Óculoplasta: conheça essa especialidade da oftalmologia

Você já ouviu falar em Oculoplastia? Caso nunca tenha se queixado de incômodos ao redor dor olhos (ou não conheça alguém que tenha passado por isso), é provável que não. 

A Oftalmologia é uma área de especialização dentro da Medicina e se ramifica ainda mais levando-se em conta a complexidade da estrutura ocular. Assim, a Oculoplastia se concentra no diagnóstico e tratamento de condições que afetam as pálpebras, as vias lacrimais, as órbitas (osso que envolve o olho) e as estruturas perioculares (como as sobrancelhas). Seu objetivo é preservar e melhorar a aparência e a função dos olhos e suas estruturas, sendo também conhecida como plástica ocular ou oftalmologia plástica. 

Mas o que essa especialidade trata, afinal? 

Condições tratadas pela Oculoplastia 

O médico oculoplasta tem vital importância na saúde dos olhos, pois somente esse profissional está apto a tratar questões de pálpebras e vias lacrimais com propriedade, já que qualquer alteração nessas áreas pode prejudicar as estruturas oculares. Uma ptose (queda da pálpebra superior), por exemplo, se não for tratada corretamente pode obstruir o eixo da visão e um lagoftalmo (incapacidade de fechar os olhos) pode causar úlcera de córnea.  

De tal forma, um oculoplasta (ou oftalmologista estético) pode tratar diversas condições, seguem alguns exemplos abaixo: 

  • Ptose palpebral: queda da pálpebra superior 
  • Ectrópio: eversão ou inversão da pálpebra 
  • Entrópio: inversão da pálpebra 
  • Tumores palpebrais 
  • Blefarite: inflamação das bordas das pálpebras 
  • Lacrimejamento excessivo ou insuficiente 
  • Trauma ocular e orbital 
  • Anormalidades das vias lacrimais 
  • Distrofias palpebrais 
  • Deslocamento de implante orbitário 
  • Anormalidades do posicionamento das sobrancelhas Xantelasma 

Como é feito o tratamento em Oculoplastia? 

O tratamento envolve uma abordagem personalizada para cada paciente, levando em consideração a sua história médica e a gravidade da sua condição. Alguns tratamentos incluem: 

  • Cirurgia: é muitas vezes necessária para corrigir condições como ptose palpebral, ectrópio e excesso de pele nas pálpebras (blefaroplastia). Realizada pelo oftalmologista estético, a cirurgia pode envolver encurtamento de músculos, reposicionamento de estruturas ou remoção de tumores, entre outras técnicas. A maioria das cirurgias é realizada em regime ambulatorial e com anestesia local ou sedação consciente, permitindo uma recuperação rápida. 
  • Procedimentos não cirúrgicos: para condições como blefarite e distrofias palpebrais podem ser prescritos tratamentos tópicos ou orais, bem como terapia de calor local.  
  • Implante de próteses: para pacientes que tiveram perda de um olho, é possível fazer a colocação de próteses oculares personalizadas que ajudam a restaurar a aparência natural dos olhos. 
  • Tratamento de tumores: o tratamento de tumores palpebrais geralmente envolve a remoção cirúrgica do tumor, seguida de reconstrução das estruturas palpebrais afetadas. 

A oftalmologia é abrangente e tem diferentes especialidades. Assim, não deixe de procurar um profissional para indicar a melhor para sua necessidade. 

 

 

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Cuidados com a saúde mental em crianças com problemas de visão

A principal forma de diagnóstico precoce e até mesmo de prevenção de problemas de visão em crianças é o Teste do Reflexo Vermelho (TRV), conhecido como o teste do olhinho. Sua versão ‘hi-tech’, o teste digital do olhinho, ainda pode identificar problemas como a miopia em crianças, retinoblastoma e outras doenças que, sem diagnóstico precoce, podem levar à cegueira. 

Quanto mais cedo diagnosticado o problema de visão, maiores são as chances de cura. Existem algumas condições, como a miopia em crianças, embora não seja única, que podem até a vida adulta. 

Nestes casos, é necessário adotar uma jornada de cuidados especiais, atenção e acompanhamento por parte pais, médicos e professores. Isso tudo porque a visão tem um papel central no desenvolvimento cognitivo-social da criança e papel importante na coordenação motora e o afetivo-emocional. 

