Como tratar halos ao redor das luzes

O surgimento de halos ao redor das luzes e também o GLARE (espalhamento da luz) pode se dar devido a vários fatores, sendo o mais comum, em função de ametropias, ou seja, sintomas de erros refrativos como miopia, astigmatismo, hipermetropia etc.

Não obstante, o surgimento dos halos ou o GLARE, também podem ter origens em doenças mais graves, tais como catarata, glaucoma ou diabetes.

Pesquisas de especialistas em miopia apontam também a incidência desses fenômenos da visão como resultado de cirurgias à laser (PRK, LASIK etc). Isso se dá em função de que, geralmente, as técnicas mais comuns de cirurgia à laser removem ou alteram o material corneano. Embora estes sintomas tendam, em sua maioria, desaparecer dentro de alguns dias, existem casos em que o fenômeno persiste podendo indicar uma lesão permanente na córnea. 

O que é o Halo?

O halo ao redor das luzes pode ser traduzido como as auréolas que se formam no entorno de pontos de luz, tais como a luz de postes, faróis, lâmpadas etc. Esse fenômeno se dá em função de algum tipo de interferência ou alteração na passagem da luz pela córnea. 

Causas do Halo

As as causas para esse tipo de interferência são de várias naturezas, indo desde o próprio uso de lentes corretivas, de alguma doença que provoque erro refrativo (sintomas de miopia, astigmatismo etc), formato da córnea, turvação do cristalino etc.

Veja doenças que podem apresentar esse sintoma:

– Catarata:

– Distrfia de Fuchs;

– Miopia;

– Hipermetropia;

– Astigmatismo;

– Diabetes;

– Retinite pigmentosa;

– Glaucoma;

– Síndrome de dispersão do pigmento (PDS);

– Ceratocone;

– Fotoqueratite;

Se você está observando a aparição de halos ao redor das luzes, sem intercorrência com outros sintomas, tais como, visão turva, dor nos olhos, ponto cego, baixa visão noturna, manchas na visão, escurecimento da visão etc, não há muitos motivos para se preocupar, podendo ser apenas algo simples e natural. 

O oftalmologista Dr. Danilo Campos, em resposta ao site Doctoralia, afirma que “a percepção de halos noturnos é um sintoma comum em pacientes com astigmatismo mas que não estão utilizando correção visual (óculos por exemplo)”.

Contudo, se os sintomas citados persistem ou ainda outros apareçam, como alteração repentina da visão, isto deve ser um alerta para ser investigado rapidamente. 

Da mesma forma que há inúmeras causas possíveis para o surgimento dos halos, seu tratamento também irá variar de acordo com a causa primária, sendo em todo caso, recomendável um acompanhamento de profissional capacitado.

Cirurgias refrativas e o aparecimento de halos

Outra causa possível para o aparecimento de halos é o resultado de uma lesão na córnea ou até mesmo resultado de recuperação pós-operatória. Isso nos leva à questão das cirurgias refrativas.

Notadamente, as técnicas mais comuns de cirurgia refrativa, como PRK e LASIK, funcionam removendo ou modificando material corneano. Recentes estudos têm demonstrado que essas pequenas lesões podem levar ao surgimento de halos. O Dr. Christopher Starr, professor associado de oftalmologia na Weill Cornell Medicine/New York Presbyterian Hospital em Nova York, destaca este fato: “Embora esteja comprovado que o Lasik seja seguro e eficaz ao longo de décadas, um subconjunto pequeno, mas significativo de pacientes relatam efeitos pós-operatórios, incluindo brilho, halos e outros sintomas, bem como olhos secos” (confira a matéria com o Dr. aqui).

Lentes intra-oculares podem causar halos?

Uma das soluções mais sólidas da atualidade em termos de cirurgias para correção de miopia, especialmente para altos míopes que não são operáveis por cirurgia à laser, justamente por algum tipo de condição da córnea (como a córnea fina), tem sido os implantes de lentes intraoculares. 

