Coronavírus e gestantes: surto desvia a atenção dos casos de Dengue e Zika Vírus

Em tempos de pandemia, campanhas contra o coronavírus (COVID-19) ganharam mais espaço, tanto na mídia quanto no boca a boca e redes sociais. Porém, outras doenças acabaram ficando de lado pela população. Doenças que são nossas inimigas conhecidas e que continuam crescendo Brasil a fora. Doenças essas como a dengue e o zika vírus, que são letais. 

E as mamães, como ficam? O coronavírus (COVID-19) também pode atingi-las? Quais os riscos para gestantes, lactantes e recém-nascidos? Os estudos realizados até o momento não encontraram nenhuma advertência ou risco de vida em relação ao coronavírus.

Mas o inimigo neste momento continua sendo a dengue e o zika vírus em gestantes. Muitos estão com o foco na pandemia, mas negligenciaram campanhas contra doenças como essas, que são graves para as gestantes e recém-nascidos.

– O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde registra 61 mil notificações de casos de dengue no estado de São Paulo, desde o início do ano;

– Até fevereiro, ocorreram 5.980 casos de chikungunya, ante 7.257 em igual período do ano passado. Já os casos de zika foram 579;

– Em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Saúde atualizou os casos de febre chikungunya e zika vírus no Estado. A febre teve 73 novos registros esta semana, totalizando 480 casos prováveis em 2020, sendo cinco em gestantes. Já o vírus teve 38 novos casos esta semana, totalizando 168 no ano, sendo 36 em gestantes.

Exame para detectar zika congênita

Hoje, no Brasil, existem alguns exames para detectar zika congênita em recém-nascidos, como o teste digital do olhinho, que podem ser feitos em retinógrafos de última geração. A microcefalia pode ser diagnosticada pela avaliação clínica de rotina que os recém-nascidos são submetidos nas primeiras 24 horas de vida. 

Bebês infectados pelo zika antes do nascimento podem ter problemas que afetam seu desenvolvimento visual. Por isso, a importância do teste digital do olhinho logo em suas primeiras horas de vida. É recomendado que o teste do olhinho seja feito em um retinógrafo de última geração, como o RetCam, capaz de mapear 130 graus do globo ocular.

“O DOT – Digital Ocular Test, exame mais detalhado feito com o equipamento RetCam, que apresenta um sistema de mapeamento e avaliação da retina baseado em imagens fotográficas digitais de alta resolução que permitem diagnóstico preciso de diversas patologias. Conta com a Angiografia (FA – Fluorescein Angiography) como opcional, que possibilita um elevado contraste para a visualização detalhada das estruturas do fundo do olho e outras anomalias”, a Dra. Márcia Beatriz Tarantella, oftalmologista pediátrica, de São Paulo.

Com o teste do olhinho digital, é possível detectar diversas doenças como:

  • Catarata
  • Cicatriz Corneal
  • Coloboma Íris
  • Coloboma Retinal
  • Córnea Opaca
  • Doença de Coats
  • Familial Exudative Vitreoretinopatia (FEVR)
  • Glaucoma
  • Hemorragia de Retina e Macular
  • Infecções das pálpebras
  • PHPV, Norrie & TORCH
  • Posição do olhar
  • Ptosis e condições inflamatórias e infecciosas
  • Retinoblastoma (RB)
  • Retinopatia da Prematuridade (ROP)
  • Shaken Baby Syndrome
  • Síndromes Congênitas
  • Zika Congênita

O programa Juntos Pela Visão Infantil, idealizado pela Advance Vision, já tem alguns hospitais públicos e particulares que dispõem de um retinógrafo de última geração para fazer o Teste Digital do Olhinho. Você pode conferir os parceiros no site: https://juntospelavisaoinfantil.com.br/rede/

Posts Relacionados

Capa do artigo
Vacinação infantil: cegueira pode ser sequela de Sarampo

O Dia Nacional da Vacinação é celebrado no dia 17 de outubro e, infelizmente neste ano lembrou que temos que nos preocupar ainda mais com o tema.  

Conforme dados divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a taxa de vacinação infantil no Brasil vem sofrendo uma queda importante: de 93,1% para 71,49%. Realizada em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pesquisa destaca que o número posiciona o Brasil entre os dez países com menor cobertura vacinal do mundo. 