Cuidados com a saúde emocional da criança

O primeiro deles e, portanto, a base de tudo é o acompanhamento com um oftalmologista ou oftalmopediatra. Desde 2007, está vigente no Brasil uma lei que determina a realização do Teste do Reflexo Vermelho ainda na maternidade. Atualmente, já podemos contar com tecnologia de ponta na realização do exame, com sua versão do teste digital do olhinho.

Além de prevenir casos que podem levar à cegueira, o que certamente teria um impacto negativo muito maior na vida da criança, o teste pode contribuir para impedir a progressão e até mesmo a correção de alta miopia em crianças, entre outros erros refrativos.

Além do teste do olhinho, é necessário que a criança se consulte periodicamente com um oftalmologista. Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmopediatria, a primeira consulta deve ser já no primeiro ano de vida.

O papel dos pais no desenvolvimento da criança

O papel dos pais no desenvolvimento cognitivo das crianças é extremamente importante, ainda mais quando se leva em consideração a existência de algum problema de visão. Enquanto ainda for um bebê, o estímulo à visão da criança será chave para o desenvolvimento saudável. No caso em que existam limitações mais sérias, esse estímulo deve ser especificado junto a um especialista.

Em um artigo científico de pesquisadores da PUC-MG e da COMG, aponta-se que cerca de 20% das crianças que frequentam escolas apresentam baixa acuidade visual. É sabido como isso afeta o desenvolvimento escolar. Portanto, ao ter diagnóstico e tratamentos precoces, a criança poderá ter um desenvolvimento normal. É essencial que os professores que estejam em contato direto com a criança sejam informados e envolvidos em manter as orientações dos pais e profissionais para não comprometer seu aprendizado. 

Em entrevista ao portal do Centro Médico CM Martins, a Dra. Fernanda Petroni, especialista em oftalmopediatria, afirma que “é muito importante observar se a criança está tendo dificuldade na leitura e em assimilar as coisas. Muitas vezes, o porquê disso não é por falta de aprender, ou falta de conhecimento. E, sim, pela deficiência visual”.

Problema de visão em crianças e autoestima

A autoestima é parte fundamental durante a infância, ajudando na formação do caráter e inteligência emocional. A baixa autoestima em crianças ou adultos pode levar a quadros de ansiedade, síndrome do pânico e até mesmo depressão. Sendo assim, crianças com problemas de visão podem ser alvos fáceis para desenvolver problemas de autoestima. 

Sendo assim, além de contar com apoio dos pais, professores e acompanhamento de um oftalmologista, se a criança apresentar sinais de tristeza constante, irritabilidade e outras questões de comportamento, o acompanhamento psicológico pode ser necessário.

Muitos dos problemas de visão infantil podem ser evitados e tratados ainda nos primeiros anos de vida. Em casos muito específicos, como crianças com alta miopia, as soluções podem aparecer à medida que elas crescem ao adotar lentes de contato e até mesmo a cirurgia por implante de lente intraocular EVO Visian ICL. 

Procure manter a criança motivada. Incentive atividades ao ar livre que, além de ajudarem a prevenir progressão da miopia, desenvolvem mais capacidades motoras e psico-sociais da criança.

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O panorama da catarata no Brasil

Uma pesquisa recente feita pela Clínica de Oftalmologia Integrada (COI), do Rio de Janeiro, mostrou que 52% dos adultos com mais de 60 anos vão ao oftalmologista para tratar catarata. Com um índice de 51%, a doença é uma das principais causadoras de cegueira no mundo, de acordo com a OMS, e pode ser evitada com consultas regulares ao oftalmo. 

Para isso, é fundamental que os médicos da especialidade estejam sempre atualizados com o que existe de melhor não apenas em termos de estudos e conhecimentos relacionados aos tratamentos, como também munidos de equipamentos oftalmológicos de ponta em seus consultórios. 

Tratamentos tecnológicos 

Por se de tratar de uma lesão que deixa o cristalino opaco e compromete a visão, o tratamento mais eficaz, por enquanto, é a cirurgia de catarata. O processo consiste na remoção do cristalino danificado e na substituição deste por uma lente artificial que pode ajudar na recuperação da visão perdida. 

Para auxiliar na cirurgia de catarata, o médico pode contar com a tecnologia de equipamentos oftalmológicos, como: 

Catarhex: Plataforma portátil que pode ser transportada para fora do consultório e que realiza cirurgia de catarata com segurança em qualquer lugar.  

FAROS: Dispositivo multifuncional e de fácil utilização, desenvolvido para cirurgias oculares de alto nível e precisão.  

