“Não senta perto da televisão” e outras frases em que sua mãe tem razão!

Já dizia aquele ditado popular: mãe é tudo igual, só muda o endereço! E, de fato, muitas mães seguem os mesmos “ensinamentos” quando o assunto é miopia em crianças e estrabismo infantil. Provavelmente, você já falou ou escutou as seguintes frases: “Pare de coçar os olhos desse jeito!”, “Não fique muito tempo em frente à televisão”, “não olhe direto para o sol” e etc. 

Muitas vezes parece que todas essas falas são besteiras e fazem parte daquela tal preocupação excessiva de mãe, porém elas são verdadeiras! Inclusive, não seguir esses conselhos pode causar problemas oculares, como miopia em crianças ou até favorecer o estrabismo infantil.

Confira!

“Não senta perto da TV”

Evitar se sentar muito perto da TV é uma das principais orientações que recebemos dos nossos pais quando ainda somos crianças e geralmente passamos esse ensinamento também aos nossos filhos, pois esse hábito realmente prejudica a saúde ocular e afeta a visão. 

Isso porque assistir televisão muito próximo da tela causa esforço acomodativo, o que pode ser crucial para miopia em crianças. Por essa razão, quando for assistir à TV é recomendável que seu filho se posicione com um certo distanciamento – entre 3 a 5 metros – e não fique por horas em frente às telas. 

Agora, se você percebe uma certa dificuldade da criança em ver objetos de longe ou se ela só gosta de ver televisão estando muito próximo ao aparelho, isso pode ser um sinal de que a visão não está adequada. Astigmatismo ou miopia em crianças são problemas possíveis nesses casos.

“Pare de coçar os olhos”

O hábito instintivo e prejudicial de esfregar com frequência a região dos olhos pode resultar em problemas oculares, pois a estrutura é muito frágil e a pressão exercida na área pode provocar lesões, doenças mais graves ou miopia em crianças. Ao coçar os olhos, a criança pode fragilizar as fibras da córnea, desencadeando ou agravando o ceratocone, problema ocular de origem genética que é caracterizado pela deformação progressiva da curvatura da córnea provocando seu afinamento.

Vale lembrar que o ceratocone é assintomático. O paciente não sente dores ou desconforto quando a doença se instala. Em seus estágios iniciais, o máximo que o paciente percebe é uma queda na qualidade da visão – sintomas parecidos com os de outras patologias oculares como a miopia em crianças, por exemplo. 

Porém, se seu filho não para de coçar os olhos porque a sensação de coceira é intensa, procure um oftalmologista para identificar e tratar a causa. Assim, você evita problemas mais sérios no futuro. 

“Não olhe direto para o sol”

Olhar diretamente para o sol pode causar danos na córnea e trazer diversas consequências no curto e longo prazo como: Fotoceratite, queimadura macular, catarata entre outras. Além disso, exposições mais longas também podem causar danos na retina, a parte do olho responsável pela formação da imagem, podendo provocar importante redução visual. 

“Tira as mãos dos olhos!”

De todas as partes do corpo, as mãos são as que mais possuem germes e bactérias. Por ser um órgão extremamente delicado e sensível, ao entrar em contato com as mãos, os olhos podem adquirir doenças indesejáveis, irritações, vermelhidões ou serem machucados pela unha, por exemplo.

Todo cuidado é pouco!

Independente se seu filho tem ou não esses hábitos, é fundamental levá-lo frequentemente ao oftalmologista para o acompanhamento da saúde ocular e exames de rotina, já que muitas vezes as doenças que afetam os olhos são silenciosas e só se manifestam em estágios mais avançados. 

Quando bebê, o primeiro passo é o teste do olhinho, o qual detecta diversas doenças de forma precoce. Porém, a partir dos 6 meses, a melhor opção é o exame do teste do olhinho digital, que completa o exame tradicional, pois consegue detectar inclusive o fundo do olho. 

Atualmente temos uma excelente, nova opção, Teste do olhinho digital, que completa o exame tradicional, pois consegue avaliar o fundo de olho da criança e detectar diversas doenças, como a catarata.  O complemento do mapeamento do globo ocular por meio do Teste Digital do Olhinho, realizado com o retinógrafo RetCam, identifica patologias como: Retinopatia de Prematuridade, Retinoblastoma, glaucoma, coloboma em crianças e entre outras. 

