O que toda gestante deve saber sobre a visão infantil

Apesar de os olhinhos do bebê já funcionarem no ambiente uterino, a visão infantil só vai amadurecer por volta dos 2 anos. Isso faz com que o bebê ainda não tenha aquilo que na visão infantil chamamos de “foco”, ou em termos médicos, a visão central. Isto pode dificultar a nossa percepção de prejuízos no seu desenvolvimento. Contudo, existem técnicas que permitem a detecção de maneira muito precoce. Uma delas, é o teste do olhinho. Assim como o teste do pezinho detecta doenças congênitas, o teste do olhinho pode flagrar deficiências visuais e, com tratamento precoce, tratá-las com sucesso.

Como se forma a visão infantil durante a gestação e depois?

Como o interior do útero é um ambiente com quase nenhuma penetração de luz, o feto não carece de visão apurada nesse período. Os olhos do feto começam a se desenvolver já na 4a semana de gestação, porém, é só na 16a semana que o mesmo desenvolve a capacidade de detectar a presença de luz. Na 26a semana é que o bebê vai conseguir abrir os olhinhos pela primeira vez.

Na 30a semana, provavelmente o bebê vai poder distinguir claro de escuro e até reagir às mudanças de luminosidade. Alguns especialistas acreditam ser este um estímulo importante para seu desenvolvimento.

No primeiro mês de vida, o bebê ainda enxerga em preto-e-branco e vê apenas vultos, não podendo diferenciar muitas coisas. No 2o mês, já enxergará sua primeira cor, o vermelho. É só no 3o mês de vida que o bebê conseguirá discernir melhor as coisas e enxergar bem numa distância de aproximadamente 10 cm. É aí também que sua visão começa a se estabilizar e adquirir foco.

Conforme passam os meses e os anos, a visão do bebê vai se desenvolvendo para enxergar com mais profundidade, discernindo cada vez melhor os objetos, a cada vez maiores distâncias e com mais riqueza de detalhes e contornos – até que amadureça completamente, por volta dos 2 anos. Ainda neste período, um fato bem notado por todos nós ocorre: A mudança de cor dos olhos.

Veja aqui uma animação que simula a evolução da visão do recém-nascido.

O teste do olhinho é obrigatório e fundamental

Logo após o parto, o pediatra já deve fazer o teste do olhinho. É obrigatório e permitirá um desenvolvimento saudável da visão infantil, mesmo caso haja detecção de doenças congênitas, em que o tratamento precoce permite até mesmo a recuperação completa da visão.

Para se ter ideia da importância da detecção precoce de enfermidades oftálmicas em recém-nascidos, a cada dez casos de perda de visão, oito poderiam ser detectados precocemente no teste do olhinho.

O que a mãe pode fazer pela visão do bebê?

Além do pré-natal bem conduzido e todas as recomendações já conhecidas para gestantes em geral, para a visão, existem alguns hábitos e práticas particularmente benéficos para o bom desenvolvimento da visão infantil. São algumas delas:

• Alimentação rica em ácido fólico e vitaminas do complexo B;
• Para prematuros, um acompanhamento especial é indispensável;
• Para estimular a visão, coloque objetos coloridos e variados ao alcance da visão do bebê;
• Não fume ou ingira álcool durante a gestação, ou na presença de bebês e crianças (no caso do cigarro).

Veja aqui alguns sinais que podem indicar problemas de visão em bebês e crianças.

 

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Problemas de visão podem dificultar socialização infantil. O que fazer?

Não há dúvidas de que todos os sentidos sejam importantes para um ser humano. Mas, quando o assunto é relacionado às crianças é preciso um olhar bastante atento à visão. Esse sentido é um dos mais essenciais para o desenvolvimento dos pequenos por desempenhar um papel fundamental na aprendizagem, exploração do mundo e na socialização.  

Além dos sintomas mais populares, como dores de cabeça, dificuldade de aprendizagem, coceira nos olhos e lacrimejamento, as questões não tratadas ou mal resolvidas de visão podem gerar danos emocionais para as crianças, especialmente na primeira infância. Esse é um ponto pouco conhecido ou lembrado, mas que precisa ser destacado, uma vez que não enxergar bem pode afetar o comportamento, gerando um grande desafio para a socialização infantil. 

Por isso, toda atenção à visão infantil é fundamental. O teste do olhinho, as consultas e os exames de rotina são de suma importância para identificar problemas e doenças como a miopia infantil e o retinoblastoma 

Comportamento infantil e sinais de alerta 

É natural que algumas crianças sejam introvertidas e tímidas, afinal são traços de personalidade que variam de pessoa para pessoa. Porém, é importante que pais e responsáveis fiquem atentos a mudanças significativas no comportamento infantil, pois podem indicar questões relevantes a serem tratadas. 

