Fadiga ocular em crianças pode causar miopia infantil

Você já ouviu falar em fadiga ocular? Com o crescimento no tempo de acesso à telas azuis como celulares, computadores e tablets, ela se tornou um assunto constante que tem sido uma das causas do grande crescimento nos casos de miopia infantil. Isso porque, para manter a visão focada na tela, os olhos passam por uma série de ajustes imperceptíveis ao humano. 

Os sintomas da fadiga são diversos, como sensibilidade à luz, olhos secos e dor de cabeça e, é possível que você mesmo, pai e mãe, já tenha sofrido as consequências das horas em frente ao computador. Então, imagina os pequenos, que ainda estão passando por uma série de transformações visuais e são ainda mais sensíveis a esses estímulos. 

De acordo com um estudo realizado pelo IBOPE Online em 2012, as crianças brasileiras, com faixa etária entre 2 e 11 anos, passam em média 17 horas diárias conectadas ao computador. 

Fadiga ocular e miopia infantil: Como os pais podem agir para evitar esse quadro?

Com rotinas agitadas, estar atento a cada passo das crianças pode ser um verdadeiro desafio e, por muitas vezes, deixá-las assistirem seus desenhos animados favoritos e até mesmo acompanharem seus youtubers favoritos pode ser uma solução para apaziguar a casa. Mas, o resultado de toda essa exposição pode ser a miopia infantil, uma doença que atrapalha a qualidade de vida e até mesmo o aprendizado da criança.

É importante que os pais conversem com as crianças e dêem a elas outras opções de lazer, estando presente na hora da brincadeira e até mesmo incentivando o desenvolvimento de outros hobbies.

Não há verdades absolutas na hora de educar um filho e, cada vez mais se torna uma tarefa difícil manter os pequenos longe das telas. Mas, é necessário estipular uma média de horas saudável para o uso de computadores, celulares e televisão. Além disso, pausas durante o tempo em tela são essenciais para manter a saúde ocular da criança.

Como o oftalmopediatra pode te ajudar nessa missão?

Consultas regulares ao oftalmologista são imprescindíveis para manter os exames em dia e assegurar que a criança possa se desenvolver de forma segura. 83% do aprendizado se dá através da visão, o que mostra a extrema necessidade de prestar atenção nas pequenas queixas da criança.

Eles estão se sentindo muito irritados após longas horas em frente à televisão? Seus olhos tem ficado avermelhados? Todos os detalhes importam, e é de grande necessidade estar alerta a estes sintomas.

Caso o pequeno apresente algum sintoma de miopia infantil, é necessário marcar uma consulta para checar a saúde ocular da criança. Nela, o oftalmopediatra poderá te indicar colírios que possam melhorar a sensação de fadiga e até mesmo sobre pausas maiores no tempo de tela.

O que fazer caso meu filho tenha desenvolvido miopia infantil?

Imaginar que os pequenos possam estar com miopia pode ser até mesmo assustador, afinal, como aconselhá-los ao uso correto de óculos de grau?

O primeiro passo é não se desesperar e se preparar para uma nova fase de cuidados e auxílio. O aprendizado é algo que acontece de forma gradual e você poderá ajudar a criança com pequenas atitudes diárias, explicando a necessidade do uso do óculos para que ele se adapte bem e até mesmo mostrando a naturalidade do uso da peça. 

Encontre um modelo divertido, que se adapte ao que a criança goste. Isso pode parecer até mesmo uma dica básica, mas faz com que os pequenos tenham mais vontade e se sintam confortáveis com os óculos.

Compreender todas as nuances do desenvolvimento oftalmológico da criança pode ser um verdadeiro desafio, mas tudo isso pode se transformar em algo mais simples com consultas regulares a especialistas e exames em dia. Para entender mais confira o post: Teste de visão infantil: como é feito.

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Problemas de visão podem dificultar socialização infantil. O que fazer?

Não há dúvidas de que todos os sentidos sejam importantes para um ser humano. Mas, quando o assunto é relacionado às crianças é preciso um olhar bastante atento à visão. Esse sentido é um dos mais essenciais para o desenvolvimento dos pequenos por desempenhar um papel fundamental na aprendizagem, exploração do mundo e na socialização.  

Além dos sintomas mais populares, como dores de cabeça, dificuldade de aprendizagem, coceira nos olhos e lacrimejamento, as questões não tratadas ou mal resolvidas de visão podem gerar danos emocionais para as crianças, especialmente na primeira infância. Esse é um ponto pouco conhecido ou lembrado, mas que precisa ser destacado, uma vez que não enxergar bem pode afetar o comportamento, gerando um grande desafio para a socialização infantil. 

