Homeschooling por quarentena pode acelerar miopia em crianças

A necessidade de adaptabilidade e de reinventar nossos hábitos cotidianos veio junto com o Coronavírus. Com o isolamento social causado pela pandemia, o homeschooling – termo em inglês para ‘ensino em casa’ – é a solução mais segura para manter a rotina escolar das crianças em dia e evitar que as famílias corram o risco de contrair a doença. Essa nova realidade vem reduzindo a propagação da COVID-19 mas aumentando os casos de miopia infantil.

Se antes o seu filho só ficava conectado uma hora por dia para os momentos de lazer, agora ele usa o computador, tablet e celular também como uma fonte de estudo. As videoaulas, que são fundamentais para manter os pequenos conectados com a escola, fazem com que as crianças fiquem mais tempo em frente às telas. E esse hábito é completamente prejudicial para a saúde ocular e pode provocar a miopia infantil

A OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que o uso constante de tecnologia está aumentando os casos de miopia e prevê que, no próximo ano, cerca de 35% da população esteja sofrendo com o erro refrativo. Em 2050, os casos podem chegar a 52%. 

Com esses números alarmantes é impossível não se preocupar com os efeitos do homeschooling e tempo de tela das crianças no médio e longo prazo. Já que a miopia infantil também é capaz de gerar problemas de aprendizado, baixa autoestima e dificuldades de inserção social. Por isso, é importante ficar atenta e tomar os cuidados necessários! 

Relação da miopia infantil com as telas

Diante das telas, a criança tende a piscar menos e se esforçar para manter o foco. Ou seja, essa repetição que os músculos dos olhos precisam fazer causa a fadiga, que pode levar à miopia infantil e a outros erros de refração com o passar do tempo. A luz azul emitida pelos aparelhos eletrônicos também provoca o ressecamento nos olhos.

No longo prazo, esses maus hábitos podem causar dificuldade para identificar objetos a distância, esforço para manter o foco, hipersensibilidade à luz, lacrimejamento em excesso e vermelhidão nos olhos.

Como evitar esse quadro?

Já que o homeschooling é a nova realidade e um método importante para manter o aprendizado, o ideal é restringir os outros momentos em que seu filho fica em frente às telas. 

Como passar algumas horas do dia no computador será inevitável por causa dos estudos, nos momentos de lazer, não deixe os eletrônicos entrarem como parte da brincadeira. Incentive o desenvolvimento de outros hobbies e atividades que não exigem tanto esforço visual. 

Além disso, estimular as pausas durante o tempo de tela também é essencial para manter a saúde ocular da criança.

Idas frequentes ao oftalmologista

Mesmo que a criança não apresente nenhum sintoma de miopia infantil, as consultas regulares ao oftalmologista e exames de vista infantil são imprescindíveis para assegurar que seu filho possa se desenvolver de forma segura e sem desconfortos na visão. 

Caso o pequeno já esteja diagnosticado com a miopia infantil, também é necessário marcar uma consulta com o médico para fazer o acompanhamento, exames de rotina e indicar os tratamentos corretos. 

Dicas para as crianças usarem as telas sem risco!

  • Determine os horários corretos para seu filho usar os eletrônicos. É importante evitar o uso em períodos noturnos para não prejudicar a qualidade do sono. 
  • Faça brincadeiras e atividades ao ar livre.
  • Não instale equipamentos como televisão e computador no quarto da criança.
  • Diminua a luminosidade das telas durante o uso. 

O assunto é sério e o conhecimento é o primeiro passo para prevenir doenças oftalmológicas nas crianças. Por isso, aqui no Juntos pela Visão, incentivamos e conscientizamos sobre a importância de um diagnóstico ocular completo e precoce. Para entender mais sobre a miopia infantil e esclarecer todas as dúvidas, acompanhe o nosso blog

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Visão dupla em crianças: o que é, causas, sintomas e tratamentos disponíveis

Também conhecida como Diplopia, a visão dupla ocorre quando há a percepção de duas imagens de um único objeto, ou seja, uma pessoa visualiza algo de maneira duplicada, o que pode acontecer de forma sobreposta ou lado a lado. Há, ainda, o formato mais simples da doença, que consiste na visão borrada.  

