Como é a visão de um recém-nascido: entenda a evolução ocular

Você já parou para se perguntar como é a visão de um recém-nascido? Muitos não sabem, entretanto a forma que um bebê enxerga é bem diferente do que a de uma criança ou um adulto.

Ao longo do primeiro ano de vida, o olhar do bebê tem uma grande transformação, que varia entre o ver turvo até a completa distinção de cores e traços. 

Ainda que seja muito comum que os pais não conheçam esse processo, entender como é a visão de um recém-nascido é um grande passo para compreender seus comportamentos, principalmente porque este sentido é responsável por 83% do aprendizado.

Como é a visão de um recém-nascido: as fases da evolução ocular

Recém-nascido

Se você tem um bebê em casa, já deve ter parado para imaginar como é a visão de um recém-nascido. Afinal, hoje as crianças já nascem de olhos abertos, parecem curiosas e espertas, mas será que eles enxergam tudo?

Nessa fase, o bebê tem uma visão turva. O recém-nascido não consegue distinguir formas nem cores, enxergando apenas preto e branco, de forma muito embaçada.

Isso acontece por uma série de fatores, como o ajuste da visão à luz, mas nessa fase há um componente além do ocular, o psicológico.

Assim que o bebê nasce, ele ainda não tem a compreensão de como coordenar seu olhar de forma que seja fácil decifrar a quantidade de informação obtida. Dessa forma, ao longo dos primeiros meses há grandes mudanças em sua forma de entender toda essa chuva de novidades trazidas pela visão.

2 a 5 meses de idade

Entre os 2 e 5 meses, o bebê já começa a identificar algumas cores, como o vermelho, ainda que de forma opaca.

Essa é uma etapa onde ele já começa a entender como coordenar o olhar, e com isso passa a decifrar melhor os traços, principalmente se estiverem próximos a eles. Assim, a melhor maneira dos pais se comunicarem com a criança é estarem perto de seu rosto.

5 a 8 meses

A criança já começa a entender melhor a profundidade e, ainda que sua visão de cores não esteja completamente desenvolvida, o olhar já passa a se adaptar melhor para diversas tonalidades. Nessa fase o bebê já consegue identificar bem rostos conhecidos, como o dos pais.

8 a 12 meses

Entre os 8 e 12 meses, a visão do bebê já está bem evoluída, tanto que é nessa mesma etapa quando as crianças começam a engatinhar e tentar andar, isso porque já tem uma noção de profundidade e distância

Os bebês ainda não tem a visão completamente formada, durante os próximos meses eles ainda irão aperfeiçoar o entendimento de cores. Entretanto, já é possível considerar que grande parte de seu processo de evolução está completo.

Como saber se a visão de meu filho está se desenvolvendo bem?

Para entender o desenvolvimento ocular de seu filho, é necessário mais do que a compreensão de como é a visão de um recém-nascido. O acompanhamento de um oftalmologista é essencial. 

Ainda nos primeiros meses de vida é possível a realização do teste digital do olhinho, uma triagem visual rápida e indolor feita com um retinógrafo de última geração, chamado RetCam. 

Ela é uma ótima opção de auxílio de diagnóstico de uma série de enfermidades oculares como Retinopatia da Prematuridade, Retinoblastoma, Catarata Congênita, por ter o alcance de até 130º do globo ocular.

O teste digital do olhinho é uma ótima opção para entender como é a visão do recém-nascido e auxiliar o diagnóstico de uma série de patologias de forma precoce, oferecendo assim o tratamento adequado para o bebê. Para entender mais sobre essa triagem leia também Teste digital do olhinho: tudo que você precisa saber antes de fazer.

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Glaucoma infantil: uma condição rara, mas grave, que pode levar a danos permanentes na visão se não for tratada precocemente

 

 Ouvir falar em glaucoma pode não ser uma novidade para você. Mas e glaucoma infantil, já escutou algo sobre isso? Apesar de ser mais popular por acometer adultos, o glaucoma é uma doença ocular que também pode afetar as crianças. 

Embora raro, o glaucoma infantil é uma condição séria que pode levar a danos permanentes na visão caso não seja tratada precocemente. Assim, é de suma importância que pais ou responsáveis estejam cientes de seus sintomas e causas para garantir um diagnóstico e tratamento o quanto antes. 

Conheça as causas 

Quando nenhuma causa específica para o Glaucoma é identificada, a condição é denominada como “glaucoma primário.” Já quando é resultado de um trauma ocular ou de uma doença sistêmica, é chamado de “glaucoma secundário.”  

O glaucoma infantil, especificamente, pode ser causado por um aumento na pressão intraocular, que é a pressão dentro do olho. Esse fato pode ser causado por um bloqueio no sistema de drenagem do olho, o que pode levar a danos no nervo óptico e perda de visão. A doença também pode ser congênita, o que significa que a criança nasce com a condição, ou se desenvolver mais tarde na infância.  

