Alta miopia cresce no Brasil. Saiba o que pode causar e como tratar

O nome “miopia” faz parte de nosso dia a dia, não é mesmo? Mas você sabe o que ela é tecnicamente?  

A miopia é um distúrbio visual caracterizado por um globo ocular mais longo, o que provoca a formação da imagem antes que a luz chegue até a retina. Com isso, gera a dificuldade de enxergar à distância, deixando embaçada a imagem dos objetos que estão longe. 

A doença pode atingir níveis mais graves, com casos que passam dos 6 graus de refração, o que é chamado de alta miopia. Nestes casos, os sintomas costumam se manifestar com mais intensidade. Isso gera dificuldades para a realização de algumas tarefas cotidianas, como tomar banho, cozinhar e praticar determinados esportes (futebol e natação, por exemplo). Em alguns casos, limita também o campo de trabalho da pessoa.  

Cenário preocupante: o aumento dos casos 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a miopia é um dos problemas de saúde pública que mais cresce no mundo. A projeção é de que metade da população mundial seja míope em 2050. E o mais alarmante: a alta miopia em alguns países está aumentando mais que a moderada ou baixa dificuldade de enxergar. Este é o caso do Brasil, infelizmente. Segundo a organização, a estimativa é que entre 2020 e 2040 o número global de altos míopes aumente 74%, passando de 399 milhões para 695 milhões. Neste mesmo período o número de brasileiros com alta miopia deve aumentar 84.8%, passando de 6,6 milhões para 12,2 milhões. 

 Como lidar com a alta miopia 

A alta miopia pode se desenvolver em função de componente genético, mas o aumento dos casos também tem relação com o hábito da população, que passa cada vez mais tempo em frente as telas. Para quem ainda não desenvolveu a doença, a prevenção é uma grande aliada para minimizar seus riscos, evitando a exposição exagerada a dispositivos como computadores e celulares. 

Quem já convive com a alta miopia tem alterativa. Lentes de contato são a primeira solução que o esse paciente adota para a correção da alta miopia, mas existem riscos e desvantagens em seu uso, como a possibilidade de desenvolver síndrome do olho seco e até mesmo alguma infecção ou inflamação no olho por conta da má higiene e manutenção da lente. 

Para quem já está com o grau estabilizado, a cirurgia de correção com lente intraocular para alta miopia deve ser considerada. Felizmente, o mercado brasileiro oferece opções de alto nível, como a Evo Visian ICL, que garante eficácia por conta da excelente biocompatibilidade com os tecidos do olho humano e qualidade superior de visão  

Correção da alta miopia 

O procedimento com lente intraocular para alta miopia garante mais de 90% de satisfação entre os pacientes e entrega um resultado mais efetivo e superior ao conquistado com a cirurgia convencional a laser, que muitas vezes não é possível em pacientes de alto grau. 

A cirurgia para correção da alta miopia é de rápida realização, fácil recuperação e tem como principal diferencial corrigir o grau por completo, além de durar toda a vida e ser reversível, caso o paciente queira ou tenha a indicação.  

Consulte um profissional 

Busque um oftalmologista certificado para saber mais sobre o procedimento e realizar todos os exames necessários. A cirurgia para correção da alta miopia com lente intraocular pode ser feita em pessoas de 21 a 60 anos que possuem cristalino. Sua aplicação pode corrigir a visão de pacientes com grau de dioptria entre -6 e -18. 

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Tipos de tratamentos para o ceratocone

Apesar de não ser tão incomum, o ceratocone não é uma das doenças oculares mais conhecidas pelas pessoas. A estimativa é que atinja um a cada dois mil indivíduos, sendo que no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, cerca de 150 mil pessoas convivem com o problema.  

E você, já ouviu falar sobre o ceratocone?  

O que é ceratocone 

É uma enfermidade não inflamatória que afeta a córnea, camada fina e transparente situada na região anterior do globo ocular.  Uma córnea normal tem formato arredondado, quase esférico, o que faz com que as imagens sejam focalizadas corretamente. Quem tem ceratocone sofre uma deformação progressiva da região, tendo sua resistência e elasticidade alteradas, deixando-a mais fina e com formato cônico. Isso faz com que enxergue de forma distorcida, podendo levar ao desenvolvimento de altos graus de astigmatismo e miopia, comprometendo a visão. 

A causa é incerta, apesar de muitas pesquisas sobre o tema. Várias fontes sugerem que o ceratocone tem origem em diferentes fatores, como: genético, bioquímico, biomecânico ou ambiental, sendo que qualquer um deles pode gerar o gatilho para o início do ceratocone. O hábito de coçar bastante os olhos, por exemplo, costuma estar associado aos pacientes com a doença. 

