Exercícios para descansar a vista

As telas têm se tornado onipresentes nas nossas vidas. Seja por trabalho ou por lazer, grande parte das tarefas que realizamos no dia a dia são feitas em frente a um computador ou celular. Isso sem contar o tempo que já passávamos na frente da TV. Um estudo realizado nos Estados Unidos em 2017 descobriu que 78% dos adultos passam mais de 9 horas por dia na frente de telas.

Muitos mitos antigos sobre os males que as telas causam aos nossos olhos foram derrubados pela ciência, mas isso não significa que o hábito seja 100% seguro. Principalmente para pessoas que possuem alguma ametropia (miopia, hipermetropia ou astigmatismo), existem sim problemas de visão associados ao uso excessivo de telas.

A Síndrome do Olho Seco é uma das condições mais comumente associadas às telas. Quando estamos olhando para as telas, a média de piscadas por minuto dos nossos olhos é até 4 vezes menos que o normal. Visto que o piscar dos olhos é responsável pela lubrificação deles, a diminuição prolongada desta média causa a síndrome.

Existe também a CVS (COMPUTER VISION SYNDROME) – Síndrome Visual associada ao uso do Computador. Esta é uma condição reconhecida pela Organização Mundial da Saúde direcionada especificamente ao conjunto de sintomas decorrentes do uso de telas de computador. Acredita-se que qualquer pessoa que passe mais de duas horas por dia usando o computador está suscetível a apresentar a CVS.

Pessoas com miopia, hipermetropia e/ou astigmatismo também são especialmente sensíveis aos perigos das telas. Quando essas pessoas assistem televisão, ou olham a tela do computador ou celular sem óculos, ocorre um esforço muito grande do músculo ocular, o que causa fadiga visual antecipada e o agravamento dos sintomas da miopia e da hipermetropia.

Então as telas devem ser evitadas?

Não necessariamente. Embora a diminuição de horas na frente de telas traga alguns benefícios não só para saúde dos olhos, mas do corpo em geral, a realidade é que em uma sociedade cada vez mais digitalizada, fugir das telas pode ser uma tarefa surpreendentemente difícil. Ainda mais para aqueles que trabalham na frente de computadores.

A boa notícia é que existem exercícios e práticas que você pode fazer para ajudar a preservar a saúde dos seus olhos caso você passe muito tempo na frente de telas. Estes exercícios se demonstraram efetivos na mitigação dos problemas de visão decorrente do uso de telas. Neste infográfico iremos ensinar e explicar estes exercícios para ajudá-lo a cuidar melhor da saúde dos seus olhos.

1 – A regra dos 20

Este é, talvez, o exercício mais conhecido e mais importante para os usuários de telas. É muito simples: Para cada 20 minutos que você passar na frente de uma tela, faça uma pausa e passe 20 segundos olhando para algum objeto mais distante. A distância ideal para este objeto é de cerca de 6 metros.

2 – Pausas para descanso

Além da regra dos 20, também é recomendado fazer uma pausa de cerca de 15 minutos para cada 2 horas que você passar olhando para uma tela. Esta pausa ajuda a descansar os olhos e evita a fadiga visual.

3 – Lembre-se de piscar!

Como dito anteriormente, a diminuição da média de piscadas por minuto é um dos motivos pelo qual o uso de telas causa danos à visão. Faça uma nota mental de piscar conscientemente enquanto usa telas. Coloque um post-it no monitor do seu computador como lembrete se for preciso. Uma ótima alternativa é também piscar mais durante as pausas dos outros exercícios explicados aqui.

4 – Mantenha a tela a uma distância saudável

Médicos recomendam que uma tela deve estar a pelo menos 35 ou 40 cm de distância dos seus olhos, pois assim há uma tensão menor do músculo ocular.

5 – Abrir e fechar os olhos

Este é um exercício básico de fisioterapia ocular que ajuda a melhorar o foco da visão. Feche os olhos por 5 segundos, em seguida abra-os e mantenha-os abertos por outros 5 segundos. Repita o processo 8 vezes.

6 – Olhe para todas as direções

Sem mover a cabeça, olhe para todas as direções: laterais, verticais e para frente. Repita cada movimento 10 vezes.

7 – Alterne o foco da visão

Parecido com a regra dos 20 minutos, neste exercício você alternar o foco da sua visão entre um objeto que esteja próximo a você e outro que esteja mais distante. Fixe a visão em cada um dos objetos por alguns segundos, e vá alternando entre um e outro. Repita o processo 10 vezes

Para pessoas com alguma ametropia!