Esse problema oftalmológico afeta crianças e adultos, podendo ser muito preocupante quando ocorre na visão infantil. Nos pequenos, ela é difícil de detectar, o que reforça a importância de os responsáveis estarem cientes dos sintomas e causas para garantir um tratamento adequado o quanto antes, caso ocorra. 

Pensando nisso, na sequência apresentaremos mais informações sobre a doença. 

Causas  

A Diplopia é causada por alteração nos músculos ou nervos ao redor dos olhos, não sendo uma doença do olho propriamente dito, mas sim de sua posição. Existem várias causas possíveis para a doença em crianças. Algumas das mais comuns incluem:  

  • Problemas musculares nos olhos: como estrabismo, que ocorre quando os olhos não se alinham corretamente. 
  • Problemas de refração: miopia, hipermetropia ou astigmatismo 
  • Lesões na cabeça, que podem danificar os nervos cranianos que controlam os músculos oculares) 
  • Doenças oculares: como catarata ou glaucoma 

Vale destacar que, por definição, a visão dupla é sempre binocular, aparecendo com os dois olhos abertos. Ao tampar um olho de cada vez a visão dupla tem que desaparecer. 

Sintomas 

Os sintomas da visão dupla em crianças podem variar de leve a grave, dependendo da causa subjacente. Confira abaixo alguns sinais comuns e atente-se ao comportamento de seus pequenos: 

  • Desconforto ou dor nos olhos 
  • Dificuldade em ler ou escrever 
  • Inclinação da cabeça para um lado 
  • Dificuldade em ver objetos em movimento 
  • Dificuldade para visualizar objetos à distância 

Ao notar qualquer incômodo, busque ajuda profissional a quanto antes. Muitas vezes a criança não sabe explicar o que sente, então a atenção aos seus sinais é fundamental para um tratamento precoce, o que aumenta as chances de resultados positivos nos cuidados de qualquer doença. 

Tratamentos 

Felizmente, há tratamento para esse problema da visão infantil. A conduta adotada para isso dependerá da causa subjacente. Veja só: 

  • Problema muscular nos olhos: se essa for a causa da doença, pode ser necessário usar óculos ou realizar uma cirurgia.  
  • Problema de refração: para essa causa os óculos podem ser suficientes para corrigir o problema. Em casos mais graves, talvez seja necessário usar um tampão no olho para ajudar a fortalecer os músculos oculares. 

Se a doença em seu filho persistir mesmo com o tratamento indicado, é importante consultar novamente o oftalmologista o mais rápido possível. 

E lembre-se: jamais hesite em procurar um profissional caso suspeite de algum problema de visão infantil em suas crianças. Quanto mais cedo o problema for diagnosticado e tratado, maiores são as chances de evitar danos permanentes à visão. 

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Dicas para Levar Bebês e Crianças Pequenas para Exames Oftalmológicos sem Estresse

Os exames oftalmológicos em crianças são fundamentais para a saúde visual desde os primeiros anos de vida. Tudo começa com o teste do olhinho, realizado ainda na maternidade em grande parte dos estados brasileiros, e que ajuda a identificar precocemente doenças graves como glaucoma, catarata infantil, retinoblastoma e tumor ocular. Ele deve ser feito pelo oftalmologista ou pediatra nas primeiras semanas de vida da criança, sendo recomendado o retorno ao oftalmologista após um ano e, depois, aos três anos de idade para exames de rotina. 

O desafio pode começar aí, afinal, com o crescimento e passar dos meses fica mais desafiador levar bebês e crianças pequenas para consultas sem causar estresse e desconforto.  

Para te apoiar nos momentos de teste do olhinho e todos os outros exames oftalmológicos em crianças, nas linhas que seguem compartilharemos algumas dicas valiosas para ajudar pais, responsáveis e educadores a tornarem essa experiência mais tranquila e positiva para os pequenos. 