Por isso, toda atenção à visão infantil é fundamental. O teste do olhinho, as consultas e os exames de rotina são de suma importância para identificar problemas e doenças como a miopia infantil e o retinoblastoma 

Comportamento infantil e sinais de alerta 

É natural que algumas crianças sejam introvertidas e tímidas, afinal são traços de personalidade que variam de pessoa para pessoa. Porém, é importante que pais e responsáveis fiquem atentos a mudanças significativas no comportamento infantil, pois podem indicar questões relevantes a serem tratadas. 

O alerta surge quando há grande variação. Ou seja, uma criança normalmente alegre passa a ficar mais quieta e triste, sem motivo aparente. Ou quando um pequeno antes focado e calmo começa a demonstrar impaciência, irritação e ansiedade. Nesses casos, é preciso buscar a orientação de um profissional de saúde.  

Assim, depois de uma investigação médica e caso as mudanças de comportamento não estejam associadas a algum transtorno psicológico evidente, é recomendado marcar uma consulta oftalmológica. Problemas de visão podem estar afetando a criança e seu bem-estar de forma sutil, sem que ela mesma identifique ou consiga comunicar isso. 

Acompanhamento constante é fundamental 

É importante salientar que, mesmo que seu pequeno não apresente sinais ou sintomas de problemas de visão, é indispensável que crianças sejam examinadas por um oftalmologista no primeiro ano de vida, entre seis e doze meses, e depois entre três e cinco anos de idade. Essa orientação faz parte das diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP).  

O desenvolvimento da visão da criança acontece até os sete anos, por isso é desejável que o diagnóstico e o tratamento de doenças oculares que comprometam isso sejam realizados prematuramente. Nesse contexto, o teste do olhinho é um dos recursos usados pelos oftalmologistas para avaliar a visão e detectar doenças como o retinoblastoma. Exija que seus filhos ou crianças pelas quais é responsável passem por ele. 

O teste do olhinho realizado com a tecnologia RetCam, por exemplo, pode identificar um elevado número de enfermidades nos recém-nascidos, como retinopatia da prematuridade, retinoblastoma, hemorragia de retina, zika congênita, córnea opaca e catarata congênita. Isso é possível graças à sua inovação e imagens precisas, que permitem uma visualização detalhada das estruturas do fundo do olho. 

Uma visão nítida e saudável é fundamental para que possam explorar o mundo, interagir com os outros e se desenvolver plenamente. Cuidar da saúde ocular das crianças desde cedo é um investimento no seu bem-estar e sucesso futuro. Lembre-se sempre de que a visão é mais do que apenas enxergar, é a chave para a descoberta e a conexão com o mundo ao redor. 

Cuide da visão de seus pequenos! 

 

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Seu filho precisa de óculos? 5 dicas para melhorar a relação da criança com o acessório

Segundo estimativa do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, 3% a 10% das crianças brasileiras entre 7 a 10 anos de idade precisam usar óculos. Outro estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde mostra que 52% de toda a população do planeta terá miopia até 2050. Esses dados apontam grande preocupação dos especialistas, principalmente em relação a miopia infantil, já que a doença está cada vez mais presente devido ao uso constante de computadores e celulares.

No entanto, a dificuldade em introduzir o uso dos óculos corretivos nos pequenos, seja por bullying na escola ou simplesmente por falta de hábito, pode comprometer o bem-estar das crianças, além de prejudicar no tratamento indicado pelo oftalmologista.

Independente do diagnóstico do profissional é possível investir em algumas atitudes para auxiliar os pais na utilização dos óculos no dia a dia dos pequenos.

Avaliação profissional

É primordial que a criança passe por uma consulta médica com um oftalmologista. Dessa forma, ele indicará quais exames são ideais para o diagnóstico e prescrição correta do grau de correção.

Diálogo é fundamental

Decidido qual será o melhor tratamento, é a hora de conversar com os pequenos sobre a utilização dos óculos. Crianças são muito receptivas a novidades e, por isso, trate o acessório como a melhor novidade do mundo. Quanto mais entusiasmado os pais demostrarem, maior será o interesse em utilizar.

Escolha da armação

No mercado existe uma gama enorme de cores, modelos e armações diferentes. Por isso, deixe que eles façam a escolha do que mais gostar. Essa atitude pode auxiliá-los a fazer dos óculos um hábito divertido! Pegue referências de desenhos que eles mais gostam, super-heróis e até as princesas. 

Outro ponto muito importante é escolher os óculos com armações mais resistentes para impedir que quebrem com facilidade. Uma boa sugestão são as opções em acetado. Observar a adaptação do acessório no rosto da criança também é indicado, já que ela ainda não tem a base nasal completamente desenvolvida prejudicando o apoio. Nesse caso, invista em fitas para manter os óculos bem firmes por trás da cabeça e nos ajustes na própria armação. Os modelos de nylon flexíveis são fáceis de localizar, trazendo mais segurança.

Elogios também contam!

