#Umflashsalva: campanha para conscientização e diagnóstico do retinoblastoma

O retinoblastoma não é uma doença muito conhecida. Pensando nisso, o GRAACC lançou a campanha “#Umflashsalva” com o objetivo de conscientizar sobre sua existência, bem como a importância do diagnóstico precoce para aumentar suas chances de cura. 

Aproveitado o Dia Nacional de Conscientização do Retinoblastoma (18/09), a instituição visa ainda ressaltar que o diagnóstico pode ser feito de maneira rápida informar que um simples sinal pode ajudar nisso. 

Vamos saber mais sobre isso e, papais e responsáveis, fiquem atentos aos olhinhos de suas crianças, ok? 

O que é o retinoblastoma? 

O retinoblastoma é o tipo mais comum de câncer de olho em crianças e compromete a saúde ocular infantil. Ele se origina na retina, que está localizada na parte posterior do globo ocular.  

Como explica a ONG Oncoguia, os olhos se desenvolvem muito cedo conforme os fetos crescem no útero e, nas fases iniciais do desenvolvimento, os olhos têm células chamadas retinoblastos que se dividem em novas células e formam a retina. Em determinado momento, as células param de se dividir e dão origem às células adultas da retina. É raro, mas pode acontecer de algo dar errado nesse processo. Ao invés de se desenvolver em células especiais que detectam a luz, alguns retinoblastos continuam crescendo rapidamente e de forma descontrolada, formando o retinoblastoma. 

Os eventos que levam ao retinoblastoma são complexos, mas quase começam com uma mutação no gene RB1. O gene RB1 normal impede que as células cresçam fora de controle, mas uma alteração impede que isso ocorra como deveria. Dependendo de quando e onde ela ocorre, podem se desenvolver dois tipos distintos da doença: retinoblastoma congênito (hereditário), que acontece em 30% dos casos, e retinablastoma esporádico (não hereditário), que representa 70% dos casos.   

Como pode ser diagnosticado 

Diagnosticar o retinoblastoma em crianças o quanto antes é fundamental para possibilitar o sucesso do tratamento. O tumor pode causar leucocoria, que é um reflexo anormal da pupila quando exposta à luz, conhecido popularmente como “reflexo do olho de gato”. Isso é perceptível em fotos com flash por meio de um brilho branco diferente no olho e esse é um sinal importante para identificar a possível doença. A campanha visa destacar isso, por isso o nome “Um flash salva”. 

Outro aliado para identificar o retinoblastoma em crianças é a realização do teste do olhinho ainda na maternidade e, posteriormente, consultas periódicas com um oftalmologista, que realizará também testes com retinógrafo. Com o diagnóstico precoce, no Hospital do Graac, por exemplo, as chances de cura superam os 70%, segundo a instituição. 

A saúde ocular infantil e o retinoblastoma, especialmente, ganharam destaque nos últimos tempos por conta do diagnóstico da filha do jornalista e apresentador Thiago Leifert, que junto à sua esposa Daiana Garbin vem se dedicando à conscientização sobre a doença. 

Lembre-se! 

É fundamental realizar o teste da visão infantil em suas crianças. Consulte sempre um oftalmologista.   

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A importância do acompanhamento médico adequado em casos de crianças com doenças congênitas da visão

Patologias congênitas estão entre os principais problemas que afetam a visão infantil. Desde a catarata congênita até o retinoblastoma, crianças que nascem com doenças congênitas dos olhos têm o risco de não desenvolverem uma visão saudável, podendo inclusive perder totalmente a visão.

A maioria dessas doenças, porém, são facilmente diagnosticadas logo no início com o teste do olhinho, ou com a ajuda de um retinógrafo. Estes diagnósticos podem salvar crianças de problemas mais graves de visão infantil, e tudo começa com um bom acompanhamento médico.

Por que o acompanhamento médico é essencial para um bom desenvolvimento da visão infantil

Doenças congênitas de visão normalmente são detectáveis logo nos primeiros dias de vida do bebê, mas em alguns casos pode levar alguns meses até que se apresentem os sintomas. Independentemente do caso, o teste do olhinho é capaz de detectar muitas doenças, seja nos primeiros dias ou mais à frente, por isso é importante que o exame seja repetido aos 4, 6, 12 e 24 meses de idade da criança.

