realização de exames preventivos para que esta ou quaisquer outras condições possam ser detectadas precocemente.

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Critérios para escolher seu especialista em alta miopia

Diferente da maioria das ametropias, a alta miopia, pode levar a consequências mais graves e também pode ser uma deficiência física limitadora importante. Cerca de 7 milhões de brasileiros sofrem uma grave ametropia (Fonte: IBGE). Sabendo disso, perguntamos: O quão importante é ter um bom médico especialista em miopia para o alto míope?

A resposta óbvia é de que é algo da maior importância, ainda mais se considerarmos que o alto míope terá um acompanhamento, provavelmente, por muitos anos, décadas e, por isso mesmo, é necessário que haja confiança no profissional e credibilidade da parte dele.

Vamos expor alguns pontos importantes que devem ser avaliados na escolha ou na manutenção da relação com um profissional.

Prefira um especialista em Refrativa

Como dito acima, a alta miopia é uma ametropia grave, complexa, com muitas particularidades. O alongamento do globo ocular que causa a miopia, no alto míope, se dá de forma mais exacerbada, que leva a alterações fisiológicas. Por isso, prefira um médico especialista. 

Veja algumas doenças e riscos de decorrências da alta miopia:
Descolamento da retina;
Edema na mácula;
Catarata;
Glaucoma.

O especialista em miopia te indicará os exames mais adequados

O especialista terá uma experiência maior numa gama ampla de exames que, além da acuidade visual (que muitos creem ser o único exame para se detectar a miopia), levam a um diagnóstico mais preciso, inclusive, identificando doenças graves que podem se desenvolver concomitantes à alta miopia. Existem também exames específicos para determinar a elegibilidade para uma cirurgia refrativa ou um implante.

Alguns exemplos de exames que podem ser indicados pelo médico oftalmologista são:
Paquimetria;
Refração;
Topografia;
Avaliação do fundo de olho;
Mapeamento da retina.

Conhecimento amplo e experiência em cirurgias refrativas e de lentes implantáveis

Existem muitas modalidades de cirurgias refrativas, bem como, de cirurgias de implantes de lentes intraoculares (fácicas). O tipo e o valor da cirurgia de miopia dependem de cada caso.

Vamos entender um pouco. A cirurgia refrativa com laser LASIK, uma das mais populares, nem sempre pode ser segura para o alto míope. Mesmo com a espessura da córnea normal a ablação com Laser para correção de altas miopias pode ocasionar a descompensação da córnea o que pode levar a outras doenças e complicações mais sérias do que a própria miopia.

Como já dito acima, os altos míopes também têm maior propensão a terem glaucoma e catarata, o que muda o tipo de tratamento ou cirurgia que o paciente deverá ser submetido. O mais comum é o implante de uma lente pseudofacica, que remove o cristalino do olho, que é o mesmo indicado para catarata.

Por essas razões, seu médico tem de conhecer muito bem seu quadro, amparado num diagnóstico preciso, para dar a indicação do que se adequa mais à sua condição. 

Procure um profissional atualizado com as novas tecnologias

O ramo da medicina hoje é englobado dentro da tecnologia. Essa aliança potencializou a qualidade de vida e da saúde humana, em virtude de grandes descobertas e inovações tecnológicas que trouxeram a cura, o tratamento ou mesmo a diminuição da dor e do sofrimento para inúmeras situações e para centenas de milhões de pessoas, ao longo do tempo. 

No caso específico da alta miopia, hoje há tecnologias disponíveis no Brasil, que atua com médicos certificados[1] [2] para o implante de lentes fácicas para tratamento e correção da alta miopia. Em um procedimento rápido e indolor, completamente reversível, com pouco tempo de recuperação, é feita de Collamer®, material patenteado biocompatível. Este é o caso das lentes EVO Visian ICL®. Fabricada na Suíça, mais de 1 milhão de implantes já foram realizados em todo mundo, com índice de mais de 99% de satisfação.

Seu médico deve estar atualizado para os tratamentos mais modernos (que é diferente de tratamento experimental) comprovadamente eficazes que podem  te propiciar liberdade de óculos além de eliminar limitações visuais graves.

