Olhos amarelados podem ser sintomas de hepatite em crianças

Em abril de 2022, alguns países, dentre eles a Inglaterra, testemunharam um surto misterioso de casos de hepatite em crianças. Imediatamente especulou-se sobre a ligação com de Covid-19 em bebês. Isso, em função de que os principais afetados eram crianças com menos de 5 anos de idade, em geral, ainda não vacinadas contra o vírus. 

Contudo, nada de conclusivo no sentido de relação com a Covid-19 em bebês foi encontrado. Apesar que, em Israel, por exemplo, verificou-se que os casos de hepatite grave se deram em crianças que já tinham sido infectadas pelo novo coronavírus. Na Inglaterra, um dos epicentros, estes testes ainda não foram feitos. 

Por que os oftalmopediatras devem estar atentos? 

É claro que qualquer nova doença merece atenção de toda comunidade médica. No entanto, estamos falando de algo que atinge principalmente crianças de até 5 anos e cujo sintoma provável são olhos amarelados. Sendo assim, além da já comum miopia infantil, oftalmopediatras em todos lugares poderão estar vivenciando serem os primeiros a terem contato com a nova doença. 

Hepatite em crianças: oriente seus pacientes 

Importante destacar que poucos casos evoluem para um cenário grave e, embora tenha havido um surto, está longe de ser uma epidemia no Brasil ou mesmo uma pandemia.  

Ainda que a origem seja desconhecida, é suspeito que possa ser causada por um adenovírus. É algo relativamente comum de acontecer ser infectado por algum tipo de vírus depois do isolamento causado pela pandemia. 

Outras hipóteses ainda estão sendo investigadas por autoridades de saúde pelo mundo, no entanto, é provável que alguns exames de sangue ou testes deverão ser indicados, junto ao acompanhamento por um clínico geral ou hepatologista. Saiba mais sobre o tratamento de hepatite aqui. De toda forma, não há motivo para pânico, pois toda hepatite tem cura. 

Pandemia e os cuidados com os olhos 

A miopia infantil tem crescido no período de pandemia, segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Um dos motivos indicados é certamente a ausência de atividades ao ar livre. Isso tudo dentro de um contexto de epidemia de miopia que já vem de antes da pandemia de Covid-19. 

Se não bastasse, há indicações de piora nos cuidados com a saúde dos olhos por parte da população. Tudo somado, deve elevar a vigilância dos profissionais da saúde, inclusive, para observação de manifestações desconhecidas da chamada Covid longa. 

A soma de pessoas infectadas pela Covid-19 e novos vírus que circulam mais depois do isolamento, também pode gerar sintomatologias fora do padrão de outras doenças e devemos estar atentos.   

Cresce a atenção no cuidado dos olhos 

O teste do reflexo vermelho tem se demonstrado extremamente importante ao longo do tempo para detecção de doenças oculares. Hoje, com a inovação tecnológica do retinógrafo, é possível fazer um exame muito mais completo e, levando em consideração o novo cenário que vivemos, se torna indispensável. 

O teste do reflexo vermelho, ou teste do olhinho, é obrigatório por lei no Brasil, porém, não é regulamentado nem fiscalizado. De tal forma que é necessário orientar os pais e a população em geral sobre sua importância na prevenção de doenças graves que podem levar à cegueira. Um dos dados mais importantes é o de que 80% dos casos de cegueira podem ser evitados com diagnóstico e tratamento precoces. 

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Anisometropia em crianças precisa ser corrigida a tempo

Esta condição com nome complicado é algo que atinge de 2% a 4% das crianças. Portanto, não é um problema de visão ocular infantil muito comum. No entanto, a anisometropia, como é conhecida, é uma condição mais comum em jovens e adultos. 

Trata-se, nada mais, nada menos do que a ocorrência de erros refrativos diferentes nos dois olhos. Quando ocorre uma diferença muito grande, tendem a ocorrer distúrbios maiores da visão binocular. 

 Este artigo visa esclarecer as causas, diagnóstico e tratamento.  

Causas e tipos de anisometropia 

Não se sabe ao certo a origem e a causa da doença, porém, há consenso de um componente genético ou hereditário. Por isso, ocorre ainda de afetar a visão ocular infantil 

Existem alguns tipos de anisometropia. São elas simples, composta e mista. Vamos conhecer um pouco de cada. 

  • Simples – Quando um olho é “normal” e o outro apresenta algum erro refrativo. 
  • Composta – Quando ambos olhos apresentam erros refrativos (hipermetropia ou miopia), porém com graus diferentes. 
  • Mista – Cada olho tem um problema de visão diferente. 

 Sintomas de anisometropia 

Como a miopia e a hipermetropia são os problemas refrativos associados mais comumente à doença, os sintomas variam muito em função segundo os problemas refrativos. 

