Teste do olhinho em bebês: até quando deve ser feito?

O Brasil tem cerca de 26 mil crianças cegas por doenças oculares que poderiam ter sido evitadas ou tratadas. O dado faz parte da edição 2019 do estudo “As Condições de Saúde Ocular no Brasil”, que alerta ainda para o fato de que a saúde ocular infantil é de alta prioridade e o teste do olhinho em bebês é fundamental e necessário.

O mesmo relatório destaca ainda que algumas cidades brasileiras já têm legislação que exige a realização do teste do olhinho tradicional, aquele realizado por meio do reflexo vermelho, em todos os recém-nascidos, antes de sua alta. Já a Agência Nacional de Saúde Suplementar incluiu o exame tradicional no rol de procedimentos com cobertura obrigatória pelos planos de saúde.

Tipos de teste do olhinho

Tradicionalmente, o teste do olhinho em bebês é realizado com o auxílio de uma lanterna vermelha que é apontada para o olho do bebê e cujas características do reflexo indicam sinais de doenças oftalmológicas. A questão é que este exame apenas verifica a presença do reflexo nos olhos.

Mais recentemente, porém, as crianças começaram a se beneficiar do teste digital do olhinho, que, por meio de um retinógrafo de última geração, mapeia 130 graus do globo ocular e detecta a presença de diversas enfermidades oculares, de maneira rápida, precisa e indolor. As imagens detectadas pelo aparelho são armazenadas e podem ser gravadas, impressas ou enviadas eletronicamente.

Qual é o prazo para fazer o teste?

O ideal é que o teste do olhinho seja feito nos primeiros meses de vida do bebê e, no máximo, até a criança completar um ano de idade. Isso porque estudos mostram que 90% da visão se desenvolve nos dois primeiros anos de vida, enquanto o desenvolvimento dos outros 10% acontece entre os sete e nove anos de idade.

Por tudo isso, especialistas alertam para a importância de que o exame seja feito o quanto antes e, se possível, de uma maneira digital e ampliada, por meio do retinógrafo. A urgência se faz necessária pelo fato de que, quando uma doença ocular é tratada após os dois anos de idade é muito improvável que a criança tenha uma visão perfeita.

Doenças que o teste do olhinho em bebês detecta

O teste do olhinho tradicional possibilita o diagnóstico de patologias instaladas na câmara anterior do olho, ou seja a parte frontal. Já o teste digital do olhinho permite identificar doenças mais severas localizadas na retina, câmara posterior do olho, como Retinoblastoma, Coloboma retinal, Hemorragias de retina e retinopatia de prematuridade, entre muitas outras.

Consulte um oftalmologista e garanta a saúde ocular do seu bebê.

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Retinoblastoma em bebês: como identificar

Retinoblastoma é um tumor ocular maligno, que se manifesta em células da retina, parte do olho responsável por nos permitir enxergar. Ele pode atingir pessoas de qualquer sexo, raça ou faixa etária, mas é muito mais comum em crianças, desde o nascimento e até dois anos de idade. Por isso, insistimos que exame de prevenção é o caminho mais adequado para evitar retinoblastoma em bebês.

Não é apenas uma questão hereditária

Engana-se quem pensa que só terá retinoblastoma a pessoa que faça parte de uma família na qual a doença nos olhos já tenha se manifestado. Também não há estudos que comprovem a relação da patologia com fatores do ambiente ou intercorrências durante a gestação. Além do fator hereditário, é possível, também, que o retinoblastoma em bebês se manifeste por uma mutação genética, fazendo com que a criança seja o primeiro membro da família a desenvolver a patologia. Então, se você tem uma crianças sob a sua responsabilidade, mantenha atenção à saúde dos olhos dela desde o nascimento e não se esqueça dos exames de prevenção.

Como detectar o retinoblastoma

Idealmente, nenhum bebê deve deixar a maternidade sem realizar o Teste do Reflexo Vermelho (TRV), que é gratuito na rede pública e deve ter os custos absorvidos pelo plano de saúde do paciente na rede particular. Porém, como o TRV mapeia apenas 30 graus do globo ocular, é importante que a avaliação seja complementada com o Teste Digital do Olhinho, que garante o rastreamento de 130 graus dos olhos e detecta importantes doenças nos olhos genéticas. 

Para garantir mais segurança à saúde dos olhos da criança, como medida de prevenção, o TRV e o Teste Digital do Olhinho devem ser feitos no primeiro mês de vida do bebê. Após essa etapa, a recomendação é fazer um acompanhamento anual com o oftalmologista até, pelo menos, o quinto ano de vida da criança.

