Dicas para Levar Bebês e Crianças Pequenas para Exames Oftalmológicos sem Estresse

Os exames oftalmológicos em crianças são fundamentais para a saúde visual desde os primeiros anos de vida. Tudo começa com o teste do olhinho, realizado ainda na maternidade em grande parte dos estados brasileiros, e que ajuda a identificar precocemente doenças graves como glaucoma, catarata infantil, retinoblastoma e tumor ocular. Ele deve ser feito pelo oftalmologista ou pediatra nas primeiras semanas de vida da criança, sendo recomendado o retorno ao oftalmologista após um ano e, depois, aos três anos de idade para exames de rotina. 

O desafio pode começar aí, afinal, com o crescimento e passar dos meses fica mais desafiador levar bebês e crianças pequenas para consultas sem causar estresse e desconforto.  

Para te apoiar nos momentos de teste do olhinho e todos os outros exames oftalmológicos em crianças, nas linhas que seguem compartilharemos algumas dicas valiosas para ajudar pais, responsáveis e educadores a tornarem essa experiência mais tranquila e positiva para os pequenos. 

Tome nota: 

  1. Escolha o profissional certo 

O primeiro passo é encontrar um oftalmologista especializado em crianças e que tenha experiência em lidar com bebês e os pequenos. Profissionais com abordagens amigáveis, pacientes e que saibam como criar um ambiente acolhedor fazem toda a diferença na hora do exame. Além disso, certamente estarão bastante familiarizados com problemas oculares em crianças. 

  1. Escolha o horário adequado 

Agende o exame em um horário em que a criança esteja normalmente mais descansada, evitando períodos em que esteja com fome ou sonolenta, por exemplo. Isso ajudará a minimizar o desconforto e a aumentar a cooperação durante a consulta. 

  1. Prepare a criança antecipadamente 

Converse com seu filho sobre a visita ao oftalmologista com antecedência. Explique de forma simples e positiva que o médico irá olhar seus olhinhos para garantir que estejam saudáveis, deixando-o a par da importância dos exames oftalmológicos em crianças. Use livros ou vídeos infantis sobre o tema para tornar o assunto mais familiar e menos assustador. 

  1. “Pratique” com bonecos 

Dias antes da consulta comece a brincar com o assunto, reproduzindo, por exemplo, momentos com o oftalmologista e os exames com bonecos. A brincadeira é uma ótima forma para ajudar a criança a expressar seus sentimentos e, assim, aprender a lidar com seus medos.  

  1. Traga itens de conforto 

Leve alguns itens familiares à criança, como um brinquedo favorito, um cobertor ou uma chupeta (caso use uma). Esses objetos podem ajudar a acalmá-la e proporcionar uma sensação de segurança durante o exame. 

  1. Faça do exame uma atividade divertida 

Torne a visita ao oftalmologista em uma atividade lúdica e divertida. Por exemplo, você pode jogar jogos de “espiar” com seu filho enquanto aguarda a consulta ou criar histórias imaginárias sobre super-heróis dos olhos saudáveis. Isso ajuda a distrair a criança e a reduzir a ansiedade. 

  1. Seja um exemplo positivo 

Demonstre calma e confiança durante a consulta. As crianças são sensíveis às emoções dos pais, então tente transmitir segurança e tranquilidade. Se você estiver ansioso, isso pode ser percebido pelos pequenos e aumentar o estresse deles. 

  1. Recompense e elogie 

Após a consulta e os exames, elogie e recompense pelo bom comportamento e cooperação. Com isso você reforçará a ideia de que a visita ao oftalmologista é um acontecimento positivo. Considere fazer algo especial depois, como um passeio ou um lanche favorito. 

Cuide da visão infantil 

Por mais complicado que realizar consultas e exames com crianças possa ser, o acompanhamento médico é fundamental. O diagnóstico precoce de problemas oculares em crianças pode aumentar as chances de cura ou garantir mais conforto para o pequeno conviver com uma condição diagnosticada. 

E, como vimos, todo esse processo pode se tornar mais leve com algumas medidas. Não deixe os cuidados de lado, faça visitas regulares ao oftalmologista e os exames indicados por esse profissional e o pediatra. 

Esperamos que as dicas acima ajudem nessa jornada de cuidados. 

