Óculoplasta, Dermatologista ou Esteticista: cuidados ao redor dos olhos devem ser realizados por quem?

A área da saúde é repleta de diferentes profissionais que podem ajudar a solucionar questões médicas e estéticas. Felizmente, há diversas especialidades. Porém, essa variedade pode gerar dúvidas nos pacientes sobre quem procurar em determinadas necessidades, não é mesmo? 

A saúde ocular não é diferente tanto no que diz respeito à parte clínica quando aos cuidados estéticos da região periocular. Afinal, Oculoplasta, Dermatologista e Esteticista são especialistas que podem utilizar tecnologias semelhantes para oftalmologia estética, como plasma, Ultraformer III e Agnes, em seus procedimentos. Que tal saber mais sobre isso para fazer uma escolha consciente ao buscar cuidados oculares e estéticos? Vamos juntos. 

Oculoplasta: Especialista nos Olhos e Região Periocular 

Caso não saiba o que é oculoplastia, vamos começar por aí: é uma especialização da Oftalmologia que abrange o diagnóstico e tratamento de condições que afetam as estruturas perioculares, como pálpebras, vias lacrimais e órbita. Assim, esses profissionais possuem formação médica sólida e são altamente treinados para realizar cirurgias e procedimentos específicos na região dos olhos, buscando resolver problemas funcionais e estéticos.  

O oculoplasta é a escolha adequada para pacientes que buscam soluções para questões relacionadas à saúde e estética dos olhos e região periocular. Falamos mais sobre o assunto aqui. 

Dermatologista: Especialista em Pele e Tratamentos Estéticos 

O dermatologista é um médico especializado em dermatologia, que trata problemas de pele, cabelo e unhas. Esse profissional está apto para realizar tratamentos estéticos na região periocular, como preenchimentos e procedimentos com laser, mas é importante saber que não tem o mesmo enfoque específico em problemas oculares que um oculoplasta possui, uma vez que não é especializado em cuidados oculares abrangentes. 

Se você busca melhorias estéticas na pele e na região dos olhos, um dermatologista pode ser uma boa opção.  

Esteticista: Foco em Tratamentos Estéticos 

O esteticista é um profissional que realiza tratamentos estéticos, como limpezas faciais, peelings superficiais e outros procedimentos não invasivos para melhorar a aparência da pele. Apesar de alguns desses profissionais utilizarem tecnologias como plasma e Ultraformer III em seus tratamentos faciais, é importante destacar que eles não possuem formação médica.  

Os procedimentos estéticos realizados por esteticistas podem ser benéficos para melhorar a aparência da pele, mas não se concentram em questões oculares específicas. 

Escolhendo o Profissional Adequado 

Ao considerar cuidados para a saúde ocular ou estéticos na região periocular, é essencial escolher o profissional adequado para suas necessidades. Se você está enfrentando problemas nos olhos, como pálpebras caídas, obstruções lacrimais ou outros problemas oculares, agora você já sabe o que é oculoplastia e que o oculoplasta é o especialista indicado para oferecer um diagnóstico preciso e tratamentos específicos.  

Para tratamentos estéticos mais amplos, pontos relacionados à saúde da pele e que não envolvam questões oculares específicas, um dermatologista pode ser uma opção apropriada. Já para ações mais superficiais na pele, como limpeza de pele e cuidados com acne leve, pode buscar o apoio de um esteticista. Observe que esses especialistas podem usar os mesmos equipamentos em determinados momentos, mas isso não significa que executem as mesmas funções. 

Oftalmologia estética e saúde 

A oftalmologia estética é uma área rica em possibilidades e que não para de evoluir, trazendo benefícios para seus profissionais e, principalmente, seus pacientes.  

Lembre-se de que a saúde dos seus olhos é uma prioridade e, antes de realizar qualquer procedimento, seja para saúde ou estética, é fundamental passar por uma consulta com um profissional qualificado. Certifique-se sempre de que o escolhido seja experiente, esteja devidamente certificado e ofereça um ambiente seguro para os tratamentos. 