Lembre-se de usar sempre o seu óculos ou lentes de contato quando estiver olhando para telas, para evitar o esforço excessivo do seu olho. Caso não tenha uma prescrição, procure um oftalmologista o mais rápido possível.

Considere também a possibilidade de um implante de lentes intraoculares EVO Visian ICL para a correção de miopia, principalmente caso você seja alto míope.

 

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Óculoplasta: conheça essa especialidade da oftalmologia

Você já ouviu falar em Oculoplastia? Caso nunca tenha se queixado de incômodos ao redor dor olhos (ou não conheça alguém que tenha passado por isso), é provável que não. 

A Oftalmologia é uma área de especialização dentro da Medicina e se ramifica ainda mais levando-se em conta a complexidade da estrutura ocular. Assim, a Oculoplastia se concentra no diagnóstico e tratamento de condições que afetam as pálpebras, as vias lacrimais, as órbitas (osso que envolve o olho) e as estruturas perioculares (como as sobrancelhas). Seu objetivo é preservar e melhorar a aparência e a função dos olhos e suas estruturas, sendo também conhecida como plástica ocular ou oftalmologia plástica. 

Mas o que essa especialidade trata, afinal? 

Condições tratadas pela Oculoplastia 

O médico oculoplasta tem vital importância na saúde dos olhos, pois somente esse profissional está apto a tratar questões de pálpebras e vias lacrimais com propriedade, já que qualquer alteração nessas áreas pode prejudicar as estruturas oculares. Uma ptose (queda da pálpebra superior), por exemplo, se não for tratada corretamente pode obstruir o eixo da visão e um lagoftalmo (incapacidade de fechar os olhos) pode causar úlcera de córnea.  

De tal forma, um oculoplasta (ou oftalmologista estético) pode tratar diversas condições, seguem alguns exemplos abaixo: 

  • Ptose palpebral: queda da pálpebra superior 
  • Ectrópio: eversão ou inversão da pálpebra 
  • Entrópio: inversão da pálpebra 
  • Tumores palpebrais 
  • Blefarite: inflamação das bordas das pálpebras 
  • Lacrimejamento excessivo ou insuficiente 
  • Trauma ocular e orbital 
  • Anormalidades das vias lacrimais 
  • Distrofias palpebrais 
  • Deslocamento de implante orbitário 
  • Anormalidades do posicionamento das sobrancelhas Xantelasma 

Como é feito o tratamento em Oculoplastia? 

O tratamento envolve uma abordagem personalizada para cada paciente, levando em consideração a sua história médica e a gravidade da sua condição. Alguns tratamentos incluem: 

  • Cirurgia: é muitas vezes necessária para corrigir condições como ptose palpebral, ectrópio e excesso de pele nas pálpebras (blefaroplastia). Realizada pelo oftalmologista estético, a cirurgia pode envolver encurtamento de músculos, reposicionamento de estruturas ou remoção de tumores, entre outras técnicas. A maioria das cirurgias é realizada em regime ambulatorial e com anestesia local ou sedação consciente, permitindo uma recuperação rápida. 
  • Procedimentos não cirúrgicos: para condições como blefarite e distrofias palpebrais podem ser prescritos tratamentos tópicos ou orais, bem como terapia de calor local.  
  • Implante de próteses: para pacientes que tiveram perda de um olho, é possível fazer a colocação de próteses oculares personalizadas que ajudam a restaurar a aparência natural dos olhos. 
  • Tratamento de tumores: o tratamento de tumores palpebrais geralmente envolve a remoção cirúrgica do tumor, seguida de reconstrução das estruturas palpebrais afetadas. 

A oftalmologia é abrangente e tem diferentes especialidades. Assim, não deixe de procurar um profissional para indicar a melhor para sua necessidade. 

 

 

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Glaucoma e catarata podem ser evitados? Entenda

Mais de 35 milhões de pessoas no Brasil apresentam problemas na visão, esse é um número bem expressivo, não é mesmo? Ainda, a OMS estima que 80% dos casos de cegueira poderiam ser evitados com o tratamento correto no oftalmologista.  

Os números espantam! Mas, entre as diversas doenças dos olhos que podem acometer um indivíduo, duas delas podem levar à cegueira caso o tratamento seja negligenciado: a catarata e o glaucoma. 

O que é catarata e como evitá-la? 

A catarata é um problema bem comum da visão, estima-se que cerca de 160 milhões de pessoas sofram com a doença ao redor do mundo, sendo ela responsável por até 51% dos casos de cegueira. Mas, a catarata é uma doença tratável e com cura, por isso a importância da conscientização sobre ela.  