 

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O que é e para que serve o teste do olhinho

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), entre 60 e 80% dos casos de cegueira são resultado de causas previsíveis ou tratáveis. Esse dado por si só já é suficiente para que pessoas responsáveis por crianças busquem saber o que é o teste do olhinho e para que ele serve, não é mesmo?

É importante ressaltar, porém, que a preocupação com a saúde ocular de uma criança deve começar quando ela ainda habita o ventre da mãe. Nesse período, por meio de exames laboratoriais de pré-natal e acompanhamento médico, é possível rastrear e tratar doenças da mulher que venham interferir na perfeita formação do feto.

Em 2018, inclusive, a campanha Juntos Pela Visão Infantil foi lançada para conscientizar pediatras, pais, ONGs e a sociedade em geral sobre a importância de um diagnóstico completo e precoce no recém-nascido.

Neste post, você vai encontrar mais motivos para se convencer a ter um olhar mais atencioso à visão das crianças!

Para que serve o teste do olhinho

Trata-se de um exame feito em recém-nascidos, antes mesmo que ele deixe o hospital, para detectar, o quanto antes, possíveis problemas que prejudiquem a perfeita visão da criança, como catarata, estrabismo, tumor ou glaucoma. Tradicionalmente, ele é realizado de maneira manual por meio de uma lanterninha específica de luz vermelha que é apontada para o olho do bebê.

A ideia com essa ação é que características do reflexo dessa luz indiquem ao médico se há algum sinal de doenças no olho da criança. Este exame, avalia o segmento anterior do olhinho do bebê, tem o objetivo de levantar suspeitas, que devem ser seguidas por uma análise mais detalhada por um médico oftalmologista ou oftalmopediatra  para a confirmação do diagnóstico.

Por que complementar a avaliação com o teste digital do olhinho

O teste tradicional do olhinho é muito importante como uma forma de triagem. Porém, como dito anteriormente, não há capacidade para detectar com clareza sinais de doenças de fundo de olho, segmento posterior do olho.

Para o diagnóstico mais ampliado, alguns hospitais, instituições e clínicas pediátricas e oftalmológicas do País já oferecem o teste digital do olhinho, realizado por meio de um aparelho de última geração capaz de mapear 130 graus do globo ocular. Dessa forma, como o campo de varredura é mais amplo, é possível detectar problemas no segmento posterior do olho.

Passo a passo do teste digital do olhinho

Na prática, com o acompanhamento de um médico oftalmologista, oftalmopediatra ou neonatologista, o exame é feito respeitando o seguinte passo a passo:

–  Coloca-se o paciente na posição deitado;

– Dilata-se a pupila do bebê com um colírio estabelecido pelo oftalmologista;

– Utiliza-se um gel de interface entre olhinho do bebê e a lente acoplada a câmera e inicia-se a tomada de imagens;

A imagem capturada por uma câmera de alta resolução é enviada para um monitor, onde é possível ajustar brilho, contraste e equilíbrio de cores, permitindo que o diagnóstico oftalmológico seja feito de forma rápida e precisa; 

– As informações, imagens e laudos, armazenados no aparelho podem ser gravadas, impressas ou enviadas de maneira eletrônica aos doutores.

Qual é o valor do teste do olhinho

O teste do olhinho tradicional é obrigatório nos hospitais da rede pública ou conveniados com o SUS, enquanto na rede privada os custos devem ser absorvidos pelo paciente ou Plano de Saúde. Com relação ao investimento no teste digital do olhinho, vale conferir mais detalhes com um de nossos colaboradores que integram a lista de parceiros da campanha Juntos Pela Visão Infantil. Neles, é possível realizar os exames com emissão de laudos.

Onde fazer o teste do olhinho

Com relação aos locais de realização do procedimento que mapeia a saúde ocular da criança, é importante registrar três informações:

  1. Na rede pública, o exame é obrigatório

De acordo com informações do site do Ministério da Saúde, todo bebê que nasce em maternidades públicas do Brasil tem direito a realizar gratuitamente o Teste do Reflexo Vermelho (TRV), também conhecido como teste do olhinho, além dos outros três anteriormente citados (pé, orelha e coração). Os exames devem ser feitos antes que o recém-nascido tenha alta médica.

