Possíveis efeitos colaterais pós-cirurgia de catarata

Como já vimos aqui no blog, a catarata é uma doença comum e trata-se do desgaste do cristalino do olho, que é a nossa lente natural, causando sua opacificação. Ela costuma se desenvolver após os 60 anos, mas também pode ser congênita e se manifestar em bebês recém-nascidos.  

Uma vez diagnosticada, deve ser tratada com a operação para correção de catarata o quanto antes. Hoje em dia, não é necessário mais o período de amadurecimento. Há riscos, inclusive, maiores em pessoas que operam em estágios avançados.  

Felizmente, a cirurgia de catarata é simples e pode ser feita em qualquer idade, conforme definição do oftalmologista. É um procedimento rápido e feito apenas com anestesia local. Nele, é inserida uma lente intraocular no cristalino opaco. 

Possíveis efeitos colaterais da cirurgia de catarata 

Apesar de ser um procedimento simples, estamos falando de uma cirurgia e, como qualquer outra, demanda cuidados no pré e pós-operatório. Por isso, é de extrema importância que todos os exames e orientações indicados pelo oftalmologista sejam seguidos à risca. Afinal, com saúde não se brinca! 

Há também es efeitos colaterais da cirurgia, que precisam ser apresentados e conhecidos pelos pacientes que passam pela intervenção.  

Então, se você é uma dessas pessoas, tome nota: 

  • Visão Borrada, Embaçada ou Turva: ter a visão pouco nítida nos dias ou semanas seguintes à remoção da catarata é comum. Isso é causado por um edema que pode ocorrer após qualquer cirurgia oftalmológica. 
  • Olho seco: praticamente todos os pacientes apresentam algum grau de ressecamento ocular depois da cirurgia. Alguns nervos (parte do sistema sensitivo que controla a produção de lágrimas) são seccionados durante o procedimento, causando esse efeito. A cicatrização disso acontece em cerca de três meses e, até que ocorra, pode ter sintomas relacionados à falta de produção de lágrima adequada, como desconforto, sensibilidade à luz e/ou visão embaçada.
  • Sensação de corpo estranho: é algo normal, relacionado ao pequeno corte feito para a cirurgia. Costuma sumir após cerca de sete dias de pós-operatório. Em alguns casos, é necessária sutura (ponto) para adequada cicatrização.  
  • Opacidade de cápsula posterior: a visão borrada pode ser causada por opacidade de cápsula posterior, uma condição relativamente comum que pode acontecer semanas, meses ou, mais frequentemente, anos após a cirurgia de catarata. Isso acontece quando a cápsula (membrana que dá suporte e estabiliza a lente intraocular na posição adequada), se torna opaca ou enrugada, gerando embaçamento da visão.  
  • Clarões e halos: esses sintomas são exemplos de disfotopsias positivas, mais frequentes à noite ou na penumbra, e são mais comuns com as lentes para catarata intraoculares multifocais. Também podem ser causados por ametropia residual (grau residual), que é corrigida com a prescrição de óculos. A opacidade de cápsula posterior pode ser outra responsável pelos sintomas e o tratamento com Yag-laser é o ideal para tratá-la.  
  • Sensibilidade à luz: após a remoção da catarata é esperado um aumento da sensibilidade à luz devido ao ressecamento ocular. Porém, se o paciente “aperta” o olho ou os fecha quando há exposição à luz, pode ser sinal de irite, uma inflamação específica na região. 
  • Náusea e desorientação: efeito colateral comum às medicações venosas administradas durante a sedação para a cirurgia.  Não é incomum a queixa persistente destes sintomas por 1 ou 2 dias após a cirurgia. 
  • Manchas de sangue ou olho vermelho: efeitos comuns causados por inflamação e/ou rompimento de pequenos vasos sanguíneos. Isso pode causar alterações que assustam e chamam atenção, porém são geralmente inofensivas e com resolução espontânea em duas a três semanas. 
  • Moscas volantes e flashes de luz: ver partículas que flutuam e pequenos pontos ou linhas no campo de visão após a remoção da catarata também é esperado. São as sombras de pequenas partículas contidas no vítreo, substância que preenche o seu olho, e somem espontaneamente.  
  • Ptose (pálpebra superior caída): ocorre mais frequentemente nos pacientes que tiveram edema de pálpebras no pós-operatório. Pode ser causado pelo blefarostato (aparelho utilizado pelo oftalmologista para manter as pálpebras abertas e o olho acessível durante a cirurgia) ou também decorrer de inflamação ocular no pós-operatório. Em geral, há melhora espontânea da após alguns meses de pós-operatório. 