A catarata pode ser congênita ou adquirida, ela se apresenta como uma opacificação do cristalino, que é a lente natural do olho, deixando-o leitoso ao ponto de não ser possível mais enxergar.  

Quando congênita, pode se apresentar nos mais jovens. No entanto, a probabilidade maior é que apareça em idosos acima de 60 anos, ocasionada por fatores como: 

  • Histórico de doenças infecciosas nos olhos; 
  • Ser diabético; 
  • Exposição exacerbada à luz; 
  • Ser fumante; 
  • Traumatismo na face; 
  • Uso de colírios com corticoides. 

Como tratar Catarata? 

A catarata é tratada por meio de uma cirurgia onde se remove o cristalino danificado, e no seu lugar é implantada uma lente que pode ser rígida ou flexível, além de poder ser monofocal ou multifocal. As lentes para cirurgia de catarata oferecidas pelo SUS costumam ser rígidas e monofocais. Mas,  em tratamentos privados, o paciente pode optar por lentes flexíveis e multifocais que resolvem outras aberrações oculares como o astigmatismo e hipermetropia, dispensando muitas vezes o uso dos óculos após a cirurgia. 

Não existem medicamentos que tratem a catarata, ou que impeçam seu aparecimento, sendo sua cura atingida apenas com a cirurgia de remoção e substituição do cristalino com lentes para cirurgia de catarata.  

O que é glaucoma e como evitá-lo? 

O glaucoma é uma doença da visão que se dá pelo aumento da pressão arterial dentro do globo ocular.  Por sua vez, pode ocasionar a cegueira quando há destruição das células ganglionares (nervo óptico), estrutura que liga o olho ao cérebro occipital e responsáveis pela condução das imagens da retina até ao cérebro. 

O glaucoma pode ser congênito ou adquirido, sendo as principais causas do aumento da pressão dos olhos, infecções oculares ou diabetes. Os sintomas da pressão alta nos olhos são quase sempre silenciosos, observados mais em consultas com o médico oftalmologista. Sinais como olhos vermelhos, olhos lacrimejantes, fotofobia (sensibilidade à luz), dor nos olhos, dor de cabeça são também frequentes; além de uma visão deteriorada.  

Sendo uma doença silenciosa, como evitar o glaucoma? A melhor forma de evitar é a prevenção, realizando as consultas regulares com um médico oftalmologista pelo menos uma vez por ano. Sendo uma doença crônica e sem cura, pode ser controlada com o uso de medicamentos apropriados para normalizar a pressão intraocular, além de impedir que a doença avance e provoque a perda da visão. 

Como tratar o glaucoma? 

Como o glaucoma não tem cura e os sintomas de pressão alta nos olhos são difíceis de se notar, o acompanhamento com o médico é essencial para saber como evitar o glaucoma. O tratamento mais comum é com uso de colírios que atuam na redução ou estabilização da pressão intraocular. Em alguns casos, podem ser combinados com o uso de medicamentos de via oral.  

Além disso, é essencial que exista a prevenção e tratamento adequado de doenças crónicas, como a diabetes, que pode ocasionar e piorar um quadro de glaucoma. 

Alguns pacientes, no entanto, podem necessitar de tratamento cirúrgico para diminuir a pressão intraocular.  

O que fazer quando catarata e glaucoma coexistem? 

Com o aumento da expectativa de vida da população, o número de pacientes que possuem ambos, glaucoma e catarata, vem aumentando. Mas nesse cenário, como as doenças podem co-existir? 

A catarata pode surgir, inclusive, em razão da existência do glaucoma. Quando o paciente diagnosticado com glaucoma precisa de uma cirurgia para controle da pressão intraocular e já apresenta catarata, pode ser uma ótima oportunidade para remoção do cristalino e implante das lentes para cirurgia de catarata no mesmo procedimento. 

Em resumo, a melhor forma de garantir que nem o glaucoma, nem a catarata sacrifiquem sua visão, é uma rotina de consulta no oftalmologista para acompanhamento. 

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Luz azul: os cuidados que você precisa ter com seus olhos

Já é de conhecimento geral que a luz artificial proveniente de telas pode causar danos à visão. Pouco se sabe, porém, como exatamente esses danos são causados, por que a miopia aumenta em casos de contato excessivo com telas, e quais cuidados devem ser tomados para evitar estes males à visão.

