Por que as crianças também devem dilatar a pupila no teste de visão?

Há sempre muita dúvida e muita preocupação dos pais quando se trata do teste de visão infantil. Uma das dúvidas e preocupações mais frequentes é a que está relacionada com a famosa dilatação da pupila. Para responder a estas dúvidas, vamos esclarecer alguns pontos, portanto. 

Teste do olhinho dilata a pupila?

Logo quando o bebê nasce, ele já deve passar pelo seu primeiro exame oftalmológico, que é o teste do Reflexo Vermelho, ou conhecido como teste do olhinho, que é obrigatório e é um teste rápido que busca identificar precocemente doenças graves, tais como  leucocorias, catarata congênita, retinoblastoma e retinopatia da prematuridade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, neste teste não se faz necessária a dilatação da pupila, bastando a sala escurecida.

Contudo, longe de ser o único teste de visão infantil que a criança fará durante a vida, o teste do olhinho também pode ser feito de maneira mais completa e com ainda maior possibilidade de detectar doenças raras e tratá-las precocemente. Há também tipos diversos de exames de acuidade visual que se devem fazer em diferentes idades.

Por isso, a Associação Americana de Oftalmopediatria e Estrabismo recomenda já uma outra avaliação oftalmológica dentro do primeiro ano de vida.

Dilatação no teste digital do olhinho

No Brasil, existe um exame mais completo, chamado teste digital do olhinho, feito com um equipamento retinógrafo de última geração, chamado Retcam. Neste exame, o oftalmologista responsável que acompanha, de forma segura, indica a dosagem e tipo de colírio, de acordo com a faixa etária. O teste é rápido e indolor.

Teste de visão infantil em que se dilatam as pupilas

Nos exames de vista em que se busca diagnosticar e tratar doenças oculares, tais como a miopia em criança e outras, identificando a medida do grau para óculos, de maneira geral, é imprescindível a dilatação da pupila. Mas por quê? 

Primeiro porque isso permite a visualização das estruturas de dentro do olho, tais como, retina, nervo óptico, etc. Em segundo lugar, é necessário o relaxamento dos músculos internos responsáveis pelo foco na imagem, para se obter as medidas de maneira mais precisa. Especialmente nas crianças, os músculos são muito ativos, daí uma necessidade maior.

Quais são os colírios utilizados?

Os colírios para dilatar e para relaxar podem ser diferentes e geralmente têm seu uso combinado. Os mais comuns são a Fenilefrina e o Ciclopentolato. 

No Brasil, o colírio mais utilizado para dilatar a pupila durante o teste digital do olhinho é a Tropicamida 1% e Fenilefrina 2,5%.

Contudo, outros colírios podem ser utilizados para tratamento de outras doenças oculares, como ambliopia (olho preguiçoso) e processo inflamatório ocular.

Quais são os efeitos dos colírios nas crianças?

Em geral, os efeitos duram de 4 a 24 horas e tem efeito mais prolongado, geralmente, em crianças com olhos mais claros. Em recém-nascidos, uma dose ou tipo mais fracos são usados. É normal causar ardência e incômodo, mas os colírios não costumam causar dor.

Importante ressaltar que todos colírios são seguros e aplicados conforme a faixa etária, sempre por profissionais.

 

 

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Como avaliar as lentes para correção de catarata disponíveis no mercado?

A catarata é uma doença comum. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 28,7% dos brasileiros com mais de 60 anos sofrem de catarata. Ela também é responsável por 51% dos casos de cegueira no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).  

Com a população idosa sendo cada vez maior ao redor do mundo, a busca por inovações para sanar a doença tende a aumentar cada vez mais. Com tantas novidades e opções, como saber qual a melhor lente para catarata para oferecer ao seu paciente?  