Como identificar o retinoblastoma em bebês

Desconfie sempre que uma criança demonstrar sofrer de baixa visão, apresentar estrabismo, ficar com os olhos frequentemente vermelhos ou reclamar de qualquer outro incômodo visual. Nem sempre esses sintomas vão resultar no diagnóstico de retinoblastoma em bebês, mas todos merecem atenção, diagnósticos e tratamentos adequados.

Outro sintoma que deve ser encarado como um importante sinal de alerta sobre a presença do retinoblastoma em bebês é quando nota-se que a pupila do olho está esbranquiçada ou amarelada. Geralmente, é possível perceber essa alteração quando o olho é exposto à luz artificial ou em fotografias, quando o globo é submetido à luz do flash. O normal é que, no contato com a luminosidade direta, nosso olho reflita uma luz vermelha.

O retinoblastoma em bebês pode ser fatal

Quanto mais cedo o retinoblastoma for descoberto, maiores são as chances de sucesso não só no tratamento da doença, mas também na preservação do olho. Os estágios mais avançados do retinoblastoma têm como consequência desde a necessidade de substituição do órgão até a ampliação do ataque do tumor para os ossos e o cérebro, podendo, inclusive, levar o paciente a óbito.

Prevenção nunca é demais

Ao sinal de qualquer anormalidade ou incômodo nos olhos, homens de mulheres de todas as idades devem buscar a avaliação de um oftalmologista. Faça isso mesmo se suspeitar que o desconforto é apenas uma irritação causada pela poluição da cidade. Em crianças, essa precaução se faz ainda mais necessária, tendo em vista que elas têm mais dificuldade para dar sinais claros do que sentem. E, não se esqueça: automedicação está fora de cogitação.

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Retinoblastoma tem cura? E tratamento?

Já aconteceu de você olhar uma foto e ver que o olho da pessoa ficou com um reflexo vermelho, como reação à luminosidade do flash? Não há problema nessa situação. Preocupante é quando o reflexo fica branco ou amarelado. Nestes casos, a recomendação é buscar avaliação de um oftalmologista para ver se o globo ocular da pessoa está com alguma doença, incluindo o retinoblastoma. Neste post, vamos explicar se o retinoblastoma tem cura e qual é o tratamento adequado, entre outros detalhes da doença.

O que é o retinoblastoma

Retinoblastoma tem cura, sendo um tumor ocular maligno que afeta as células da retina, responsável por nos permitir enxergar. Ele pode ter origens em questões hereditárias ou na mutação genética da pessoa, manifestando-se em homens e mulheres de diferentes idades e raças, mas, principalmente, em crianças com idade inferior a cinco anos.

Os sintomas

O principal sintoma de retinoblastoma é o reflexo do olho branco ou amarelado, conforme citamos no início deste post. Mas, o paciente também pode apresentar estrabismo, dores, inchaços ou perda total ou parcial da visão, entre outros incômodos. Por isso, a qualquer desconforto com os olhos, não deixe de se consultar com um oftalmologista para um diagnóstico mais detalhado.

Prevenção no nascimento

Pensando no diagnóstico precoce do retinoblastoma, é fundamental destacar a importância de realização do Teste do Reflexo Vermelho (TRV) antes mesmo que o bebê deixe a maternidade e, no máximo, até que ele complete um mês de vida. Além disso, como o TRV mapeia apenas 30 graus do globo ocular, é recomendado complementar a avaliação com o Teste Digital do Olhinho, que rastreia 130 graus do olho e detecta 67% das doenças nos olhos genéticas.

O retinoblastoma tem cura

De acordo com dados do INCA, o retinoblastoma é o câncer intraocular mais comum na infância, afetando um em cada 20 mil nascidos vivos, com maior incidência nas crianças com menos de cinco anos. A boa notícia é que mais de 90% dos casos de retinoblastoma tem cura em estágio, sendo grande parte deles com preservação da visão. 

Tratamento varia de um paciente para outro

Cada paciente é submetido a um tipo de tratamento de retinoblastoma, variando de acordo com seu histórico de saúde e o estágio da doença nos olhos. Em geral, opta-se por cirurgia de enucleação, tratamentos locais de laserterapia ou crioterapia, quimioterapia (intravítrea, intra-arterial ou intravenosa), radioterapia ou transplante autólogo de medula óssea. É preciso atenção do paciente ou de seu responsável legal para que tanto o diagnóstico quanto o tratamento sejam realizados por profissionais de saúde especializados e em estabelecimentos adequados às práticas.

