O que o médico precisa considerar ao adotar cirurgia de correção de miopia com ICL

Com a chegada da lente intraocular ICL no mercado brasileiro tornou-se ainda mais viável a possibilidade de indicação da cirurgia para correção de miopia dos pacientes. Com um procedimento seguro, de rápida recuperação e alta taxa de satisfação, esse é o tipo de lente corretiva que está ganhando destaque no cenário nacional, por ter  20 anos de evolução e que está presente em 75 países. 

Mas há uma série de fatores que precisam ser considerados pelo médico antes de adotar a cirurgia de correção de miopia em sua clínica como insumos, certificação e, claro, a precificação

A certificação necessária para realizar a cirurgia para corrigir a visão com a lente intraocular ICL

Para ser considerado apto para a realização da cirurgia de correção de miopia com a lente intraocular ICL é necessário solicitar um treinamento diretamente com a Advance Vision, para conseguir a certificação exigida. 

O treinamento, que deve ser agendado com 15 dias de antecedência, se baseia em um curso teórico, web lat e acompanhamento cirúrgico do procedimento em 4 olhos. 

Para clínicas localizadas a mais de 200km de São Paulo são cobrados o custo de deslocamento, composto por estadia e passagens aéreas. 

Os insumos necessários para realizar a cirurgia para corrigir a visão do olho com miopia

Para poder realizar procedimentos com esse tipo de lente corretiva é necessário possuir uma série de insumos, materiais cirúrgicos e acessórios

Os insumos são: metilcelulose 2%, BSS, seringas e cânula.  Junto a eles, é necessário o uso de instrumentos cirúrgicos específicos, manipulador e pinça de carregamento frontal. Nas primeiras quatro cirurgias, que acontecem durante o período de certificação do profissional, a Advance oferece o material, posteriormente é indicada uma empresa para a aquisição.

Quanto aos acessórios necessários há o êmbolo de ponta e cartucho, que fazem parte da própria lente, e o injetor, que é próprio da ICL e pode ser reutilizado por aproximadamente 10 vezes.

É necessária a importação de materiais?

É possível que seja necessária a importação da lente intraocular ICL para a realização da cirurgia de correção de olho com miopia. 

As lentes tóricas possuem prazo de 30 dias para a entrega. 

Como é feita a precificação do procedimento

O profissional poderá realizar a precificação, devendo levar em conta os seguintes custos: lente, taxa de sala cirúrgica, anestesista, insumos e honorários médicos.

É necessário ressaltar que, por ser uma cirurgia para corrigir visão realizada por um médico treinado, os valores são maiores do que os procedimentos encontrados comumente no mercado nacional, que são feitos a laser.

Caso seja necessário, é possível fazer a retirada da lente

A lente intraocular ICL é uma opção de fácil adaptação ao paciente, por manter a fisiologia ocular natural, fluxo de humor aquoso, além de evitar  a incidência de catarata e ritidectomia. Entretanto, caso o paciente necessite realizar outro procedimento para a extração da lente, que deve ser precificada e avaliada de mesma forma.

A chegada da lente intraocular ICL no mercado brasileiro trouxe uma opção vantajosa tanto para os médicos quanto para os pacientes, por ser um tratamento seguro e que traz uma grande melhoria no bem-estar. Para saber mais sobre esse tipo de lente corretiva e a  cirurgia para corrigir a visão leia 7 fatores que tornam a cirurgia de correção de miopia com lente intraocular Evo Visian ICL mais segura que os demais procedimentos.

Posts Relacionados

Capa do artigo
Entenda mais sobre a síndrome da visão de computador que afeta cada vez mais pessoas

Com o uso das tecnologias e aumento do tempo de tela, surge um problema associado. Uma doença recentemente catalogada no rol das doenças oculares, causada por longas horas de uso de telas eletrônicas, que pode provocar olho seco, irritação, entre outras.  

A Síndrome da Visão de Computador (SVC) já está catalogada nos livros de medicina. A SVC afeta cerca de 90% das pessoas que passam três horas ou mais no computador, segundo o National Institute for Occupational Safety and Health, dos Estados Unidos. 

Neste artigo vamos conhecer um pouco das causas, sintomas, tratamento e, mais importante, a prevenção. 

O que é a SVC (Síndrome de Visão de Computador)? 

Apesar de manifestar em qualquer idade, é mais comum nos adultos. Trata-se do conjunto de sintomas causados pela alta exposição a telas eletrônicas, portanto, uma condição temporária, diferente de outras doenças oculares.  

Alguns sintomas relacionados à SVC são: 

  • cefaleias; 
  • visão embaçada; 
  • dores no pescoço; 
  • fadiga; 
  • astenopia; 
  • secura nos olhos; 
  • diplopia; 
  • dificuldade em focar os olhos. 

 Quais são as causas da SVC? 

 A exposição prolongada a telas eletrônicas pode diminuir a frequência com que piscamos. A frequência de piscar os olhos em seres humanos é, normalmente, de 16 a 20 vezes por minuto. Quando em uso de telas, essa frequência pode cair para apenas 6 piscadas por minuto. 