Por isso, é essencial procurar um oftalmologista e fazer um diagnóstico completo da saúde ocular do seu filho para detectar e auxiliar na detecção precoce de algumas doenças. Além disso, continue seguindo as velhas cartilhas de mãe e oriente sempre sobre o que esses maus-hábitos podem causar na visão, principalmente a longo prazo.

Posts Relacionados

Capa do artigo
Fatores para a escolha de bons profissionais para cuidar da saúde do seu filho

Quando o assunto é saúde ocular, a junção de exames com bons profissionais é a chave da prevenção. Escolher um bom médico para acompanhar a saúde do seu filho é essencial para garantir o diagnóstico precoce de possíveis doenças e evitar que alguns problemas oculares, como o estrabismo infantil ou a miopia, por exemplo, comprometam o desenvolvimento da criança no longo prazo.

Por isso, o acompanhamento regular com o oftalmopediatra e pediatra é primordial a partir dos primeiros meses de vida. Para que você possa se informar e entender mais sobre o assunto, conheça os exames que são essenciais para bebês e crianças e como devem funcionar as consultas! 

Quanto antes, melhor!

O primeiro exame nos olhos da criança é realizado assim que ela nasce. É o chamado teste do Reflexo Vermelho (TRV), popularmente conhecido como teste do olhinho. É ideal para mapear a saúde ocular e visão infantil do bebê. O teste do olhinho consiste em direcionar o feixe de luz vermelha de um oftalmoscópio para o olho do bebê. Caso o reflexo dessa luminosidade seja avermelhado, alaranjado ou amarelado, significa boa saúde ocular. Se o resultado for algo diferente disso, o sinal de alerta deve ser apresentado a um médico oftalmologista especialista que fará um mapeamento mais aprofundado. 

O ideal é que o teste do olhinho seja realizado nos primeiros meses de vida do bebê e, no máximo, até a criança completar um ano de idade. Isso porque estudos mostram que 90% da visão se desenvolve nos dois primeiros anos, enquanto o desenvolvimento dos outros 10% acontece entre os sete e nove anos de idade. Além disso, uma pesquisa realizada pela Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira, órgão ligado à Organização Mundial da Saúde, mostra que oito em cada dez casos de problemas oculares poderiam ser evitados, caso houvesse um diagnóstico precoce. 

Por isso, caso seu filho não tenha realizado o teste ainda na maternidade, procure um oftalmopediatra para realizar o exame o quanto antes. Também é importante ficar atento se o médico irá solicitar inclusive o teste digital do olhinho – que, por meio de um retinógrafo de última geração, mapeia 130 graus do globo ocular e detecta a presença de diversas enfermidades oculares, de maneira rápida, precisa e indolor. O teste digital do olhinho inclusive complementa a avaliação do TRV, pois avalia o segmento posterior, através de imagens fotográficas de alta resolução.

A urgência se faz necessária pelo fato de que, quando uma doença ocular é tratada somente após os dois anos de idade, é muito improvável que a criança tenha uma visão infantil perfeita. Por isso, todo o cuidado é pouco. 

A primeira consulta

Nessa fase da vida, o correto é procurar um oftalmologista pediátrico que se preocupe com a visão infantil como um todo. Ou seja, ele deve focar em medidas de prevenção e de promoção da saúde dos olhos da criança. Logo, priorizar visitas de rotina ao oftalmologista é essencial para garantir a uma visão infantil perfeita, além de alertar para os riscos de não tratar precocemente certos sintomas e problemas na infância.

As consultas de rotina devem acontecer logo no primeiro ano de vida e é importante que essa orientação venha, inclusive, do pediatra do seu filho. Além disso, também é fundamental ficar de olho no comportamento da criança e se ela apresenta alguma queixa. 

Durante a consulta, a criança não precisa necessariamente contribuir em nada. O oftalmologista pediátrico deve examinar e medir a acuidade visual inclusive do recém-nascido, provocando movimentos oculares por excitação que já diz se a criança enxerga ou não. Além disso, o médico também deve realizar exames mais completos que avaliam o desenvolvimento neuropsicomotor, simetria facial e aspecto externo dos olhos. Caso exista alguma suspeita, o oftalmologista poderá também realizar exames de refração nos bebês para garantir que sua visão infantil se desenvolva de forma saudável. 

Consulta na fase escolar

É comum que o próprio pediatra te oriente sobre a importância de procurar um médico especialista em oftalmologia infantil para acompanhar seu filho durante a fase de alfabetização. Isso porque alguns problemas de visão, como o estrabismo infantil e outras doenças, podem aparecer nessa fase da vida. 