Elogie sempre a criança quando estiver utilizando o acessório. Dessa forma, ela associará o uso como um hábito positivo. Jamais utilize frases negativas quando elas estiverem por perto, como por exemplo, “ele não vai usar”, “ele vai desistir”. Assim como os adultos, frases motivadoras incentivam no dia a dia.

Adaptação mais eficiente

Nos primeiros dias de uso, é comum que as crianças se queixem de dor de cabeça, enjoos e, em alguns casos, tontura. Esses sintomas são normais, já que os olhos estão se adaptando às lentes corretivas. Converse com eles, explique que é normal e que logo passará. Tente distraí-los com algumas atividades que mais gostam, como por exemplo, assistir a um filme, desenho ou beliscar ‘snacks’ preferidos. Com o uso contínuo do acessório, a adaptação será mais rápida.

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Obstrução do canal lacrimal do bebê: saiba o que fazer

Se você pai ou mãe já notou o olho do bebê lacrimejando ou então com secreção e achou que tinha algo estranho, saiba que existe uma condição que afeta a visão infantil em quase 70% dos bebês recém-nascidos principalmente e que pode ser a causa disso. Contudo, cerca de 2 a 3% apenas apresentaram lacrimação em excesso. 

Chama-se obstrução do canal lacrimal, ou apenas canal lacrimal obstruído / entupido. Já ouviu falar? Se não, então vamos conhecer melhor, saber se é pra se preocupar e o que fazer quando identificar os sintomas. 

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=_3vQaHVpzcI 

Olho do bebê lacrimejando é normal?

Primeiro, vamos entender como funciona. A lágrima é muito importante para nossos olhos, pois é responsável por manter a hidratação da nossa película ocular, além de ser um ótimo bactericida e auxiliar a nossa visão de várias outras formas. 

O que acontece depois que produzimos a lágrima, é que uma parte deve evaporar e a outra é absorvida pelo canal lacrimal no canto do olho, indo para o nariz e outras vias. Quando isso não acontece corretamente, haverá acúmulo de lágrima e secreção na superfície ocular. É o que ocorre quando há obstrução do canal lacrimal.

Obstrução do canal lacrimal na visão infantil: O que é?

A dacrioestenose é o nome científico dado para o entupimento total ou parcial do canal lacrimal, que pode ser causada por fatores externos, tais como lesões na face ou, como é na maioria dos casos, uma condição de má formação congênita.

Congênito significa que nascemos com essa condição, seja ela uma má formação do crânio ou da face. Sua ocorrência também tem relação com a prematuridade. Como explica o Dr. Rodrigo Beraldi, em matéria na Gazeta do Povo, o canal lacrimonasal é um dos últimos a se desenvolverem, por isso, bebês prematuros tendem a desenvolver dacrioestenose.

A obstrução normalmente desaparece até o 1 ano de idade, de maneira espontânea. 

A condição pode acometer apenas um olho e já poderá ser percebida desde a terceira semana de vida, sendo possível ser identificada com um exame de vista infantil de rotina. É importante enfatizar a necessidade de acompanhamento com oftalmo e pediatra. 

Alguns sintomas de obstrução do canal lacrimal:

– Olhos lacrimejantes;

– Olhos vermelhos;

– Secreção (remela) em excesso;

– Crostas na pálpebra;

– Inchaço do canto interno do olho;

É grave? Qual é o tratamento correto para obstrução do canal lacrimal?

Na grande maioria dos casos, não é algo para se preocupar. Ainda assim, o diagnóstico deverá ser feito por um médico através de um exame de vista infantil e o acompanhamento pelo pediatra não se deve dispensar. Uma vez orientado aos pais, os cuidados são principalmente em casa, até que o problema desapareça, o que envolverá cuidados de higiene e manobras que os pais devem estar habilitados a fazer.

Para uma boa saúde da visão infantil, os cuidados são a higiene correta dos olhinhos do bebê, dentre os quais, lavagem com água morna e soro fisiológico; massagem para desobstruir o canal e também a higiene do nariz, já que a secreção nasal pode contribuir no aumento da obstrução.

O que fazer quando a obstrução do canal lacrimal persiste

Se depois de 12 meses não houver a cura espontânea, o que é o mais esperado nestes casos, pode ser necessária uma pequena cirurgia. No entanto, é um procedimento simples, que não envolve cortes ou pontos e uma anestesia simples.

Isso, todavia, deverá ser avaliado por um médico capacitado. Importante destacar que quanto mais demorar para resolver, mais complexo relativamente será o procedimento, mesmo que não chegue a ser algo de grande complexidade, por exemplo, usando sondas para abrir o canal.

É necessário resolver o quanto antes, pois o excesso de lágrimas e secreção pode favorecer proliferação de vírus e bactérias.

1 ano de EVO Visian ICL no Brasil

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