Como escolher a melhor lente intraocular para catarata

Fazer a escolha correta entre os diferentes tipos de lente intraocular para catarata é quase tão importante quanto a realização da cirurgia, já que a qualidade da visão que o paciente poderá ter após esse procedimento vai depender diretamente da lente escolhida para a substituição do cristalino que será  removido na cirurgia. 

Com base nos critérios estabelecidos pela Resolução Normativa – RN nº 387, de 28 de outubro de 2015, todas as operadoras de plano de saúde são obrigadas a oferecer cobertura para a cirurgia de catarata.  

Porém, no que se diz respeito à lente intraocular, as prestadoras são obrigadas a cobrir o valor de uma lente intraocular monofocal esférica, devidamente aprovada pela Anvisa. 

Mas, seria essa a melhor lente para catarata para todos os pacientes? Naturalmente, não. E para definir qual o tipo de lente intraocular para catarata é o mais adequado para cada caso, é necessário um exame oftalmológico completo, além de avaliar a indicação em função do estilo de vida e das necessidades do paciente. 

 

Quais os tipos de lente intraocular para catarata?

A diversidade de lente intraocular para catarata disponível hoje pode ser classificada, de forma simples, em tóricas e não tóricas. Sendo a principal diferença entre elas, os graus de astigmatismo que podem corrigir além da catarata. Quando falamos de material, elas podem ser rígidas ou flexíveis. 

Enquanto a lente rígida (não dobrável) seja elaborada com qualidade, exige que a abertura realizada nos olhos durante a cirurgia seja aumentada de 3 à 7 mm. Ainda é necessária a realização de uma ou mais suturas no olho para a vedação. Isso pode provocar uma indução do astigmatismo, aumentando o grau de óculos após a cirurgia. Além disso, quanto maior for a abertura realizada no olho, maior o risco de infecções, assim como mais demorado será o tempo para a recuperação pós-operatória.  

Do outro lado, as lentes flexíveis são desenvolvidas de forma que permita que sejam dobradas e injetadas no olho por uma abertura de 2 a 3 mm na córnea, não necessitando ampliar a incisão. Por ser uma abertura de tamanho microscópico, é auto-selante e por isso, dispensa a necessidade de suturas, o que torna a recuperação e os riscos bem mais leves. 

Escolhendo a melhor lente para catarata 

Cada tipo de lente intraocular para catarata tem sua especificidade. Por isso, é fundamental analisar o perfil do paciente, seu estilo de vida, suas principais reclamações e seus planos futuros para que a escolha pela lente seja a mais assertiva. 

Confira as lentes disponíveis hoje para a cirurgia de catarata: 

 

  • Lentes Monofocais Esféricas: as mais populares e mais utilizadas, tanto no mercado privado quanto no serviço público. Corrigem apenas a miopia ou a hipermetropia por possuírem somente um foco. 

 

  • Lentes Monofocais Asféricas: são  lentes  monofocais  de  alta  tecnologia  que  corrigem tanto a miopia, quanto a hipermetropia, além de aberrações ópticas oculares de alta ordem. 

 

  • Lentes Multifocais: são lentes de alta tecnologia padrão premium, que corrigem a visão de longe, intermediária e de perto na mesma lente dando uma maior independência visual aos pacientes diminuindo a necessidade do uso de óculos consideravelmente. 

 

  • Lentes Monofocais Tóricas: também  são consideradas  lentes  de  alta  tecnologia e corrigem de maneira eficaz astigmatismo maior que 1,0 grau. 

 

  • Lentes Multifocais Tóricas: combinam as duas tecnologias, uma vez que as lentes multifocais não têm efeito satisfatório na presença do astigmatismo não corrigido. São indicadas para pacientes que desejam a multifocalidade e apresentam astigmatismo corneal maior que 0.75 D. 

 

A Advance Vision trouxe para o Brasil as lentes intraoculares trifocais TRIVA, que por meio de um design inteligente, oferece a possibilidade de alcançar o desejo de independência dos óculos por ser amplamente resiliente aos indesejáveis efeitos colaterais das lentes multifocais atuais. 

