Oftalmos: como é possível ajudar os pais de crianças com daltonismo?

O Daltonismo é definido como um distúrbio de visão que dificulta a percepção de cores específicas, mais comumente, verde e vermelho. Também chamada de discromatopsia ou discromopsia, a condição tem origem genética e afeta cerca de um em cada 12 meninos, com maior probabilidade se o avô materno apresentar o problema; e uma em cada 12 meninas, sendo necessariamente filhas de pai daltônico. .  

Esse problema de visão infantil bastante popular apresenta dificuldades em ser diagnosticado, uma vez que não apresenta sinais físicos. Por isso, é muito importante que os pais sejam conscientizados sobre quais pontos devem observar no comportamento dos filhos. 

 O termo Daltonismo 

O termo “Daltonismo” deriva do nome do químico e físico inglês, John Dalton (1766-1844), que foi o primeiro estudioso a publicar sobre a falta de habilidade em enxergar cores, a partir da sua própria experiência.  

Como identificar o daltonismo em crianças

Qualquer problema relacionado à saúde ocular infantil pode ser mais desafiador para os pais identificarem, principalmente nos primeiros anos, quando a criança possui mais dificuldade para se comunicar. 

Os pais precisam prestar atenção, principalmente, nos momentos de brincadeiras com peças ou jogos coloridos. A criança com daltonismo muito provavelmente vai ter mais dificuldade para identificar peças de cores diferentes e apresenta menos paciência para esse tipo de atividade. 

A partir dos três anos, os sinais do problema de visão infantil ficam um pouco mais claros: é comum que os pequenos utilizem cores inadequadas para colorirem desenhos que representam objetos reais, como folhas roxas e animais vermelhos. Elas também tendem a ter menos foco para atividades de colorir e apresentam dificuldade em identificar seu time em brincadeiras coletivas que utilizam a identificação por meio de coletes coloridos. 

Você não está sozinho! 

Como explicitado acima, o problema de visão infantil é comum e acomete muitas crianças, o que pode ajudar os pais a se sentirem melhor quando identificam o daltonismo. Muitas vezes, eles apresentam uma certa culpa por não terem percebido o problema mais cedo.  

É necessário pontuar que o daltonismo é um problema de saúde ocular infantil de difícil diagnóstico até por especialistas, e que vai depender do comportamento da criança para ser identificado. Além disso, é relevante ressaltar que o mais importante é se preocupar em como explicar a condição para a criança e adaptá-la às suas atividades. 

 Como seguir 

Para que a criança se sinta segura, é necessário que os pais se sintam seguros. E a melhor pessoa para passar essa segurança em relação ao problema de visão infantil é o oftalmologista. 

Em primeiro lugar, a criança precisa entender que, por mais que a condição possa ser cansativa e às vezes frustrante, ela pode ser interessante e gerar histórias para ela contar aos amigos. Demonstrar empatia e apresentar novos pontos de vista em relação ao daltonismo ajudam a criança a ter autoconfiança. 

Depois de conscientizar os pequenos, o primeiro passo deve ser avisar e envolver a escola em relação ao problema, para que professores e orientadores possam adaptar as atividades que envolvam cores. 

Também é importante que lápis, canetas, roupas, brinquedos e todos os objetos que a criança vá utilizar sozinha sejam identificados com etiquetas com os nomes das cores. Dessa forma, ela conseguirá identificar de maneira mais fácil e independente. Além disso, reforçar a luminosidade nos locais onde ela brinca e estuda facilita a identificação de diferenças entre os tons. 

 

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Câncer ocular infantil: do diagnóstico ao tratamento

O retinoblastoma é o câncer ocular mais comum na infância. Um tumor que aparece no fundo do olho e acomete cerca de 1 criança em cada 30 mil nascimentos. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, esse câncer é responsável por atingir somente cerca de 400 crianças por ano, o que o torna uma doença rara e, portanto, desconhecida por boa parte da população.

Apesar de raro, o retinoblastoma é um tumor grave que pode provocar a perda total da visão, podendo inclusive levar o paciente a óbito. A detecção da doença pelo teste do olhinho com o retinógrafo deve ser rápida para não ocorrer um tratamento tardio, já que o quadro pode se agravar.

Diagnóstico completo da saúde ocular

A orientação do médico para os pais sobre a doença, como ela se dá e seus principais sintomas é o primeiro passo para criar uma rotina mais frequente de idas ao oftalmologista com a criança e prestar atenção em alguns sinais que podem ser um alerta como: a leucocoria, uma manifestação da doença caracterizada por um reflexo branco na pupila, conhecido como reflexo do olho de gato, presente em 90% dos casos diagnosticados. Muitas vezes, esse sinal é observado em fotos com flashes.

Outro sintoma é que a criança também pode apresentar estrabismo, nistagmo (discretos movimentos involuntários dos olhos), olhos vermelhos, dor ocular, inchaço no olho e redução da acuidade visual. Porém, apesar de todos esses fatores serem um alerta para indicar retinoblastoma, somente o médico poderá fazer essa avaliação e dar o diagnóstico definitivo.