Tal cenário deixa a população infantil exposta a doenças que não eram mais uma preocupação no país, como o sarampo, que pode causar males como problema de visão infantil. Além dele, outras doenças que podem voltar são a poliomielite, meningite, rubéola e a difteria. 

A pandemia de Covid-19 é vista como um dos motivos que agravou as baixas coberturas. E mesmo passado o momento de pico da crise, tudo indica que as famílias não atualizaram a vacinação de suas crianças desde então, algo bastante preocupante. 

A volta do Sarampo 

Como citado, essa baixa vacinação traz consequências e uma delas é a volta de doenças até então eliminadas do país. O Sarampo, doença que pode causar cegueira infantil como sequela, é um dos casos alarmantes atualmente. 

Depois de ter recebido em 2016 a certificação de país livre do sarampo pela Organização Pan-americana de Saúde (Opas), o Brasil passou a registrar, nos últimos anos, sua disseminação em todo o território nacional. O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde mostra mais de 40 mil casos e 40 mortes causadas pela doença desde 2018, sendo mais da metade em crianças menores de 5 anos. 

E você, já vacinou sua criança? Ajude nosso país a eliminar o sarampo novamente!  

Apenas 47,08% dos pequenos receberam o imunizante em 2022, sendo que a meta de cobertura vacinal é de 95%. A proteção é feita com a vacina tríplice viral, que imuniza também contra a caxumba e a rubéola, e faz parte do calendário de vacinação. Ou seja, isso significa que não é apenas a proteção contra o sarampo que está faltando em grande parte de nossas crianças. 

Sarampo: os riscos para as crianças 

A doença causa mais complicações nos menores de 5 anos, e é ainda mais perigosa para bebês com menos de 1 ano. De acordo com o Ministério da Saúde, 1 em cada 20 crianças com sarampo pode desenvolver pneumonia, 1 em 10 pode ter otitemédia aguda e 1 a cada mil pode ter encefalite aguda por causa do vírus, uma complicação grave capaz de deixar sequelas, como cegueira infantil e transtornos neurológicos e respiratórios. Infelizmente, uma a cada mil crianças com sarampo vem a óbito. 

Cuide dos pequenos! 

Se você é pai, mãe ou responsável por algum pequeno, atente-se à caderneta de vacinação! Mantê-la em dia é fundamental para a saúde da criança e tantas outras que convivem com ela no caso das doenças transmissíveis. Evite problema de visão infantil e tantas outras sequelas. 

Não deixe que a falta de uma ação simples como a vacinação prejudique a saúde e a vida de quem você ama. 

Doenças infantis que não podem ser combatidas com vacina e alteram a visão

Leia o artigo
Capa do artigo
1 ano das lentes EVO Visian ICL no Brasil

Em Junho de 2021, completou-se um ano desde que as lentes EVO Visian ICL voltaram ao Brasil. Muito aconteceu neste último ano no Brasil e no mundo, e a trajetória da ICL também não foi menos movimentada.

As lentes EVO Visian ICL transformaram um ano de dificuldades em um ano de conquistas para muitos médicos e pacientes, estes que tiveram suas vidas mudadas pelo implante de lentes intraoculares. Para comemorar tal ocasião, trazemos neste post um balanço do último ano das lentes no Brasil, com alguns números e fatos interessantes que você precisa saber.

Ainda não conhece as lentes EVO Visian ICL? Nós te apresentamos

A EVO Visian ICL é uma lente intraocular desenvolvida para corrigir erros refrativos como miopia e astigmatismo. A lente se destaca das demais formas de tratamento, graças à 3 inovações exclusivas no mercado:

  • As lentes são feitas de Collamer®, material exclusivo totalmente biocompatível, o que diminui risco de infecções e irritações decorrentes do procedimento;
  • O procedimento de implante das lentes EVO Visian ICL não requer remoção de nenhum tecido corneano, tornando a cirurgia mais simples, segura e com um menor tempo de recuperação para o paciente;
  • Os implantes podem corrigir até alto graus de miopia e astigmatismo, sendo uma ótima opção para pacientes com grau muito alto que não podem passar por uma cirurgia à laser.

Caso queira saber mais detalhes sobre as lentes EVO Visian ICL, clique aqui.

Como foi o primeiro ano da EVO Visian ICL no Brasil?

A transição de 2020 para 2021 não foi fácil para ninguém. Mas mesmo em um cenário incerto e instável como o da pandemia do COVID-19, a EVO Visian ICL confiou na excelência de sua tecnologia e conseguiu conquistar uma fatia considerável do mercado ao lado de profissionais competentes, mudando para melhor a vida de muitos pacientes, algo muito bem-vindo no cenário atual.

