Oclusão da veia central por Covid-19. Entenda mais sobre o problema

Desde que o mundo conheceu a pandemia do novo Coronavírus, uma das sequelas relatadas estão relacionadas a problemas oculares, tais como olho seco. 

Por ser uma doença ainda muito nova e amplamente desconhecida, a Covid-19 gera muitas inquietações. Nesse sentido, houve um aumento nos últimos 6 meses de incidências de buscas no Google relacionadas a “visão e Covid”. Você que é oftalmologista pode estar notando o mesmo movimento no seu consultório. 

Oclusão da veia central do olho por Covid-19 

Estudos recentes chamam atenção: 65 pacientes apresentaram “oclusão da veia central” após serem infectados com a variante ômicron. O estudo conduzido pela Universidade do Michigan e publicado pela renomada “JAMA” (Associação Médica Americana) analisou 432.512 pacientes e demonstrou ocorrência de 65 casos de oclusão da veia central, relacionados à Covid-19.  

Contudo, o problema, segundo o estudo, a oclusão venosa retiniana se apresentou seis meses depois, ou seja, como sequela da infecção pelo novo coronavírus. 

Segundo a Universidade de Navarra, esta doença é a segunda principal causa de cegueira por causa de patologia vascular ocular na Espanha, ficando atrás da retinopatia diabética. Igualmente, hipertensão arterial e diabetes descontrolada podem propiciar o surgimento da doença. 

Cuidados com nossos olhos e Covid-19 no Brasil 

O Brasil foi um dos países mais afetados pela Covid-19 em todo o mundo. O país fechou 2021 com a marca de 22 milhões de casos confirmados e mais de 600 mil mortes. As chances de que tenha havido muitos casos de doenças oculares como decorrência direta ou sequelas de forma ainda não-identificada, portanto, são grandes. Daí a importância dos médicos da área estarem atentos aos novos estudos conduzidos que relacionam Covid-19 e doenças oculares. 

As causas indiretas também preocupam. Segundo a própria OMS, a pandemia e o isolamento social afetaram os cuidados com os olhos, uma vez que obrigou muitas pessoas a desmarcarem cirurgias de catarata e miopia, interromperem tratamentos e também as idas mais regulares ao médico. Tudo isso fez aumentar casos de doenças oculares e até mesmo o aumento da epidemia de miopia. 

 É hora de ter mais atenção a pacientes com possíveis sequelas 

Levando todo este cenário em consideração, é importante que o médico esteja capacitado e seu consultório equipado para poder tratar possíveis situações e condições até pouco tempo inexistentes. Vivemos numa época de novidades e as tecnologias, bem como nosso conhecimento, devem acompanhar no intuito de cuidar sempre melhor das pessoas.  

O Faros, por exemplo, é um dispositivo cirúrgico eficiente e poderoso para cirurgia de catarata, vitrectomia e glaucoma. O aparelho possui versatilidade e tecnologia inovadora, além de alto conforto para o usuário e permite a realização de cirurgia ocular no mais alto nível. 

O aparelho Faros para catarata dispõe da easyPhoto, a facoemulsificação com estabilidade insuperável da câmara e aspiração eficiente de fragmentos. Já para glaucoma, a esclerectomia profunda de alta frequência (HFDS) garante excelentes resultados a longo prazo e tem uma taxa de complicações extremamente baixa e um curto tempo de intervenção. Por fim, no tratamento de vitrectomia, os sistemas Caliburn Trocar criam um acesso ideal ao segmento posterior e permitem cortes suaves e excelente tensão da ferida. 

A plataforma Faros é comercializada pela Advance Vision. Entre em contato conosco para saber mais! 

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Cuidados com a saúde mental em crianças com problemas de visão

A principal forma de diagnóstico precoce e até mesmo de prevenção de problemas de visão em crianças é o Teste do Reflexo Vermelho (TRV), conhecido como o teste do olhinho. Sua versão ‘hi-tech’, o teste digital do olhinho, ainda pode identificar problemas como a miopia em crianças, retinoblastoma e outras doenças que, sem diagnóstico precoce, podem levar à cegueira. 

Quanto mais cedo diagnosticado o problema de visão, maiores são as chances de cura. Existem algumas condições, como a miopia em crianças, embora não seja única, que podem até a vida adulta. 

Nestes casos, é necessário adotar uma jornada de cuidados especiais, atenção e acompanhamento por parte pais, médicos e professores. Isso tudo porque a visão tem um papel central no desenvolvimento cognitivo-social da criança e papel importante na coordenação motora e o afetivo-emocional. 

