Estrabismo em bebês precisa de atenção!

Ao analisar os olhinhos do seu filho você percebe algum desvio ou desalinhamento? Se a resposta for sim, calma! Nem sempre isso significa estrabismo em bebês. Nos primeiros meses de vida o recém-nascido apresenta visão periférica, pois a mácula – área da retina responsável pela fixação central – não está totalmente desenvolvida. Ou seja, durante as primeiras semanas pode ser observado movimentos não coordenados. Isso porque até os 6 meses, o bebê pode apresentar um grau de imaturidade visual por estar aprendendo a coordenar a função dos olhinhos. Por isso, a importância teste do olhinho no bebê.

Mas preste atenção: esse desvio só é normal até o quinto ou sexto mês e quando não acontece com tanta frequência. Caso contrário, o estrabismo em bebê pode ser percebido quando a criança está sempre com os olhos desalinhados.

Portanto, se o desvio persistir, o melhor a fazer é levar o bebê a um oftalmologista especializado em oftalmologia infantil o mais rápido possível para uma avaliação mais apurada e realizar o teste do olhinho no bebê. Quanto mais cedo forem feitos o diagnóstico e o tratamento, melhores serão os resultados.

Estrabismo em bebês

Estrabismo é um problema ocular que faz com que os olhos foquem em direções diferentes.

Quando observamos um objeto de longe ou de perto, os olhos devem se posicionar paralelamente, para que a visão do objeto caia em áreas retinianas correspondentes em ambos os olhos e o cérebro realize a fusão das duas imagens. No caso de estrabismo em bebê, cada olho fixa um ponto diferente. Dessa forma, a alteração visual afeta o alinhamento e os olhos não apontam para a mesma direção, provocando um desvio. Esse desequilíbrio se dá na função dos músculos oculares controlados pelo cérebro por impulsos nervosos.

Por se tratar de um desequilíbrio entre os músculos que controlam os olhos, é possível dizer que problemas de coordenação motora, doenças que afetam o cérebro e a região que controla os músculos são fatores que podem causar o estrabismo em bebê. Alguns estudos apontam que um fator genético também influencia, embora existem muitos casos em que uma pessoa possui a doença mesmo com o histórico familiar negativo.

Entre as doenças oculares, a catarata congênita e o alto grau de hipermetropia, Síndrome de Down, Hidrocefalia, Tumores Cranianos, Diabetes, Meningite, Encefalite, AVC e Problemas na tireoide podem causar o estrabismo, além de baixa visão nos olhos (Ambliopia).

Diferenças no estrabismo em bebês

Conforme o tipo de desvio, o estrabismo é caracterizado em:

  • Estrabismo convergente: é quando o desvio se dá para dentro, ou seja, em direção ao canto interno.
  • Estrabismo divergente: quando o olhinho do bebê desvia para fora – em direção ao canto externo. 
  • Estrabismo vertical: quando o desvio acontece para cima ou para baixo. 

Se houver realmente o diagnóstico de estrabismo, o tratamento deve começar na sequência para que a criança não tenha a visão prejudicada.

Diagnóstico com o teste do olhinho no bebê

O diagnóstico precoce faz toda a diferença no tratamento. Por isso, é fundamental fazer o teste do olhinho no bebê após o nascimento e levar a criança para ser avaliada por um oftalmologista após os seis meses de vida. Isso porque os exames nessa fase são importantes para diagnosticar problemas visuais precocemente, como o estrabismo em bebê, e proporcionar uma evolução favorável da visão dos pequenos. 

A realização do teste digital do olhinho – uma triagem visual rápida e indolor feita com um retinógrafo de última geração, chamado RetCam – é uma ótima opção de auxílio de diagnóstico de uma série de enfermidades oculares por ter o alcance de até 130º do globo ocular.

