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Posts sobre: doenças oftalmológicas

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Além da genética, saiba quais são outros fatores que causam miopia

Em recente matéria, o jornal El País em sua coluna de Ciência, o especialista em miopia, Chris Hammond, afirma que existe uma epidemia de Miopia. Tudo indica que para que a Miopia, um erro refrativo, se torne uma epidemia, somente causas genéticas não explicariam.  

Particularmente, nos últimos dois anos, com a pandemia de coronavírus, estudos no Reino Unido, na China e também registros relatados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), demonstram aumento de até 100% de casos de miopia, bem como da progressão do grau da mesma em quem já tem a condição, aumentando incidência de alta miopia, quadro que pode levar a doenças mais graves e até perda da visão.

Há também, cada vez mais procura por cirurgia para corrigir miopia.

Segundo a OMS, são 59 milhões de míopes no Brasil e, no mundo, 2,6 bilhões. Há estimativas de que até 2050, os míopes sejam a metade do planeta. 

Não é só a genética

miopia ocorre quando há um crescimento maior do globo ocular ou mesmo uma curvatura maior da córnea, gerando um erro refrativo em que a imagem é formada antes da retina. Ela tende a se estabilizar de 18 a 21 anos.

O que já é consenso na ciência há um bom tempo, no entanto, é que, embora as causas genéticas sejam um fator preponderante no aparecimento de miopia, há outros fatores que podem levar ao seu aparecimento ou mesmo à progressão do grau. 

Vejamos alguns deles:

Pouca atividade ao ar-livre

Especialmente as crianças, mas também adultos, que têm pouca atividade ao ar livre têm mais propensão a desenvolver miopia ou aumentar o grau da mesma. Isso está relacionado com dois fatores. Um, de que, em geral, quando se fica muito em casa, seja para estudo ou trabalho, estamos mais tempo expostos ao esforço do campo visual imediato, ou seja, olhando por muito tempo seguido as coisas mais de perto. 

De acordo com estudos recentes, há relação com o desenvolvimento do alongamento do globo ocular, causando o surgimento do erro refrativo. 

Outro fator, porém, tem a ver com a luz do sol: Segundo estudos de uma universidade alemã, o sol produz neurotransmissores que desaceleram o alongamento do globo ocular, logo, quem tem pouca exposição à luz do sol, teria um aceleramento do mesmo.

O estudo de Freiburg, Alemanha, também calcula que há probabilidade até 5 vezes maior no aparecimento da miopia em pessoas com pouca exposição ao sol e até 16 vezes se, somado a isso, existir muito esforço do campo imediato (focar muito para perto).

Uso excessivo de aparelhos eletrônicos e telas

Como mencionado acima, o aumento de casos de miopia, chegando a ser considerado uma epidemia, já preocupava a OMS antes mesmo da pandemia de coronavírus. Isso porque a incidência de outras doenças mais graves são mais prováveis em míopes, mais ainda em altos míopes. 

Estudos indicam que este aumento vem na esteira do aumento do uso de telas, a ponto de já existir uma doença tipificada como Síndrome Visual do Computador (SVC). O mencionado estudo chinês, publicado no JAMA, conclui com estes dois cenários (pré e pós-pandemia), que há relação do aumento de casos com uso excessivo de telas.

Como medida de prevenção, o especialista em miopia, o Oftalmopediatra Rubens Amorim, em entrevista ao portal Meio Norte, indica a regra do 20-20-20. A cada 20 minutos focando um objeto de perto, fazer uma pausa de 20 segundos e olhar um objeto que esteja a cerca de 20 pés, ou seis metros.Outra dica importante é se consultar regularmente com oftalmologista, se indicado, optar pela cirurgia para corrigir a miopia, ou mesmo, o uso do óculos, evitando problemas maiores e até a perda da visão.

 

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Pacientes diabéticos e a cirurgia para correção da miopia com lentes

Conviver com a diabetes é, sem dúvidas, um grande desafio pois, além das restrições alimentares e de um estilo de vida que deve ser adotado para manter o quadro controlado, uma série de enfermidades podem ser agravadas pela doença. Isso, claro, acarreta diversas dúvidas quanto a possibilidade da correção da miopia com lentes, principalmente quando se trata da lente intraocular ICL, que é implantada através de um procedimento cirúrgico. Entretanto, uma pessoa diabética pode sim usar a EVO Visian ICL.

Diabetes e cirurgia para correção da miopia com lentes

A diabetes é uma doença que pode ter grandes impactos na visão, entretanto ela não tem uma relação direta com a impossibilidade de realizar o procedimento. Qualquer paciente precisa passar por uma série de exames antes de realizar a cirurgia para o implante da lente intraocular ICL, no qual o oftalmologista irá avaliar o espaço na câmara interior assim como um panorama geral da saúde ocular do paciente.

As contraindicações para pacientes com diabetes

Após 20 anos de pesquisa e evolução, a lente EVO Visian ICL se tornou uma grande aposta no mercado mundial, presente em 75 países. Ao longo de sua história foram efetuadas mais de 1 milhão de implantes, resultando na taxa de 99,4% de satisfação entre os seus pacientes.