  1. Os Planos de Saúde devem absorver os custos

Os hospitais particulares não são obrigados a oferecer gratuidade do Teste do Reflexo Vermelho (TRV). Porém, em junho de 2010, a Agência Nacional de Saúde Suplementar incluiu o TRV entre os procedimentos com cobertura obrigatória pelos Planos de Saúde. 

  1. Há hospitais realizando o Teste Digital do Olhinho

Graças a uma iniciativa do programa Juntos Pela Visão Infantil, alguns hospitais públicos e particulares já dispõem de um retinógrafo de última geração para a realização do Teste Digital do Olhinho. A relação das instituições parceiras pode ser observada no site da ação.

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Hipermetropia pode ser normal até a pré-adolescência

Estrabismo e hipermetropia são problemas comuns em recém-nascidos. Embora o estrabismo, quando não patológico e não constante, se autocorrige por volta dos 4 meses de idade da criança, a hipermetropia pode permanecer até os primeiros anos da adolescência.

Neste post iremos explicar por que isto ocorre, por que existe esta diferença entre estrabismo e hipermetropia e qual exame de vista infantil é o mais indicado para detectar possíveis disfunções oculares na criança.

Por que estrabismo e hipermetropia são comuns em recém nascidos?

Ao nascer, nosso sistema visual, assim como muitas outras partes de nosso corpo, ainda não se encontra completamente desenvolvido. É justamente por causa desta imaturidade dos olhos que estrabismo e hipermetropia são tão comuns em recém-nascidos.

O estrabismo, na verdade, pode ocorrer de duas maneiras diferentes: O estrabismo intermitente e o pseudoestrabismo. Nenhuma das duas costumam ser patológicas.

O estrabismo intermitente é o desvio inconstante (não dura o tempo todo) e variável (não há sempre o mesmo grau ou direção do desvio) dos olhos do bebê. Este ocorre devido ao fato de que o sistema visual e a região do cérebro que processa imagens corretamente ainda não estarem completamente desenvolvidos, o que causa movimentos descoordenados dos olhos. Esta condição é perfeitamente natural e costuma desaparecer sozinha por volta dos 4 meses de idade da criança, quando o sistema visual já está mais robusto.

Já o pseudoestrabismo, como o próprio nome já indica, não é um desvio real, mas sim a impressão do desvio. Neste caso, os olhos do bebê estão, na verdade, na posição correta, porém devido ao formato da pálpebra (mais especificamente, o epicanto, que cobre o canto interior do olho), parte do olho fica escondida, o que dá a impressão de um desvio convergente (para “dentro”). Esta impressão também some sozinha com o tempo, conforme o formato dos olhos do bebê vai se desenvolvendo.

Caso o estrabismo do bebê não seja intermitente ou persista após os 4 meses de idade, recomenda-se a consulta com um oftalmologista especializado em visão infantil.

O que nos deixa com a hipermetropia. Esta disfunção ocular é classificada como um erro refrativo, ou seja, um erro no processo de formação e foco de imagens no olho. A hipermetropia ocorre principalmente devido a anomalias no formato do olho: pode ser pelo olho em si ser alguns milímetros menor do que deveria ser, ou pela córnea ou cristalino do olho terem um formato um pouco mais plano do que o normal. O principal sintoma da hipermetropia é a dificuldade de enxergar de perto.

No caso dos recém nascidos, estrabismo e hipermetropia têm uma causa em comum: O fato de o desenvolvimento dos olhos da criança ainda não estarem completos. Porém diferente do estrabismo, esta condição pode perdurar até a pré-adolescência.

Isso porque o olho sofre várias alterações no seu formato e tamanho nesta fase da vida. Conforme a estrutura óssea do rosto cresce  e se desenvolve, o olho também vai se adaptando às suas acomodações, além dos processos naturais de desenvolvimento do corpo.

É comum estes graus de hipermetropia diminuírem com o tempo e, eventualmente, desaparecerem ou se estabilizarem na pré-adolescência. Mas aí resta a pergunta: Quando saber se esta condição vai se auto corrigir com o tempo, ou se é necessário a consulta com um médico?

Quando procurar um oftalmologista para a hipermetropia infantil?

Idealmente, a criança deve estar sempre com a visita ao oftalmologista em dia para garantir um desenvolvimento saudável de sua visão. Mas caso isso não seja possível por algum motivo, fique atento aos sintomas.