Com a avaliação correta do paciente, das aberrações visuais e das lentes disponíveis para as cirurgias de catarata, o procedimento se torna muito mais assertivo e flexível às necessidades do paciente.  

 

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Câncer ocular infantil: do diagnóstico ao tratamento

O retinoblastoma é o câncer ocular mais comum na infância. Um tumor que aparece no fundo do olho e acomete cerca de 1 criança em cada 30 mil nascimentos. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, esse câncer é responsável por atingir somente cerca de 400 crianças por ano, o que o torna uma doença rara e, portanto, desconhecida por boa parte da população.

Apesar de raro, o retinoblastoma é um tumor grave que pode provocar a perda total da visão, podendo inclusive levar o paciente a óbito. A detecção da doença pelo teste do olhinho com o retinógrafo deve ser rápida para não ocorrer um tratamento tardio, já que o quadro pode se agravar.

Diagnóstico completo da saúde ocular

A orientação do médico para os pais sobre a doença, como ela se dá e seus principais sintomas é o primeiro passo para criar uma rotina mais frequente de idas ao oftalmologista com a criança e prestar atenção em alguns sinais que podem ser um alerta como: a leucocoria, uma manifestação da doença caracterizada por um reflexo branco na pupila, conhecido como reflexo do olho de gato, presente em 90% dos casos diagnosticados. Muitas vezes, esse sinal é observado em fotos com flashes.

Outro sintoma é que a criança também pode apresentar estrabismo, nistagmo (discretos movimentos involuntários dos olhos), olhos vermelhos, dor ocular, inchaço no olho e redução da acuidade visual. Porém, apesar de todos esses fatores serem um alerta para indicar retinoblastoma, somente o médico poderá fazer essa avaliação e dar o diagnóstico definitivo.

Como é feito o exame?

A forma correta de diagnosticar a doença é através do teste do olhinho digital. Realizado com o retinógrafo RetCam, o exame avalia o segmento posterior, através de imagens fotográficas de alta resolução. Considerado a tecnologia mais avançada atualmente, ele mapeia 130 graus do globo ocular e detecta diversas enfermidades que podem prejudicar a saúde ocular da criança, sendo uma delas o retinoblastoma.

O teste com o retinógrafo RetCam é rápido e indolor. A pupila da criança é dilatada com um colírio e, depois é adicionado um gel de interface entre o olho do bebê e a lente do Retcam. Em seguida, as imagens da retina são feitas com câmeras de alta resolução e ampliadas em um monitor com os ajustes necessários para que o time de oftalmopediatria tenha uma imagem de excelente qualidade e fácil diagnóstico.

A detecção rápida da doença é fundamental. Por isso, explicar aos pais sobre a importância do bebê passar pelo teste do olhinho após o nascimento e repeti-lo com frequência até os 5 anos é imprescindível.

O resultado deu positivo. E agora? 

Existem algumas formas de tratar o retinoblastoma, e nos casos diagnosticados precocemente as chances de cura são grandes. Por isso, é importante orientar os pais do paciente também que com acompanhamento através do teste do olhinho e tratamento adequado, o retinoblastoma tem cura em 90% dos casos. Porém, o principal objetivo dos métodos utilizados é eliminar o tumor e salvar a vida da criança, buscando preservar o olho e o máximo da visão, além de prevenir a volta do câncer futuramente. Algumas formas de tratamento são:

 

  • Laserterapia: utilizada, principalmente, em casos de estágio inicial da doença, que atinge somente a retina e não está espalhado para outros locais do globo ocular.

 

  • Crioterapia: técnica pouco invasiva que utiliza substâncias para congelar o tumor e destruí-lo.

 

  • Termoterapia transpupilar (TTT): trata-se do uso de uma radiação infravermelha para queimar e eliminar o tecido do tumor.