A maioria dos casos de glaucoma na infância é primário, congênito (presente desde o nascimento) ou infantil (desenvolvido entre 1 e 24 meses de idade). É mais comum que as crianças sejam diagnosticadas nos três primeiros anos de vida. Ainda, alguns casos de glaucoma primário podem ter um componente genético, mas a maioria ocorre em famílias sem histórico de glaucoma congênito. 

Sintomas 

Os sintomas do glaucoma infantil podem ser difíceis de detectar, especialmente em crianças pequenas. Por isso, conhecer os sintomas é bastante relevante para verificar o sinal de alerta. Alguns deles são: 

  • Olhos inchados ou lacrimejantes 
  • Sensibilidade à luz (fotofobia) 
  • Dificuldade para acompanhar objetos em movimento 
  • Dificuldade em ver objetos à distância 
  • Mudanças na aparência do olho, como aumento do tamanho ou embaçamento da córnea 

Tratamento do glaucoma infantil 

O tratamento do glaucoma infantil dependerá da causa subjacente e da gravidade da condição. Em alguns casos, pode ser necessário usar colírios ou outros medicamentos para diminuir a pressão intraocular. Em situações mais graves, pode ser necessário realizar uma cirurgia para criar um novo sistema de drenagem para o olho. A análise de um oftalmologista indicará o melhor caminho a ser seguido. 

Se o glaucoma infantil não for tratado precocemente, pode levar a danos permanentes na visão. É importante que pais e responsáveis levem seus pequenos a exames oftalmológicos de forma regular para evitar casos mais graves dessa e tantas outras doenças. 

Quanto mais cedo for diagnosticado e tratado, maiores são as chances de preservar a visão da criança. Atente-se a possíveis sinais e não deixe de consultar um médico oftalmologista sempre que preciso. 

 

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Os riscos de testes caseiros no cuidado com a visão infantil

De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), cerca de 30% das doenças que causam perda de visão infantil podem ser evitadas se diagnosticadas precocemente. O exame mais comum e que pode diagnosticar boa parte dessas doenças, é o “teste do reflexo vermelho”, popularmente conhecido como “teste do olhinho”. A importância do teste para a visão infantil tem se popularizado nos últimos anos, tendo inclusive se tornado obrigatório por lei a realização em recém-nascidos. Porém, com esta popularização, se difundem constantemente receitas caseiras para o teste e mitos sobre sua eficácia. Aqui vamos buscar esclarecer alguns pontos.

Como é feito o teste do reflexo vermelho e quais doenças da visão infantil ele detecta?

Logo que o bebê nasce, o médico pediatra ou oftalmologista, direciona um feixe de luz no olho do bebê, para identificar a presença do reflexo vermelho, para que este reflexo possa ser visto, é necessário que o eixo óptico esteja livre, isto é, sem nenhum obstáculo à entrada e à saída de luz pela pupila. A presença do reflexo vermelho bilateral, significa que a criança não tem nenhum obstáculo ao desenvolvimento da sua visão.

O exame pode detectar a presença de doenças como a catarata, o glaucoma congênito ou outra patologia ocular que cause opacidade de meios, como opacidades congênitas de córnea, tumores intraoculares grandes, inflamações intraoculares importantes ou hemorragias intra-vítreas. São essas doenças congênitas, portanto, detectáveis imediatamente após o nascimento e são responsáveis por 70% dos casos de perda da visão infantil.

Além do “teste do olhinho”, contudo, existem outros exames, que contam com alta tecnologia e são realizados com equipamentos específicos, que auxiliam  diagnósticos mais precisos, capazes de detectar uma gama ainda maior de doenças. Um destes equipamentos é o Retinógrafo, RetCam, padrão ouro, para imagens pediátricas de retina, cuja venda é exclusiva no Brasil.

Teste digital do olhinho

Com o Retinógrafo, é possível fazer o “teste do olhinho digital”. O -+exame é rápido, indolor e leva apenas alguns minutos. O aparelho é capaz de fazer um mapeamento de até 130 graus do globo ocular, o que torna possível detectar doenças, localizadas, principalmente na periferia de fundo do olho, segmento posterior do olho, dentre elas, várias que afetam a visão infantil.

Doenças detectáveis no teste do olhinho digital:

– Coloboma Retinal;

– Doença de Coats;

– Familial Exudative Vitreoretinopatia (FEVR);

– Hemorragia de Retina e Macular;

– PHPV, Norrie & TORCH; Retinoblastoma (RB);

– Retinopatia da Prematuridade (ROP);

– Shaken Baby Syndrome;

– Síndromes Congênitas;

– Zika Congênita.

Teste caseiro é seguro?