Tome nota: 

  1. Escolha o profissional certo 

O primeiro passo é encontrar um oftalmologista especializado em crianças e que tenha experiência em lidar com bebês e os pequenos. Profissionais com abordagens amigáveis, pacientes e que saibam como criar um ambiente acolhedor fazem toda a diferença na hora do exame. Além disso, certamente estarão bastante familiarizados com problemas oculares em crianças. 

  1. Escolha o horário adequado 

Agende o exame em um horário em que a criança esteja normalmente mais descansada, evitando períodos em que esteja com fome ou sonolenta, por exemplo. Isso ajudará a minimizar o desconforto e a aumentar a cooperação durante a consulta. 

  1. Prepare a criança antecipadamente 

Converse com seu filho sobre a visita ao oftalmologista com antecedência. Explique de forma simples e positiva que o médico irá olhar seus olhinhos para garantir que estejam saudáveis, deixando-o a par da importância dos exames oftalmológicos em crianças. Use livros ou vídeos infantis sobre o tema para tornar o assunto mais familiar e menos assustador. 

  1. “Pratique” com bonecos 

Dias antes da consulta comece a brincar com o assunto, reproduzindo, por exemplo, momentos com o oftalmologista e os exames com bonecos. A brincadeira é uma ótima forma para ajudar a criança a expressar seus sentimentos e, assim, aprender a lidar com seus medos.  

  1. Traga itens de conforto 

Leve alguns itens familiares à criança, como um brinquedo favorito, um cobertor ou uma chupeta (caso use uma). Esses objetos podem ajudar a acalmá-la e proporcionar uma sensação de segurança durante o exame. 

  1. Faça do exame uma atividade divertida 

Torne a visita ao oftalmologista em uma atividade lúdica e divertida. Por exemplo, você pode jogar jogos de “espiar” com seu filho enquanto aguarda a consulta ou criar histórias imaginárias sobre super-heróis dos olhos saudáveis. Isso ajuda a distrair a criança e a reduzir a ansiedade. 

  1. Seja um exemplo positivo 

Demonstre calma e confiança durante a consulta. As crianças são sensíveis às emoções dos pais, então tente transmitir segurança e tranquilidade. Se você estiver ansioso, isso pode ser percebido pelos pequenos e aumentar o estresse deles. 

  1. Recompense e elogie 

Após a consulta e os exames, elogie e recompense pelo bom comportamento e cooperação. Com isso você reforçará a ideia de que a visita ao oftalmologista é um acontecimento positivo. Considere fazer algo especial depois, como um passeio ou um lanche favorito. 

Cuide da visão infantil 

Por mais complicado que realizar consultas e exames com crianças possa ser, o acompanhamento médico é fundamental. O diagnóstico precoce de problemas oculares em crianças pode aumentar as chances de cura ou garantir mais conforto para o pequeno conviver com uma condição diagnosticada. 

E, como vimos, todo esse processo pode se tornar mais leve com algumas medidas. Não deixe os cuidados de lado, faça visitas regulares ao oftalmologista e os exames indicados por esse profissional e o pediatra. 

Esperamos que as dicas acima ajudem nessa jornada de cuidados. 

 

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Fatores para a escolha de bons profissionais para cuidar da saúde do seu filho

Quando o assunto é saúde ocular, a junção de exames com bons profissionais é a chave da prevenção. Escolher um bom médico para acompanhar a saúde do seu filho é essencial para garantir o diagnóstico precoce de possíveis doenças e evitar que alguns problemas oculares, como o estrabismo infantil ou a miopia, por exemplo, comprometam o desenvolvimento da criança no longo prazo.

Por isso, o acompanhamento regular com o oftalmopediatra e pediatra é primordial a partir dos primeiros meses de vida. Para que você possa se informar e entender mais sobre o assunto, conheça os exames que são essenciais para bebês e crianças e como devem funcionar as consultas! 

Quanto antes, melhor!

O primeiro exame nos olhos da criança é realizado assim que ela nasce. É o chamado teste do Reflexo Vermelho (TRV), popularmente conhecido como teste do olhinho. É ideal para mapear a saúde ocular e visão infantil do bebê. O teste do olhinho consiste em direcionar o feixe de luz vermelha de um oftalmoscópio para o olho do bebê. Caso o reflexo dessa luminosidade seja avermelhado, alaranjado ou amarelado, significa boa saúde ocular. Se o resultado for algo diferente disso, o sinal de alerta deve ser apresentado a um médico oftalmologista especialista que fará um mapeamento mais aprofundado. 

