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A pandemia da miopia em crianças e o papel do oftalmopediatra

Nem fatores genéticos, nem o aumento de atividades como a leitura e a escrita deveriam ser culpados durante a pandemia pelo maior número de casos de miopia infantil. O que explica o aumento de 400% dos casos em crianças entre 6 anos em comparação ao ano anterior, número publicado pela revista científica JAMA Ophthalmology, é a falta de exposição solar devido ao confinamento, ausência de teste de visão infantil e o maior tempo gasto, principalmente, em frente às telas. 

O mundo viveu uma das mais sérias pandemias de sua história recentemente. Embora ainda não tenhamos oficialmente saído dela, o período mais agudo em nosso país (de Março de 2020 ao fim de 2021), parece já ter ficado para trás com o avanço da vacinação e a mutação do vírus para uma cepa menos agressiva.

Com as normas de distanciamento social e a interrupção das aulas presenciais adotadas à época, contudo, as crianças se viram cada vez mais apegadas aos celulares, tablets e computadores seja para passar o tempo, brincar ou para assistir às aulas escolares. Tais hábitos adquiridos acabaram diminuindo o tempo gasto em atividades ao ar livre e consequentemente aumentando o tempo de tela em casa, o que prejudica a visão e é responsável pelo aumento de casos de miopia infantil. 

De fato, essa rotina online é extremamente prejudicial às crianças, principalmente as mais novas. Isso porque o estado refrativo de crianças entre 5 a 8 anos pode ser mais sensível às mudanças ambientais do que em crianças mais velhas, visto que se encontram em um período importante para o desenvolvimento da miopia infantil. Segundo a OMS, nesta idade a criança idealmente já deve ter realizado teste de visão infantil.

Essa realidade, mesmo passado o período mais intenso da pandemia tende a se manter em certo nível, dado que muitas escolas manterão aulas híbridas com parte presencial e parte online.

Segundo a Academia Americana de Oftalmologia, em 2050, metade da população mundial será míope, visto que, além da hereditariedade, muitos oftalmopediatras apontam que o uso prolongado do computador e da TV na infância e adolescência contribui para o desenvolvimento da miopia infantil.

Diante desses dados, é fundamental que os pais estejam atentos aos sinais dados pelos filhos. Assim, eles poderão recorrer a  exames oftalmológicos, um médico e detectar precocemente possíveis doenças oculares e tratá-las.

Atenção redobrada com a visão infantil!

Caso perceba alguns sinais da criança como baixo rendimento, falta de concentração, lacrimejamento nos olhos, vermelhidão, dores de cabeça ou queixa de baixa visão, procure um oftalmopediatra imediatamente para uma consulta de rotina, orientação adequada e solicitações de teste de visão infantil

Se você é professor ou pedagogo, é muito importante se atentar aos sintomas de problema da visão, para além do que já conhecemos, mas levando também em conta esta realidade surgida antes da pandemia e que se viu agravada com ela, da qual a OMS já considera como uma epidemia de miopia.

Além disso, mudanças nos hábitos das crianças também são fundamentais. A primeira medida para controlar a miopia infantil causada pelo estilo de vida é intercalar as atividades ao ar livre com o uso dos eletrônicos no dia a dia, inclusive durante a pandemia.

Também é importante que, no momento da consulta, o oftalmologista explique ao paciente que os problemas relacionados ao excesso de contato com a tecnologia vão muito além da saúde dos olhos. O hábito pode causar, por exemplo, alterações posturais, hiperatividade, distúrbio social e déficit de atenção.

Diagnóstico: miopia infantil! E agora?

A miopia não tem cura! No entanto, quando corretamente diagnosticada, através de exames oftalmológicos, pode ser corrigida com óculos, lentes de contato ou até mesmo cirurgia. Porém, é essencial um acompanhamento médico e tratamento adequado, pois a miopia pode ser progressiva e pode desenvolver outros problemas oculares graves, como catarata, descolamento de retina e outros, e, nesses casos, nenhuma dessas terapias irá corrigir o alongamento do globo ocular. 

