Retinoblastoma tem cura? E tratamento?

Já aconteceu de você olhar uma foto e ver que o olho da pessoa ficou com um reflexo vermelho, como reação à luminosidade do flash? Não há problema nessa situação. Preocupante é quando o reflexo fica branco ou amarelado. Nestes casos, a recomendação é buscar avaliação de um oftalmologista para ver se o globo ocular da pessoa está com alguma doença, incluindo o retinoblastoma. Neste post, vamos explicar se o retinoblastoma tem cura e qual é o tratamento adequado, entre outros detalhes da doença.

O que é o retinoblastoma

Retinoblastoma tem cura, sendo um tumor ocular maligno que afeta as células da retina, responsável por nos permitir enxergar. Ele pode ter origens em questões hereditárias ou na mutação genética da pessoa, manifestando-se em homens e mulheres de diferentes idades e raças, mas, principalmente, em crianças com idade inferior a cinco anos.

Os sintomas

O principal sintoma de retinoblastoma é o reflexo do olho branco ou amarelado, conforme citamos no início deste post. Mas, o paciente também pode apresentar estrabismo, dores, inchaços ou perda total ou parcial da visão, entre outros incômodos. Por isso, a qualquer desconforto com os olhos, não deixe de se consultar com um oftalmologista para um diagnóstico mais detalhado.

Prevenção no nascimento

Pensando no diagnóstico precoce do retinoblastoma, é fundamental destacar a importância de realização do Teste do Reflexo Vermelho (TRV) antes mesmo que o bebê deixe a maternidade e, no máximo, até que ele complete um mês de vida. Além disso, como o TRV mapeia apenas 30 graus do globo ocular, é recomendado complementar a avaliação com o Teste Digital do Olhinho, que rastreia 130 graus do olho e detecta 67% das doenças nos olhos genéticas.

O retinoblastoma tem cura

De acordo com dados do INCA, o retinoblastoma é o câncer intraocular mais comum na infância, afetando um em cada 20 mil nascidos vivos, com maior incidência nas crianças com menos de cinco anos. A boa notícia é que mais de 90% dos casos de retinoblastoma tem cura em estágio, sendo grande parte deles com preservação da visão. 

Tratamento varia de um paciente para outro

Cada paciente é submetido a um tipo de tratamento de retinoblastoma, variando de acordo com seu histórico de saúde e o estágio da doença nos olhos. Em geral, opta-se por cirurgia de enucleação, tratamentos locais de laserterapia ou crioterapia, quimioterapia (intravítrea, intra-arterial ou intravenosa), radioterapia ou transplante autólogo de medula óssea. É preciso atenção do paciente ou de seu responsável legal para que tanto o diagnóstico quanto o tratamento sejam realizados por profissionais de saúde especializados e em estabelecimentos adequados às práticas.

Diagnóstico precoce é o melhor caminho

Diagnosticado precocemente, o retinoblastoma tem cura e as chances de preservação da visão aumentam consideravelmente. Por isso, é fundamental que os responsáveis por crianças façam o TRV e o Teste Digital do Olhinho nos primeiros 12 meses de vida e mantenham o acompanhamento anual da saúde dos olhos da criança, pelo menos, até o quinto ano de vida. Após esse período, é fundamental procurar um oftalmologista diante de qualquer alteração na visão, mesmo que seja uma aparente irritação em virtude da poluição.

Em estágios mais avançados, o retinoblastoma causa a perda da visão e do olho. Há ainda o risco de o tumor afetar os ossos e o cérebro, podendo, inclusive, levar o paciente a óbito. Não permita que isso aconteça com você ou a alguma pessoa querida.

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Teste do olhinho passo a passo: como funciona

O teste do olhinho é um exame feito para mapear a saúde ocular do bebê. O ideal é que ele seja feito nos primeiros dias de vida e, no máximo, até a criança completar um ano de idade. Tradicionalmente, existe o Teste do Reflexo Vermelho (TRV), porém recentemente hospitais públicos e particulares parceiros do projeto Juntos Pela Visão Infantil aderiram ao Teste Digital do Olhinho.

