Correção de miopia com lentes ICL não previne doenças oculares

O implante intraocular com a lente ICL é a opção mais moderna para corrigir diversos erros refrativos, inclusive até 20 graus de miopia, 10 de hipermetropia e seis de astigmatismo. Porém, engana-se quem pensa que o implante previne doenças oculares. Apesar de ter 99,4% de taxa de satisfação entre os pacientes e atingir o objetivo visual com a correção de miopia com lentes ICL, após o procedimento, é necessário fazer visitas frequentes ao oftalmologista para avaliação, acompanhamento e recomendações de colírios (caso seja necessário), pois o implante não previne doenças. 

A genética do paciente continua sendo de um alto míope

Mesmo sendo um procedimento rápido, simples e que apresenta excelentes resultados na melhora da qualidade de vida do paciente, os riscos da cirurgia de miopia com lentes ICL são baixíssimos, mas existem.

Após o procedimento é indicado que o paciente siga as orientações estabelecidas pelo médico, evite apertar e coçar os olhos e visite o oftalmologista com frequência para ter uma recuperação segura. Tudo isso porque apesar de ser a técnica mais moderna que há no mercado, ela não é a cura definitiva para o problema visual  que, mesmo após o procedimento, continua tendo a genética de um alto míope e algumas complicações podem ocorrer: 

 

  • Desenvolvimento de Glaucoma: doença ocular causada principalmente pela elevação da pressão intraocular que provoca lesões no nervo ótico e, como consequência, comprometimento visual. Isso porque o nervo é responsável por levar as informações do olho para o cérebro, por isso, quando ocorre um dano, a visão é prejudicada, ficando embaçada e irregular. A falta de tratamento para o Glaucoma, pode levar à cegueira. 

 

Como prevenir? Fazer exames oftalmológicos regularmente e usar os colírios prescritos pelo médico pode ajudar a detectar e tratar o glaucoma em seus estágios iniciais, antes do dano irreversível ocorrer. 

Tratamento: Inicialmente, o tratamento é clínico e à base de colírios. Porém, é importante consultar o oftalmologista para ele analisar o estágio da doença e o melhor tratamento indicado caso a caso. 

  • Pressão alta: acontece quando a pressão intraocular (PIO) é maior que o normal. Se não tratada, a pressão ocular alta pode causar glaucoma e perda permanente da visão em alguns indivíduos.

Como prevenir? Mudar alguns hábitos como: seguir uma dieta balanceada, reduzir os níveis de estresse, moderar o consumo de álcool e consultar o oftalmologista periodicamente, podem ajudar a prevenir o aumento da pressão dos olhos.

Tratamento: Uso de colírios regulares ou até cirurgia para glaucoma, para tratar a pressão ocular alta.

  • Olho seco: trata-se de uma anomalia na produção ou na qualidade da lágrima que provoca o ressecamento da superfície do olho, da córnea e da conjuntiva.

Como prevenir? As causas do olho seco podem ser inúmeras, como: fatores ambientais desfavoráveis, tempo excessivo de tela, efeitos colaterais de medicamentos, envelhecimento natural entre outros. 

Tratamento: O tratamento do olho seco depende da causa e de sua gravidade, sendo geralmente realizado com colírios lubrificantes. 

ICL: Oferecendo mais qualidade de vida

As vantagens da correção de miopia com lentes ICL incluem alta definição visual, não modificação de estruturas oculares ou remoção de tecido. Ela é inserida por cirurgia refrativa fácica, sendo aplicada atrás da íris e na frente da lente do cristalino – como se fosse uma lente de contato. Além disso, diferente de outros procedimentos, a cirurgia de correção de miopia com lentes ICL pode ser revertida. Por ser implantada atrás da íris, ela não interfere no cristalino do olho e preserva a córnea – que além da função protetora, desempenha papel fundamental na formação da visão. Ou seja, nenhum tecido corneano é removido ou reconfigurado.

É importante ressaltar que caso ocorra alguma complicação ou o paciente desenvolva outras doenças oculares após a realização da cirurgia de  correção de miopia com lentes ICL, somente o oftalmologista poderá investigar com precisão a causa do problema e indicar os melhores tratamentos. Em alguns casos, ele pode inclusive recomendar a retirada da lente, já que o procedimento é completamente reversível. 

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Anisometropia em crianças precisa ser corrigida a tempo

Esta condição com nome complicado é algo que atinge de 2% a 4% das crianças. Portanto, não é um problema de visão ocular infantil muito comum. No entanto, a anisometropia, como é conhecida, é uma condição mais comum em jovens e adultos. 

Trata-se, nada mais, nada menos do que a ocorrência de erros refrativos diferentes nos dois olhos. Quando ocorre uma diferença muito grande, tendem a ocorrer distúrbios maiores da visão binocular. 

 Este artigo visa esclarecer as causas, diagnóstico e tratamento.  