O diagnóstico pode ser feito por exame clínico ou avaliações da córnea, como topografia computadorizada (estudo da curvatura) e paquimetria (análise de espessura), que permitem identificar a doença no início. 

 Tipos de tratamento 

O ceratocone não tem cura. Entretanto, felizmente existem tratamentos muito eficazes que permitem manter a qualidade de vida do paciente. Para ter acesso a técnicas com melhores resultados, é importante consultar um médico especialista, que avaliará o caso e indicará a melhor opção. 

De modo geral, na fase inicial da doença, a visão pode ser corrigida com o uso de óculos, que devem ser trocados frequentemente, à medida que a doença avança e o grau aumenta. Já na fase moderada, os óculos não garantem mais uma boa qualidade de visão, sendo necessário o uso de lentes de contato específicas para ceratocone ou o implante de anel intracorneano. Para os casos críticos, o tratamento baseia-se no transplante de córnea. 

 Correção de alta miopia  

Como vimos anteriormente, a alta miopia é um dos efeitos causados pelo ceratocone. Para tratar essa condição, as pessoas acometidas pela doença têm a opção do implante intraocular para alta miopia.  

Vale destacar que, diferentemente da miopia moderada, a cirurgia de correção a laser não é uma opção para os casos de grau elevado. Ainda, a cirurgia para correção de alta miopia não trata a doença ceratocone, mas sim um de seus efeitos colaterais (a miopia). 

Implante intraocular para alta miopia 

Além de tratar a alta miopia e melhorar a qualidade de vida das pessoas acometidas pela condição (seja ela efeito da ceratocone ou não), a cirurgia com lente intraocular reduz a necessidade de novos procedimentos no futuro, tendo resultados de longo prazo comprovados. Adicionalmente, apresenta menos riscos devido às suas características.  

Outro grande diferencial do implante de lentes para tratar a miopia é que os olhos submetidos à cirurgia a laser têm em média três vezes mais aberrações esféricas do que os olhos tratados com ela, resultando em uma visão de alta definição. Isso porque a cirurgia a laser gera alterações na estrutura da córnea, mudando muitas vezes o comportamento dos raios luminosos, sua refração e difração, causando distorção na nitidez da imagem.  

Por manter a estrutura ocular intacta, a cirurgia com lente intraocular também evita a Síndrome dos Olhos Secos e distorções na visão. 

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Cirurgias de correção de miopia e saúde mental

Nunca se falou tanto em saúde mental como atualmente. Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que 450 milhões de pessoas são afetadas diretamente por transtornos mentais, a maioria delas está nos países em desenvolvimento. E não para por aí: uma em cada quatro pessoas com alterações visuais tem depressão e a cirurgia de correção para o alto míope pode influenciar nesses números alarmantes, já que entre as doenças que causam mais incômodos e que prejudicam a saúde mental segundo o estudo, está o olho seco – uma consequência inclusive da cirurgia de correção da miopia com lente Lasik.

A saúde ocular está estreitamente conectada à sistêmica. De acordo com a ONG britânica Action for Blind People, pessoas que perderam alguma ou toda a visão geralmente lutam com uma gama de emoções: choque, tristeza, frustração e depressão. Além disso, muitas vezes, problemas na visão deixam algumas pessoas mais isoladas, o que causa sentimento de desamparo e solidão. 

O risco de perda da visão em pacientes alto míopes, por exemplo, também é grande e está relacionado ao aumento do comprimento axial do olho, que pode provocar o descolamento da retina, edema na mácula (porção central da retina), catarata entre outros. Por isso, muitas pessoas acabam investindo na cirurgia de correção da miopia com lentes. Porém, dependendo do método escolhido, pode não ser a melhor solução e acabar afetando sua saúde mental. 

Lasik e a Depressão

A cirurgia a laser Lasik é uma das opções para correção da miopia com lentes. Com o objetivo de corrigir problemas de visão e dar adeus ao uso dos óculos, Lasik remodela e remove o tecido corneano no nível dos nervos sensoriais. Esses nervos protegem o olho, mas também fornecem o feedback (biofeedback) necessário para a produção de novas lágrimas. Na ausência desse feedback, o olho seca e sua superfície pode se deteriorar. 