Existe uma coisa chamada “tolerância refrativa” que, basicamente, determina quantos graus de hipermetropia os olhos conseguem compensar sem que a pessoa sofra os sintomas. Esta tolerância diminui com a idade, portanto crianças com um grau sempre abaixo de sua tolerância não demonstram sintomas.

Os sintomas para os quais deve-se ficar atento em crianças são: falta de concentração, dificuldade de realizar tarefas que requerem a visão próxima, dores de cabeça e olhos lacrimejantes. Dificuldades na escola e falta de interesse em atividades como leitura, desenhos e escrita também podem ser sinais desta e outras doenças de visão infantil.

A apresentação destes sintomas mostra que há uma possibilidade da criança ter um grau de hipermetropia mais alto do que o seu nível de tolerância refrativa, algo que deve ser avaliado por um oftalmologista. Principalmente se for observado um aumento dos sintomas.

Exames de vista infantil como o teste do olhinho, realizado em recém-nascidos são ótimos para diagnosticar doenças como o estrabismo e a hipermetropia precocemente. Quanto mais cedo este tipo de condição é detectado, mais fácil é o tratamento.

Não deixe de consultar um médico

O ideal é que a criança seja avaliada por um oftalmologista pelo menos uma vez por ano. Mesmo que o caso dela seja natural e não precise de um óculos ou lentes, apenas um médico especializado tem a capacidade de avaliar o caso e decidir a necessidade ou não de tratamento. Caso seu filho demonstre sintomas de estrabismo e hipermetropia, não exite em levá-lo ao oftalmo.

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Teste do olhinho alterado: cinco doenças que podem causar

Estima-se que anualmente 500 mil crianças ficam cegas no mundo, de acordo com dados do Programa Visão 2020 do IAPB. A informação reforça a necessidade de atenção de pais e responsáveis quanto à saúde ocular dos jovens, inclusive procurando orientação médica adequada  quanto à rotinas de prevenção e tratamento, principalmente em caso de teste do olhinho alterado.

O que é o teste do olhinho

O teste do olhinho é um exame que serve para diagnosticar precocemente doenças que prejudiquem a visão do bebê ou da criança. Ele pode ser realizado em duas versões:

1. Teste do Reflexo Vermelho

Realizado com o auxílio de uma lanterninha, no Teste do Reflexo Vermelho (TRV) o médico direciona um feixe de luz ao olho do bebê que indica o estado de saúde do olho da criança. Na rede pública, o exame é gratuito e obrigatório, enquanto na rede privada é possível garantir a gratuidade caso o paciente possua plano de saúde.

2. Teste Digital do Olhinho

Graças a um retinógrafo de última geração, o Teste Digital do Olhinho mapeia 130 graus do globo ocular por meio de uma sonda que é encostada no olho do bebê para fotografar sua retina, de maneira rápida, indolor e precisa. Alguns hospitais da rede pública e privada, parceiros da ação Juntos Pela Visão Infantil, já dispõem do aparelho.

Os principais problemas oftalmológicos detectados no nascimento

De acordo com o estudo As Condições de Saúde Ocular no Brasil 2019, a maioria das crianças cegas nascem com a deficiência ou a adquirem em seu primeiro ano de vida. As causas de cegueira na infância variam, mas, conforme mostra o relatório, as principais evitáveis são:

1. Retinoblastoma (RB) – Tumor maligno embrionário, originário de células da retina, a parte do olho responsável pela visão. Pode se apresentar no nascimento ou até os cinco anos de idade.

2. Zika Congênita – Bebês infectados pelo zika ainda no ventre materno pode, entre outras patologias e enfermidades, sofrer danos no desenvolvimento visual.

3. Distrofia retiniana – Alteração ocular que provoca a diminuição lenta e progressiva da visão. Trata-se de uma doença hereditária que manifesta-se após o nascimento em decorrência de uma alteração genética.

4. Toxoplasmose Congênita – doença que resulta da infecção do parasita Toxoplasma gondii. 

5. Retinopatia de prematuridade – Malformações dos vasos sanguíneos que nutrem a retina em decorrência de um parto prematuro.

O estudo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia estima que 40% das causas de cegueira infantil são evitáveis ou tratáveis. Então, antes de deixar a maternidade ou diante de qualquer alteração nos olhos da criança, pais e responsáveis devem procurar um especialista para checar a saúde ocular. Prevenção e tratamento estão entre os direitos básicos de qualquer cidadão!

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