A maior parte das patologias congênitas da visão são tratáveis, quando diagnosticadas precocemente. A catarata congênita, por exemplo, requer apenas um processo cirúrgico, que remove o cristalino afetado do bebê, trocando-o por uma lente intraocular. O maior risco é quando a doença não é diagnosticada. Muitas dessas doenças têm seus sintomas agravados com o passar do tempo, podendo evoluir até para a cegueira ou, no caso do retinoblastoma, morte.

Segundo estudo da OMS realizado em 2014, mais da metade dos casos de cegueira infantil poderiam ser evitados ou revertidos com diagnósticos e tratamentos precoces. Visto que isso é possível com exames e testes simples feitos por um oftalmologista, fica evidente a importância do acompanhamento médico para um desenvolvimento saudável da visão infantil.

Fazendo o diagnóstico precoce

O teste do olhinho é um exame simples, rápido e indolor que é capaz de identificar uma quantidade enorme de doenças da visão infantil logo nos primeiros dias de vida do bebê. Também conhecido como “teste da luz vermelha”, este mesmo é obrigatoriamente realizado nas maternidades em bebês recém-nascidos. Infelizmente, ainda existem estados onde não há esta obrigatoriedade, nestes casos é importante que o médico realize o teste no primeiro exame oftalmológico da criança.

Doenças da retina, como a toxoplasmose, a retinopatia da prematuridade e o retinoblastoma também podem ser diagnosticadas com o auxílio de um retinógrafo, como o Retcam.

Conscientizando os pais sobre a visão infantil

É extremamente importante que pais de filhos com doenças congênitas da visão sejam conscientizados sobre a visão infantil. Um bom acompanhamento pode ser a diferença entre a cegueira e uma visão saudável.

Essas doenças podem ser tratadas e curadas quando detectadas logo no início. Eis alguns pontos interessantes de se levantar aos pais sobre a visão infantil.

  • Explique para os pais a importância do teste do olhinho, e incentive-os a realizá-lo e repeti-lo em todas as datas apropriadas.
  • Oriente-os sobre exames e testes seguros que possam fazer em casa.
  • Explique sobre a importância e as vantagens de detectar doenças da visão infantil o mais cedo possível.
  • Oriente os pais sobre o uso apropriado de lentes e colírios nas crianças.
  • Mantenha-os cientes da segurança das cirurgias e dos demais tratamentos.

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Coronavírus e gestantes: surto desvia a atenção dos casos de Dengue e Zika Vírus

Em tempos de pandemia, campanhas contra o coronavírus (COVID-19) ganharam mais espaço, tanto na mídia quanto no boca a boca e redes sociais. Porém, outras doenças acabaram ficando de lado pela população. Doenças que são nossas inimigas conhecidas e que continuam crescendo Brasil a fora. Doenças essas como a dengue e o zika vírus, que são letais. 

E as mamães, como ficam? O coronavírus (COVID-19) também pode atingi-las? Quais os riscos para gestantes, lactantes e recém-nascidos? Os estudos realizados até o momento não encontraram nenhuma advertência ou risco de vida em relação ao coronavírus.

Mas o inimigo neste momento continua sendo a dengue e o zika vírus em gestantes. Muitos estão com o foco na pandemia, mas negligenciaram campanhas contra doenças como essas, que são graves para as gestantes e recém-nascidos.

– O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde registra 61 mil notificações de casos de dengue no estado de São Paulo, desde o início do ano;

– Até fevereiro, ocorreram 5.980 casos de chikungunya, ante 7.257 em igual período do ano passado. Já os casos de zika foram 579;

– Em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Saúde atualizou os casos de febre chikungunya e zika vírus no Estado. A febre teve 73 novos registros esta semana, totalizando 480 casos prováveis em 2020, sendo cinco em gestantes. Já o vírus teve 38 novos casos esta semana, totalizando 168 no ano, sendo 36 em gestantes.

Exame para detectar zika congênita

Hoje, no Brasil, existem alguns exames para detectar zika congênita em recém-nascidos, como o teste digital do olhinho, que podem ser feitos em retinógrafos de última geração. A microcefalia pode ser diagnosticada pela avaliação clínica de rotina que os recém-nascidos são submetidos nas primeiras 24 horas de vida. 