Piscar os olhos é fundamental para sua lubrificação e sua proteção contra agentes externos, como a poeira, resíduos e sólidos. Isso pode levar à diminuição do reflexo para piscarmos os olhos e, assim, gerar a síndrome.  

Também o esforço de focar o olho, aumento por má iluminação ou por muita proximidade da tela, leva à astenopia, que é a dificuldade de focar. Isso é mais comum em pessoas com mais de 30 anos, que pode levar até mesmo ao aparecimento de presbiopia prematura. 

 Tratamento e prevenção 

Um dos sintomas mais comuns e que mais incomodam o paciente de SVC é o olho seco. Tal sintoma deve ser tratado com colírios e umidificadores, de acordo com indicação de um oftalmologista habilitado. 

Porém o sintoma mais grave, de fato é a astenopia, que pode levar o paciente até mesmo a confundir com miopia, astigmatismo ou outros problemas refrativos e doenças oculares. 

 Para essa dificuldade de focar, seja mais temporária ou quando se apresenta permanentemente, um oftalmologista deve ser consultado, porém, o tratamento comumente será ou o descanso da vista, ou, no caso de um quadro permanente, o uso de lentes corretivas. 

 Há prevenção ou mitigação do problema, contudo. Um exercício fácil de se fazer, além de natural é a prática de atividades ao ar livre. Estudos demonstram que até mesmo para prevenção de miopia, atividades ao ar livre são eficazes. 

Outro exercício que tem ficado conhecido é a do 20-20-20, para cada 20 minutos de exposição à tela, dar 20 segundos de pausa olhando para um objeto a 6 metros (20 pés) de distância e piscar várias vezes. 

Míopes e operados com cirurgia refrativa 

As pesquisas não demonstram evidências de que a SVC não possa afetar da mesma forma míopes e operados com cirurgia refrativa. Embora, aqueles que removeram o cristalino (lente natural) não podem mais desenvolver presbiopia como consequência. Já os míopes podem ter até o aumento do grau da miopia em virtude, não da SVC propriamente dita, mas do uso de telas. 

De qualquer forma, consulte sempre um oftalmologista para um diagnóstico e tratamento precisos. 

Leia o artigo
Capa do artigo
Aconselhamento correto sobre uso de telas ajuda pais a protegerem visão dos filhos

De acordo com o CBO – Conselho Brasileiro de Oftalmologia, problemas da visão infantil, tais como a miopia infantil e outros, atingem 20% dessa população. O diagnóstico para o tratamento e a prevenção contra o agravamento de algumas dessas doenças são fundamentais, o teste do olhinho, ao nascimento é indispensável.

Contudo, o comportamento nosso e o dos nossos pequenos, também podem impactar negativamente na saúde da visão, em especial da visão infantil. O uso prolongado e contínuo de telas luminescentes, por exemplo, pode levar ao desenvolvimento de estrabismo em crianças e adolescentes.

Existe, até mesmo, um nome próprio para um tipo de doença ocular causada pelo uso prolongado de telas. Essa é a Síndrome Visual do Computador (SVC). Os problemas relacionados a essa síndrome são verificados em todas as idades. 

Na era da tecnologia que vivemos, em que temos que nos acostumar a passar longas horas com nossos olhos direcionados a estes dispositivos e, particularmente, neste momento de pandemia que estamos vivendo, em que temos ficado mais em casa, este tempo também tende a aumentar – e com ele, a ocorrência de problemas oculares.

Por isso, é importante entendermos como fazer o uso correto, bem como conhecer os riscos.

Problemas da SVC na visão infantil

A Síndrome Visual do Computador (SVC) engloba os sintomas que são relacionados ao uso contínuo prolongado de telas. Estima-se que os sinais podem surgir quando do uso contínuo de eletrônicos por mais de duas horas. Entre os sintomas, estão: sensação de olho seco; redução do número de piscadas; redução na produção lacrimal basal; vista embaçada, borrada ou duplicada; e alguns sinais que indicam presença de SVC são dor de cabeça; ardência; coceira; lacrimejamento e olhos avermelhados. 

Segundo especialistas, a SVC pode agravar ou ocasionar o surgimento de miopia, inclusive, miopia infantil. Tudo isso ocorre porque, além de piscarmos até 60% menos quando estamos diante de telas, há um esforço maior em focar de perto. A repetição desse esforço e a redução das piscadas pelas longas horas, todos os dias, estão na origem destes inconvenientes.

Prevenção da SVC e outros problemas na visão infantil

Além daquilo que já é o comum em termos de diagnóstico de doenças congênitas e prevenção de problemas oculares da visão infantil, como o Teste do Olhinho nas primeiras semanas de vida, devemos reforçar a importância de uma reavaliação entre 6 meses e 1 ano e, posteriormente, as visitas anuais ao oftalmologista. Exames mais completos, como o exame de fundo de olho, com Retinógrafo, também são recomendados para crianças. 