1 ano de EVO Visian ICL no Brasil

 

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Saiba até quando o teste do olhinho pode ser realizado em crianças

O teste do olhinho vem ganhando cada vez mais notoriedade sobre sua importância, tal como aconteceu com o teste do pezinho. Este é um exame realizado logo nos primeiros momentos de vida de um recém-nascido e garante que diagnósticos importantes sejam feitos para identificar possíveis problemas de visão em crianças.

Atualmente, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, mais de 80% dos casos de cegueira (inclusive a cegueira infantil) poderiam ser evitados com a realização de um diagnóstico precoce. Este é um dado assustador, mas que pode jogar uma luz sobre a real importância do teste do olhinho. 

Mas afinal de contas, até qual idade é recomendado que se faça o teste do olhinho?

Os cuidados no primeiro ano do bebê

É recomendado que o teste do olhinho seja realizado logo nos primeiros minutos de vida do bebê. Na maioria dos hospitais ele é oferecido através do teste do reflexo vermelho, feito de forma manual pelo médico pediatra. Porém, existe o exame do olhinho digital, feito por Retinógrafos de última geração, como o RETCAM, que pode diagnosticar um número muito mais expressivo de problemas de visão em crianças. 

Esse exame consiste em uma documentação fotográfica panorâmica da retina, do fundo de olho e do nervo óptico e, dentre as doenças diagnosticadas no exame do olhinho digital, estão a retinopatia diabética, o glaucoma, oclusões vasculares da retina, alterações e deformações retinianas  e até estudo de tumores oculares como o retinoblastoma que acomete principalmente as crianças.

Se seu bebê, porém, já saiu da maternidade e não realizou o teste do olhinho, saiba que até o primeiro ano completo é possível realizar o exame e garantir que tenham sido verificadas todas as probabilidades de problemas de visão em crianças, garantindo inclusive uma incidência muito menor de chance de uma cegueira infantil. 

Para crianças acima de um ano sem o exame do olhinho

Apesar do teste do olhinho ser um exame de suma importância, inclusive no diagnóstico do Retinoblastoma, caso a criança não passe por ele nos 12 primeiros meses, ainda assim são recomendados cuidados com a visão infantil na busca de evitar problemas de visão em crianças. Isso porque, após o primeiro ano, muitas das doenças diagnosticáveis no exame do olhinho já terão progredido a níveis não tratáveis, como é o caso do câncer ocular. Mas, mesmo após esse prazo, é recomendado que as crianças passem pelo mesmo exame com 3 ou 4 anos, e depois, com 6 ou 7 anos

O ideal é que a criança seja levada o mais rápido possível para sua primeira consulta no oftalmologista, pois além das doenças oculares já citadas, comumente crianças em idade escolar podem também apresentar outros problemas como o estrabismo, erros refrativos (como a miopia e o astigmatismo), conjuntivite sazonal e a ambliopia. Essas doenças oculares podem diminuir muito a qualidade de vida dos pequenos, atrapalhar o seu desenvolvimento e até levar a uma possível cegueira infantil

Por esses motivos, é importante que eles sejam acompanhados periodicamente por um médico oftalmologista. Fique sempre atento a sinais como falta de atenção extrema, dores de cabeça, dificuldade na leitura, reclamações constantes sobre incômodo nos olhos e outras características que podem sinalizar um possível sinal de problemas de visão em crianças.

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Cirurgias de correção de miopia vs presbiopia

As cirurgias refrativas para correção a laser, especialmente as que se popularizaram no mercado nos últimos anos, como a LASIK, têm algo em comum: a contraindicação para quem possui a córnea muito fina, condição mais comum em pacientes alto míopes. 

Mesmo para aqueles que são elegíveis para cirurgia refrativa corneana, como se sabe, por volta dos 50 anos ou até antes, pode haver surgimento da visão com presbiopia, ou conhecida como vista cansada. Então, qual melhor solução para seus pacientes?