O alerta surge quando há grande variação. Ou seja, uma criança normalmente alegre passa a ficar mais quieta e triste, sem motivo aparente. Ou quando um pequeno antes focado e calmo começa a demonstrar impaciência, irritação e ansiedade. Nesses casos, é preciso buscar a orientação de um profissional de saúde.  

Assim, depois de uma investigação médica e caso as mudanças de comportamento não estejam associadas a algum transtorno psicológico evidente, é recomendado marcar uma consulta oftalmológica. Problemas de visão podem estar afetando a criança e seu bem-estar de forma sutil, sem que ela mesma identifique ou consiga comunicar isso. 

Acompanhamento constante é fundamental 

É importante salientar que, mesmo que seu pequeno não apresente sinais ou sintomas de problemas de visão, é indispensável que crianças sejam examinadas por um oftalmologista no primeiro ano de vida, entre seis e doze meses, e depois entre três e cinco anos de idade. Essa orientação faz parte das diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP).  

O desenvolvimento da visão da criança acontece até os sete anos, por isso é desejável que o diagnóstico e o tratamento de doenças oculares que comprometam isso sejam realizados prematuramente. Nesse contexto, o teste do olhinho é um dos recursos usados pelos oftalmologistas para avaliar a visão e detectar doenças como o retinoblastoma. Exija que seus filhos ou crianças pelas quais é responsável passem por ele. 

O teste do olhinho realizado com a tecnologia RetCam, por exemplo, pode identificar um elevado número de enfermidades nos recém-nascidos, como retinopatia da prematuridade, retinoblastoma, hemorragia de retina, zika congênita, córnea opaca e catarata congênita. Isso é possível graças à sua inovação e imagens precisas, que permitem uma visualização detalhada das estruturas do fundo do olho. 

Uma visão nítida e saudável é fundamental para que possam explorar o mundo, interagir com os outros e se desenvolver plenamente. Cuidar da saúde ocular das crianças desde cedo é um investimento no seu bem-estar e sucesso futuro. Lembre-se sempre de que a visão é mais do que apenas enxergar, é a chave para a descoberta e a conexão com o mundo ao redor. 

Cuide da visão de seus pequenos! 

 

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Teste digital do olhinho: tudo que você precisa saber antes de fazer

Quando uma criança nasce, não há nada mais normal que sua família se preocupe em fazer um diagnóstico de sua saúde. A cada minuto uma criança fica cega no mundo e, ainda que seja um verdadeiro choque descobrir um fato tão alarmante, 80% desses casos poderiam ser prevenidos ou tratados com um diagnóstico precoce. 

O teste digital do olhinho é rápido e indolor, podendo ser feito em crianças, recém-nascidos e até em bebês prematuros. Entenda detalhes sobre ele e descubra a sua importância.

Para que serve o teste digital do olhinho

Segundo estudo a cada 7 recém-nascidos, 1 apresenta alguma patologia ocular. O teste digital do olhinho chega exatamente para auxiliar a detectar esses diferentes problemas.

Ele é capaz de auxiliar o diagnóstico de diversas diferentes enfermidades, como:

– ROP (retinopatia da prematuridade)

– Retinoblastoma

– Doença de coats

– Shaken baby syndrome

– Coloboma retinal e de íris

– Hemorragia na retina e macular

– Catarata

– Cicatriz Corneal

– PHPV, Norrie & TORCH

O teste ainda é capaz de mostrar lesões causadas pelo Zika Vírus, Sífilis e Toxoplasmose, o que permite tratamentos e menores impactos no desenvolvimento da criança, considerando que 83% do aprendizado se dá através da visão.

Como funciona?

Ele é um exame seguro e indolor. O teste digital do olhinho funciona basicamente assim: a pupila da criança é dilatada e em seguida é adicionado um gel de interface, entre o olho do bebê e a lente do Retcam. A partir disso, as imagens da retina são feitas e ampliadas em um monitor.

Diversos ajustes podem ser feitos a partir disso, como luz, contraste e equilíbrio de cores, para que assim seja possível ter uma imagem de excelente qualidade.

Essas imagens são armazenadas e podem ser impressas.

Teste digital do olhinho ou Teste do Reflexo Vermelho?

No Brasil, a forma mais comum de fazer o primeiro exame oftalmológico é conhecida como “teste do reflexo vermelho”. Por mais que seja uma opção conhecida e segura, comparada ao teste digital do olhinho ele possui um diagnóstico primário.

O teste do reflexo vermelho consiste na emissão de luz direto no olho e o resultado disso se baseia na cor reproduzida nos olhos. Caso a luz seja vermelha e contínua, significa que o bebê está saudável.

Porém, caso o paciente tenha alguma alteração que impeça a luz em ser refletida, a cor reproduzida pode ser esbranquiçada ou heterogênea. 

O exame é uma boa forma para diagnosticar problemas no segmento frontal do olho, mas não é possível alcançar a retina e desvendar outras diversas doenças existentes.