Como é feito o exame?

A forma correta de diagnosticar a doença é através do teste do olhinho digital. Realizado com o retinógrafo RetCam, o exame avalia o segmento posterior, através de imagens fotográficas de alta resolução. Considerado a tecnologia mais avançada atualmente, ele mapeia 130 graus do globo ocular e detecta diversas enfermidades que podem prejudicar a saúde ocular da criança, sendo uma delas o retinoblastoma.

O teste com o retinógrafo RetCam é rápido e indolor. A pupila da criança é dilatada com um colírio e, depois é adicionado um gel de interface entre o olho do bebê e a lente do Retcam. Em seguida, as imagens da retina são feitas com câmeras de alta resolução e ampliadas em um monitor com os ajustes necessários para que o time de oftalmopediatria tenha uma imagem de excelente qualidade e fácil diagnóstico.

A detecção rápida da doença é fundamental. Por isso, explicar aos pais sobre a importância do bebê passar pelo teste do olhinho após o nascimento e repeti-lo com frequência até os 5 anos é imprescindível.

O resultado deu positivo. E agora? 

Existem algumas formas de tratar o retinoblastoma, e nos casos diagnosticados precocemente as chances de cura são grandes. Por isso, é importante orientar os pais do paciente também que com acompanhamento através do teste do olhinho e tratamento adequado, o retinoblastoma tem cura em 90% dos casos. Porém, o principal objetivo dos métodos utilizados é eliminar o tumor e salvar a vida da criança, buscando preservar o olho e o máximo da visão, além de prevenir a volta do câncer futuramente. Algumas formas de tratamento são:

 

  • Laserterapia: utilizada, principalmente, em casos de estágio inicial da doença, que atinge somente a retina e não está espalhado para outros locais do globo ocular.

 

  • Crioterapia: técnica pouco invasiva que utiliza substâncias para congelar o tumor e destruí-lo.

 

  • Termoterapia transpupilar (TTT): trata-se do uso de uma radiação infravermelha para queimar e eliminar o tecido do tumor.

 

  • Quimioterapia: serve para reduzir o tamanho do tumor e controlar a sua multiplicação. Também ajuda outros tratamentos a serem mais efetivos, como laserterapia e crioterapia.

 

  • Radioterapia: são colocadas pequenas placas com semestes radioativas próximo ao tumor, fora do olho, para ajudar a reduzi-lo.

 

É importante ressaltar que o melhor tratamento varia de acordo com cada caso e nível de avanço da doença. Além disso, após o diagnóstico, o médico deverá fazer os exames e acompanhamento frequente na criança para avaliar a saúde ocular e os resultados do tratamento realizado.

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Casos de sucesso de implementação de lentes intraoculares ICL no Brasil

Desde 2020, o Brasil já conta com uma tecnologia de ponta em cirurgia para correção de miopia, em sua modalidade de implementação de lentes intraoculares ICL. Trata-se da moderna EVO Visian ICL™, que é uma lente implantável biocompatível, que não remove tecido corneano, macia, flexível e com um procedimento operatório rápido e, muitas vezes, indolor.

A implementação de lentes intraoculares ICL no país tem ganhado destaque, em função da alta procura. Isto se dá devido aos inúmeros relatos de um pós-operatório rápido, que garante ao paciente, na maioria das vezes, retorno às suas atividades em apenas alguns dias.

Vamos conhecer um pouco mais sobre o pós-operatório?

Como é o pós-operatório da implementação de lentes intraoculares ICL:

Na maioria dos pacientes, a recuperação é muito rápida. Há relatos de pacientes que até mesmo em poucas horas depois do implante de lentes corretivas de miopia já puderam enxergar com mais nitidez; embora seja normal que até por 18 horas a visão permaneça ligeiramente turva.

Nos dias definidos para o pós-operatório, os cuidados se resumem em uso de colírios antibióticos e anti-inflamatórios.

A EVO Visian ICL® foi desenvolvida para ficar posicionada nos olhos, sem a necessidade de manutenção, portanto, não será necessário nenhum procedimento adicional. Contudo, não deixe de seguir as recomendações do seu médico e faça as visitas de acompanhamento recomendadas.

Um enorme mercado potencial para se trabalhar

O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) estima que a miopia está entre 23 e 74 milhões de pessoas, enquanto a miopia degenerativa atinge entre 2 e 7 milhões.

Com mais de 20 anos de história e mais de 1 Milhão de implantes ao redor do mundo, no Brasil, as lentes implantáveis intraoculares EVO Visian ICL®, tem também ganhado o mercado, tanto em função da confiabilidade do procedimento (só médicos cirurgiões certificados podem utilizar a tecnologia), quanto da qualidade dos insumos e excepcional satisfação dos resultados.