Atualmente, existem 69 médicos oficialmente autorizados a realizar os implantes das lentes EVO Visian ICL, espalhados em 14 estados brasileiros: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Foram realizados 283 procedimentos ao decorrer do último ano em pacientes com miopia e astigmatismo. Você pode conhecer alguns dos pacientes que passaram pelo procedimento neste post.

Faça parte desta jornada!

Os números não mentem: a lente EVO Visian ICL é a melhor lente para correção de miopia. A jornada desta tecnologia inovadora no nosso país está apenas começando e você pode fazer parte dela.

Faça um orçamento e entre para o grupo exclusivo de médicos que estão mudando a vida de pacientes brasileiros.

1 ano de EVO Visian ICL no Brasil

Leia o artigo
Capa do artigo
Olhos amarelados podem ser sintomas de hepatite em crianças

Em abril de 2022, alguns países, dentre eles a Inglaterra, testemunharam um surto misterioso de casos de hepatite em crianças. Imediatamente especulou-se sobre a ligação com de Covid-19 em bebês. Isso, em função de que os principais afetados eram crianças com menos de 5 anos de idade, em geral, ainda não vacinadas contra o vírus. 

Contudo, nada de conclusivo no sentido de relação com a Covid-19 em bebês foi encontrado. Apesar que, em Israel, por exemplo, verificou-se que os casos de hepatite grave se deram em crianças que já tinham sido infectadas pelo novo coronavírus. Na Inglaterra, um dos epicentros, estes testes ainda não foram feitos. 

Por que os oftalmopediatras devem estar atentos? 

É claro que qualquer nova doença merece atenção de toda comunidade médica. No entanto, estamos falando de algo que atinge principalmente crianças de até 5 anos e cujo sintoma provável são olhos amarelados. Sendo assim, além da já comum miopia infantil, oftalmopediatras em todos lugares poderão estar vivenciando serem os primeiros a terem contato com a nova doença. 

Hepatite em crianças: oriente seus pacientes 

Importante destacar que poucos casos evoluem para um cenário grave e, embora tenha havido um surto, está longe de ser uma epidemia no Brasil ou mesmo uma pandemia.  

Ainda que a origem seja desconhecida, é suspeito que possa ser causada por um adenovírus. É algo relativamente comum de acontecer ser infectado por algum tipo de vírus depois do isolamento causado pela pandemia. 

Outras hipóteses ainda estão sendo investigadas por autoridades de saúde pelo mundo, no entanto, é provável que alguns exames de sangue ou testes deverão ser indicados, junto ao acompanhamento por um clínico geral ou hepatologista. Saiba mais sobre o tratamento de hepatite aqui. De toda forma, não há motivo para pânico, pois toda hepatite tem cura. 

Pandemia e os cuidados com os olhos 

A miopia infantil tem crescido no período de pandemia, segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Um dos motivos indicados é certamente a ausência de atividades ao ar livre. Isso tudo dentro de um contexto de epidemia de miopia que já vem de antes da pandemia de Covid-19. 

Se não bastasse, há indicações de piora nos cuidados com a saúde dos olhos por parte da população. Tudo somado, deve elevar a vigilância dos profissionais da saúde, inclusive, para observação de manifestações desconhecidas da chamada Covid longa. 

A soma de pessoas infectadas pela Covid-19 e novos vírus que circulam mais depois do isolamento, também pode gerar sintomatologias fora do padrão de outras doenças e devemos estar atentos.   

Cresce a atenção no cuidado dos olhos 

O teste do reflexo vermelho tem se demonstrado extremamente importante ao longo do tempo para detecção de doenças oculares. Hoje, com a inovação tecnológica do retinógrafo, é possível fazer um exame muito mais completo e, levando em consideração o novo cenário que vivemos, se torna indispensável. 

O teste do reflexo vermelho, ou teste do olhinho, é obrigatório por lei no Brasil, porém, não é regulamentado nem fiscalizado. De tal forma que é necessário orientar os pais e a população em geral sobre sua importância na prevenção de doenças graves que podem levar à cegueira. Um dos dados mais importantes é o de que 80% dos casos de cegueira podem ser evitados com diagnóstico e tratamento precoces. 

Leia o artigo