No mundo de hoje, onde praticamente todo mundo passa uma quantidade de tempo considerável olhando para telas de celulares, além dos que trabalham na frente de computadores. Este tipo de cuidado passou a ser de interesse geral, não só daqueles que possuem graus de miopia. Explicaremos aqui por que a miopia aumenta quando há contato excessivo com telas, e também quais cuidados todo mundo pode e deve tomar com este tipo de luz para evitar danos à visão.

Por que a miopia aumenta com muita exposição à luz azul?

Define-se como “luz azul” toda luz artificial emitida por LEDs, como em telas de celulares e outros dispositivos eletrônicos. A exposição prolongada a este tipo de luz está associada a diversos problemas de visão, incluindo o aumento de graus de miopia.

O nome “luz azul” se deve ao fato de que telas eletrônicas emitem uma radiação na frequência da cor azul. Esta radiação interfere diretamente com a produção de melatonina, um hormônio que, entre outras funções, controla o alongamento do glóbulo ocular – um dos fatores que causam o aumento da miopia.

Além de ser um dos fatores que explica por que a miopia aumenta, a luz azul também pode trazer outros problemas para a saúde dos olhos.

Outros males da luz azul para a visão

Os danos causados à visão por telas são tão comuns que já têm até uma designação própria como doença visual: a Síndrome Visual do Computador (SVC). Mas como estes danos são causados?

Estudos clínicos descobriram que quando estamos olhando para telas, nós piscamos menos vezes do que o normal. O ato de piscar pode parecer algo mundano, mas na verdade é uma espécie de mecanismo de manutenção natural do nosso corpo. Cada vez que nós piscamos, nós estamos lubrificando os nossos olhos. Sendo assim, quando o ritmo de piscadas natural diminui, nosso olho pode ficar ressecado, o que causa irritação e desconforto nos olhos.

Excesso de radiação de luz na frequência azul também pode causar lesões no olho humano, com inflamações dolorosas da conjuntiva da córnea. A longo prazo, também pode vir a causar lesões no cristalino do olho (fato que pode evoluir para um quadro de catarata).

A luz azul também é prejudicial à retina, podendo causar a degeneração macular – quadro que é caracterizado pela formação no depósitos amarelos sob a mácula (centro da retina), normalmente observado em pessoas de idade mais avançada e que causa visão turva.

Cuidados com telas e luz azul

Com toda essa informação, pode parecer que a luz azul é algum super vilão da visão, mas a verdade é que com alguns cuidados já é possível mitigar os danos.

– Existe um exercício simples para impedir que telas aumentem o grau de miopia. A cada 20 minutos de exposição a telas ou outras fontes de luz azul, passe 20 segundos com o olhar fixo em algum objeto há mais ou menos 6 metros de distância. Isso faz com que o nosso olho readapte para olhar à distância.

– Para os míopes, também é importante evitar telas perto do horário que você costuma dormir. Isso porque conforme o dia avança e chega mais perto da hora de dormir, o nosso cérebro começa a produzir melatonina, que, como visto acima, é um dos hormônios que regulam o alongamento ocular.

– Não mantenha dispositivos como celulares e tablets muito próximos do seu rosto quando os estiver usando. Uma distância de pelo menos 70 cm entre a tela e os seus olhos é recomendada.

– Lembre-se de piscar mais quando estiver em frente a telas, para manter seus olhos lubrificados.

– Quando for fazer o uso de telas, procure fazê-lo em ambientes bem iluminados.

– Considere investir em óculos com lentes que filtram luz azul.

Possuo implante de lentes intraoculares, devo tomar cuidados extras com a luz azul?

Para quem fez implantes de lentes intraoculares, os cuidados devem ser os mesmos, a não ser que algo a mais tenha sido especificado pelo seu médico. Porém é bom prestar atenção redobrada em alguns pontos, especialmente quem fez os implantes para corrigir a miopia.

O alongamento do glóbulo ocular causado por deficiência de melatonina, por exemplo, é um problema que ocorre mesmo com os implantes, e pode fazer com que estes percam a eficácia com o tempo. Isso responde por que a miopia aumenta mesmo com implantes em alguns casos.

A hidratação do olho também é especialmente importante para pacientes com implantes de lentes intraoculares. Além de evitar irritações, ajuda a prevenir o desenvolvimento da síndrome do olho seco, que pode ser comum em pessoas que fizeram os implantes para tratar a miopia.

Caso ainda tenha dúvidas, lembre-se de sempre entrar em contato com o seu médico oftalmologista. Um profissional qualificado é sempre a melhor pessoa para orientar e tirar suas dúvidas clínicas.

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