O ideal é que o teste do olhinho seja realizado nos primeiros meses de vida do bebê e, no máximo, até a criança completar um ano de idade. Isso porque estudos mostram que 90% da visão se desenvolve nos dois primeiros anos, enquanto o desenvolvimento dos outros 10% acontece entre os sete e nove anos de idade. Além disso, uma pesquisa realizada pela Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira, órgão ligado à Organização Mundial da Saúde, mostra que oito em cada dez casos de problemas oculares poderiam ser evitados, caso houvesse um diagnóstico precoce. 

Por isso, caso seu filho não tenha realizado o teste ainda na maternidade, procure um oftalmopediatra para realizar o exame o quanto antes. Também é importante ficar atento se o médico irá solicitar inclusive o teste digital do olhinho – que, por meio de um retinógrafo de última geração, mapeia 130 graus do globo ocular e detecta a presença de diversas enfermidades oculares, de maneira rápida, precisa e indolor. O teste digital do olhinho inclusive complementa a avaliação do TRV, pois avalia o segmento posterior, através de imagens fotográficas de alta resolução.

A urgência se faz necessária pelo fato de que, quando uma doença ocular é tratada somente após os dois anos de idade, é muito improvável que a criança tenha uma visão infantil perfeita. Por isso, todo o cuidado é pouco. 

A primeira consulta

Nessa fase da vida, o correto é procurar um oftalmologista pediátrico que se preocupe com a visão infantil como um todo. Ou seja, ele deve focar em medidas de prevenção e de promoção da saúde dos olhos da criança. Logo, priorizar visitas de rotina ao oftalmologista é essencial para garantir a uma visão infantil perfeita, além de alertar para os riscos de não tratar precocemente certos sintomas e problemas na infância.

As consultas de rotina devem acontecer logo no primeiro ano de vida e é importante que essa orientação venha, inclusive, do pediatra do seu filho. Além disso, também é fundamental ficar de olho no comportamento da criança e se ela apresenta alguma queixa. 

Durante a consulta, a criança não precisa necessariamente contribuir em nada. O oftalmologista pediátrico deve examinar e medir a acuidade visual inclusive do recém-nascido, provocando movimentos oculares por excitação que já diz se a criança enxerga ou não. Além disso, o médico também deve realizar exames mais completos que avaliam o desenvolvimento neuropsicomotor, simetria facial e aspecto externo dos olhos. Caso exista alguma suspeita, o oftalmologista poderá também realizar exames de refração nos bebês para garantir que sua visão infantil se desenvolva de forma saudável. 

Consulta na fase escolar

É comum que o próprio pediatra te oriente sobre a importância de procurar um médico especialista em oftalmologia infantil para acompanhar seu filho durante a fase de alfabetização. Isso porque alguns problemas de visão, como o estrabismo infantil e outras doenças, podem aparecer nessa fase da vida. 

Também é frequente, muitas vezes, não entender alguma dificuldade que a criança apresenta na fase escolar. E, muitas vezes, o que pode ser visto como um problema de desenvolvimento, quando a criança demora mais a ler e escrever por exemplo, pode ser simplesmente resolvido com o uso de óculos. E quem vai te ajudar a detectar e dar o diagnóstico correto é o oftalmologista. 

Em crianças entre 3 e 6 anos, é comum que o próprio pediatra realize uma triagem na qual usa-se uma tabela com a letra ‘E’ em diversas posições e a criança deve dizer para que lado as perninhas da letra estão viradas. Caso o exame detecte alguma dificuldade na visão infantil, o pediatra encaminha para um exame oftalmológico.

Em casa, também podemos observar atentamente algumas atitudes como: assistir televisão muito próximo ao aparelho, ou levar os brinquedos e os livros próximos do rosto. Esse tipo de comportamento  merece uma investigação. Não deixe de procurar bons profissionais para cuidar da saúde ocular do seu pequeno e realizar exames desde cedo!

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