Já o teste digital do olhinho consegue avaliar 130º do globo ocular, realizado por um retinógrafo de última geração, o RetCam, possui certificado FDA e  Anvisa.

Ainda que o teste do reflexo vermelho seja o teste de visão infantil mais famoso no Brasil, o teste digital do olhinho é uma excelente forma e opção de completar a avaliação ocular no bebê e assim auxiliar a prevenção, de forma precoce, de diversas enfermidades, permitindo um tratamento adequado. Descubra onde fazer o teste digital do olhinho no Brasil.

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Dicas para Levar Bebês e Crianças Pequenas para Exames Oftalmológicos sem Estresse

Os exames oftalmológicos em crianças são fundamentais para a saúde visual desde os primeiros anos de vida. Tudo começa com o teste do olhinho, realizado ainda na maternidade em grande parte dos estados brasileiros, e que ajuda a identificar precocemente doenças graves como glaucoma, catarata infantil, retinoblastoma e tumor ocular. Ele deve ser feito pelo oftalmologista ou pediatra nas primeiras semanas de vida da criança, sendo recomendado o retorno ao oftalmologista após um ano e, depois, aos três anos de idade para exames de rotina. 

O desafio pode começar aí, afinal, com o crescimento e passar dos meses fica mais desafiador levar bebês e crianças pequenas para consultas sem causar estresse e desconforto.  

Para te apoiar nos momentos de teste do olhinho e todos os outros exames oftalmológicos em crianças, nas linhas que seguem compartilharemos algumas dicas valiosas para ajudar pais, responsáveis e educadores a tornarem essa experiência mais tranquila e positiva para os pequenos. 

Tome nota: 

  1. Escolha o profissional certo 

O primeiro passo é encontrar um oftalmologista especializado em crianças e que tenha experiência em lidar com bebês e os pequenos. Profissionais com abordagens amigáveis, pacientes e que saibam como criar um ambiente acolhedor fazem toda a diferença na hora do exame. Além disso, certamente estarão bastante familiarizados com problemas oculares em crianças. 

  1. Escolha o horário adequado 

Agende o exame em um horário em que a criança esteja normalmente mais descansada, evitando períodos em que esteja com fome ou sonolenta, por exemplo. Isso ajudará a minimizar o desconforto e a aumentar a cooperação durante a consulta. 

  1. Prepare a criança antecipadamente 

Converse com seu filho sobre a visita ao oftalmologista com antecedência. Explique de forma simples e positiva que o médico irá olhar seus olhinhos para garantir que estejam saudáveis, deixando-o a par da importância dos exames oftalmológicos em crianças. Use livros ou vídeos infantis sobre o tema para tornar o assunto mais familiar e menos assustador. 

  1. “Pratique” com bonecos 

Dias antes da consulta comece a brincar com o assunto, reproduzindo, por exemplo, momentos com o oftalmologista e os exames com bonecos. A brincadeira é uma ótima forma para ajudar a criança a expressar seus sentimentos e, assim, aprender a lidar com seus medos.  

  1. Traga itens de conforto 

Leve alguns itens familiares à criança, como um brinquedo favorito, um cobertor ou uma chupeta (caso use uma). Esses objetos podem ajudar a acalmá-la e proporcionar uma sensação de segurança durante o exame. 

  1. Faça do exame uma atividade divertida 

Torne a visita ao oftalmologista em uma atividade lúdica e divertida. Por exemplo, você pode jogar jogos de “espiar” com seu filho enquanto aguarda a consulta ou criar histórias imaginárias sobre super-heróis dos olhos saudáveis. Isso ajuda a distrair a criança e a reduzir a ansiedade. 

  1. Seja um exemplo positivo 

Demonstre calma e confiança durante a consulta. As crianças são sensíveis às emoções dos pais, então tente transmitir segurança e tranquilidade. Se você estiver ansioso, isso pode ser percebido pelos pequenos e aumentar o estresse deles. 

  1. Recompense e elogie 

Após a consulta e os exames, elogie e recompense pelo bom comportamento e cooperação. Com isso você reforçará a ideia de que a visita ao oftalmologista é um acontecimento positivo. Considere fazer algo especial depois, como um passeio ou um lanche favorito. 

Cuide da visão infantil 

Por mais complicado que realizar consultas e exames com crianças possa ser, o acompanhamento médico é fundamental. O diagnóstico precoce de problemas oculares em crianças pode aumentar as chances de cura ou garantir mais conforto para o pequeno conviver com uma condição diagnosticada. 

E, como vimos, todo esse processo pode se tornar mais leve com algumas medidas. Não deixe os cuidados de lado, faça visitas regulares ao oftalmologista e os exames indicados por esse profissional e o pediatra. 

Esperamos que as dicas acima ajudem nessa jornada de cuidados. 

 

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