Primeiro temos de entender que existem dois tipos de lentes, sendo as pseudofácicas e as fácicas, sendo as últimas, as lentes que não removem o cristalino do olho, tais como a EVO Visian ICL™. Estas lentes são implantadas através de uma pequena incisão (menor que a própria lente, já que ela é dobrável), atrás da íris. Por isso mesmo, não alteram nem removem nenhum material corneano.

No caso da EVO Visian ICL™ ainda temos a vantagem do material usado, sendo um material exclusivo,  feito à base de colágeno, por isso, biocompatível, não causando rejeição ou reações. 

A recuperação de um implante de lente intraocular é rápida, em torno de 24 horas.

Por essas e outras razões, é que o aparecimento de halos ao redor das luzes não é um sintoma relacionado com implantes de lentes intraoculares.

1 ano de EVO Visian ICL no Brasil

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Daltônicos podem fazer correção de miopia?

O daltonismo é uma deficiência visual que interfere na habilidade do indivíduo de enxergar certas cores. Geralmente, pessoas com graus de daltonismo têm dificuldade de distinguir entre as cores verde e vermelha, e, mais raramente, também pode ocorrer dificuldade de distinguir entre o azul e o amarelo.

Em quase todos os casos, o daltonismo é uma condição genética hereditária, ou seja, pode ser transmitida de pai para filho. Esta mutação genética altera o funcionamento de partes do olho responsáveis pela captação e interpretação de partículas de luz, o que gera as dificuldades de enxergar certas cores.

Devido a sua peculiaridade, pessoas com graus de daltonismo podem se sentirem inseguras de fazer procedimentos nos olhos, com medo de terem algum tipo de restrição que pessoas com visão normal não tenham. Neste artigo iremos falar sobre a correção de miopia em pessoas daltônicas e responder algumas dúvidas comuns sobre a relação entre esta condição e os procedimentos que podem ser realizados nos olhos.

Pessoas com graus de daltonismo têm chance maior de ter miopia?

Não existem evidências científicas que mostrem alguma relação entre daltonismo e o desenvolvimento de miopia. Aliás, a ciência aponta justamente para o contrário: em um estudo conduzido por cientistas entre estudantes do ensino médio na China em 2009, mostrou que a incidência de miopia entre aqueles que possuíam graus de daltonismo era de 45,6%, já em estudantes sem a deficiência, a incidência era de 65,8%. O estudo concluiu então que pessoas daltônicas têm, na verdade, uma chance menor de desenvolver miopia.

Sou daltônico e míope. Posso passar por procedimentos de correção de miopia?

Assim como na questão acima, não existem evidências que mostrem algum impedimento para pessoas daltônicas passarem por procedimentos de correção de miopia. Estes procedimentos geralmente não interferem em áreas do olho ligadas a captação de luz e cores, portanto não há riscos de interferência de uma condição com a outra.

Dito isso, lembre-se de sempre consultar com um médico especialista antes de tomar qualquer decisão, para ter orientações mais precisas para o seu quadro particular. A saúde dos olhos é importante, e deve ser levada a sério.

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A Importância do Oculoplasta especializado em doenças oculares

Considerados órgão complexos e delicados, os olhos demandam cuidados específicos e profissionais cada vez mais especializados em tratar das particularidades da anatomia ocular. É o caso do oculoplasta, profissional do qual falamos recentemente, que vem ganhando cada vez mais destaque por desempenhar um papel extremamente importante no cuidado às doenças relacionadas às pálpebras, além do seu papel como um oftalmologista estético 

Este especialista vem se beneficiando cada vez mais dos constantes avanços no campo da medicina oftalmológica, expandindo as possibilidades de atuação e tratamento para as mais diversas patologias palpebrais, impactando positivamente a vida dos pacientes. 