Nova geração de lentes intraoculares implantáveis

As cirurgias a laser existentes para o tratamento de miopia, também são eficazes contra a presbiopia. O problema é que, a partir dos 40 anos, há uma natural e maior dificuldade de acomodação do cristalino, acarretando na dificuldade de correção da miopia, o que continuará a exigir uso de óculos.

Suprindo essa deficiência e também modernizando o mercado, especialmente para melhorar a visão do míope de alta graduação, gerando maior liberdade em relação a lentes de contato e óculos e maior qualidade de vida, surgiram as lentes implantáveis. A EVO Visian ICL®, uma lente intraocular fácica bio-compatível, dobrável, removível e a mais moderna tecnologia no mercado, corrige a miopia e pode ser feita em qualquer pessoa entre 21 e 60 anos, dispensando completamente o uso do óculos para alto-míopes e com uma recuperação rápida, em muitos casos, o paciente já sai enxergando logo após a cirurgia. 

Lentes fácicas, como a EVO Visian ICL® corrigem a visão com presbiopia?

Não. As lentes EVO Visian ICL® são implantadas atrás da íris e na frente da lente do cristalino, ou seja, mantendo o cristalino saudável do olho, o que continua permitido foco para perto e para longe, diferente da maioria das demais lentes implantáveis. Não obstante, elas não impedem o surgimento de presbiopia e não dispensam eventual necessidade de uso de óculos para leitura, em função da idade. Importante lembrar que a presbiopia costuma aparecer a partir dos 40 e o mais recomendado para se fazer o implante é bem antes disso, especialmente para pacientes alto míopes.

As lentes EVO Visian ICL são as únicas lentes intraoculares feitas de Collamer®, um material totalmente biocompatível, além de fácicas dobráveis minimamente invasivas certificadas pelo FDA (Agência reguladora de saúde norte-americana) como seguras e efetivas para todo tipo de miopia em adultos. Embora seja projetada para ser permanente, o procedimento é reversível. São ainda tais lentes passíveis de serem indicadas para todos que são e que não são candidatos para a cirurgia com método LASIK.

Levando ainda em consideração que a visão do míope se estabiliza em torno dos 21 anos de idade, data em que já poderá optar por uma EVO Visian ICL®, podemos considerar que os pacientes terão no mínimo 20 anos de independência total de óculos, o que é um benefício incalculável para um portador de ametropias graves.

Presbiopia em pacientes já implantados com EVO Visian ICL®

A vantagem dos pacientes já implantados com EVO Visian ICL®, que apresentem presbiopia, assim como nos casos de catarata, é que a  EVO Visian ICL® é uma lente removível. Isso significa que, seja por necessidade, ou opção do paciente, realizar cirurgia refrativa corneana ou mesmo o implante de lentes pseudo fácicas, que substitua integralmente o cristalino, isto ainda será possível. 

Deverá ser avaliado, no entanto, sempre qual o maior benefício, uma vez que muitos alto míopes não podem ser operados nas técnicas a laser e que, considerando o óculos para leitura como algo esporádico e que não limita em nada as atividades do paciente, verifique-se que o explante da EVO Visian ICL® não seria vantajoso. Notadamente, exceptuando-se os casos em que o cristalino não esteja acometido de catarata, em que se fará imperiosa a facoemulsificação. 

 

1 ano de EVO Visian ICL no Brasil

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Sinais oculares que podem indicar doenças crônicas em adultos e crianças

Exames oftalmológicos como o mapeamento da retina ajudam a diagnosticar não apenas doenças da visão, mas também podem detectar sinais de outras doenças presentes no corpo do paciente.

Neste post exploraremos quais sinais detectados em exames como o mapeamento da retina podem significar doenças que vão além da visão, buscando ajudar o profissional a desenvolver um protocolo de avaliação funcional da visão mais eficiente e de maior benefício para o paciente.

Quais doenças podem ser detectadas em exames como o mapeamento da retina?

O mapeamento da retina e outros tipos de exames oftalmológicos podem encontrar nos olhos de um paciente sinais que podem significar a presença de outras doenças não oculares. A seguir compilamos uma lista com algumas dessas doenças e quais exames podem detectá-las.