 

Fonte: Clínica de Olhos Roisman 

 Lembre-se: converse com seu médico sobre as possibilidades de cada um desses efeitos e, caso tenha algum deles depois da cirurgia, não deixe de consultá-lo sobre como proceder. 

 Lentes para correção de catarata 

Existem vários tipos de lentes para catarata e a ideal para cada caso deve ser definida pelo oftalmologista. A lente intraocular trifocal TRIVA é uma opção moderna disponível no mercado, oferecendo uma impressão visual natural em todas as distâncias. 

Ela permite uma visão continua através de áreas focais estendidas, que além de excelente visão à distância, produz ótimos resultados para visão de perto e distância intermediária. É, ainda, otimizada para a visualização de telas de computador, bem como tablets e smartphones. Saiba mais 

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Entenda porquê a catarata é um problema comum

Um diagnóstico de catarata pode assustar. Por isso, neste texto, trazemos informações relevantes sobre a doença para que você possa entender melhor o que é, que tipos de lente para catarata existem, se a cirurgia de catarata é simples, entre outros.  

Devemos ressaltar que, em todo caso, a indicação é sempre ir ao oftalmologista, fazer acompanhamento regular e buscar o tratamento já nos primeiros sinais.  

O que é catarata? 

A catarata é uma doença comum, que costuma se desenvolver após os 60 anos, mas também pode ser congênita e se manifestar já em bebês recém-nascidos. Trata-se do desgaste do cristalino do olho, que é a nossa lente natural, causando sua opacificação. Existem diferentes tipos de lente para catarata, que devem ser implatandas e cada uma tem sua especificação. 

 

Por que a catarata é mais comum após os 60 anos? 

Por se tratar de um desgaste natural de uma das partes internas do olho, ela tende a se manifestar mais comumente após os 60 anos, o que não significa que todas as pessoas a partir dessa idade receberão este diagnóstico. 

Existem hábitos ou doenças que possam acelerar seu aparecimento? 

Sim. A cirurgia de catarata é simples e, por isso, muitas pessoas não se preocupam com prevenção. Mas, o uso de colírios com corticoides, sem prescrição médica, por exemplo, pode causar aparecimento de catarata. Não só isso, o diabetes sem controle, além de traumas, exposição excessiva à radiação e inflamações também podem acelerar o aparecimento doença ocular. 

Quais são os sintomas da catarata? 

 Os sintomas mais comuns são a dificuldade de focar e a vista embaçada. Mas é comum também a sensibilidade à luz, vista duplicada e distorções. Quando o estágio da catarata já é avançado, o paciente poderá enxergar apenas vultos e sombras ou até mesmo evoluir para a cegueira.  

É necessário ficar atento quanto a dificuldade para dirigir, caminhar e realizar outras atividades cotidianas. Em geral o paciente dirá que tem dificuldade de fazer trabalhos minuciosos, como costurar, ler e também poderá relatar quedas.  

 A partir de quando é recomendável fazer a operação? 

 A cirurgia de catarata é simples, portanto pode ser feita em qualquer idade. O momento exato deve ser definido pelo seu oftalmologista e, geralmente é feita quando compromete a qualidade de vida do paciente.  

A cirurgia é rápida, simples e feita apenas com anestesia local. No cristalino opaco será inserida uma lente intraocular. A lente correta deve ser definida pelo oftalmologista de acordo com a necessidade do paciente, já que existem vários tipos de lente para catarata. 

 Até quando depois do diagnóstico é preciso operar? 

Uma vez diagnosticada deve ser tratada com a operação o quanto antes. Hoje em dia, não é necessário mais o período de amadurecimento. Inclusive, há riscos maiores em pessoas que operam em estágios avançados. 

Todos as pessoas com catarata podem operar? 

Sim. No entanto, deve-se fazer o acompanhamento médico e observar as doenças crônicas, tais como diabetes e hipertensão, que devem estar sob controle para a realização do procedimento de implante da lente intraocular, substituindo o cristalino acometido. 