Causas e tipos de anisometropia 

Não se sabe ao certo a origem e a causa da doença, porém, há consenso de um componente genético ou hereditário. Por isso, ocorre ainda de afetar a visão ocular infantil 

Existem alguns tipos de anisometropia. São elas simples, composta e mista. Vamos conhecer um pouco de cada. 

  • Simples – Quando um olho é “normal” e o outro apresenta algum erro refrativo. 
  • Composta – Quando ambos olhos apresentam erros refrativos (hipermetropia ou miopia), porém com graus diferentes. 
  • Mista – Cada olho tem um problema de visão diferente. 

 Sintomas de anisometropia 

Como a miopia e a hipermetropia são os problemas refrativos associados mais comumente à doença, os sintomas variam muito em função segundo os problemas refrativos. 

Mas os sintomas mais comuns são: 

  • Dor de cabeça; 
  • Visão turva; 
  • Tontura; 
  • Desconforto visual para enxergar; 
  • Cansaço; 
  • Má percepção de profundidade; 
  • Ambliopia (“olho preguiçoso”). 

No entanto, estes sintomas devem ser rigorosamente verificados por um médico habilitado. As visitas ao oftalmologista são recomendadas a partir dos 6 meses de idade e depois, pelo menos, uma vez a cada 12 meses, segundo a OMS. 

Diagnóstico e Tratamento 

O simples exame de vista para erros refrativos indicará se a criança tem ou não anisometropia. Basta ver qual é a diferença entre a graduação em cada olho. Se a diferença for grande, é possível que seja o caso. Ainda assim, o mais indicado é que o oftalmo dê um diagnóstico preciso.  

O tratamento, na maioria dos casos, é o mesmo do problema refrativo. Para cada grau e tipo de problema, uma lente específica deve ser indicada pelo oftalmologista. Há também as opções de lentes de contato, cirurgias refrativas etc. Lembrando sempre que para as cirurgias, devem-se obedecer a critérios das técnicas adotadas.  

Já quando se trata de ocorrência de problema da visão ocular infantil, até os 7 anos de idade, o tampão ocular pode ser indicado. O tampão pode tratar diversos problemas de visão ocular infantil. A técnica se refere a obstruir com tampão o “olho bom”, assim estimulando o olho com erros refrativos.  

Não é muito dizer, portanto, que quanto antes feito o diagnóstico, ainda mais em crianças, mais fácil e eficaz será o tratamento. Embora, se diagnosticado posteriormente, será totalmente possível corrigir completamente. 

Doenças infantis que não podem ser combatidas com vacina e alteram a visão

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Por que as crianças também devem dilatar a pupila no teste de visão?

Há sempre muita dúvida e muita preocupação dos pais quando se trata do teste de visão infantil. Uma das dúvidas e preocupações mais frequentes é a que está relacionada com a famosa dilatação da pupila. Para responder a estas dúvidas, vamos esclarecer alguns pontos, portanto. 

Teste do olhinho dilata a pupila?

Logo quando o bebê nasce, ele já deve passar pelo seu primeiro exame oftalmológico, que é o teste do Reflexo Vermelho, ou conhecido como teste do olhinho, que é obrigatório e é um teste rápido que busca identificar precocemente doenças graves, tais como  leucocorias, catarata congênita, retinoblastoma e retinopatia da prematuridade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, neste teste não se faz necessária a dilatação da pupila, bastando a sala escurecida.

Contudo, longe de ser o único teste de visão infantil que a criança fará durante a vida, o teste do olhinho também pode ser feito de maneira mais completa e com ainda maior possibilidade de detectar doenças raras e tratá-las precocemente. Há também tipos diversos de exames de acuidade visual que se devem fazer em diferentes idades.

Por isso, a Associação Americana de Oftalmopediatria e Estrabismo recomenda já uma outra avaliação oftalmológica dentro do primeiro ano de vida.

Dilatação no teste digital do olhinho

No Brasil, existe um exame mais completo, chamado teste digital do olhinho, feito com um equipamento retinógrafo de última geração, chamado Retcam. Neste exame, o oftalmologista responsável que acompanha, de forma segura, indica a dosagem e tipo de colírio, de acordo com a faixa etária. O teste é rápido e indolor.

Teste de visão infantil em que se dilatam as pupilas

Nos exames de vista em que se busca diagnosticar e tratar doenças oculares, tais como a miopia em criança e outras, identificando a medida do grau para óculos, de maneira geral, é imprescindível a dilatação da pupila. Mas por quê? 

Primeiro porque isso permite a visualização das estruturas de dentro do olho, tais como, retina, nervo óptico, etc. Em segundo lugar, é necessário o relaxamento dos músculos internos responsáveis pelo foco na imagem, para se obter as medidas de maneira mais precisa. Especialmente nas crianças, os músculos são muito ativos, daí uma necessidade maior.

Quais são os colírios utilizados?