Diagnóstico precoce é o melhor caminho

Diagnosticado precocemente, o retinoblastoma tem cura e as chances de preservação da visão aumentam consideravelmente. Por isso, é fundamental que os responsáveis por crianças façam o TRV e o Teste Digital do Olhinho nos primeiros 12 meses de vida e mantenham o acompanhamento anual da saúde dos olhos da criança, pelo menos, até o quinto ano de vida. Após esse período, é fundamental procurar um oftalmologista diante de qualquer alteração na visão, mesmo que seja uma aparente irritação em virtude da poluição.

Em estágios mais avançados, o retinoblastoma causa a perda da visão e do olho. Há ainda o risco de o tumor afetar os ossos e o cérebro, podendo, inclusive, levar o paciente a óbito. Não permita que isso aconteça com você ou a alguma pessoa querida.

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O que toda gestante deve saber sobre a visão infantil

Apesar de os olhinhos do bebê já funcionarem no ambiente uterino, a visão infantil só vai amadurecer por volta dos 2 anos. Isso faz com que o bebê ainda não tenha aquilo que na visão infantil chamamos de “foco”, ou em termos médicos, a visão central. Isto pode dificultar a nossa percepção de prejuízos no seu desenvolvimento. Contudo, existem técnicas que permitem a detecção de maneira muito precoce. Uma delas, é o teste do olhinho. Assim como o teste do pezinho detecta doenças congênitas, o teste do olhinho pode flagrar deficiências visuais e, com tratamento precoce, tratá-las com sucesso.

Como se forma a visão infantil durante a gestação e depois?

Como o interior do útero é um ambiente com quase nenhuma penetração de luz, o feto não carece de visão apurada nesse período. Os olhos do feto começam a se desenvolver já na 4a semana de gestação, porém, é só na 16a semana que o mesmo desenvolve a capacidade de detectar a presença de luz. Na 26a semana é que o bebê vai conseguir abrir os olhinhos pela primeira vez.

Na 30a semana, provavelmente o bebê vai poder distinguir claro de escuro e até reagir às mudanças de luminosidade. Alguns especialistas acreditam ser este um estímulo importante para seu desenvolvimento.

No primeiro mês de vida, o bebê ainda enxerga em preto-e-branco e vê apenas vultos, não podendo diferenciar muitas coisas. No 2o mês, já enxergará sua primeira cor, o vermelho. É só no 3o mês de vida que o bebê conseguirá discernir melhor as coisas e enxergar bem numa distância de aproximadamente 10 cm. É aí também que sua visão começa a se estabilizar e adquirir foco.

Conforme passam os meses e os anos, a visão do bebê vai se desenvolvendo para enxergar com mais profundidade, discernindo cada vez melhor os objetos, a cada vez maiores distâncias e com mais riqueza de detalhes e contornos – até que amadureça completamente, por volta dos 2 anos. Ainda neste período, um fato bem notado por todos nós ocorre: A mudança de cor dos olhos.

Veja aqui uma animação que simula a evolução da visão do recém-nascido.

O teste do olhinho é obrigatório e fundamental

Logo após o parto, o pediatra já deve fazer o teste do olhinho. É obrigatório e permitirá um desenvolvimento saudável da visão infantil, mesmo caso haja detecção de doenças congênitas, em que o tratamento precoce permite até mesmo a recuperação completa da visão.

Para se ter ideia da importância da detecção precoce de enfermidades oftálmicas em recém-nascidos, a cada dez casos de perda de visão, oito poderiam ser detectados precocemente no teste do olhinho.

O que a mãe pode fazer pela visão do bebê?

Além do pré-natal bem conduzido e todas as recomendações já conhecidas para gestantes em geral, para a visão, existem alguns hábitos e práticas particularmente benéficos para o bom desenvolvimento da visão infantil. São algumas delas:

• Alimentação rica em ácido fólico e vitaminas do complexo B;
• Para prematuros, um acompanhamento especial é indispensável;
• Para estimular a visão, coloque objetos coloridos e variados ao alcance da visão do bebê;
• Não fume ou ingira álcool durante a gestação, ou na presença de bebês e crianças (no caso do cigarro).

Veja aqui alguns sinais que podem indicar problemas de visão em bebês e crianças.

 

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