Quais as consequências que a catarata não operada pode causar? 

Uma das consequências mais graves da catarata é a cegueira. Inclusive, a catarata é uma das maiores causas de cegueira no mundo, segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Contudo, mesmo a cegueira provocada pela catarata é reversível, pois a substituição do cristalino por uma lente, corrigirá completamente a visão. 

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Teste do olhinho: o exame oftalmológico mais importante!

O constante acompanhamento médico é fator preponderante quando se fala de prevenção e longevidade. Investigar, desde cedo, potenciais patologias que uma criança pode desenvolver na vida adulta – ou até mesmo antes disso – pode ditar a qualidade de vida que este indivíduo vai ter ao longo dos anos. Por isso, o teste do olhinho desempenha papel fundamental na detecção e prevenção das principais doenças oculares em crianças.  

Detecção precoce de problemas oculares  

O Teste do Olhinho, também conhecido como Teste do Reflexo Vermelho (TRV), é um exame simples, rápido e não invasivo, que deve ser realizado em recém-nascidos e bebês com até seis meses de idade. Seu principal objetivo é detectar alterações oculares que podem comprometer a visão das crianças caso não sejam tratadas precocemente.  

Por meio dele, é possível analisar se há qualquer anomalia ou assimetria nos olhos da criança, detectadas pelos reflexos das luzes que, quando avermelhados ou alaranjados, não indicam grandes problemas. Entretanto, caso estes sejam esbranquiçados ou inexistentes, é de extrema importância encaminhar a criança imediatamente a um especialista.  

Dentre as doenças que podem ser identificadas, destaca-se o retinoblastoma, um tipo raro de câncer na retina que pode ser mortal se não for diagnosticado a tempo. O diagnóstico precoce possibilita o início imediato do tratamento, aumentando significativamente as chances de cura e minimizando possíveis complicações decorrentes das doenças oculares. 

É importante ressaltar que, no Brasil, o teste do olhinho é obrigatório por lei em todas as maternidades e hospitais que realizam partos, e que o exame está regulamentado pela Lei nº 4.090-A, de 2015. Este é um avanço importante e significativo, que proporciona o tratamento adequado diante de um diagnóstico precoce, trazendo mais qualidade de vida às crianças que precisam de acompanhamento especial. 

“De olho nos olhinhos”  

A campanha, cujo foco é conscientizar sobre a importância do teste do olhinho, ganhou notoriedade quando o apresentador Tiago Leifert e sua esposa, Daiana Garbin tornaram-se grandes apoiadores após passarem por uma experiência desafiadora com a doença ocular de sua filha. 

Ao compartilharem sua história, Tiago e Daiana reforçam que a conscientização e a divulgação sobre a importância do exame podem impactar positivamente a vida de inúmeras famílias. Expandir este conhecimento a nível nacional garante que nenhum recém-nascido ou criança fique desprovido de uma avaliação oftalmológica precoce, e dos devidos tratamentos, quando necessários.  

Prevenir é sempre o melhor caminho! 

O teste do olhinho é um procedimento essencial para a detecção precoce de doenças oculares em crianças, incluindo o retinoblastoma, câncer ocular que pode ser fatal se não for tratado logo que descoberto. Por isso, é importante que oftalmologistas e pediatras estejam sempre preparados e atualizados com as melhores e mais eficazes tecnologias disponíveis no mercado. A Advance Vision comercializa, no Brasil, equipamentos oftalmológicos de ponta, como é o caso do retinógrafo, aparelho que faz uma fotografia em profundidade da retina e ajuda no tratamento e prevenção de doenças. 

 

Para saber mais sobre este e outros produtos comercializados pela Advance Vision, entre em contato. 

 

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Como tratar halos ao redor das luzes

O surgimento de halos ao redor das luzes e também o GLARE (espalhamento da luz) pode se dar devido a vários fatores, sendo o mais comum, em função de ametropias, ou seja, sintomas de erros refrativos como miopia, astigmatismo, hipermetropia etc.

Não obstante, o surgimento dos halos ou o GLARE, também podem ter origens em doenças mais graves, tais como catarata, glaucoma ou diabetes.