Mas os sintomas mais comuns são: 

  • Dor de cabeça; 
  • Visão turva; 
  • Tontura; 
  • Desconforto visual para enxergar; 
  • Cansaço; 
  • Má percepção de profundidade; 
  • Ambliopia (“olho preguiçoso”). 

No entanto, estes sintomas devem ser rigorosamente verificados por um médico habilitado. As visitas ao oftalmologista são recomendadas a partir dos 6 meses de idade e depois, pelo menos, uma vez a cada 12 meses, segundo a OMS. 

Diagnóstico e Tratamento 

O simples exame de vista para erros refrativos indicará se a criança tem ou não anisometropia. Basta ver qual é a diferença entre a graduação em cada olho. Se a diferença for grande, é possível que seja o caso. Ainda assim, o mais indicado é que o oftalmo dê um diagnóstico preciso.  

O tratamento, na maioria dos casos, é o mesmo do problema refrativo. Para cada grau e tipo de problema, uma lente específica deve ser indicada pelo oftalmologista. Há também as opções de lentes de contato, cirurgias refrativas etc. Lembrando sempre que para as cirurgias, devem-se obedecer a critérios das técnicas adotadas.  

Já quando se trata de ocorrência de problema da visão ocular infantil, até os 7 anos de idade, o tampão ocular pode ser indicado. O tampão pode tratar diversos problemas de visão ocular infantil. A técnica se refere a obstruir com tampão o “olho bom”, assim estimulando o olho com erros refrativos.  

Não é muito dizer, portanto, que quanto antes feito o diagnóstico, ainda mais em crianças, mais fácil e eficaz será o tratamento. Embora, se diagnosticado posteriormente, será totalmente possível corrigir completamente. 

Doenças infantis que não podem ser combatidas com vacina e alteram a visão

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Meu filho foi diagnosticado com catarata. E agora?

A maioria das pessoas acredita ser a catarata uma doença tipicamente de idosos. Contudo, a catarata infantil é real e uma das maiores causadoras de cegueira em crianças evitável

Quando pensamos na saúde dos nossos bebês, é normal nos preocuparmos um pouco mais com doenças que sabemos serem detectáveis por exames logo que o bebê nasce. Entretanto, nem sempre é possível realizar o teste do olhinho. Seja por falta de informação ou de estrutura disponível. Este teste, que já é obrigatório no Brasil há alguns anos, tem a mesma função de outro exame amplamente conhecido: o teste do pezinho. Ambos os testes têm como objetivo diagnosticar doenças no recém-nascido, sejam elas presentes ou mesmo condições congênitas que nem sequer se manifestaram ainda. 

A boa notícia é que a catarata infantil, também conhecida como catarata congênita, é totalmente tratável. Por congênita deve-se entender como algo transmitido pelos genes da família ao bebê já no nascimento. Por isso mesmo, ela é perfeitamente detectável com o teste do olhinho ou o teste digital do olhinho – este último com uma capacidade de diagnóstico até 10 vezes maior. 

Sem o tratamento, a criança poderá desenvolver a síndrome do “olho preguiçoso”, ambliopia, nistagmo e até levar a perda da visão. 

Mas, antes de falarmos no tratamento, vamos conhecer melhor o que é a doença.

Causas da catarata infantil, sintomas e características

As causas podem variar entre a própria hereditariedade (os pais têm) ou mesmo doenças do organismo que passam de geração em geração, como rubéola e toxoplasmose.

Assim como a catarata comum de idosos, que causa mais de 50% dos casos de cegueira no mundo, segundo a OMS, a catarata infantil ou congênita é uma doença que afeta o cristalino do olho, nossa lente natural, causando sua opacificação.

Os sintomas já podem aparecer logo na primeira semana de vida do bebê. O principal deles é a pupila esbranquiçada (o que indica opacificação). Podem surgir como pontos azuis nos olhos e costumam ser bastante distinguíveis.

A catarata costuma acometer ambos os olhos, embora possa acontecer de ocorrerem um só.

Existem vários tipos de catarata congênita, nem todos exigem intervenção cirúrgica.

Os tipos de catarata congênita são:

– Catarata polar interior: Catarata na parte frontal dos olhos;

– Catarata nuclear: Catarata na parte frontal dos olhos;

– Catarata polar posterior: Na parte posterior do cristalino;

– Catarata cerúlea: Nos dois olhos da criança;

Tratamento e cirurgia de catarata infantil

Diferente da catarata em adultos, que é uma doença muito comum, cujo tratamento se encontra bastante difundido, a infantil requer um cuidado especializado. O primeiro passo em caso de dúvida, é a consulta com o oftalmologista e a realização do teste do olhinho. Quanto mais precoce, mais eficaz o tratamento. Portanto procure o médico logo nos primeiros meses de vida do bebê e opte pelo teste digital do olhinho, se puder.