 

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Uso Consciente de Colírios: Protegendo a Saúde dos Seus Olhos

 

Os olhos são órgãos sensíveis e que estão constantemente expostos a elementos que podem irritá-los, como poeira e poluição. Por isso, é comum que muitos de nós, em algum momento da vida, enfrentemos desconfortos na região, como c oceira, vermelhidão, ardência ou irritação. 

Nessas horas, a tentação de usar colírios sem orientação médica pode ser grande, não é mesmo? No entanto, é crucial entender que os colírios são medicamentos e seu uso incorreto pode causar sérias consequências para a saúde ocular. Para evitar danos, vamos saber mais sobre como e quando usá-los com segurança. 

Uso correto de colírio: consulte um médico Oftalmologista 

 

Problemas de visão em adultos podem acontecer a qualquer momento. Então, tenha em mente que a primeira regra para o uso correto de colírio é simples: apenas utilize-os quando prescritos por um médico oftalmologista.  

 

Quando sentir algum desconforto nos olhos, seu primeiro passo deve ser buscar por orientação médica. Existem vários tipos de colírios, que são medicamentos destinados ao tratamento de inflamações e infecções oculares, e seu uso deve ser exclusivamente direcionado por um profissional de saúde. Assim você saberá qual e como usar para tratar seu problema em segurança. 

Os tipos de colírios 

Como mencionado, há variações nos tipos desse medicamento e cada composição tem suas indicações e cuidados. Saiba mais sobre alguns dos mais comuns: 

 

  • Corticoides: colírios que contêm corticoides são eficazes no tratamento de algumas condições oculares, mas seu uso deve ser estritamente monitorado por um especialista. A aplicação inadequada e sem supervisão médica pode levar ao desenvolvimento de glaucoma secundário e catarata. Portanto, nunca use colírios com corticoides sem a devida orientação de um oftalmologista. 

 

  • Vasoconstritores: colírios vasoconstritores são comumente usados para aliviar o desconforto ocular, proporcionando uma sensação de frescor e reduzindo a vermelhidão. No entanto, é importante observar que podem cortar os efeitos de medicamentos utilizados no controle da pressão arterial. Se você está enfrentando desconforto nos olhos, a opção mais segura é usar lágrimas artificiais para aliviar a irritação. 

 

  • Betabloqueadores: os colírios betabloqueadores são frequentemente prescritos para o tratamento do glaucoma. No entanto, é fundamental ter cuidado ao usá-los em conjunto com medicamentos broncodilatadores, que são usados para tratar condições como tosse, bronquite e asma. A combinação desses medicamentos pode causar falta de ar e outros problemas de saúde. Sempre informe seu oftalmologista sobre todos os medicamentos que você está tomando. 

Práticas Seguras ao Usar Colírios 

Para garantir o uso correto de colírio e com segurança, é fundamental seguir algumas práticas essenciais: 

 

  • Lave as mãos antes da aplicação do medicamento. 
  • Siga estritamente a dose recomendada e as instruções de uso do medicamento 
  • Se você usa lentes de contato, siga cuidadosamente as orientações do fabricante e do oftalmologista e redobre os cuidados. 
  • Aplique apenas uma gota de cada vez e não toque os olhos para evitar a contaminação. 
  • Lembre-se de que o frasco de colírio é de uso individual, nunca compartilhe com outra pessoa. 
  • Nunca encoste a ponta do aplicador nos olhos, pois seu contato pode transferir bactérias e outros agentes contaminantes para o interior dos olhos. 
  • Se você usa mais de um colírio, aguarde cerca de 15 minutos entre as aplicações. 
  • Em caso de qualquer irritação, vermelhidão ou desconforto, informe imediatamente seu médico. 

Consequências do uso indiscriminado de colírios 

O uso indiscriminado de colírios para tratar problemas de visão em adultos, e sem a devida supervisão médica, pode desencadear sérias consequências para a saúde ocular e geral. Alguns dos riscos incluem: 

 

  • Contaminação: os frascos de colírios são projetados para uso pessoal e, se compartilhados, podem se tornar vetores de doenças, mesmo que a outra pessoa esteja tratando a mesma condição. Cada organismo responde de maneira única ao tratamento e compartilhar colírios pode causar contaminação cruzada.  