Muito tem se difundido sobre a prática do teste do olhinho caseiro, que consiste em tirar uma foto com flash do olhinho do bebê e enviá-la ao médico. Embora um especialista possa ser capaz de detectar uma doença, baseado nessa imagem gerada, seu diagnóstico não é 100% confiável por si só, podendo servir, no máximo, como triagem. De tal modo, não é garantia de uma prevenção completa, pois algumas doenças graves da visão infantil, que levam à perda da visão e até do olho, como o Retinoblastoma, não são possíveis de se detectar somente com esta técnica. O ideal é sempre recorrer a um oftalmologista que conte com todas as tecnologias disponíveis para um diagnóstico completo e seguro.

 

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Uso excessivo de telas por crianças pode causar miopia, ansiedade e depressão

A utilização da tecnologia está cada vez mais precoce. Desde muito cedo, as crianças têm acesso aos celulares, tablets, computadores e videogames. Apesar de o mundo digital ser fantástico para o aprendizado e um ótimo aliado para manter os pequenos entretidos (principalmente na pandemia), em excesso, o uso de telas pode causar miopia infantil, alterações na coluna, ansiedade, sedentarismo, depressão entre outros malefícios.

Além de provocar a miopia infantil, a tecnologia utilizada de forma excessiva ainda dificulta o desenvolvimento da empatia e do autocontrole. De acordo com a Academia Americana de Pediatria, para prevenção, é necessário limitar o tempo de uso dos dispositivos e a recomendação para manter a saúde dos olhos é que as crianças menores de dois anos de idade não sejam expostas a aparelhos tecnológicos. Dos dois aos cinco anos, o tempo de uso diário de dispositivos não deve ultrapassar uma hora. Já crianças com mais de cinco anos e adolescentes devem ficar conectadas até, no máximo, duas horas por dia.

Restringir 100% o uso é quase impossível nos dias de hoje, então, para evitar os impactos negativos, alguns métodos de prevenção, como mudanças de hábitos na rotina das crianças e exame de vista infantil periodicamente são indispensáveis. 

Por que a tela prejudica a visão?

A miopia infantil cresceu significativamente nos últimos anos e essa tendência coincide com o aumento do uso frequente de aparelhos eletrônicos por crianças. Isso porque ficar muito tempo em frente a uma tela contribui para um esforço excessivo de acomodação ocular, já que o músculo dos nossos olhos, que trabalha como uma espécie de ‘zoom’ para a captura da imagem, precisa fazer esse trabalho de maneira repetitiva, o que pode proporcionar o início da miopia infantil.

Além disso, a luz azul emitida pelos aparelhos causa ressecamento nos olhos; afeta o momento de descanso e pode causar dificuldade para dormir, pois ela inibe a produção de melatonina, o hormônio responsável por nos induzir ao sono.

Todos esses impactos que a luz azul causa, no longo prazo, prejudica o desenvolvimento cognitivo, humor e bem-estar da criança. 

Bons hábitos de prevenção

Impor limites é fundamental para possibilitarmos uma vida mais saudável e produtiva aos pequenos. A principal dica é incluir outras atividades na rotina e usar as telas somente como um recurso, e não como um hábito. Uma das maneiras de atrair as crianças para atividades diferentes é estimulá-las a fazer exercícios ao ar livre, determinar horários para leituras e estudos, e incentivar a prática de atividades físicas diárias.  

Além disso, também é importante dedicar tempo a fortalecer os laços familiar, com brincadeiras e atividades que reforcem a união.

Exame de Vista Infantil

É muito comum os pais só levarem seus filhos para realizar o exame de vista infantil quando já estão com dificuldade de enxergar, porém os olhos das crianças devem ser examinados regularmente como forma de prevenção a alguns distúrbios visuais, como a miopia infantil – que afeta a visão à distância.

O primeiro exame de vista infantil deve ser realizado ainda na maternidade, o chamado teste do Olhinho Digital. Se estiver tudo normal, deve ser feito novos exames oftalmológicos com 1 ano de idade, depois aos 3 anos e a seguir, na idade pré-escolar. A partir daí, o intervalo das idas ao oftalmologista vai depender de cada caso e da orientação dada pelo médico.

Dicas para diminuir o risco das telas na saúde das crianças

Fiscalize o tempo que o seu filho fica em frente ao tablet, celular ou computador.

Incentive atividades ao ar livre. Um hábito que evita o sedentarismo e que pode ajudar a evitar a miopia infantil, pois a luz externa faz a pupila contrair e ajuda a aprofundar o foco.

Leve seu filho regularmente para fazer exame de vista infantil

Estipule pausas. Se a criança precisa usar o computador por uma hora para as aulas online, por exemplo, determine 10 minutos para descansar a vista, olhar para o horizonte ou mesmo fechar os olhos por alguns instantes. 

Monitore como está a postura do seu filho. Isso é fundamental para evitar dores nas costas ou problemas mais graves de coluna.

 

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