 

  • Quimioterapia: serve para reduzir o tamanho do tumor e controlar a sua multiplicação. Também ajuda outros tratamentos a serem mais efetivos, como laserterapia e crioterapia.

 

  • Radioterapia: são colocadas pequenas placas com semestes radioativas próximo ao tumor, fora do olho, para ajudar a reduzi-lo.

 

É importante ressaltar que o melhor tratamento varia de acordo com cada caso e nível de avanço da doença. Além disso, após o diagnóstico, o médico deverá fazer os exames e acompanhamento frequente na criança para avaliar a saúde ocular e os resultados do tratamento realizado.

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Saiba até quando o teste do olhinho pode ser realizado em crianças

O teste do olhinho vem ganhando cada vez mais notoriedade sobre sua importância, tal como aconteceu com o teste do pezinho. Este é um exame realizado logo nos primeiros momentos de vida de um recém-nascido e garante que diagnósticos importantes sejam feitos para identificar possíveis problemas de visão em crianças.

Atualmente, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, mais de 80% dos casos de cegueira (inclusive a cegueira infantil) poderiam ser evitados com a realização de um diagnóstico precoce. Este é um dado assustador, mas que pode jogar uma luz sobre a real importância do teste do olhinho. 

Mas afinal de contas, até qual idade é recomendado que se faça o teste do olhinho?

Os cuidados no primeiro ano do bebê

É recomendado que o teste do olhinho seja realizado logo nos primeiros minutos de vida do bebê. Na maioria dos hospitais ele é oferecido através do teste do reflexo vermelho, feito de forma manual pelo médico pediatra. Porém, existe o exame do olhinho digital, feito por Retinógrafos de última geração, como o RETCAM, que pode diagnosticar um número muito mais expressivo de problemas de visão em crianças. 

Esse exame consiste em uma documentação fotográfica panorâmica da retina, do fundo de olho e do nervo óptico e, dentre as doenças diagnosticadas no exame do olhinho digital, estão a retinopatia diabética, o glaucoma, oclusões vasculares da retina, alterações e deformações retinianas  e até estudo de tumores oculares como o retinoblastoma que acomete principalmente as crianças.

Se seu bebê, porém, já saiu da maternidade e não realizou o teste do olhinho, saiba que até o primeiro ano completo é possível realizar o exame e garantir que tenham sido verificadas todas as probabilidades de problemas de visão em crianças, garantindo inclusive uma incidência muito menor de chance de uma cegueira infantil. 

Para crianças acima de um ano sem o exame do olhinho

Apesar do teste do olhinho ser um exame de suma importância, inclusive no diagnóstico do Retinoblastoma, caso a criança não passe por ele nos 12 primeiros meses, ainda assim são recomendados cuidados com a visão infantil na busca de evitar problemas de visão em crianças. Isso porque, após o primeiro ano, muitas das doenças diagnosticáveis no exame do olhinho já terão progredido a níveis não tratáveis, como é o caso do câncer ocular. Mas, mesmo após esse prazo, é recomendado que as crianças passem pelo mesmo exame com 3 ou 4 anos, e depois, com 6 ou 7 anos

O ideal é que a criança seja levada o mais rápido possível para sua primeira consulta no oftalmologista, pois além das doenças oculares já citadas, comumente crianças em idade escolar podem também apresentar outros problemas como o estrabismo, erros refrativos (como a miopia e o astigmatismo), conjuntivite sazonal e a ambliopia. Essas doenças oculares podem diminuir muito a qualidade de vida dos pequenos, atrapalhar o seu desenvolvimento e até levar a uma possível cegueira infantil

Por esses motivos, é importante que eles sejam acompanhados periodicamente por um médico oftalmologista. Fique sempre atento a sinais como falta de atenção extrema, dores de cabeça, dificuldade na leitura, reclamações constantes sobre incômodo nos olhos e outras características que podem sinalizar um possível sinal de problemas de visão em crianças.

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