 

  • Efeitos indesejados da automedicação: o uso inadequado de colírios pode piorar o quadro clínico. Um diagnóstico preciso deve ser feito por um médico, que pode exigir exames adicionais para determinar o tratamento adequado. 

 

  • Doenças graves: o uso incorreto de colírios pode resultar em condições graves, como úlceras na córnea, catarata e glaucoma, que, se não forem tratadas a tempo, podem levar à cegueira. 

 

  • Problemas cardíacos: colírios vasoconstritores, se usados de maneira incorreta, podem causar doenças cardiovasculares. Embora possa parecer improvável, os efeitos colaterais desses colírios podem afetar o sistema cardiovascular. 

 

Pode parecer algo simples, mas o uso correto de colírio inclui medidas básicas e muitas vezes esquecidas. Colírios são medicamentos, devendo ser usados com responsabilidade e somente sob a orientação de um oftalmologista.  

 

Em caso de desconforto ocular, não hesite em procurar ajuda profissional para obter um diagnóstico preciso e o tratamento adequado. Sua visão e saúde ocular são preciosas, e o uso correto de colírio é fundamental para mantê-las protegidas. 

 

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Correção de catarata: saiba quais são as lentes indicadas

A catarata é um dos problemas de visão mais comuns entre os idosos, e a incidência da condição tem aumentado muito nos últimos anos. Segundo o CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia), o número de cirurgias realizadas pelo SUS para catarata dobrou no período entre 2009 e 2019. A cirurgia para corrigir a visão afetada pela catarata é atualmente o único método de tratamento efetivo para esta condição. Dado o aumento de procura deste procedimento, é importante ter um entendimento sobre cada tipo de lente intraocular que será usada na cirurgia para corrigir a visão.

Como funciona a cirurgia para corrigir a visão em um paciente com catarata?

A catarata é uma doença que afeta o cristalino do olho, tornando-o opaco. Isso faz com que o paciente tenha a visão embaçada, sem contraste e, conforme a doença progride, pode chegar a causar a perda total da visão.

A cirurgia para corrigir a visão afetada pela catarata consiste justamente em substituir o cristalino do olho opacificado por uma prótese artificial, chamada de lente intraocular. Essa lente passa a desenvolver o trabalho que o cristalino desenvolvia no olho, podendo reverter até casos de cegueira causados pela catarata.

Antes da realização do procedimento, o oftalmologista deve informar ao paciente que existem alguns tipos diferentes de lentes intraoculares, com características e benefícios distintos. Essas características são importantes de serem consideradas, pois lentes diferentes também tratarão problemas diferentes de visão além da catarata. Deve ser realizado um exame oftalmológico com o paciente para orientar qual a melhor opção para o seu caso, de acordo com quais outras condições podem estar presentes. Listamos a seguir os tipos de lentes, com uma breve descrição de suas características particulares.

Tipos de lente intraocular

Lentes Monofocais Esféricas: essa é a tecnologia mais comum tanto no setor privado quanto no público. Essas lentes possuem apenas um foco, por isso podem tratar apenas a miopia ou a hipermetropia.
Lentes Monofocais Asféricas: essas lentes são de uma tecnologia superior, capaz de corrigir aberrações ópticas oculares de alta ordem, além da miopia e da hipermetropia.

Lentes Multifocais: lentes de tecnologia premium, capazes de corrigir a visão de longe, intermediária e de perto. Essa versatilidade permite que essa lente dê uma independência visual maior ao paciente.
Lentes Monofocais Tóricas: também são lentes de tecnologia premium. Essas lentes podem corrigir eficientemente o astigmatismo acima de 1,0 grau.

Lentes Multifocais Tóricas: combinando ambas as tecnologias, essa lente tem uma eficácia maior contra o astigmatismo, visto que as lentes multifocais normais não são tão eficientes nesses casos. É ideal para pacientes que buscam a multifocalidade e que possuam astigmatismo corneal maior que 0.75.

E quanto às lentes ICL?