Também é frequente, muitas vezes, não entender alguma dificuldade que a criança apresenta na fase escolar. E, muitas vezes, o que pode ser visto como um problema de desenvolvimento, quando a criança demora mais a ler e escrever por exemplo, pode ser simplesmente resolvido com o uso de óculos. E quem vai te ajudar a detectar e dar o diagnóstico correto é o oftalmologista. 

Em crianças entre 3 e 6 anos, é comum que o próprio pediatra realize uma triagem na qual usa-se uma tabela com a letra ‘E’ em diversas posições e a criança deve dizer para que lado as perninhas da letra estão viradas. Caso o exame detecte alguma dificuldade na visão infantil, o pediatra encaminha para um exame oftalmológico.

Em casa, também podemos observar atentamente algumas atitudes como: assistir televisão muito próximo ao aparelho, ou levar os brinquedos e os livros próximos do rosto. Esse tipo de comportamento  merece uma investigação. Não deixe de procurar bons profissionais para cuidar da saúde ocular do seu pequeno e realizar exames desde cedo!

Leia o artigo
Capa do artigo
Problemas de visão podem dificultar socialização infantil. O que fazer?

Não há dúvidas de que todos os sentidos sejam importantes para um ser humano. Mas, quando o assunto é relacionado às crianças é preciso um olhar bastante atento à visão. Esse sentido é um dos mais essenciais para o desenvolvimento dos pequenos por desempenhar um papel fundamental na aprendizagem, exploração do mundo e na socialização.  

Além dos sintomas mais populares, como dores de cabeça, dificuldade de aprendizagem, coceira nos olhos e lacrimejamento, as questões não tratadas ou mal resolvidas de visão podem gerar danos emocionais para as crianças, especialmente na primeira infância. Esse é um ponto pouco conhecido ou lembrado, mas que precisa ser destacado, uma vez que não enxergar bem pode afetar o comportamento, gerando um grande desafio para a socialização infantil. 

Por isso, toda atenção à visão infantil é fundamental. O teste do olhinho, as consultas e os exames de rotina são de suma importância para identificar problemas e doenças como a miopia infantil e o retinoblastoma 

Comportamento infantil e sinais de alerta 

É natural que algumas crianças sejam introvertidas e tímidas, afinal são traços de personalidade que variam de pessoa para pessoa. Porém, é importante que pais e responsáveis fiquem atentos a mudanças significativas no comportamento infantil, pois podem indicar questões relevantes a serem tratadas. 

O alerta surge quando há grande variação. Ou seja, uma criança normalmente alegre passa a ficar mais quieta e triste, sem motivo aparente. Ou quando um pequeno antes focado e calmo começa a demonstrar impaciência, irritação e ansiedade. Nesses casos, é preciso buscar a orientação de um profissional de saúde.  

Assim, depois de uma investigação médica e caso as mudanças de comportamento não estejam associadas a algum transtorno psicológico evidente, é recomendado marcar uma consulta oftalmológica. Problemas de visão podem estar afetando a criança e seu bem-estar de forma sutil, sem que ela mesma identifique ou consiga comunicar isso. 

Acompanhamento constante é fundamental 

É importante salientar que, mesmo que seu pequeno não apresente sinais ou sintomas de problemas de visão, é indispensável que crianças sejam examinadas por um oftalmologista no primeiro ano de vida, entre seis e doze meses, e depois entre três e cinco anos de idade. Essa orientação faz parte das diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP).  

O desenvolvimento da visão da criança acontece até os sete anos, por isso é desejável que o diagnóstico e o tratamento de doenças oculares que comprometam isso sejam realizados prematuramente. Nesse contexto, o teste do olhinho é um dos recursos usados pelos oftalmologistas para avaliar a visão e detectar doenças como o retinoblastoma. Exija que seus filhos ou crianças pelas quais é responsável passem por ele. 

O teste do olhinho realizado com a tecnologia RetCam, por exemplo, pode identificar um elevado número de enfermidades nos recém-nascidos, como retinopatia da prematuridade, retinoblastoma, hemorragia de retina, zika congênita, córnea opaca e catarata congênita. Isso é possível graças à sua inovação e imagens precisas, que permitem uma visualização detalhada das estruturas do fundo do olho. 