Cuidados com a saúde emocional da criança

O primeiro deles e, portanto, a base de tudo é o acompanhamento com um oftalmologista ou oftalmopediatra. Desde 2007, está vigente no Brasil uma lei que determina a realização do Teste do Reflexo Vermelho ainda na maternidade. Atualmente, já podemos contar com tecnologia de ponta na realização do exame, com sua versão do teste digital do olhinho.

Além de prevenir casos que podem levar à cegueira, o que certamente teria um impacto negativo muito maior na vida da criança, o teste pode contribuir para impedir a progressão e até mesmo a correção de alta miopia em crianças, entre outros erros refrativos.

Além do teste do olhinho, é necessário que a criança se consulte periodicamente com um oftalmologista. Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmopediatria, a primeira consulta deve ser já no primeiro ano de vida.

O papel dos pais no desenvolvimento da criança

O papel dos pais no desenvolvimento cognitivo das crianças é extremamente importante, ainda mais quando se leva em consideração a existência de algum problema de visão. Enquanto ainda for um bebê, o estímulo à visão da criança será chave para o desenvolvimento saudável. No caso em que existam limitações mais sérias, esse estímulo deve ser especificado junto a um especialista.

Em um artigo científico de pesquisadores da PUC-MG e da COMG, aponta-se que cerca de 20% das crianças que frequentam escolas apresentam baixa acuidade visual. É sabido como isso afeta o desenvolvimento escolar. Portanto, ao ter diagnóstico e tratamentos precoces, a criança poderá ter um desenvolvimento normal. É essencial que os professores que estejam em contato direto com a criança sejam informados e envolvidos em manter as orientações dos pais e profissionais para não comprometer seu aprendizado. 

Em entrevista ao portal do Centro Médico CM Martins, a Dra. Fernanda Petroni, especialista em oftalmopediatria, afirma que “é muito importante observar se a criança está tendo dificuldade na leitura e em assimilar as coisas. Muitas vezes, o porquê disso não é por falta de aprender, ou falta de conhecimento. E, sim, pela deficiência visual”.

Problema de visão em crianças e autoestima

A autoestima é parte fundamental durante a infância, ajudando na formação do caráter e inteligência emocional. A baixa autoestima em crianças ou adultos pode levar a quadros de ansiedade, síndrome do pânico e até mesmo depressão. Sendo assim, crianças com problemas de visão podem ser alvos fáceis para desenvolver problemas de autoestima. 

Sendo assim, além de contar com apoio dos pais, professores e acompanhamento de um oftalmologista, se a criança apresentar sinais de tristeza constante, irritabilidade e outras questões de comportamento, o acompanhamento psicológico pode ser necessário.

Muitos dos problemas de visão infantil podem ser evitados e tratados ainda nos primeiros anos de vida. Em casos muito específicos, como crianças com alta miopia, as soluções podem aparecer à medida que elas crescem ao adotar lentes de contato e até mesmo a cirurgia por implante de lente intraocular EVO Visian ICL. 

Procure manter a criança motivada. Incentive atividades ao ar livre que, além de ajudarem a prevenir progressão da miopia, desenvolvem mais capacidades motoras e psico-sociais da criança.

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Estudo revela que sintoma de olho seco aumentou em pacientes com Covid-19

A Síndrome do Olho Seco é uma patologia que afeta cerca de 12,8% da população Brasileira. Embora muitos cidadãos considerem a doença como uma condição amena (principalmente aqueles com quadros assintomáticos), a mesma pode levar a condições mais sérias, devido ao fato de as lágrimas agirem como protetores naturais do corpo contra agentes externos. A Síndrome do Olho Seco também pode causar danos irreversíveis à visão.

Estudos recentes afirmam que pacientes infectados pelo novo coronavírus têm uma incidência maior da doença. A seguir discutiremos um pouco sobre a pesquisa e a Síndrome do Olho Seco, e observar algumas opções de tratamento, e também o que isso significa para pacientes com lentes intraoculares ICL.

A relação entre COVID-19 e a Síndrome do Olho Seco

Em pesquisa realizada na China com 54 pacientes infectados pela COVID-19, foi observado que casos de Síndrome do Olho Seco são 35% mais comuns do que em pessoas não afetadas pelo vírus. A pesquisa mostra que a incidência da síndrome saltou de 20 para 27% nos participantes após a infecção.