Neste post, você vai saber detalhes sobre como funciona o teste do olhinho entre os dois tipos existentes.

Teste do Reflexo Vermelho

O teste consiste em direcionar o feixe de luz vermelha de um oftalmoscópio para o olho do bebê. Caso o reflexo dessa luminosidade seja avermelhado, alaranjado ou amarelado, significa boa saúde ocular da criança. Se o resultado for algo diferente disso, o sinal de alerta deve ser apresentado a um médico oftalmologista especialista que fará um mapeamento mais aprofundado. Na rede pública, a gratuidade do exame é garantida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Enquanto isso, na rede privada, o paciente consegue a gratuidade do procedimento caso possua um plano de saúde.

Características Específicas do TRV

  •     Não causa dor ao paciente
  •     Procedimento rápido 
  •     Possibilita diagnósticos na câmara anterior do olho

Locais de realização – Consultórios médicos ou hospitais

Teste Digital do Olhinho

O Teste Digital do Olhinho consiste em dilatar a pupila do bebê com o uso de um colírio recomendado pelo oftalmologista;  aplicação de um gel de interface entre olhinho do bebê e a lente acoplada a câmera para realizar a tomada de imagens. Assim, consegue-se fotografar a retina, avaliar as imagens de alta resolução, armazenar as fotos ou enviá-las de maneira eletrônica para os profissionais de interesse. Durante o procedimento, a criança fica deitada. Obs: Não há possibilidade de fazer com a criança sentada.

Locais de realização – Hospitais públicos e privados parceiros da ação Juntos Pela Visão Infantil já dispõem de retinógrafos de última geração

Características específicas da versão digital

  •     Precisão no diagnóstico
  •     Não causa dor ao paciente
  •     Mapeia 130 graus do globo ocular
  •     Procedimento rápido 
  •     Detecta diversas enfermidades oculares, inclusive de câmara posterior.
  •   Possibilita diagnósticos na câmara anterior dos olhos e também da retina, câmara posterior.

Atenção à doenças do fundo do olho

Em geral, as patologias oculares mais severas estão localizadas na retina e que podem afetar a visão da criança no futuro, o que eleva a necessidade de complementar o teste do olhinho tradicional com o Teste Digital do Olhinho. 

Com ele, é possível detectar mais de 20 patologias, de leves a severas, entre as quais posição do olhar, infecções das pálpebras, ptosis e condições inflamatórias e infecciosas, PHPV, Norrie & TORCH, zika congênita, retinopatia da prematuridade (ROP), retinoblastoma (RB), shaken baby syndrome, doença de coats, coloboma retinal, familial exudative vitreoretinopatia (FEVR), hemorragia de retina e macular, síndromes congênitas, córnea opaca, catarata, glaucoma, cicatriz corneal, coloboma íris, PHPV e TORCH.

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Saiba até quando o teste do olhinho pode ser realizado em crianças

O teste do olhinho vem ganhando cada vez mais notoriedade sobre sua importância, tal como aconteceu com o teste do pezinho. Este é um exame realizado logo nos primeiros momentos de vida de um recém-nascido e garante que diagnósticos importantes sejam feitos para identificar possíveis problemas de visão em crianças.

Atualmente, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, mais de 80% dos casos de cegueira (inclusive a cegueira infantil) poderiam ser evitados com a realização de um diagnóstico precoce. Este é um dado assustador, mas que pode jogar uma luz sobre a real importância do teste do olhinho. 

Mas afinal de contas, até qual idade é recomendado que se faça o teste do olhinho?