Quando o grau da miopia é alto, acima de 6, a deformação do globo ocular aumenta o risco de desenvolver condições como o descolamento de retina, catarata e glaucoma, aumentando o risco da perda permanente da visão.  Por isso, é essencial que o oftalmopediatra oriente seus pacientes a fazerem um acompanhamento e algumas mudanças de hábitos desde a infância. Assim, com os exames e tratamento corretos, além da miopia infantil, também é possível prevenir problemas oculares mais graves e preservar a saúde dos olhos.

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Triagem visual em crianças não deve ser ignorada

Quando se trata da saúde da criança, não há nada mais prudente do que focar na prevenção. Vacinas são tomadas, pediatras regularmente visitados, mas por que insistimos em ignorar os cuidados oftalmológicos? A triagem visual em crianças não deve ser negligenciada e, ainda que possa parecer assustadora a ideia de usar um aparelho para ver fundo de olho de uma criança, assim como o teste do olhinho, esse momento é muito simples e indolor.

Triagem visual

Sua importância

Todo cuidado é pouco quando se fala do bem-estar das crianças, mas ainda assim 80% delas nunca fizeram exames oftalmológicos, segundo a Agência Brasil. Ao mesmo tempo, elas passam a ter acesso a aparelhos eletrônicos, como celulares e tablets, cada vez mais cedo, e o resultado disso é uma crescente no número de jovens com miopia. 

Durante a idade escolar, 25% das crianças sofrem alguma desordem visual. Não há como negar a necessidade de acompanhamento oftalmológico com aparelho para ver fundo de olho e assim evitar o desenvolvimento de enfermidades irreversíveis.

Quando bebê, o primeiro passo é o teste do olhinho, o qual detecta diversas doenças de forma precoce. Esse momento é primordial e é quando temos maiores chances tratar e evitar grandes lesões, ou até mesmo a cegueira.

A partir dos 6 meses, a melhor opção é a triagem visual feita a partir do Spot Vision Screener. Ele é um aparelho para ver fundo de olho da criança, capaz de detectar seis fatores de risco de ambliopia, sendo estes:

  • Miopia (dificuldade de enxergar de longe);
  • Hipermetropia (dificuldade de enxergar de perto);
  • Astigmatismo (visão turva);
  • Anisometropia (poder de refração desigual);
  • Estrabismo (desalinhamento ocular);
  • Anisocoria (tamanho desigual de pupila).

Como funciona?

O processo de triagem visual feito pelo Spot Vision Screener é rápido e fácil, até mesmo em pacientes não cooperativos. Isso acontece porque ainda que ele seja um aparelho para ver fundo de olho, sua máquina pode estar à até um metro de distância da criança para fazer o exame.

Este aparelho faz a análise do fundo dos dois olhos da criança ao mesmo tempo em questão de segundos, de forma confortável e segura. 

A partir disso, o exame está feito, rápido e fácil. Os resultados são fornecidos de forma completa, objetiva e fácil de entender. 

A triagem visual baseada em instrumento é, ainda por cima, a recomendação das diretrizes políticas internacionais

A triagem visual em diferentes fases da juventude

Recém nascidos

É a etapa ideal para o diagnóstico precoce de diversas enfermidades. A cada 7 recém nascidos, 1 apresenta alguma patologia ocular, segundo um estudo feito pela médica Lihong Li do Hospital de Mulheres e Crianças Kunming, na China. 

Por isso, é imprescindível fazer a primeira triagem visual nessa fase com o teste do olhinho digital, para evitar a possibilidade de desenvolvimento de alguma doença ou até a cegueira infantil.

6 meses a 3 anos

Nesta fase, pré-verbal, é o momento para detectar precursores da ambliopia

4 a 8 anos

É a última fase que permite a correção de uma ambliopia através de medidas refrativas. Ou seja, a partir desse momento não é mais possível corrigir o problema com cirurgias de miopia, astigmatismo e hipermetropia.