Os colírios para dilatar e para relaxar podem ser diferentes e geralmente têm seu uso combinado. Os mais comuns são a Fenilefrina e o Ciclopentolato. 

No Brasil, o colírio mais utilizado para dilatar a pupila durante o teste digital do olhinho é a Tropicamida 1% e Fenilefrina 2,5%.

Contudo, outros colírios podem ser utilizados para tratamento de outras doenças oculares, como ambliopia (olho preguiçoso) e processo inflamatório ocular.

Quais são os efeitos dos colírios nas crianças?

Em geral, os efeitos duram de 4 a 24 horas e tem efeito mais prolongado, geralmente, em crianças com olhos mais claros. Em recém-nascidos, uma dose ou tipo mais fracos são usados. É normal causar ardência e incômodo, mas os colírios não costumam causar dor.

Importante ressaltar que todos colírios são seguros e aplicados conforme a faixa etária, sempre por profissionais.

 

 

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Aniridia tem tratamento. Saiba como funciona a Iris Artificial

Você sabe o que é Aniridia 

Caso não tenha a doença ou não conheça alguém que seja acometido por ela, provavelmente nunca ouviu algo sobre a tal. 

Não tão conhecida popularmente, a Aniridia é um distúrbio ocular associado, em sua maioria, a fatores genéricos e que afeta uma pessoa a cada 50 a 100 mil nascimentos. Ela se dá pela má formação da íris, parte colorida do olho, deixando a pupila bem maior que o normal. Pode ocorrer também em caso de acidentes. 

Sua causa resulta da alteração de um gene localizado no braço curto do cromossomo 11, responsável por comandar vários processos genéticos envolvidos no desenvolvimento ocular. 

Os efeitos causados pela Aniridia na visão 

A forma como a doença prejudica a visão depende muito de sua extensão e de quais partes do olho são afetadas. As pessoas acometidas pela Aniridia podem ter uma visão de muito boa a muito ruim, e a maioria delas está entre esses extremos.  

Além da íris, ela pode afetar a córnea (aumento do risco de abrasões e cicatrizes), as estruturas angulares (causando glaucoma em aproximadamente 50% dos pacientes), o cristalino (causando catarata em 50 a 80% dos pacientes), o nervo óptico (por exemplo, hipoplasia) e a retina (por exemplo, hipoplasia foveal).  

Além disso, as crianças costumam ter algum grau de nistagmo, o que prejudica a qualidade visual, bem como as pupilas grandes, que causam sensibilidade à luz. 

A boa notícia é que pode ser facilmente identificada e há formas de tratá-la. 

O diagnóstico 

O diagnóstico da Aniridia é clínico, por meio de observação médica, e a confirmação acontece com teste genético. Pessoas com suspeita da doença devem consultar um oftalmologista o quanto antes para diagnosticar e tratar outras possíveis alterações.  

Tratamento para Aniridia 

A Aniridia não tem cura e as crianças diagnosticadas precisam de exames oftalmológicos regulares para avaliar a visão, a necessidade de óculos e para triagem de glaucoma e catarata.  

No caso de desenvolvimento de glaucoma, o tratamento é com colírios, mas pode exigir cirurgia. Se a visão for reduzida por uma catarata, a remoção do cristalino com ou sem um implante de lente intraocular pode ser indicada. A lubrificação da superfície ocular com lágrimas artificiais pode ajudar nos problemas da córnea. 

Há, ainda, como tratar e solucionar os sintomas com o uso da prótese de íris. 

Conheça a Íris artificial 

O implante de íris dobrável é uma alternativa satisfatória de tratamento para Aniridia, proporcionando recuperação médica e estética.  

A Íris Artificial Humanoptics, disponibilizada no Brasil pela Advance, é a opção ideal para casos da doença total ou parcial. Feita de um silicone altamente biocompatível e flexível, viabiliza uma variedade de métodos de implantes de acordo com as condições específicas do olho afetado, ainda pode ser combinada com quase todos os modelos de lentes intraoculares.  

Os benefícios surpreendem: no dia seguinte, os pacientes podem usar os olhos normalmente.  ​E dentre os resultados está a redução da sensibilidade à luz, com diminuição de fenômenos fóticos, aumento da sensibilidade ao contraste e eliminação de defeitos de transiluminação. 

Para a aplicação da íris artificial é preciso ter a partir de 21 anos e antes fazer a cirurgia de catarata. Não há contraindicações e o pós-operatório consiste em repouso físico de 7 a 10 dias para retomada das atividades normais e de aproximadamente 30 dias para recuperação visual perfeita.

O implante deve ser feito por profissional certificado e não pode ser usado para fins estéticos (mudança de cor da íris). Vale destacar que não existe no mercado técnica para tal que seja recomendada. 

Para saber mais sobre o tratamento da Aniridia com íris artificial, consulte um cirurgião oftalmologista certificado, que fará uma avaliação detalhada e solicitará os exames necessários. 

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