Conheça os diferentes tipos de miopia

A miopia é uma doença ocular que faz com que os olhos formem as imagens dos objetos observados de maneira incorreta. É uma condição muito comum – dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgados em 2019 apontavam na época que mais de um quarto da população mundial sofria de miopia. Estima-se que hoje esse número seja ainda maior. Graças a isso, existe um grande número de pessoas com preocupações relacionadas a esta doença, como a possibilidade de uma correção de miopia ou por que a miopia aumenta.

Uma informação que não é tão difundida é a de que esta doença se apresenta em vários tipos diferentes, e que também existe outra opção de correção de miopia além da cirurgia à laser. Se você também procura respostas sobre a miopia e quer saber mais sobre a doença e quais medidas pode tomar, este post é para você.

Correção de miopia: quais as opções?

Os tratamentos clássicos de miopia são bem conhecidos: Óculos de grau e lentes de contato. Estes são métodos de tratamento bastante efetivos, e permitem ao paciente míope a levar sua vida normalmente. Mas existe alguma opção de correção de miopia que dispense o uso de acessórios?

Primeiramente, é importante notar que miopia não tem cura, mas isso não quer dizer que não exista nenhuma solução. Para entender isso melhor, é necessário saber antes o que é a miopia.

A doença trata-se de um erro refrativo, isto é, um erro na maneira em que os olhos formam imagens ao receber a luz antes de transmitir esta imagem para o cérebro.

Em um olho saudável, a imagem se forma na retina, uma membrana situada no segmento posterior do olho. Pense em um projetor de imagens: A retina seria a tela onde a luz do projetor forma as imagens. Essas imagens são então transmitidas para o cérebro, onde serão processadas e interpretadas.

Já no olho míope, as imagens são formadas antes de chegarem na retina. Por causa disso, a imagem que é transmitida para o cérebro é desfocada – porque não foi projetada na “tela” ideal.

O motivo para não existir uma cura para a miopia é exatamente porque não se conhece na medicina moderna uma maneira que faça com que a imagem seja formada corretamente na retina em um olho míope. Existem, porém, métodos e acessórios que corrigem a imagem em si, por isso é usado o termo correção de miopia, ao invés de cura.

Já sobre quais são os métodos de correção, o mais conhecido é a cirurgia a laser LASIK. Este procedimento utiliza o laser para remodelar a córnea do paciente com o fim de corrigir erros refrativos. É recomendado para pessoas com mais de 21 anos e cujo grau de miopia tenha permanecido estável nos últimos 6 meses.

O método é bastante efetivo, porém possui algumas contraindicações. Por exemplo, pessoas com córneas mais finas podem ter problemas com este tipo de cirurgia, pois ela diminui a espessura da córnea de acordo com o grau da miopia. Além disso, estudos científicos encontraram relação entre o procedimento e o desenvolvimento de síndrome do olho seco.

Um outro método, considerado menos agressivo por não remover nenhum tecido corneano, é o implante de lentes intraoculares ICL. Estas lentes são feitas de materiais biocompatíveis e são capazes de corrigir de 6 a 18 graus de miopia. As lentes são implantadas atrás da íris. A recuperação dura poucos dias e o procedimento pode ser revertido sem nenhum risco adicional aos olhos. O implante também não causa síndrome do olho seco.

Tipos de miopia

Tendo um entendimento melhor sobre o que é a miopia, e quais as opções de tratamento e correção, vamos conhecer agora quais são os tipos existentes da doença.

– Miopia de Curvatura: é o tipo de miopia mais comum. É definida por uma curva mais acentuada do cristalino ou da córnea, fazendo com que a luz que passa pelo olho forme imagens antes de chegar na retina.

– Miopia Axial: esta variante ocorre quando o comprimento do olho é mais longo do que o comprimento óptico. Este tipo de miopia costuma ter graus mais elevados e também tende a evoluir ao decorrer da vida do paciente.

– Miopia Secundária: comumente apresentada em quadros de pacientes de idade avançada e que tenham glaucoma ou catarata congênita. É causada pelo deslocamento ou pela degeneração do cristalino.

– Miopia Congênita: É a miopia apresentada desde o nascimento. Também costuma ter graus mais altos.

– Miopia de Índice: Apresenta-se em pacientes de idade mais avançada. É caracterizada pelo aumento do índice refrativo do cristalino. Isso faz com que a pessoa consiga enxergar bem de perto e mal de longe.

– Miopia Degenerativa: Este é considerado o tipo mais grave de miopia. Isto porque ela pode causar a cegueira. É o tipo mais raro de miopia. Alguns fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento deste quadro são idade avançada e a miopia do tipo axial (por estar relacionada a miopias de alto grau). Felizmente existem tratamentos bastante efetivos para este tipo de miopia, por isso é sempre importante ter o acompanhamento de um médico oftalmologista.

Por que a miopia aumenta?

A ciência aponta alguns fatores que podem fazer o grau da miopia aumentar com o tempo.

A genética é um desses fatores. Se um ou ambos os pais de um paciente apresentarem a miopia, ele terá uma chance maior de também desenvolver a condição, e também de que essa evolua com o tempo.

Outro fator é o alongamento do glóbulo ocular, que ocorre naturalmente ao decorrer dos anos. Este processo pode aumentar o grau de miopia.

Também há uma relação entre luzes naturais e artificiais com a evolução da miopia. Uma exposição diminuída à luz solar e natural faz com que o corpo produza menos dopamina. Este hormônio, entre outras funções, controla o alongamento do glóbulo ocular. Já a exposição prolongada a luzes artificiais e telas interfere com a produção de melatonina, outro hormônio que também está associado ao controle do alongamento do glóbulo ocular.