Após o diagnóstico feito através do teste do olhinho no bebê, o médico indicará a melhor opção de tratamento para o estrabismo, que pode ser através do uso de tampão (que é colocado no olho bom da criança, com o objetivo de estimular o que está com problema), uso de óculos para corrigir e restaurar o paralelismo, exercícios de correção realizados em aparelhos ópticos especiais ou até mesmo uma cirurgia. 

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As principais preocupações dos pais com a saúde dos filhos na volta às aulas presenciais

Depois de tanto tempo de homeschooling – termo em inglês para ‘ensino em casa’ – a expectativa de voltar às atividades escolares está causando um misto de alívio e preocupação em muitos pais, já que a rotina na escola deixa a criança muito mais exposta ao contágio da Covid-19. 

Apesar de o retorno ainda estar em aberto, obedecendo aos critérios de segurança estabelecidos pelo Centro de Contingência do Coronavírus, é essencial orientar seu filho sobre os cuidados que ele deve ter no dia a dia, reforçar os bons hábitos de higiene e observar o comportamento da criança na próxima retomada das aulas para garantir que todo esse processo ocorra de forma segura e sem prejudicar a saúde do pequeno.

O retorno escolar

Mesmo antes da pandemia, a propagação de doenças infecciosas, como gripe, conjuntivite, sarampo entre outras, em crianças no período escolar já era grande por conta do  compartilhamento de objetos com os amiguinhos. Por isso, essa fase de reencontro e da volta do contato social com outras crianças pede muito cuidado e atenção para evitar as doenças infantis típicas dos ambientes escolares, da visão infantil e a Covid-19. Veja algumas dicas para orientar seu filho e garantir segurança na volta às atividades escolares:

  • Máscara deve fazer parte do uniforme!

O cuidado e fiscalização com o uso de máscara durante o período escolar devem ser redobrados. Ensinar seu filho sobre o manuseio e uso do acessório é fundamental para ter uma volta às aulas mais segura. Além disso, também é importante enviar algumas máscaras extras em suas mochilas e lancheiras, para que a criança possa mudar para uma nova se a primeira ficar suada após o intervalo ou depois de ter se alimentado. 

  • Mãos limpinhas

Outra dica importante é orientar seu pequeno sobre os benefícios de lavar as mãos com água e sabão várias vezes ao dia e pendurar um potinho de álcool em gel 70% na mochila para que fique visível e a professora faça a higienização regular das mãos da criança também. 

  • Distanciamento 

Esse é o maior desafio quando se trata de criança. Manter uma frequência de conversas com a escola sobre como as regras de distanciamento estão sendo aplicadas e explicar ao seu filho sobre não abraçar e beijar os coleguinhas nesse período delicado de pandemia também é essencial para proteger dos riscos de contágio.


Continue de olho


O momento de isolamento social e homeschooling fez com que os pais se aproximassem ainda mais dos filhos e observassem alguns comportamentos, principalmente em relação à visão infantil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, houve um aumento de 39% de diagnósticos de miopia em crianças durante a pandemia. Esse aumento não se deu somente pelo uso excessivo de telas, mas também pela proximidade dos pais que puderam perceber certas dificuldades dos pequenos.

Não deixar essa “observação” de lado com a volta às aulas é ideal para assegurar de que não há nada de errado com a saúde da criança. Além disso, mesmo que ela não apresente nenhum sintoma de miopia infantil ou outros probleminhas de visão, as consultas regulares ao oftalmologista e exames de vista são imprescindíveis para se certificar de que seu filho possa se desenvolver de forma segura. 

Cuidados com a visão infantil

Os pais também devem orientar as crianças a não coçar, não colocar a mão, não esfregar e nem apertar os olhos. Esse ato, além de evitar a contaminação da Covid-19, também mantém a  visão infantil saudável, pois o hábito de coçar os olhos, quando repetitivo, pode levar à diminuição da visão, secreção, olho vermelho e lacrimejamento.