Tendo diagnóstico positivo, o primeiro passo é buscar um médico oftalmologista especialista no assunto. Isso é fundamental porque nesta fase o globo ocular está crescendo, ou seja, o foco ainda está se definindo e pode existir ainda outras condições e erros refrativos a se corrigirem, para cada situação haverá necessidade de um tipo de tratamento. 

Na maioria dos casos será necessária a remoção do cristalino. O procedimento é simples e feito com uma anestesia local. A recuperação é rápida e com base em uso de colírios para evitar infecções. Os equipamentos empregados são de alta-tecnologia, o que torna o procedimento pouco invasivo. Costuma-se dar um intervalo de 1 mês entre a operação de cada olho.

Uma vez realizada a cirurgia, a visão do bebê é recuperada, porém ainda assim é indicado que a criança mantenha um acompanhamento médico para garantir um desenvolvimento saudável da visão. Recomenda-se que os pais se informem sobre o teste do olhinho antes do nascimento da criança.

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Obstrução do canal lacrimal do bebê: saiba o que fazer

Se você pai ou mãe já notou o olho do bebê lacrimejando ou então com secreção e achou que tinha algo estranho, saiba que existe uma condição que afeta a visão infantil em quase 70% dos bebês recém-nascidos principalmente e que pode ser a causa disso. Contudo, cerca de 2 a 3% apenas apresentaram lacrimação em excesso. 

Chama-se obstrução do canal lacrimal, ou apenas canal lacrimal obstruído / entupido. Já ouviu falar? Se não, então vamos conhecer melhor, saber se é pra se preocupar e o que fazer quando identificar os sintomas. 

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=_3vQaHVpzcI 

Olho do bebê lacrimejando é normal?

Primeiro, vamos entender como funciona. A lágrima é muito importante para nossos olhos, pois é responsável por manter a hidratação da nossa película ocular, além de ser um ótimo bactericida e auxiliar a nossa visão de várias outras formas. 

O que acontece depois que produzimos a lágrima, é que uma parte deve evaporar e a outra é absorvida pelo canal lacrimal no canto do olho, indo para o nariz e outras vias. Quando isso não acontece corretamente, haverá acúmulo de lágrima e secreção na superfície ocular. É o que ocorre quando há obstrução do canal lacrimal.

Obstrução do canal lacrimal na visão infantil: O que é?

A dacrioestenose é o nome científico dado para o entupimento total ou parcial do canal lacrimal, que pode ser causada por fatores externos, tais como lesões na face ou, como é na maioria dos casos, uma condição de má formação congênita.

Congênito significa que nascemos com essa condição, seja ela uma má formação do crânio ou da face. Sua ocorrência também tem relação com a prematuridade. Como explica o Dr. Rodrigo Beraldi, em matéria na Gazeta do Povo, o canal lacrimonasal é um dos últimos a se desenvolverem, por isso, bebês prematuros tendem a desenvolver dacrioestenose.

A obstrução normalmente desaparece até o 1 ano de idade, de maneira espontânea. 

A condição pode acometer apenas um olho e já poderá ser percebida desde a terceira semana de vida, sendo possível ser identificada com um exame de vista infantil de rotina. É importante enfatizar a necessidade de acompanhamento com oftalmo e pediatra. 

Alguns sintomas de obstrução do canal lacrimal:

– Olhos lacrimejantes;

– Olhos vermelhos;

– Secreção (remela) em excesso;

– Crostas na pálpebra;

– Inchaço do canto interno do olho;

É grave? Qual é o tratamento correto para obstrução do canal lacrimal?

Na grande maioria dos casos, não é algo para se preocupar. Ainda assim, o diagnóstico deverá ser feito por um médico através de um exame de vista infantil e o acompanhamento pelo pediatra não se deve dispensar. Uma vez orientado aos pais, os cuidados são principalmente em casa, até que o problema desapareça, o que envolverá cuidados de higiene e manobras que os pais devem estar habilitados a fazer.

Para uma boa saúde da visão infantil, os cuidados são a higiene correta dos olhinhos do bebê, dentre os quais, lavagem com água morna e soro fisiológico; massagem para desobstruir o canal e também a higiene do nariz, já que a secreção nasal pode contribuir no aumento da obstrução.

O que fazer quando a obstrução do canal lacrimal persiste

Se depois de 12 meses não houver a cura espontânea, o que é o mais esperado nestes casos, pode ser necessária uma pequena cirurgia. No entanto, é um procedimento simples, que não envolve cortes ou pontos e uma anestesia simples.

Isso, todavia, deverá ser avaliado por um médico capacitado. Importante destacar que quanto mais demorar para resolver, mais complexo relativamente será o procedimento, mesmo que não chegue a ser algo de grande complexidade, por exemplo, usando sondas para abrir o canal.

É necessário resolver o quanto antes, pois o excesso de lágrimas e secreção pode favorecer proliferação de vírus e bactérias.

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