Relatos de sucesso no Brasil:

Os primeiros procedimentos feitos no Brasil já demonstram uma alta satisfação por parte dos pacientes, que relatam ter suas vidas transformadas em função da liberdade adquirida após a cirurgia para correção de miopia com a implementação de lentes intraoculares ICL.

Ana Maria dos Santos Dias, de Conchal/SP conta como foi sua operação e ressalta a qualidade da equipe médica certificada: “Minha operação, foi bem tranquila, a equipe médica é extremamente qualificada. (…) não foi uma cirurgia demorada apesar de ser delicada”. Sobre o pós-operatório em que ainda se encontra, Ana afirma que tem de tomar alguns cuidados básicos, mas se mostra animada “ainda preciso tomar alguns cuidados (…) cuidados básicos mesmo (…) mas minha vida já mudou muito, consigo ler até as menores letras, tenho mais segurança em fazer tudo, antes eu era insegura até em sair de casa, com certeza tudo mudou pra melhor”.

A sra. Franciscleide relata a liberdade com relação aos óculos: “Mudou muito minha vida, principalmente porque hoje  não sou dependente de óculos. (…) Hoje levo uma vida tranquila sem óculos de 10 graus que eram os que eu usava”.

O paciente Lucas de Fernandópolis/SP, destaca a mudança repentina em sua vida promovida pela lente “em um dia eu precisava de óculos para tomar banho e fazer as coisas básicas do dia, já no outro, consegui liberdade total sobre as tarefas diárias.” Sobre o pós-operatório, frisa a recuperação tranquila e totalmente indolor: “até hoje não senti nenhuma dor; incômodo ou se quer qualquer sintoma, ainda comento com os meus familiares que se eu tivesse feito a cirurgia dormindo, nem saberia que teria passado por um procedimento cirúrgico nos olhos (…)”. E conclui, motivado: “realmente posso afirmar que as lente ICL Visian mudaram totalmente minha vida e a maneira que vejo o mundo”.

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Anisometropia em crianças precisa ser corrigida a tempo

Esta condição com nome complicado é algo que atinge de 2% a 4% das crianças. Portanto, não é um problema de visão ocular infantil muito comum. No entanto, a anisometropia, como é conhecida, é uma condição mais comum em jovens e adultos. 

Trata-se, nada mais, nada menos do que a ocorrência de erros refrativos diferentes nos dois olhos. Quando ocorre uma diferença muito grande, tendem a ocorrer distúrbios maiores da visão binocular. 

 Este artigo visa esclarecer as causas, diagnóstico e tratamento.  

Causas e tipos de anisometropia 

Não se sabe ao certo a origem e a causa da doença, porém, há consenso de um componente genético ou hereditário. Por isso, ocorre ainda de afetar a visão ocular infantil 

Existem alguns tipos de anisometropia. São elas simples, composta e mista. Vamos conhecer um pouco de cada. 

  • Simples – Quando um olho é “normal” e o outro apresenta algum erro refrativo. 
  • Composta – Quando ambos olhos apresentam erros refrativos (hipermetropia ou miopia), porém com graus diferentes. 
  • Mista – Cada olho tem um problema de visão diferente. 

 Sintomas de anisometropia 

Como a miopia e a hipermetropia são os problemas refrativos associados mais comumente à doença, os sintomas variam muito em função segundo os problemas refrativos. 

Mas os sintomas mais comuns são: 

  • Dor de cabeça; 
  • Visão turva; 
  • Tontura; 
  • Desconforto visual para enxergar; 
  • Cansaço; 
  • Má percepção de profundidade; 
  • Ambliopia (“olho preguiçoso”). 

No entanto, estes sintomas devem ser rigorosamente verificados por um médico habilitado. As visitas ao oftalmologista são recomendadas a partir dos 6 meses de idade e depois, pelo menos, uma vez a cada 12 meses, segundo a OMS. 

Diagnóstico e Tratamento 

O simples exame de vista para erros refrativos indicará se a criança tem ou não anisometropia. Basta ver qual é a diferença entre a graduação em cada olho. Se a diferença for grande, é possível que seja o caso. Ainda assim, o mais indicado é que o oftalmo dê um diagnóstico preciso.  

O tratamento, na maioria dos casos, é o mesmo do problema refrativo. Para cada grau e tipo de problema, uma lente específica deve ser indicada pelo oftalmologista. Há também as opções de lentes de contato, cirurgias refrativas etc. Lembrando sempre que para as cirurgias, devem-se obedecer a critérios das técnicas adotadas.  

Já quando se trata de ocorrência de problema da visão ocular infantil, até os 7 anos de idade, o tampão ocular pode ser indicado. O tampão pode tratar diversos problemas de visão ocular infantil. A técnica se refere a obstruir com tampão o “olho bom”, assim estimulando o olho com erros refrativos.  

Não é muito dizer, portanto, que quanto antes feito o diagnóstico, ainda mais em crianças, mais fácil e eficaz será o tratamento. Embora, se diagnosticado posteriormente, será totalmente possível corrigir completamente. 

Doenças infantis que não podem ser combatidas com vacina e alteram a visão

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