Mas, assim como qualquer cirurgia, há pré-requisitos que os pacientes precisam atingir para que a sua implantação seja segura. Para realizar o procedimento, a pessoa deve estar na faixa de 21 a 60 anos, ou seja, deve ser um paciente que possua cristalino

O implante da lente intraocular ICL é feito de forma rápida e segura, sendo realizada apenas por médicos com certificado da Advance Vision, mas, há contraindicações para a sua realização. A cirurgia não é aconselhada para quem tem doenças oftalmológicas.

Ao considerar que pessoas com diabetes têm maior probabilidade de desenvolver enfermidades oftalmológicas como a retinopatia diabética, ela possui maiores chances de não estar apta para fazer a correção da miopia com lentes intraoculares ICL. Mas, em um quadro onde o paciente não possui uma patologia ocular, ele poderá sim realizar o procedimento.

Vale ressaltar, ainda, que o implante da lente EVO Visian ICL é reversível, então caso o paciente necessite realizar outro procedimento oftalmológico é possível retirá-las de forma segura. 

Realizar uma cirurgia de correção da miopia com lentes traz, sem dúvidas, uma melhoria na qualidade de vida, facilitando a rotina e permitindo maior liberdade ao paciente. Se você está em dúvidas sobre essa possibilidade e deseja saber mais sobre o assunto, confira o post: Lentes de contato para alto míope: quando elas deixam de ser uma opção?

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11 doenças oftalmológicas que o teste digital do olhinho detecta

Todo ano 33 mil crianças deixam de enxergar por conta de doenças oftalmológicas evitáveis, de acordo com informações da Agência Internacional de Prevenção à Cegueira. O dado é um alerta para que pais e responsáveis de a devida atenção à saúde ocular dos pequenos, começando pelo teste do olhinho, nas versões tradicional e digital, já no nascimento. 

Por que fazer o teste digital do olhinho

Na versão tradicional, o teste do olhinho ou Teste do Reflexo Vermelho  é realizado por meio de uma lanterninha de luz vermelha que é apontada para o olho do bebê, revelando algum sinal de doença oftalmológica por meio de características apresentadas no reflexo dessa luz. A questão é que, esse exame não tem capacidade para detectar com clareza sinais de doenças de fundo de olho, o teste digital do olhinho faz um rastreamento de 130 graus, complementando assim, o teste do olhinho.

Tipo de doenças oftalmológicas detectadas pelo teste digital do olhinho

Por rastrear 130 graus do globo ocular e ser realizado por meio de um equipamento de alta tecnologia, o teste digital do olhinho detecta diversas patologias que não são possíveis de serem identificadas com o teste tradicional.  Entre elas estão:

1 – Coloboma – Malformação de estruturas do olho, como íris, coróide, pálpebra, retina e nervo óptico. Pode ser congênita, hereditária ou resultado da ação de drogas ou agentes infecciosos.

2 – Doença de Coats – Doença crónica e progressiva muito rara que afeta o desenvolvimento dos vasos sanguíneos da retina, podendo, inclusive, em alguns casos provocar o descolamento da retina.

3 – Familial Exudative Vitreoretinopatia (FEVR) – Trata-se do desenvolvimento anormal da vasculatura da retina.

4 – Hemorragia de Retina e Macular – Essa doença inicia-se como Retinopatia Diabética Não Proliferativa (RDNP), sendo detectada quando os vasos do fundo do olho estão danificados, causando hemorragia e vazamento de líquido na retina. O quadro resulta no Edema de Mácula Diabético.

5 – Retinoblastoma (RB) – Tumor maligno embrionário, originário de células da retina, a parte do olho responsável pela visão. Pode se apresentar no nascimento ou até os cinco anos de idade.

6 – Retinopatia da Prematuridade (ROP) – Malformação dos vasos sanguíneos que nutrem a retina em decorrência de um parto prematuro.

7 – Zika Congênita – Bebês infectados pelo zika ainda no ventre materno pode, entre outras enfermidades, sofrer danos no desenvolvimento visual.

8 – Toxoplasmose Congênita- doença que resulta da infecção do parasita Toxoplasma gondii. 

9 – Síndrome da Rubéola Congênita- Doença que afeta os bebês cuja mãe contraiu o vírus da rubéola durante a gravidez. Principais manifestações oculares: retinopatia, catarata e microfitlamia.

10 – Síndrome Shaken Baby- Conhecida também como síndrome do bebê sacudido; Lesão cerebral grave resultante do balanço agressivo de um bebê ou de uma criança pequena, é composta por uma tríade clássica de achados clínicos: encefalopatia aguda, hematoma subdural e hemorragia retiniana.

11 – Hipoplasia do Nervo Óptico é um transtorno de desenvolvimento congênito no qual os nervos ópticos não se desenvolveram adequadamente

Converse com o oftalmologista e cuide da saúde ocular das crianças

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