  • Diabetes
    A Diabetes é conhecida por causar vários distúrbios da visão devido à alta concentração de glicose no sangue. Complicações como a retinopatia diabética (lesões na retina e nos vasos sanguíneos), glaucoma (aumento da pressão intraocular) e catarata (opacidade do cristalino) são todas detectáveis com um mapeamento da retina
  • Doenças do fígado
    Olhos amarelados podem ser sinal de problemas no fígado do paciente. Este amarelamento ocorre quando o fígado está produzindo a enzima bilirrubina em quantidade muito elevada, o que pode indicar inflamação do fígado, hepatite, cirrose e câncer.
  • Zika, dengue e chikungunya
    Um paciente reclamando de dor ocular, principalmente se a sensação da dor parece vir de trás do olho, pode estar sendo afetado por alguns desses vírus transmitidos pelo mosquito Aedes Aegypti. Uma vez descartadas as possibilidades de outras causas de dores oculares, um exame laboratorial pode ser necessário.
  • Toxoplasmose
    A Toxoplasmose ocorre quando o paciente ingere alimentos ou líquidos que estejam infectados com o protozoário Toxoplasma Gondii. Uma das maneiras que esta doença se manifesta é através de pupilas constantemente contraídas, sintoma clássico da Uveíte. A melhor maneira de diagnosticar a Uveíte é através de exames de imagem e de sangue.
  • Hipertireoidismo
    Esta doença se caracteriza pela produção acelerada dos hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4). Este distúrbio pode gerar diversas complicações de saúde, dentre elas, a Doença de Graves. Esta doença causa irritação dos olhos e das pálpebras, fotofobia (sensibilidade à luz), olhos saltados e avermelhados, e dor ao movimentar os olhos. A fotofobia pode ser detectada com um oftalmoscópio, enquanto que os outros sintomas são bem aparentes à olho nu.

O uso da tecnologia na oftalmologia é cada vez maior, trazendo benefícios não só para tratamentos, como também em ferramentas para auxiliar em diagnósticos mais precisos, rápidos e confiáveis.

Tecnologias para auxiliar em diagnósticos

Aparelhos como o RetCam Envision, que conta com Angiografia, promovendo um maior contraste para análise mais detalhada das estruturas do fundo do olho, auxiliam no mapeamento da retina ajudando a perceber sintomas mais sutis com maior facilidade e a diagnosticar uma maior gama de doenças no paciente. Como visto neste post, muitas dessas doenças não se limitam apenas aos olhos.

Um protocolo de avaliação funcional da visão completo que conta com aparelhos de alta tecnologia para auxílio e potencialização de diagnósticos traz vantagens tanto para pacientes quanto para clínicas, que podem indicar e planejar tratamentos mais adequados e eficientes tendo um conhecimento mais profundo do quadro do paciente.

 

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Estrabismo convergente pode ser causado pela hipermetropia infantil. Saiba como tratar.

Você sabia que existe uma relação entre estrabismo e hipermetropia? Além de serem comuns em crianças, essas disfunções oculares também costumam estar acompanhadas uma da outra.


Embora comum, existem testes de visão infantil que ajudam a diagnosticar precocemente e tratar com mais facilidade estas e outras doenças da visão. Neste post iremos explorar um pouco mais sobre este assunto, qual a relação entre estrabismo e hipermetropia, e como tratar esta condição em crianças.

Entendendo o estrabismo e a hipermetropia

O estrabismo é caracterizado pelo desalinhamento intermitente ou constante dos olhos. Ele pode ser convergente, onde um dos olhos aponta para “dentro” do rosto – para a direção do nariz – ou divergente, onde aponta para “fora” – para a direção das orelhas.

Em recém nascidos, é comum a ocorrência do estrabismo intermitente – que não dura o tempo todo. Este fenômeno é natural e ocorre devido à imaturidade do sistema visual do bebê, que ainda não tem controle total dos músculos e nervos dos olhos. Esta condição costuma desaparecer sozinha com o tempo, entre o quarto e o sexto mês de vida da criança, quando seu sistema visual já está mais robusto.