Na maioria dos casos, os nervos cortados retornarão à função normal dentro de quatro a seis meses após o procedimento. Mas para alguns pacientes, isso não acontece. Por haver essa remoção no tecido corneano, além do olho seco, o paciente que se submete ao método de correção da miopia com lente Lasik também corre maior risco de ter ardência, sensação de areia nos olhos, sensibilidade extrema à luz e perda de visão de qualidade – o que pode levar a casos graves de depressão

Outro fator negativo, é que lasik é irreversível. Ou seja, se houver esse tipo de  imprevisto (como os citados acima), não dá para realizar a retirada da lente ou reverter os efeitos colaterais. 

Essas complicações têm apresentado um profundo impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes que se submeteram a cirurgia, ou seja, o que deveria ser uma solução para o problema de visão, acabou virando um pesadelo.

Lente Intraocular ICL: menos invasiva e reversível!

A chegada da lente intraocular ICL no mercado brasileiro trouxe inovações para o ramo de cirurgia para correção da miopia com lentes por trazer diversas vantagens como o material biocompatível e preservação da córnea.

A lente EVO Visian ICL possui altas taxas de satisfação entre os pacientes já que proporciona melhora no bem-estar e alta performance na visão. Feita com material collamer, exclusivo da Staar Surgical, é biocompatível, evitando a possibilidade de rejeição. 

Por ser localizada na parte posterior do olho, a correção da miopia com lente intraocular ICL preserva a córnea e mantém a fisiologia ocular natural, permitindo o fluxo de humor aquoso e evitando a síndrome do olho seco – que é uma das principais causas de depressão quando relacionada com saúde ocular . Além disso, ela é completamente reversível, podendo ser retirada em qualquer momento caso o paciente se arrependa ou queira fazer outra cirurgia mais moderna no futuro. 

A realização de uma cirurgia para correção da miopia com lentes pode trazer diversos benefícios para o seu bem-estar, porém é importante optar pelo método mais eficaz, reversível e com menor chance de causar efeitos colaterais indesejados. 

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Estudo revela que miopia também pode ter relação com alta escolaridade

Quanto mais a ciência evolui, mais descobrimos e aprendemos sobre o corpo humano e as doenças que o acometem. A miopia, uma das doenças dos olhos mais comuns,  é caracterizada pela dificuldade de enxergar à distância, que é também o sintoma mais evidente. Além deste, o míope também pode sentir fortes dores de cabeça e a necessidade de apertar as pálpebras para ver claramente.  

Devido à incidência elevada, a miopia segue sendo estudada pela comunidade médica. Fruto disso são as evoluções de tratamento – como o uso de lente intraocular para correção da miopia - e as descobertas sobre sua origem, que tem grande fator genético. 

Além do fator genético, recentemente um estudo identificou outras cinco variantes que aumentam o risco de miopia em adultos quando relacionadas a altos níveis de escolaridade, que implicam em mais tempo dedicado aos estudos e pouco tempo de ar livre. 

Saiba mais sobre o estudo que analisa o que causa miopia 

Realizado pela Universidade de Cardiff e publicado na revista Plos Genetics, ele teve como base as informações de mais de 340 mil pessoas do Reino Unido. Seus resultados mostraram que essas cinco variantes genéticas aumentam gradativamente o perigo de miopia conforme o grau de escolaridade da pessoa, principalmente as que possuem nível superior. Interessante, não? 

Dos cinco genes verificados, três nunca haviam sido identificados, enquanto os outros já haviam sido mapeados em levantamentos epidemiológicos do leste da Ásia, onde aproximadamente 80% das crianças desenvolvem a miopia, contra 30% dos ocidentais, segundo os autores.  

Segundo o principal autor do estudo, algumas pesquisas realizadas encontraram 450 genes que podem ser relacionados com a miopia. Mas, para seu estudo, um grande banco de dados genético e de saúde do Reino Unido foi utilizado, contemplando dados que vão além das condições médicas, como a escolaridade dos participantes. Assim, foi possível buscar variantes que, ao serem relacionadas com maiores níveis de escolaridade, teriam a chance de aumentar a suscetibilidade das pessoas à doença visual. 

O autor destaca que a pesquisa não foi determinante, reforçando a necessidade de novos estudos para entender com mais detalhes a conexão entre tais características genéticas e os hábitos de vida. Porém, vale destacar que isso não minimiza a importância das descobertas, que são inéditas. 

Como mencionado, o estudo foi realizado no Reino Unido e as variantes podem ser diferentes em outros locais do mundo. Há muito a se descobrir e aprender sobre o que causa miopia. 

Felizmente, o que se sabe atualmente já ajuda significativamente a melhora da qualidade de vida das pessoas que têm a condição, exemplo disso é a cirurgia de correção da miopia, que pode até mesmo solucionar casos de graus elevados com o uso de lentes intraoculares.  

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