Um motivo para que a criança não consiga tirar as mãos dos olhos, coçando e esfregando de maneira contínua, é a tentativa de “consertar” a visão que fica embaçada. A miopia em crianças, por exemplo, pode deixar os olhos constantemente irritados ou avermelhados, como se tivessem chorado ou sofrido algum tipo de impacto físico. Novamente, o sintoma pode ser confundido e o que muitos acham se tratar de sono ou irritação natural do olho é, na verdade, um problema de  visão infantil. Por isso, é essencial sempre acompanhar o comportamento do seu filho e investigar caso algo saia do normal. 

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O que toda gestante deve saber sobre a visão infantil

Apesar de os olhinhos do bebê já funcionarem no ambiente uterino, a visão infantil só vai amadurecer por volta dos 2 anos. Isso faz com que o bebê ainda não tenha aquilo que na visão infantil chamamos de “foco”, ou em termos médicos, a visão central. Isto pode dificultar a nossa percepção de prejuízos no seu desenvolvimento. Contudo, existem técnicas que permitem a detecção de maneira muito precoce. Uma delas, é o teste do olhinho. Assim como o teste do pezinho detecta doenças congênitas, o teste do olhinho pode flagrar deficiências visuais e, com tratamento precoce, tratá-las com sucesso.

Como se forma a visão infantil durante a gestação e depois?

Como o interior do útero é um ambiente com quase nenhuma penetração de luz, o feto não carece de visão apurada nesse período. Os olhos do feto começam a se desenvolver já na 4a semana de gestação, porém, é só na 16a semana que o mesmo desenvolve a capacidade de detectar a presença de luz. Na 26a semana é que o bebê vai conseguir abrir os olhinhos pela primeira vez.

Na 30a semana, provavelmente o bebê vai poder distinguir claro de escuro e até reagir às mudanças de luminosidade. Alguns especialistas acreditam ser este um estímulo importante para seu desenvolvimento.

No primeiro mês de vida, o bebê ainda enxerga em preto-e-branco e vê apenas vultos, não podendo diferenciar muitas coisas. No 2o mês, já enxergará sua primeira cor, o vermelho. É só no 3o mês de vida que o bebê conseguirá discernir melhor as coisas e enxergar bem numa distância de aproximadamente 10 cm. É aí também que sua visão começa a se estabilizar e adquirir foco.

Conforme passam os meses e os anos, a visão do bebê vai se desenvolvendo para enxergar com mais profundidade, discernindo cada vez melhor os objetos, a cada vez maiores distâncias e com mais riqueza de detalhes e contornos – até que amadureça completamente, por volta dos 2 anos. Ainda neste período, um fato bem notado por todos nós ocorre: A mudança de cor dos olhos.

Veja aqui uma animação que simula a evolução da visão do recém-nascido.

O teste do olhinho é obrigatório e fundamental

Logo após o parto, o pediatra já deve fazer o teste do olhinho. É obrigatório e permitirá um desenvolvimento saudável da visão infantil, mesmo caso haja detecção de doenças congênitas, em que o tratamento precoce permite até mesmo a recuperação completa da visão.

Para se ter ideia da importância da detecção precoce de enfermidades oftálmicas em recém-nascidos, a cada dez casos de perda de visão, oito poderiam ser detectados precocemente no teste do olhinho.

O que a mãe pode fazer pela visão do bebê?

Além do pré-natal bem conduzido e todas as recomendações já conhecidas para gestantes em geral, para a visão, existem alguns hábitos e práticas particularmente benéficos para o bom desenvolvimento da visão infantil. São algumas delas:

• Alimentação rica em ácido fólico e vitaminas do complexo B;
• Para prematuros, um acompanhamento especial é indispensável;
• Para estimular a visão, coloque objetos coloridos e variados ao alcance da visão do bebê;
• Não fume ou ingira álcool durante a gestação, ou na presença de bebês e crianças (no caso do cigarro).

Veja aqui alguns sinais que podem indicar problemas de visão em bebês e crianças.