Embora este dado por si só não seja conclusivo, os pesquisadores notam que encontraram receptores ACE2 do coronavírus na córnea, na lente externa do olho e na conjuntiva. A presença destes receptores nestas áreas aponta para a ideia de que a doença pode de fato contribuir para o aumento de incidência observado.

Pessoas que passaram por cirurgia têm maior risco?

A Síndrome do Olho Seco já é uma preocupação comum em pessoas que passaram ou vão passar por algum tipo de cirurgia para corrigir a visão. Mas o que dizer aos pacientes, e como orientá-los melhor sobre a doença?

Primeiramente, vamos falar da cirurgia refrativa (ou à laser, como é popularmente conhecida). Sabe-se que este tipo de procedimento pode vir a causar casos de Olho Seco no período pós-operatório. Sabe-se, por exemplo, que este é um efeito colateral muito comum do LASIK.

Já quanto a pacientes com implantes como as lentes intraoculares ICL não apresentam um aumento deste risco, pois o tratamento não envolve remoção do tecido corneano.

Como tratar a Síndrome do Olho Seco

O tratamento desta doença varia de acordo com a gravidade do quadro apresentado pelo paciente.  Em casos leves, costuma-se prescrever lágrimas artificiais, medicamento, adição de fontes de ômega 3 na dieta, massagem e higienização das pálpebras com shampoo infantil de pH neutro.

Em casos moderados, recomenda-se a oclusão dos pontos lacrimais com plugs, óculos de câmera úmida, anti-inflamatórios e também a adição de ômega 3.

Já para casos graves, o mais indicado é o tratamento de luzes pulsadas, aplicado em sessões de 5 minutos. Costuma-se realizar de 3 a 4 sessões, com um espaçamento médio de 15 a 30 dias entre cada sessão.

 

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Conjuntivite em criança? Medidas para evitar o contágio em casa

Quando o assunto é a saúde da criança, é natural que os pais tomem todos os cuidados necessários e até mesmo se assustem com a possibilidade de passar qualquer vírus ou bactérias para os filhos. Mas, sabendo que a conjuntivite em criança é comum, ao aparecer algum membro da família com sintomas da doença, uma série de dúvidas podem surgir sobre como evitar a contaminação do pequeno. 

Em primeiro lugar, é necessário compreender o motivo pelo qual a doença é mais comum em crianças e a razão para isso é bem simples. Os pequenos ainda não desenvolveram todo o seu canal lacrimal, ou seja, ele é mais estreito que o de adultos, o que propicia o desenvolvimento de inflamações e infecções na região. 

Desta forma, é necessário redobrar os cuidados com as crianças para não criar um ambiente favorável para o contágio. 

4 medidas para evitar o contágio de conjuntivite em criança

Como é feita sua transmissão?

É possível que você já tenha vivido essa história: uma pessoa na família pega conjuntivite e, a partir desse momento ela precisa evitar total a aproximação com qualquer outra pessoa para evitar a contaminação. Entretanto, ao contrário do que muitos pensam, a doença não é transmissível pelo ar, e sim pela aproximação ou contato com secreções corpóreas. 

Como evitar a transmissão?

– Evitar o contato próximo com a criança: Ainda que possa ser doloroso para os pais se manterem longe dos abraços e carinhos, é necessário manter uma certa distância, para que o pequeno não se aproxime do olho ou qualquer outra secreção como tosse ou espirro.

– Separe o travesseiro e troque com frequência a roupa de cama: A conjuntivite mais comum é a viral e, evitá-la separar itens como travesseiro e, se possível restringir o acesso da criança ao quarto da pessoa contaminada.

– Lave as mãos com frequência: Não há como negar que os sintomas da doença são bem incômodos e, a conjuntivite em criança se torna ainda mais difícil de tratar exatamente porque os pequenos precisam controlar o toque no olho. Por isso, para evitar esse contágio, o ideal é estar sempre com as mãos limpas, evitando o contato direto da secreção do olho com outros membros da família.

– Separe suas toalhas: É natural deixar uma toalha de rosto na pia do banheiro e até mesmo deixar as de corpo penduradas juntas. Mas, nesse momento o ideal é que as toalhas da pessoa contaminada sejam guardadas em um ambiente separado, para evitar uma possível transmissão.

É importante ressaltar que há outros tipos de conjuntivite em criança como a alérgica, que é causada por uma série de fatores como poluição e poeira. Para entender melhor sobre essa questão e descobrir diferentes formas de prevenir o desenvolvimento da enfermidade em casa, confira o post: Entenda porque a conjuntivite é comum entre crianças e como preveni-la.

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