Pesquisas de especialistas em miopia apontam também a incidência desses fenômenos da visão como resultado de cirurgias à laser (PRK, LASIK etc). Isso se dá em função de que, geralmente, as técnicas mais comuns de cirurgia à laser removem ou alteram o material corneano. Embora estes sintomas tendam, em sua maioria, desaparecer dentro de alguns dias, existem casos em que o fenômeno persiste podendo indicar uma lesão permanente na córnea. 

O que é o Halo?

O halo ao redor das luzes pode ser traduzido como as auréolas que se formam no entorno de pontos de luz, tais como a luz de postes, faróis, lâmpadas etc. Esse fenômeno se dá em função de algum tipo de interferência ou alteração na passagem da luz pela córnea. 

Causas do Halo

As as causas para esse tipo de interferência são de várias naturezas, indo desde o próprio uso de lentes corretivas, de alguma doença que provoque erro refrativo (sintomas de miopia, astigmatismo etc), formato da córnea, turvação do cristalino etc.

Veja doenças que podem apresentar esse sintoma:

– Catarata:

– Distrfia de Fuchs;

– Miopia;

– Hipermetropia;

– Astigmatismo;

– Diabetes;

– Retinite pigmentosa;

– Glaucoma;

– Síndrome de dispersão do pigmento (PDS);

– Ceratocone;

– Fotoqueratite;

Se você está observando a aparição de halos ao redor das luzes, sem intercorrência com outros sintomas, tais como, visão turva, dor nos olhos, ponto cego, baixa visão noturna, manchas na visão, escurecimento da visão etc, não há muitos motivos para se preocupar, podendo ser apenas algo simples e natural. 

O oftalmologista Dr. Danilo Campos, em resposta ao site Doctoralia, afirma que “a percepção de halos noturnos é um sintoma comum em pacientes com astigmatismo mas que não estão utilizando correção visual (óculos por exemplo)”.

Contudo, se os sintomas citados persistem ou ainda outros apareçam, como alteração repentina da visão, isto deve ser um alerta para ser investigado rapidamente. 

Da mesma forma que há inúmeras causas possíveis para o surgimento dos halos, seu tratamento também irá variar de acordo com a causa primária, sendo em todo caso, recomendável um acompanhamento de profissional capacitado.

Cirurgias refrativas e o aparecimento de halos

Outra causa possível para o aparecimento de halos é o resultado de uma lesão na córnea ou até mesmo resultado de recuperação pós-operatória. Isso nos leva à questão das cirurgias refrativas.

Notadamente, as técnicas mais comuns de cirurgia refrativa, como PRK e LASIK, funcionam removendo ou modificando material corneano. Recentes estudos têm demonstrado que essas pequenas lesões podem levar ao surgimento de halos. O Dr. Christopher Starr, professor associado de oftalmologia na Weill Cornell Medicine/New York Presbyterian Hospital em Nova York, destaca este fato: “Embora esteja comprovado que o Lasik seja seguro e eficaz ao longo de décadas, um subconjunto pequeno, mas significativo de pacientes relatam efeitos pós-operatórios, incluindo brilho, halos e outros sintomas, bem como olhos secos” (confira a matéria com o Dr. aqui).

Lentes intra-oculares podem causar halos?

Uma das soluções mais sólidas da atualidade em termos de cirurgias para correção de miopia, especialmente para altos míopes que não são operáveis por cirurgia à laser, justamente por algum tipo de condição da córnea (como a córnea fina), tem sido os implantes de lentes intraoculares. 

Primeiro temos de entender que existem dois tipos de lentes, sendo as pseudofácicas e as fácicas, sendo as últimas, as lentes que não removem o cristalino do olho, tais como a EVO Visian ICL™. Estas lentes são implantadas através de uma pequena incisão (menor que a própria lente, já que ela é dobrável), atrás da íris. Por isso mesmo, não alteram nem removem nenhum material corneano.

No caso da EVO Visian ICL™ ainda temos a vantagem do material usado, sendo um material exclusivo,  feito à base de colágeno, por isso, biocompatível, não causando rejeição ou reações. 

A recuperação de um implante de lente intraocular é rápida, em torno de 24 horas.

Por essas e outras razões, é que o aparecimento de halos ao redor das luzes não é um sintoma relacionado com implantes de lentes intraoculares.

1 ano de EVO Visian ICL no Brasil

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