Bebês infectados pelo zika antes do nascimento podem ter problemas que afetam seu desenvolvimento visual. Por isso, a importância do teste digital do olhinho logo em suas primeiras horas de vida. É recomendado que o teste do olhinho seja feito em um retinógrafo de última geração, como o RetCam, capaz de mapear 130 graus do globo ocular.

“O DOT – Digital Ocular Test, exame mais detalhado feito com o equipamento RetCam, que apresenta um sistema de mapeamento e avaliação da retina baseado em imagens fotográficas digitais de alta resolução que permitem diagnóstico preciso de diversas patologias. Conta com a Angiografia (FA – Fluorescein Angiography) como opcional, que possibilita um elevado contraste para a visualização detalhada das estruturas do fundo do olho e outras anomalias”, a Dra. Márcia Beatriz Tarantella, oftalmologista pediátrica, de São Paulo.

Com o teste do olhinho digital, é possível detectar diversas doenças como:

  • Catarata
  • Cicatriz Corneal
  • Coloboma Íris
  • Coloboma Retinal
  • Córnea Opaca
  • Doença de Coats
  • Familial Exudative Vitreoretinopatia (FEVR)
  • Glaucoma
  • Hemorragia de Retina e Macular
  • Infecções das pálpebras
  • PHPV, Norrie & TORCH
  • Posição do olhar
  • Ptosis e condições inflamatórias e infecciosas
  • Retinoblastoma (RB)
  • Retinopatia da Prematuridade (ROP)
  • Shaken Baby Syndrome
  • Síndromes Congênitas
  • Zika Congênita

O programa Juntos Pela Visão Infantil, idealizado pela Advance Vision, já tem alguns hospitais públicos e particulares que dispõem de um retinógrafo de última geração para fazer o Teste Digital do Olhinho. Você pode conferir os parceiros no site: https://juntospelavisaoinfantil.com.br/rede/

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Será que seu filho tem alguma disfunção ocular?

Além da miopia, existem uma série de outras disfunções oculares que podem afetar a visão infantil. É importante que os pais estejam atentos aos olhos e ao comportamento da criança para assegurar um desenvolvimento saudável de sua visão.

Neste artigo nós falaremos sobre os principais problemas que podem afetar a visão infantil, e por quais sinais os pais devem procurar.

Lembrando que, na dúvida, o exame de vista infantil com um médico é sempre a melhor maneira de diagnosticar ou descartar doenças. Se você pensa que seu filho pode ter alguma doença de visão, não deixe de levá-lo a um médico oftalmologista.

Quais são as principais doenças de visão infantil e como detectá-las?

Ambliopia
O que é?
A Ambliopia é definida como uma diminuição funcional da acuidade visual de um dos olhos. A doença afeta entre 2 e 3% das crianças e costuma se desenvolver antes dos 2 anos. Porém, qualquer criança abaixo dos 8 pode possuir esta doença. Existem três fatores que podem causar a ambliopia: estrabismo, erros de refração e obstrução do eixo visual.

Quais os sintomas?
O principal sintoma é a perda da visão unilateral, ou seja, apenas um dos olhos enxerga bem. Crianças mais novas não notam ou não conseguem comunicar o sintoma, por isso um exame de triagem é a melhor forma de diagnóstico. Se a ambliopia for causada por estrabismo, o desvio no olho da criança é notável. Fique atento caso a criança tenha o costume de fechar ou tampar um dos olhos quando tenta ler ou enxergar algo específico.

Como é o tratamento?
Uma vez diagnosticada, esta doença da visão infantil terá um tratamento que varia conforme a causa da mesma. Uso de lentes de contato ou óculos podem ser empregados para o tratamento de erros refrativos, cirurgia para remoção de catarata para casos de obstrução ou tratamento para o estrabismo (discutido abaixo).

Catarata congênita

O que é?
A catarata congênita é uma doença que afeta o cristalino do olho da criança recém-nascida, causando opacidade no mesmo.

Quais os sintomas?
A catarata congênita, assim como a que ocorre em adultos, causa a perda gradual da visão. Como ocorre em recém-nascidos, incapazes de comunicar os sintomas, a melhor maneira de diagnosticá-la é através do teste do olhinho, realizado assim que o bebê nasce. Em alguns casos, a opacidade é observável a olho nu, como uma película branca que torna turvo o olho da criança.