Outra forma do estrabismo que pode ser comum em recém nascidos é o pseudoestrabismo. Como sugerido pelo nome,este não se trata de um desvio real dos olhos, mas sim a impressão de que este exista. O pseudoestrabismo ocorre devido ao formato das pálpebras ainda em desenvolvimento, que podem ocultar parte do olho e dar a impressão de alguma forma de desvio. Esta impressão também deixa de existir com o tempo, conforme o bebê cresce e o formato do seu rosto muda.

Já a hipermetropia tem como sintoma principal a dificuldade de enxergar de perto. Esta dificuldade é causada por um erro refrativo, onde a imagem é focada atrás da retina. Este desfoque geralmente ocorre quando o olho é um pouco menor do que deveria ser.

A hipermetropia também é comum em recém-nascidos, justamente porque estes ainda possuem olhos em desenvolvimento, sendo comum que sejam menores do que o normal. A hipermetropia infantil pode se corrigir sozinha com o tempo, mas ainda assim é altamente recomendado o acompanhamento médico para avaliar a necessidade ou não de algum tipo de tratamento.

Qual a relação entre estrabismo e hipermetropia?

Estrabismo e hipermetropia podem estar acompanhados um do outro em crianças porque altos graus de hipermetropia podem levar ao estrabismo.

Uma hipermetropia muito alta pode fazer com que a criança exerça um esforço muito grande dos músculos oculares, o que pode acabar causando um desvio convergente dos olhos. Esta condição é conhecida como estrabismo acomodativo, pois é decorrente da tentativa dos olhos de se acomodar à visão desfocada.

Testes de visão infantil  como o teste do olhinho são essenciais na detecção dessas disfunções oculares bem cedo na vida da criança, o que aumenta drasticamente a chance de tratamentos eficientes contra estrabismo e hipermetropia.

Qual o tratamento mais indicado para estrabismo e hipermetropia?

O tratamento do estrabismo pode incluir óculos de grau, lentes de contato, uso de tampão, exercícios oculares e cirurgia de alinhamento nos olhos.

Já a hipermetropia pode ser tratada com óculos, e a partir da estabilização do grau ou da idade suficiente, com lentes de contato ou cirurgia refrativa.

Quando estrabismo e hipermetropia estão acompanhados um do outro, o uso do óculos para correção do erro refrativo é o tratamento mais apropriado. Isso porque ao corrigir a hipermetropia – causa do esforço excessivo dos músculos oculares – os olhos deixam de desviar e voltam a se alinhar naturalmente.

Independente das causas, qualquer disfunção e tratamento devem ser diagnosticados e prescritos por um médico oftalmologista especializado em visão infantil. Não deixe de levar seu filho ao médico, e mantenha os testes de visão infantil em dia, para que qualquer doença da visão seja propriamente diagnosticada e tratada.

 

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Hipermetropia pode ser normal até a pré-adolescência

Estrabismo e hipermetropia são problemas comuns em recém-nascidos. Embora o estrabismo, quando não patológico e não constante, se autocorrige por volta dos 4 meses de idade da criança, a hipermetropia pode permanecer até os primeiros anos da adolescência.

Neste post iremos explicar por que isto ocorre, por que existe esta diferença entre estrabismo e hipermetropia e qual exame de vista infantil é o mais indicado para detectar possíveis disfunções oculares na criança.

Por que estrabismo e hipermetropia são comuns em recém nascidos?

Ao nascer, nosso sistema visual, assim como muitas outras partes de nosso corpo, ainda não se encontra completamente desenvolvido. É justamente por causa desta imaturidade dos olhos que estrabismo e hipermetropia são tão comuns em recém-nascidos.

O estrabismo, na verdade, pode ocorrer de duas maneiras diferentes: O estrabismo intermitente e o pseudoestrabismo. Nenhuma das duas costumam ser patológicas.