A Advance Vision, empresa pertencente ao grupo JL Health, traz ao mercado brasileiro diversos equipamentos oftalmológicos que ajudam oftalmologistas das mais variadas especialidades a oferecer tratamentos cada vez mais inovadores para algumas das doenças citadas abaixo: 

  • Blefarite: Além das abordagens tradicionais, como a higiene palpebral e o uso de medicamentos tópicos, os avanços tecnológicos trouxeram opções adicionais de tratamento. Uma delas é o uso da tecnologia Agnes que, por meio de radiofrequência microagulhada, melhora a inflamação e a qualidade da pele das pálpebras, proporcionando resultados visíveis e duradouros. 
  • Celulite orbital: Apesar de sua gravidade, agora a patologia pode ser tratada de maneira mais eficaz graças aos avanços no diagnóstico precoce, técnicas cirúrgicas inovadoras e o uso apropriado de antibióticos. Além disso, um melhor cuidado dos pacientes com celulite orbital pode e deve ser fornecido por meio da colaboração interdisciplinar do oculoplasta com infectologistas e cirurgiões. 
  • Ptose Palpebral: Embora o tratamento já seja uma prática estabelecida, já estão disponíveis no mercado novas técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, como a ptose palpebral endoscópica, que oferece resultados excelentes com menor tempo de recuperação. Essa abordagem não apenas melhora a estética, ao tratar o aspecto visível da pálpebra caída, como também ajuda na função visual, garantindo o máximo benefício para os pacientes. 
  • Tumores palpebrais: No campo do tratamento de tumores palpebrais, a tecnologia desempenha um papel crucial no diagnóstico e tratamento preciso. A tecnologia Agnes, por exemplo, oferece a capacidade de tratar lesões benignas da pele, como cistos e nevos, sem a necessidade de cirurgia invasiva. Além disso, técnicas de ressecção micrográfica de Mohs podem ser aprimoradas com o uso da tecnologia Plexr Plus, proporcionando resultados precisos e preservando a função e a estética  

É por isso que o oculoplasta especializado, para além de ser um oftalmologista estético, desempenha um papel crucial no tratamento das doenças oculares relacionadas às pálpebras. Munido das devidas tecnologias, como os equipamentos Agnes, Lavieen, Plexr Plus e Ultraformer 3, comercializados pela Advance Vision, a prática clínica se torna muito mais ampla ao oferecer opções de tratamento avançadas e eficazes, que garantem os resultados esperados pelos pacientes.  

É importante se manter sempre atualizado com as mais recentes inovações tecnológicas,  tendo sempre como principal objetivo o mais alto nível de cuidado oftalmológico e as melhores soluções, personalizadas para cada paciente. Para entender melhor como os equipamentos citados podem potencializar a rotina clínica, entre em contato com a equipe comercial da Advance Vision. 

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Possíveis efeitos colaterais pós-cirurgia de catarata

Como já vimos aqui no blog, a catarata é uma doença comum e trata-se do desgaste do cristalino do olho, que é a nossa lente natural, causando sua opacificação. Ela costuma se desenvolver após os 60 anos, mas também pode ser congênita e se manifestar em bebês recém-nascidos.  

Uma vez diagnosticada, deve ser tratada com a operação para correção de catarata o quanto antes. Hoje em dia, não é necessário mais o período de amadurecimento. Há riscos, inclusive, maiores em pessoas que operam em estágios avançados.  

Felizmente, a cirurgia de catarata é simples e pode ser feita em qualquer idade, conforme definição do oftalmologista. É um procedimento rápido e feito apenas com anestesia local. Nele, é inserida uma lente intraocular no cristalino opaco. 

Possíveis efeitos colaterais da cirurgia de catarata 

Apesar de ser um procedimento simples, estamos falando de uma cirurgia e, como qualquer outra, demanda cuidados no pré e pós-operatório. Por isso, é de extrema importância que todos os exames e orientações indicados pelo oftalmologista sejam seguidos à risca. Afinal, com saúde não se brinca! 

Há também es efeitos colaterais da cirurgia, que precisam ser apresentados e conhecidos pelos pacientes que passam pela intervenção.  