Como é o tratamento?
Em casos amenos, a catarata congênita pode ser tratada apenas com o uso de colírio e medicamentos. Mas na maioria dos casos, como em adultos, é necessário um procedimento cirúrgico simples e seguro que remove o cristalino afetado e o substitui por uma prótese, chamada lente intraocular.

Glaucoma infantil primário

O que é?
O glaucoma primário infantil é uma doença congênita rara que faz com que o líquido não seja drenado corretamente da área frontal do olho, aumentando a pressão intraocular. Quando não diagnosticada e propriamente tratada, a doença pode danificar o nervo óptico, podendo levar à perda total da visão.
Quais os sintomas?
Diferente do glaucoma que ocorre em adultos, sendo assintomático em crianças, a doença costuma apresentar os seguintes sintomas: Lacrimejamento excessivo, sensibilidade à luz, piscar excessivo dos olhos, olhos irritados e vermelhos, olhos demasiadamente grandes e “saltados” para fora.

Como é o tratamento?
Apesar de ser uma doença grave, felizmente, o glaucoma infantil primário é facilmente detectado com o teste do olhinho. Quando diagnosticado precocemente, o tratamento salva a visão da criança. Costuma ser necessário procedimentos cirúrgicos como a trabeculotomia e a goniotomia.

Retinopatia da prematuridade

O que é?
A ROP é uma doença que pode se desenvolver nos olhos de bebês prematuros. Ela afeta os vasos sanguíneos dos olhos da criança e pode levar à cegueira ou causar sequelas visuais.

Quais os sintomas?
A doença é assintomática, e portanto é necessário um exame de vista infantil chamado Oftalmoscopia para ser propriamente diagnosticada. Este exame deve ser realizado por um oftalmologista em todos os bebês prematuros.

Como é o tratamento?
Em casos graves, tratamentos podem incluir a crioterapia ou fotocoagulação a laser ou o uso do medicamento bevacizumabe. Também podem ser necessários tratamentos para as complicações decorrentes da doença, como o deslocamento da retina.

Estrabismo
O que é?
O Estrabismo é determinado pelo desalinhamento do glóbulo ocular, fazendo com que os olhos apontem para direções diferentes.

Quais os sintomas?
Em muitos casos, o desalinhamento dos olhos é observável a olho nu. As crianças estrábicas costumam ter a acuidade visual normal, porém podem apresentar problemas decorrentes da doença, como o torcicolo devido ao esforço para compensar a dificuldade de interpretação de imagens desalinhadas por parte do cérebro.

Como é o tratamento?
As opções de tratamentos incluem correção da disfunção visual com o uso do tampão e lentes corretivas, alinhamento com lentes corretivas e/ou cirurgia reparadora.

Daltonismo
O que é?
O daltonismo é uma disfunção da visão que faz com que a pessoa tenha dificuldade em distinguir algumas cores, principalmente o verde e o vermelho.

Quais os sintomas?
Além da dificuldade em enxergar certas cores, o daltonismo não apresenta mais nenhum sintoma. Existem vários testes que podem ser feitos pela própria criança para identificar um caso de daltonismo.

Como é o tratamento?
O daltonismo não representa nenhum risco de saúde, portanto tratamentos são feitos apenas para adaptação. Óculos especiais para daltônicos podem ser prescritos por um oftalmologista, mas em geral, os daltônicos levam uma vida normal sem grandes problemas.

Ao que mais os pais devem ficar atentos?

Existem certos padrões de comportamentos nas crianças que podem ser sinais de algum problema de visão infantil. Fique atento se seu filho apresenta algum desinteresse incomum pela leitura, principalmente se ele tiver tendência de se aproximar muito de livros, desenhos ou telas para enxergar.

Deficiência de aprendizado na escola também pode ser sinal de problemas de visão. Observe se a criança costuma tapar um olho, ou se tem os olhos muito lacrimejantes e reclama de dores na região. Outros sintomas como dores de cabeça e tonturas recorrentes também podem ser sinais de disfunções visuais.

Na dúvida, busque sempre a ajuda de um médico oftalmologista. A maioria dos especialistas sugere que as crianças devem ser levadas a um oftalmo pelo menos uma vez a cada dois anos. No caso de bebês e recém-nascidos, certifique-se de que o teste do olhinho seja realizado em todas as datas apropriadas.

 

Doenças infantis que não podem ser combatidas com vacina e alteram a visão

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