Uma visão nítida e saudável é fundamental para que possam explorar o mundo, interagir com os outros e se desenvolver plenamente. Cuidar da saúde ocular das crianças desde cedo é um investimento no seu bem-estar e sucesso futuro. Lembre-se sempre de que a visão é mais do que apenas enxergar, é a chave para a descoberta e a conexão com o mundo ao redor. 

Cuide da visão de seus pequenos! 

 

Leia o artigo
Capa do artigo
Cuidados com a saúde mental em crianças com problemas de visão

A principal forma de diagnóstico precoce e até mesmo de prevenção de problemas de visão em crianças é o Teste do Reflexo Vermelho (TRV), conhecido como o teste do olhinho. Sua versão ‘hi-tech’, o teste digital do olhinho, ainda pode identificar problemas como a miopia em crianças, retinoblastoma e outras doenças que, sem diagnóstico precoce, podem levar à cegueira. 

Quanto mais cedo diagnosticado o problema de visão, maiores são as chances de cura. Existem algumas condições, como a miopia em crianças, embora não seja única, que podem até a vida adulta. 

Nestes casos, é necessário adotar uma jornada de cuidados especiais, atenção e acompanhamento por parte pais, médicos e professores. Isso tudo porque a visão tem um papel central no desenvolvimento cognitivo-social da criança e papel importante na coordenação motora e o afetivo-emocional. 

Cuidados com a saúde emocional da criança

O primeiro deles e, portanto, a base de tudo é o acompanhamento com um oftalmologista ou oftalmopediatra. Desde 2007, está vigente no Brasil uma lei que determina a realização do Teste do Reflexo Vermelho ainda na maternidade. Atualmente, já podemos contar com tecnologia de ponta na realização do exame, com sua versão do teste digital do olhinho.

Além de prevenir casos que podem levar à cegueira, o que certamente teria um impacto negativo muito maior na vida da criança, o teste pode contribuir para impedir a progressão e até mesmo a correção de alta miopia em crianças, entre outros erros refrativos.

Além do teste do olhinho, é necessário que a criança se consulte periodicamente com um oftalmologista. Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmopediatria, a primeira consulta deve ser já no primeiro ano de vida.

O papel dos pais no desenvolvimento da criança

O papel dos pais no desenvolvimento cognitivo das crianças é extremamente importante, ainda mais quando se leva em consideração a existência de algum problema de visão. Enquanto ainda for um bebê, o estímulo à visão da criança será chave para o desenvolvimento saudável. No caso em que existam limitações mais sérias, esse estímulo deve ser especificado junto a um especialista.

Em um artigo científico de pesquisadores da PUC-MG e da COMG, aponta-se que cerca de 20% das crianças que frequentam escolas apresentam baixa acuidade visual. É sabido como isso afeta o desenvolvimento escolar. Portanto, ao ter diagnóstico e tratamentos precoces, a criança poderá ter um desenvolvimento normal. É essencial que os professores que estejam em contato direto com a criança sejam informados e envolvidos em manter as orientações dos pais e profissionais para não comprometer seu aprendizado. 

Em entrevista ao portal do Centro Médico CM Martins, a Dra. Fernanda Petroni, especialista em oftalmopediatria, afirma que “é muito importante observar se a criança está tendo dificuldade na leitura e em assimilar as coisas. Muitas vezes, o porquê disso não é por falta de aprender, ou falta de conhecimento. E, sim, pela deficiência visual”.

Problema de visão em crianças e autoestima

A autoestima é parte fundamental durante a infância, ajudando na formação do caráter e inteligência emocional. A baixa autoestima em crianças ou adultos pode levar a quadros de ansiedade, síndrome do pânico e até mesmo depressão. Sendo assim, crianças com problemas de visão podem ser alvos fáceis para desenvolver problemas de autoestima. 

Sendo assim, além de contar com apoio dos pais, professores e acompanhamento de um oftalmologista, se a criança apresentar sinais de tristeza constante, irritabilidade e outras questões de comportamento, o acompanhamento psicológico pode ser necessário.

Muitos dos problemas de visão infantil podem ser evitados e tratados ainda nos primeiros anos de vida. Em casos muito específicos, como crianças com alta miopia, as soluções podem aparecer à medida que elas crescem ao adotar lentes de contato e até mesmo a cirurgia por implante de lente intraocular EVO Visian ICL. 

Procure manter a criança motivada. Incentive atividades ao ar livre que, além de ajudarem a prevenir progressão da miopia, desenvolvem mais capacidades motoras e psico-sociais da criança.

Leia o artigo