Então, se você é uma dessas pessoas, tome nota: 

  • Visão Borrada, Embaçada ou Turva: ter a visão pouco nítida nos dias ou semanas seguintes à remoção da catarata é comum. Isso é causado por um edema que pode ocorrer após qualquer cirurgia oftalmológica. 
  • Olho seco: praticamente todos os pacientes apresentam algum grau de ressecamento ocular depois da cirurgia. Alguns nervos (parte do sistema sensitivo que controla a produção de lágrimas) são seccionados durante o procedimento, causando esse efeito. A cicatrização disso acontece em cerca de três meses e, até que ocorra, pode ter sintomas relacionados à falta de produção de lágrima adequada, como desconforto, sensibilidade à luz e/ou visão embaçada.
  • Sensação de corpo estranho: é algo normal, relacionado ao pequeno corte feito para a cirurgia. Costuma sumir após cerca de sete dias de pós-operatório. Em alguns casos, é necessária sutura (ponto) para adequada cicatrização.  
  • Opacidade de cápsula posterior: a visão borrada pode ser causada por opacidade de cápsula posterior, uma condição relativamente comum que pode acontecer semanas, meses ou, mais frequentemente, anos após a cirurgia de catarata. Isso acontece quando a cápsula (membrana que dá suporte e estabiliza a lente intraocular na posição adequada), se torna opaca ou enrugada, gerando embaçamento da visão.  
  • Clarões e halos: esses sintomas são exemplos de disfotopsias positivas, mais frequentes à noite ou na penumbra, e são mais comuns com as lentes para catarata intraoculares multifocais. Também podem ser causados por ametropia residual (grau residual), que é corrigida com a prescrição de óculos. A opacidade de cápsula posterior pode ser outra responsável pelos sintomas e o tratamento com Yag-laser é o ideal para tratá-la.  
  • Sensibilidade à luz: após a remoção da catarata é esperado um aumento da sensibilidade à luz devido ao ressecamento ocular. Porém, se o paciente “aperta” o olho ou os fecha quando há exposição à luz, pode ser sinal de irite, uma inflamação específica na região. 
  • Náusea e desorientação: efeito colateral comum às medicações venosas administradas durante a sedação para a cirurgia.  Não é incomum a queixa persistente destes sintomas por 1 ou 2 dias após a cirurgia. 
  • Manchas de sangue ou olho vermelho: efeitos comuns causados por inflamação e/ou rompimento de pequenos vasos sanguíneos. Isso pode causar alterações que assustam e chamam atenção, porém são geralmente inofensivas e com resolução espontânea em duas a três semanas. 
  • Moscas volantes e flashes de luz: ver partículas que flutuam e pequenos pontos ou linhas no campo de visão após a remoção da catarata também é esperado. São as sombras de pequenas partículas contidas no vítreo, substância que preenche o seu olho, e somem espontaneamente.  
  • Ptose (pálpebra superior caída): ocorre mais frequentemente nos pacientes que tiveram edema de pálpebras no pós-operatório. Pode ser causado pelo blefarostato (aparelho utilizado pelo oftalmologista para manter as pálpebras abertas e o olho acessível durante a cirurgia) ou também decorrer de inflamação ocular no pós-operatório. Em geral, há melhora espontânea da após alguns meses de pós-operatório. 

 

Fonte: Clínica de Olhos Roisman 

 Lembre-se: converse com seu médico sobre as possibilidades de cada um desses efeitos e, caso tenha algum deles depois da cirurgia, não deixe de consultá-lo sobre como proceder. 

 Lentes para correção de catarata 

Existem vários tipos de lentes para catarata e a ideal para cada caso deve ser definida pelo oftalmologista. A lente intraocular trifocal TRIVA é uma opção moderna disponível no mercado, oferecendo uma impressão visual natural em todas as distâncias. 

Ela permite uma visão continua através de áreas focais estendidas, que além de excelente visão à distância, produz ótimos resultados para visão de perto e distância intermediária. É, ainda, otimizada para a visualização de telas de computador, bem como tablets e smartphones. Saiba mais 

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