Os cuidados no primeiro ano do bebê

É recomendado que o teste do olhinho seja realizado logo nos primeiros minutos de vida do bebê. Na maioria dos hospitais ele é oferecido através do teste do reflexo vermelho, feito de forma manual pelo médico pediatra. Porém, existe o exame do olhinho digital, feito por Retinógrafos de última geração, como o RETCAM, que pode diagnosticar um número muito mais expressivo de problemas de visão em crianças. 

Esse exame consiste em uma documentação fotográfica panorâmica da retina, do fundo de olho e do nervo óptico e, dentre as doenças diagnosticadas no exame do olhinho digital, estão a retinopatia diabética, o glaucoma, oclusões vasculares da retina, alterações e deformações retinianas  e até estudo de tumores oculares como o retinoblastoma que acomete principalmente as crianças.

Se seu bebê, porém, já saiu da maternidade e não realizou o teste do olhinho, saiba que até o primeiro ano completo é possível realizar o exame e garantir que tenham sido verificadas todas as probabilidades de problemas de visão em crianças, garantindo inclusive uma incidência muito menor de chance de uma cegueira infantil. 

Para crianças acima de um ano sem o exame do olhinho

Apesar do teste do olhinho ser um exame de suma importância, inclusive no diagnóstico do Retinoblastoma, caso a criança não passe por ele nos 12 primeiros meses, ainda assim são recomendados cuidados com a visão infantil na busca de evitar problemas de visão em crianças. Isso porque, após o primeiro ano, muitas das doenças diagnosticáveis no exame do olhinho já terão progredido a níveis não tratáveis, como é o caso do câncer ocular. Mas, mesmo após esse prazo, é recomendado que as crianças passem pelo mesmo exame com 3 ou 4 anos, e depois, com 6 ou 7 anos

O ideal é que a criança seja levada o mais rápido possível para sua primeira consulta no oftalmologista, pois além das doenças oculares já citadas, comumente crianças em idade escolar podem também apresentar outros problemas como o estrabismo, erros refrativos (como a miopia e o astigmatismo), conjuntivite sazonal e a ambliopia. Essas doenças oculares podem diminuir muito a qualidade de vida dos pequenos, atrapalhar o seu desenvolvimento e até levar a uma possível cegueira infantil

Por esses motivos, é importante que eles sejam acompanhados periodicamente por um médico oftalmologista. Fique sempre atento a sinais como falta de atenção extrema, dores de cabeça, dificuldade na leitura, reclamações constantes sobre incômodo nos olhos e outras características que podem sinalizar um possível sinal de problemas de visão em crianças.

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Fatores para a escolha de bons profissionais para cuidar da saúde do seu filho

Quando o assunto é saúde ocular, a junção de exames com bons profissionais é a chave da prevenção. Escolher um bom médico para acompanhar a saúde do seu filho é essencial para garantir o diagnóstico precoce de possíveis doenças e evitar que alguns problemas oculares, como o estrabismo infantil ou a miopia, por exemplo, comprometam o desenvolvimento da criança no longo prazo.

Por isso, o acompanhamento regular com o oftalmopediatra e pediatra é primordial a partir dos primeiros meses de vida. Para que você possa se informar e entender mais sobre o assunto, conheça os exames que são essenciais para bebês e crianças e como devem funcionar as consultas! 

Quanto antes, melhor!

O primeiro exame nos olhos da criança é realizado assim que ela nasce. É o chamado teste do Reflexo Vermelho (TRV), popularmente conhecido como teste do olhinho. É ideal para mapear a saúde ocular e visão infantil do bebê. O teste do olhinho consiste em direcionar o feixe de luz vermelha de um oftalmoscópio para o olho do bebê. Caso o reflexo dessa luminosidade seja avermelhado, alaranjado ou amarelado, significa boa saúde ocular. Se o resultado for algo diferente disso, o sinal de alerta deve ser apresentado a um médico oftalmologista especialista que fará um mapeamento mais aprofundado. 