O estrabismo intermitente é o desvio inconstante (não dura o tempo todo) e variável (não há sempre o mesmo grau ou direção do desvio) dos olhos do bebê. Este ocorre devido ao fato de que o sistema visual e a região do cérebro que processa imagens corretamente ainda não estarem completamente desenvolvidos, o que causa movimentos descoordenados dos olhos. Esta condição é perfeitamente natural e costuma desaparecer sozinha por volta dos 4 meses de idade da criança, quando o sistema visual já está mais robusto.

Já o pseudoestrabismo, como o próprio nome já indica, não é um desvio real, mas sim a impressão do desvio. Neste caso, os olhos do bebê estão, na verdade, na posição correta, porém devido ao formato da pálpebra (mais especificamente, o epicanto, que cobre o canto interior do olho), parte do olho fica escondida, o que dá a impressão de um desvio convergente (para “dentro”). Esta impressão também some sozinha com o tempo, conforme o formato dos olhos do bebê vai se desenvolvendo.

Caso o estrabismo do bebê não seja intermitente ou persista após os 4 meses de idade, recomenda-se a consulta com um oftalmologista especializado em visão infantil.

O que nos deixa com a hipermetropia. Esta disfunção ocular é classificada como um erro refrativo, ou seja, um erro no processo de formação e foco de imagens no olho. A hipermetropia ocorre principalmente devido a anomalias no formato do olho: pode ser pelo olho em si ser alguns milímetros menor do que deveria ser, ou pela córnea ou cristalino do olho terem um formato um pouco mais plano do que o normal. O principal sintoma da hipermetropia é a dificuldade de enxergar de perto.

No caso dos recém nascidos, estrabismo e hipermetropia têm uma causa em comum: O fato de o desenvolvimento dos olhos da criança ainda não estarem completos. Porém diferente do estrabismo, esta condição pode perdurar até a pré-adolescência.

Isso porque o olho sofre várias alterações no seu formato e tamanho nesta fase da vida. Conforme a estrutura óssea do rosto cresce  e se desenvolve, o olho também vai se adaptando às suas acomodações, além dos processos naturais de desenvolvimento do corpo.

É comum estes graus de hipermetropia diminuírem com o tempo e, eventualmente, desaparecerem ou se estabilizarem na pré-adolescência. Mas aí resta a pergunta: Quando saber se esta condição vai se auto corrigir com o tempo, ou se é necessário a consulta com um médico?

Quando procurar um oftalmologista para a hipermetropia infantil?

Idealmente, a criança deve estar sempre com a visita ao oftalmologista em dia para garantir um desenvolvimento saudável de sua visão. Mas caso isso não seja possível por algum motivo, fique atento aos sintomas.

Existe uma coisa chamada “tolerância refrativa” que, basicamente, determina quantos graus de hipermetropia os olhos conseguem compensar sem que a pessoa sofra os sintomas. Esta tolerância diminui com a idade, portanto crianças com um grau sempre abaixo de sua tolerância não demonstram sintomas.

Os sintomas para os quais deve-se ficar atento em crianças são: falta de concentração, dificuldade de realizar tarefas que requerem a visão próxima, dores de cabeça e olhos lacrimejantes. Dificuldades na escola e falta de interesse em atividades como leitura, desenhos e escrita também podem ser sinais desta e outras doenças de visão infantil.

A apresentação destes sintomas mostra que há uma possibilidade da criança ter um grau de hipermetropia mais alto do que o seu nível de tolerância refrativa, algo que deve ser avaliado por um oftalmologista. Principalmente se for observado um aumento dos sintomas.

Exames de vista infantil como o teste do olhinho, realizado em recém-nascidos são ótimos para diagnosticar doenças como o estrabismo e a hipermetropia precocemente. Quanto mais cedo este tipo de condição é detectado, mais fácil é o tratamento.

Não deixe de consultar um médico

O ideal é que a criança seja avaliada por um oftalmologista pelo menos uma vez por ano. Mesmo que o caso dela seja natural e não precise de um óculos ou lentes, apenas um médico especializado tem a capacidade de avaliar o caso e decidir a necessidade ou não de tratamento. Caso seu filho demonstre sintomas de estrabismo e hipermetropia, não exite em levá-lo ao oftalmo.

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