Para prevenção da SVC, em particular, a regra do 20-20-20 é aplicável. Ou seja, a cada 20 minutos de uso, fazer uma pausa de 20 minutos e olhar para um objeto  a cerca de 20 pés de distância (6 metros). O bom uso das telas também inclui intercalá-las com atividades ao ar livre. É recomendado piscar com mais frequência, para aumentar a lubrificação dos olhos.

Leia o artigo
Capa do artigo
A pandemia da miopia em crianças e o papel do oftalmopediatra

Nem fatores genéticos, nem o aumento de atividades como a leitura e a escrita deveriam ser culpados durante a pandemia pelo maior número de casos de miopia infantil. O que explica o aumento de 400% dos casos em crianças entre 6 anos em comparação ao ano anterior, número publicado pela revista científica JAMA Ophthalmology, é a falta de exposição solar devido ao confinamento, ausência de teste de visão infantil e o maior tempo gasto, principalmente, em frente às telas. 

O mundo viveu uma das mais sérias pandemias de sua história recentemente. Embora ainda não tenhamos oficialmente saído dela, o período mais agudo em nosso país (de Março de 2020 ao fim de 2021), parece já ter ficado para trás com o avanço da vacinação e a mutação do vírus para uma cepa menos agressiva.

Com as normas de distanciamento social e a interrupção das aulas presenciais adotadas à época, contudo, as crianças se viram cada vez mais apegadas aos celulares, tablets e computadores seja para passar o tempo, brincar ou para assistir às aulas escolares. Tais hábitos adquiridos acabaram diminuindo o tempo gasto em atividades ao ar livre e consequentemente aumentando o tempo de tela em casa, o que prejudica a visão e é responsável pelo aumento de casos de miopia infantil. 

De fato, essa rotina online é extremamente prejudicial às crianças, principalmente as mais novas. Isso porque o estado refrativo de crianças entre 5 a 8 anos pode ser mais sensível às mudanças ambientais do que em crianças mais velhas, visto que se encontram em um período importante para o desenvolvimento da miopia infantil. Segundo a OMS, nesta idade a criança idealmente já deve ter realizado teste de visão infantil.

Essa realidade, mesmo passado o período mais intenso da pandemia tende a se manter em certo nível, dado que muitas escolas manterão aulas híbridas com parte presencial e parte online.

Segundo a Academia Americana de Oftalmologia, em 2050, metade da população mundial será míope, visto que, além da hereditariedade, muitos oftalmopediatras apontam que o uso prolongado do computador e da TV na infância e adolescência contribui para o desenvolvimento da miopia infantil.

Diante desses dados, é fundamental que os pais estejam atentos aos sinais dados pelos filhos. Assim, eles poderão recorrer a  exames oftalmológicos, um médico e detectar precocemente possíveis doenças oculares e tratá-las.

Atenção redobrada com a visão infantil!

Caso perceba alguns sinais da criança como baixo rendimento, falta de concentração, lacrimejamento nos olhos, vermelhidão, dores de cabeça ou queixa de baixa visão, procure um oftalmopediatra imediatamente para uma consulta de rotina, orientação adequada e solicitações de teste de visão infantil

Se você é professor ou pedagogo, é muito importante se atentar aos sintomas de problema da visão, para além do que já conhecemos, mas levando também em conta esta realidade surgida antes da pandemia e que se viu agravada com ela, da qual a OMS já considera como uma epidemia de miopia.

Além disso, mudanças nos hábitos das crianças também são fundamentais. A primeira medida para controlar a miopia infantil causada pelo estilo de vida é intercalar as atividades ao ar livre com o uso dos eletrônicos no dia a dia, inclusive durante a pandemia.

Também é importante que, no momento da consulta, o oftalmologista explique ao paciente que os problemas relacionados ao excesso de contato com a tecnologia vão muito além da saúde dos olhos. O hábito pode causar, por exemplo, alterações posturais, hiperatividade, distúrbio social e déficit de atenção.

Diagnóstico: miopia infantil! E agora?

A miopia não tem cura! No entanto, quando corretamente diagnosticada, através de exames oftalmológicos, pode ser corrigida com óculos, lentes de contato ou até mesmo cirurgia. Porém, é essencial um acompanhamento médico e tratamento adequado, pois a miopia pode ser progressiva e pode desenvolver outros problemas oculares graves, como catarata, descolamento de retina e outros, e, nesses casos, nenhuma dessas terapias irá corrigir o alongamento do globo ocular. 

Quando o grau da miopia é alto, acima de 6, a deformação do globo ocular aumenta o risco de desenvolver condições como o descolamento de retina, catarata e glaucoma, aumentando o risco da perda permanente da visão.  Por isso, é essencial que o oftalmopediatra oriente seus pacientes a fazerem um acompanhamento e algumas mudanças de hábitos desde a infância. Assim, com os exames e tratamento corretos, além da miopia infantil, também é possível prevenir problemas oculares mais graves e preservar a saúde dos olhos.

Leia o artigo