As lentes intraoculares ICL não são indicadas para o tratamento de catarata. Isso se deve ao fato de que a cirurgia para corrigir a visão com lentes ICL não remove o cristalino do olho. Miopia e astigmatismo, que são as principais condições corrigidas pela ICL, são erros refrativos no olho, o que torna desnecessário qualquer alteração do cristalino. Dito isso, pacientes que já foram operados, ou vão operar a catarata, também podem fazer implantes ICL sem problemas.

Clique aqui para conhecer mais sobre as lentes ICL, e a gama de condições visuais corrigíveis pela mesma.

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Conjuntivite pode ser sintoma de crianças com Covid-19?

Recentemente, um estudo publicado na JAMA Ophtalmology causou burburinho na comunidade científica e muita confusão no público geral por associar a possibilidade do surgimento de conjuntivite como sintoma de Covid-19 em crianças hospitalizadas em Wuhan, na China. Algumas pessoas até buscaram teste da visão infantil para descobrir Covid.

Este estudo foi realizado de 26 de Janeiro a 18 de Março de 2020, no Hospital Infantil de Wuhan. Todas as crianças testadas positivas para Covid-19 foram incluídas no estudo.

Neste artigo, pretendemos resumir a publicação científica original do JAMA, com intenção de ajudar os profissionais da área da oftalmologia e outros a informarem melhor seus pacientes e o público geral. Vamos abordar os pontos principais, sem objetivo de fazer a discussão científica de fundo, pois como todos sabem, a Covid-19 é uma doença nova, que pegou a todos de surpresa.  Portanto, todos estudos que saem, por um lado são importantes, pois é por meio deles que começamos a conhecer melhor a doença.  Por outro lado, requer cautela ao analisar os resultados, já que no momento nada é muito definitivo. 

Qual foi o objetivo da pesquisa?

De acordo com a publicação dos pesquisadores chineses, o objetivo da pesquisa foi descobrir as diversas manifestações clínicas e características, principalmente em crianças, testadas positivas para COVID-19, e não averiguar especificamente a relação da conjuntivite com o vírus.

Resultados

O estudo revela que foram incluídos na pesquisa 216 crianças. Os sintomas mais recorrentes foram febre (37,5%) e tosse (36,6%). Sintomas oculares foram 22,7%. Os sintomas oculares melhoraram eventualmente. Outros sintomas incluem diarreia (5,1%), fadiga (4,6%), coriza nasal (3,2%), congestão nasal (2,8%), descarga conjuntival (2,3%) e congestão conjuntival (1,9%).

Outros fatores chaves

Respondendo à essa pergunta-chave foi descoberto que 22,7% dos pacientes neste caso tiveram alguma manifestação ocular, dentre elas, descarga conjuntival, coceira nos olhos e congestão conjuntival, com ocorrência de tipos diferentes de pruridos. A descoberta também registrou que crianças com sintomas sistemáticos ou tosse, tiveram mais probabilidade de ter sintomas oculares.

Discussão levantada pela pesquisa

O artigo em questão deixa claro que não é conclusivo sobre a correlação de conjuntivite e Covid-19 em crianças. Até então, não havia sido reportado grandes casos de conjuntivite em crianças com Covid-19. Ainda assim, na pesquisa,  verificou-se o número mencionado acima, o que corresponde a 49 pacientes (uma amostra pequena, portanto).

Segundo os pesquisadores, o vírus Sars-Cov-2 pode causar conjuntivite devido à relação fisiológica entre nariz e olhos. Contudo, não há evidências concretas de que tenha sido o vírus a causar a conjuntivite nos pacientes investigados. 

Conclusão

Não podemos estabelecer tal correlação entre Covid-19 e conjuntivite baseados neste artigo. Os próprios pesquisadores admitem limitações importantes, como por exemplo, falta de equipamentos de exames oculares no local para o teste da visão infantil (por se tratar de uma unidade Covid, em isolamento de outras), impossibilidade de realizar teste com o patógeno causador da conjuntivite e, por isso, basearam-se principalmente no relato subjetivo dos pacientes crianças.

Em caso de conjuntivite e sintomas oculares na criança, o mais correto é procurar atendimento médico para tratar do sintoma. Podem ser receitados colírios pelo médico oftalmologista, de acordo com o tipo de manifestação.

 

 

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