9 a 15 anos

Com o crescimento da criança é comum a mudança na visão. Nesta fase, entretanto, os números passam a ser ainda mais perigosos, pois 1 em 42 crianças passam a ter algum problema de visão.

Não há dúvidas da importância da triagem visual em crianças para que elas possam se desenvolver de forma segura e natural, para atender aos pacientes de forma segura é imprescindível ter bons equipamentos oftalmológicos. Entenda como escolher e comprar os melhores para a sua clínica!

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7 exames oftalmológicos que devem ser feitos em consultas de rotina

É preocupante saber que 34% dos brasileiros nunca foi ao oftalmologista. Esse índice chega a 44% quando fazemos o recorte do cenário nas classes C e D. O dado do Ibope é um alerta para que os médicos, além de cuidar de doenças nos olhos iniciem um trabalho de conscientização da população quanto a importância de cuidar da saúde ocular.

Paralelamente a isso, é importante que os oftalmologistas estejam preparados para, dentro do consultório, realizar sete exames oftalmológicos em consultas de rotina:

#1 – Refração

Com o exame de refração é possível verificar a qualidade da visão do paciente e o grau de lentes recomendado para ele, além da existência de problemas relacionados a patologias, como miopia, astigmatismo, hipermetropia ou presbiopia. Para isso, é necessário o uso de dois aparelhos: refrator e autorrefratorrefrator.

#2 – Gonioscopia

É com esse exame que os médicos avaliam a câmara anterior do olho, que fica entre a íris e a córnea, com capacidade de mapear a pressão intraocular. Por meio desse exame de olhos é possível detectar doenças oculares, como glaucoma, traumas oculares e tumores na íris.

#3 – Mapeamento de retina

Esse mapeamento avalia tanto a retina quando o fundo do olho do paciente. O objetivo é verificar a presença de lesões ou doenças nos olhos severas. Para a realização do procedimento é fundamental dilatar o olho do paciente com colírio. É possível realizar um exame de triagem por meio do oftalmoscópio, que lança um feixe de luz sobre o olho do paciente e mapeia 30 graus do globo ocular. Porém, para uma avaliação mais detalhada a recomendação é fazer uso de um retinógrafo, que fotografa os olhos e avaliando os riscos de doenças que não são possíveis de serem mapeadas pelo oftalmoscópio.

#4 – Motilidade ocular

Esse exame de olhos é utilizado para avaliar o alinhamento dos mesmos, além de verificar a movimentação e musculatura ocular. É um procedimento bastante recomendado para diagnosticar o estrabismo.

#5 – Reflexo Pupilar Aferente

Serve para avaliar a reação da pupila em relação ao contato com a luz. Em geral, com luzes intensas a pupila se contrai e quando a claridade diminui ela se dilata. A velocidade ou a ausência dessas reações podem indicar a presença de lesões graves na retina ou doenças no nervo óptico.

#6 – Teste de visão de cores

Dados do Nacional Eye Institute, dos Estados Unidos, estimam que 8% dos homens e 0,5% das mulheres do mundo apresentam algum grau de daltonismo, que é a redução da capacidade de identificar certas cores. Imagine como isso pode ser ruim no dia a dia? Por isso, é importante a inclusão do teste de visão de cores entre os exames oftalmológicos de rotina.

#7 – Tonometria

A pressão ocular é considerada normal quando varia entre 10 e 21 mmHg e quando está muito alta pode indicar que o paciente tenha glaucoma, uma das doenças nos olhos que pode levar à cegueira. A tonometria é o procedimento capaz de medir essa pressão ocular.

É indiscutível o quanto a visão é importante para o nosso bem-estar e a nossa qualidade de vida. É por meio dela que nosso cérebro recebe grande parte das informações que armazenamos. Então, não deixe de ressaltar aos pacientes a importância da realização de exames oftalmológicos.

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