O ideal é que o teste do olhinho seja realizado nos primeiros meses de vida do bebê e, no máximo, até a criança completar um ano de idade. Isso porque estudos mostram que 90% da visão se desenvolve nos dois primeiros anos, enquanto o desenvolvimento dos outros 10% acontece entre os sete e nove anos de idade. Além disso, uma pesquisa realizada pela Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira, órgão ligado à Organização Mundial da Saúde, mostra que oito em cada dez casos de problemas oculares poderiam ser evitados, caso houvesse um diagnóstico precoce. 

Por isso, caso seu filho não tenha realizado o teste ainda na maternidade, procure um oftalmopediatra para realizar o exame o quanto antes. Também é importante ficar atento se o médico irá solicitar inclusive o teste digital do olhinho – que, por meio de um retinógrafo de última geração, mapeia 130 graus do globo ocular e detecta a presença de diversas enfermidades oculares, de maneira rápida, precisa e indolor. O teste digital do olhinho inclusive complementa a avaliação do TRV, pois avalia o segmento posterior, através de imagens fotográficas de alta resolução.

A urgência se faz necessária pelo fato de que, quando uma doença ocular é tratada somente após os dois anos de idade, é muito improvável que a criança tenha uma visão infantil perfeita. Por isso, todo o cuidado é pouco. 

A primeira consulta

Nessa fase da vida, o correto é procurar um oftalmologista pediátrico que se preocupe com a visão infantil como um todo. Ou seja, ele deve focar em medidas de prevenção e de promoção da saúde dos olhos da criança. Logo, priorizar visitas de rotina ao oftalmologista é essencial para garantir a uma visão infantil perfeita, além de alertar para os riscos de não tratar precocemente certos sintomas e problemas na infância.

As consultas de rotina devem acontecer logo no primeiro ano de vida e é importante que essa orientação venha, inclusive, do pediatra do seu filho. Além disso, também é fundamental ficar de olho no comportamento da criança e se ela apresenta alguma queixa. 

Durante a consulta, a criança não precisa necessariamente contribuir em nada. O oftalmologista pediátrico deve examinar e medir a acuidade visual inclusive do recém-nascido, provocando movimentos oculares por excitação que já diz se a criança enxerga ou não. Além disso, o médico também deve realizar exames mais completos que avaliam o desenvolvimento neuropsicomotor, simetria facial e aspecto externo dos olhos. Caso exista alguma suspeita, o oftalmologista poderá também realizar exames de refração nos bebês para garantir que sua visão infantil se desenvolva de forma saudável. 

Consulta na fase escolar

É comum que o próprio pediatra te oriente sobre a importância de procurar um médico especialista em oftalmologia infantil para acompanhar seu filho durante a fase de alfabetização. Isso porque alguns problemas de visão, como o estrabismo infantil e outras doenças, podem aparecer nessa fase da vida. 

Também é frequente, muitas vezes, não entender alguma dificuldade que a criança apresenta na fase escolar. E, muitas vezes, o que pode ser visto como um problema de desenvolvimento, quando a criança demora mais a ler e escrever por exemplo, pode ser simplesmente resolvido com o uso de óculos. E quem vai te ajudar a detectar e dar o diagnóstico correto é o oftalmologista. 

Em crianças entre 3 e 6 anos, é comum que o próprio pediatra realize uma triagem na qual usa-se uma tabela com a letra ‘E’ em diversas posições e a criança deve dizer para que lado as perninhas da letra estão viradas. Caso o exame detecte alguma dificuldade na visão infantil, o pediatra encaminha para um exame oftalmológico.

Em casa, também podemos observar atentamente algumas atitudes como: assistir televisão muito próximo ao aparelho, ou levar os brinquedos e os livros próximos do rosto. Esse tipo de comportamento  merece uma investigação. Não deixe de procurar bons profissionais para cuidar da saúde ocular do seu pequeno e realizar exames desde cedo!

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