Ambas plataformas funcionam da mesma foram para a cirurgia de catarata, e são de fácil operação, além de contarem com painel de controle intuitivo, bomba SPEEP, tecnologia easyPhaco, monitoramento apurado do fluxo com bomba peristáltica, dentre outras características focadas em ajudar o médico a realizar o procedimento com segurança.   

Além dessas soluções, o OS4 também é indispensável para o tratamento da catarata, dotado de inúmeros recursos inovadores que propiciam precisão e segurança para cirurgias oculares. Ele também conta com as tecnologias citadas, além da lâmina afiada Caliburn, que reduz a força de penetração e resulta em uma geometria de corte perfeita na esclera. É considerado uma plataforma all-in-one, e realiza cirurgias de vitrectomia, glaucoma e catarata.  

As lentes terapêuticas também têm ganhado cada vez mais espaço no tratamento da doença. É o caso da TRIVA, uma lente intraocular para catarata trifocal, que se adapta a qualquer distância. Também é uma ótima alternativa para pessoas entre 65 e 75 anos que usam dispositivos digitais no Brasil e sofrem com a catarata. Neste caso, a LIO trifocal TRIVA atende perfeitamente a esta realidade e facilita a vida destas pessoas, libertando-as do uso dos óculos regulares, tornando a experiência com as telas menos desconfortável.  

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Vacinação infantil: cegueira pode ser sequela de Sarampo

O Dia Nacional da Vacinação é celebrado no dia 17 de outubro e, infelizmente neste ano lembrou que temos que nos preocupar ainda mais com o tema.  

Conforme dados divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a taxa de vacinação infantil no Brasil vem sofrendo uma queda importante: de 93,1% para 71,49%. Realizada em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pesquisa destaca que o número posiciona o Brasil entre os dez países com menor cobertura vacinal do mundo. 

Tal cenário deixa a população infantil exposta a doenças que não eram mais uma preocupação no país, como o sarampo, que pode causar males como problema de visão infantil. Além dele, outras doenças que podem voltar são a poliomielite, meningite, rubéola e a difteria. 

A pandemia de Covid-19 é vista como um dos motivos que agravou as baixas coberturas. E mesmo passado o momento de pico da crise, tudo indica que as famílias não atualizaram a vacinação de suas crianças desde então, algo bastante preocupante. 

A volta do Sarampo 

Como citado, essa baixa vacinação traz consequências e uma delas é a volta de doenças até então eliminadas do país. O Sarampo, doença que pode causar cegueira infantil como sequela, é um dos casos alarmantes atualmente. 

Depois de ter recebido em 2016 a certificação de país livre do sarampo pela Organização Pan-americana de Saúde (Opas), o Brasil passou a registrar, nos últimos anos, sua disseminação em todo o território nacional. O Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde mostra mais de 40 mil casos e 40 mortes causadas pela doença desde 2018, sendo mais da metade em crianças menores de 5 anos. 

E você, já vacinou sua criança? Ajude nosso país a eliminar o sarampo novamente!  

Apenas 47,08% dos pequenos receberam o imunizante em 2022, sendo que a meta de cobertura vacinal é de 95%. A proteção é feita com a vacina tríplice viral, que imuniza também contra a caxumba e a rubéola, e faz parte do calendário de vacinação. Ou seja, isso significa que não é apenas a proteção contra o sarampo que está faltando em grande parte de nossas crianças. 

Sarampo: os riscos para as crianças 

A doença causa mais complicações nos menores de 5 anos, e é ainda mais perigosa para bebês com menos de 1 ano. De acordo com o Ministério da Saúde, 1 em cada 20 crianças com sarampo pode desenvolver pneumonia, 1 em 10 pode ter otitemédia aguda e 1 a cada mil pode ter encefalite aguda por causa do vírus, uma complicação grave capaz de deixar sequelas, como cegueira infantil e transtornos neurológicos e respiratórios. Infelizmente, uma a cada mil crianças com sarampo vem a óbito. 

Cuide dos pequenos! 

Se você é pai, mãe ou responsável por algum pequeno, atente-se à caderneta de vacinação! Mantê-la em dia é fundamental para a saúde da criança e tantas outras que convivem com ela no caso das doenças transmissíveis. Evite problema de visão infantil e tantas outras sequelas. 

Não deixe que a falta de uma ação simples como a vacinação prejudique a saúde e a vida de quem você ama. 

Doenças infantis que não podem ser combatidas com vacina e alteram a visão

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