 

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Crianças também podem sofrer de catarata

Após o nascimento, é essencial que os recém nascidos façam o teste do olhinho para que possam ser evitados problemas de visão durante o seu desenvolvimento. Apesar de parecer estranho e incomum, a catarata atinge crianças com poucos meses de vida e é uma das principais causas de cegueira evitável. 

Se engana quem pensa que a doença é uma patologia que só compromete os adultos, a catarata congênita em bebê é grave e deve ser diagnosticada através do exame de vista infantil rapidamente, pois quanto mais cedo o diagnóstico da catarata, maior serão as chances de evitar a perda total ou parcial da visão, já que ela é desenvolvida por meio de estímulos assim que o neném nasce. 

Basicamente isso acontece porque o cérebro do bebê apresenta acelerado desenvolvimento e a estimulação nos primeiros meses de vida é essencial. Quando um ou ambos os olhos apresentam alguma dificuldade em receber estímulos do ambiente, isso impacta as áreas cerebrais relativas à visão e pode haver um comprometimento irreversível do quadro. 

Causas da catarata congênita em bebês

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 60% das cataratas em crianças não têm causa definida. No entanto, algumas infecções ocorridas nos primeiros meses de gestação podem levar à catarata, como toxoplasmose, rubéola, sífilis, herpes zoster, sarampo dentre outras.

A catarata congênita em bebê também pode ocorrer por herança genética, infecção, problemas metabólicos, diabetes, trauma, inflamação ou reações a medicamentos. Por exemplo, antibióticos de tetraciclina usados para tratar infecções em mulheres grávidas têm sido associados à ocorrência de catarata em recém-nascidos.

Diagnóstico

A primeira avaliação oftalmológica é feita nas primeiras horas de vida do bebê ainda na maternidade. Esse primeiro exame de vista infantil é conhecido como teste do olhinho ou teste do reflexo vermelho

Ele realiza a primeira triagem ocular. Coloca-se uma luz na pupila dos olhos do recém-nascido para verificar se o reflexo vermelho está presente. Em ambos os olhos, ele é realizado sem dilatação e avalia o segmento anterior do olho. O teste permite a identificação de uma série de distúrbios nos olhos, como catarata, glaucoma congênito, inflamações e tumores intraoculares e até mesmo o retinoblastoma, um tipo de câncer raro que afeta o olho por dentro e pode ser fatal. 

Porém, esse teste aplicado hoje no Brasil não consegue inspecionar o fundo de olho. Uma avaliação completa pode inclusive predizer e encaminhar para um diagnóstico precoce de doenças neurológicas. Por isso, para complementar o exame de vista infantil, recomenda-se também o Teste do Olhinho Digital.

Realizado por meio do retinógrafo, é a tecnologia mais moderna quando o assunto é diagnóstico e prevenção de doenças oculares em bebês. Isso porque a versão digital do teste do olhinho avalia também a câmara posterior. É possível avaliar 130 graus, toda a periferia do olho, através de imagens fotográficas de alta resolução.

Tratamento

A catarata congênita em bebê é diagnosticada quando o pediatra percebe uma manchinha no interior dos olhos, impedindo a passagem de luz e embaçando a visão. O diagnóstico, como citado acima, é através do exame de vista infantil e teste do olhinho. Essa manchinha aparece no cristalino (lente natural dos nossos olhos) e a correção, geralmente, é feita pela substituição dessa lente por uma nova durante a cirurgia.

Na maioria dos casos, para o tratamento, o oftalmologista remove a catarata congênita mediante uma pequena incisão no olho. Em muitas crianças, os médicos podem implantar uma lente intraocular após a cirurgia. 

Vale lembrar que nem todos os casos são cirúrgicos e nesses quadros, a criança deve fazer acompanhamento médico e seguir o tratamento com colírios e tampões. O tratamento varia de caso para caso, por isso, é fundamental procurar um especialista em oftalmopediatria para realizar o exame de vista infantil ideal e realizar o melhor tratamento. 

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