Passar muito tempo em ambientes fechados e internos também pode estar associado ao aumento do grau de miopia, uma vez que nesses locais nós utilizamos mais a nossa visão de perto, pois a maioria dos objetos sempre se encontra mais próxima.

Quais tipos de miopia podem ser corrigidos com implantes de lentes intraoculares ICL?

O procedimento se mostrou uma forma efetiva de correção de miopia de 6 a 18 graus.

Para a qualificação para o procedimento também é necessário que o paciente tenha entre 21 e 60 anos e que não tiveram nenhum aumento na prescrição de mais de 0,5 grau em um ano.

Todos os tipos de miopia citados acima podem ser corrigidos com lente ICL, lembrando que para todos, há necessidade de avaliação de exames, para certificar dentre eles, se o paciente apresenta espaço adequado, na câmara posterior, para inserir a lente. Além disso, o procedimento pode ser totalmente revertido em caso de novas opções de correção, ou grande alteração de prescrição.

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Entenda porquê fazer implante de lente intraocular antes dos 60 anos

Com a evolução da tecnologia, muitas técnicas e procedimentos foram modificados no ramo da oftalmologia. Mas em relação ao implante de lente intraocular para correção de alta miopia, pacientes com mais de 60 anos não apresentam indicação, isso porque a idade pode acrescentar outros problemas oftalmológicos, além da miopia e  com isso afetar o resultado do implante. 

A principal função das lentes intraoculares é restabelecer a visão do paciente, melhorando seu bem-estar e a qualidade com que ele enxerga a vida no seu dia a dia, e quanto antes ele puder se submeter a cirurgia, melhor. Com a chegada da lente intraocular ICL no mercado para a correção de alta miopia, ampliaram-se as opções de tratamentos, pela sua excelência e alta taxa de satisfação (99,4%) dos pacientes que possuem tanto visão de moderada a alta miopia quanto astigmatismo.

Atualmente, as lentes intraoculares não servem apenas para quadros de catarata, elas são indicadas inclusive para corrigir problemas de vista e graus de refração, como alta e moderada miopia e astigmatismo isoladamente ou em conjunto. Quanto antes o paciente puder realizar o procedimento, mais cedo ele terá uma melhor qualidade na visão. 

Quais as implicações para pacientes com mais de 60 anos?

Com o avanço da idade, é muito comum aparecerem sinais de que a visão já não está mais como antes: o esforço costuma ser maior para ler, a vista de longe pode começar a ficar embaçada, dentre tantos outros sintomas possíveis. E é justamente por essas questões que o implante de lente intraocular é contraindicado para pacientes com mais idade. 

Geralmente,  pessoas com mais de 50 anos apresentam outros problemas de visão que irão somar a alta miopia. Ou seja, a partir dessa idade é comum perder a acomodação visual, e as pessoas ficam présbicas. 

A presbiopia acontece com o avançar da idade: costuma ocorrer a partir dos 40 anos e se consolida aos 60. Ela se caracteriza por uma perda da sensibilidade visual em objetos que estejam próximos, ocasionando um desfoque na visão. Isso acontece porque, com o passar do tempo, a capacidade de contração do músculo ciliar do olho tende a ser reduzida, além de ocorrer um enrijecimento do cristalino. Como resultado, a acomodação da visão é afetada e a pessoa sente dificuldades de focalizar as imagens de perto.

Por essa causa, o implante de lente intraocular para correção de alta miopia, por exemplo, não é o mais indicado. Para esses pacientes com idade mais avançada, a indicação seria de lentes para outras patologias, como para tratar a presbiopia e para a catarata. Já que esse tipo de lente devolve uma visão nítida, clara e com foco ajustado para uma melhor acuidade visual do paciente.

Porém, antes de qualquer decisão, é necessário procurar um oftalmologista para realização de exames e um diagnóstico preciso. Só assim, será possível avaliar qual é a melhor opção de tratamento para cada caso e uma correta indicação cirúrgica.

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Como tratar halos ao redor das luzes

O surgimento de halos ao redor das luzes e também o GLARE (espalhamento da luz) pode se dar devido a vários fatores, sendo o mais comum, em função de ametropias, ou seja, sintomas de erros refrativos como miopia, astigmatismo, hipermetropia etc.

Não obstante, o surgimento dos halos ou o GLARE, também podem ter origens em doenças mais graves, tais como catarata, glaucoma ou diabetes.

Pesquisas de especialistas em miopia apontam também a incidência desses fenômenos da visão como resultado de cirurgias à laser (PRK, LASIK etc). Isso se dá em função de que, geralmente, as técnicas mais comuns de cirurgia à laser removem ou alteram o material corneano. Embora estes sintomas tendam, em sua maioria, desaparecer dentro de alguns dias, existem casos em que o fenômeno persiste podendo indicar uma lesão permanente na córnea. 

O que é o Halo?

O halo ao redor das luzes pode ser traduzido como as auréolas que se formam no entorno de pontos de luz, tais como a luz de postes, faróis, lâmpadas etc. Esse fenômeno se dá em função de algum tipo de interferência ou alteração na passagem da luz pela córnea. 

Causas do Halo

As as causas para esse tipo de interferência são de várias naturezas, indo desde o próprio uso de lentes corretivas, de alguma doença que provoque erro refrativo (sintomas de miopia, astigmatismo etc), formato da córnea, turvação do cristalino etc.

Veja doenças que podem apresentar esse sintoma:

– Catarata:

– Distrfia de Fuchs;

– Miopia;

– Hipermetropia;

– Astigmatismo;

– Diabetes;

– Retinite pigmentosa;

– Glaucoma;

– Síndrome de dispersão do pigmento (PDS);

– Ceratocone;

– Fotoqueratite;

Se você está observando a aparição de halos ao redor das luzes, sem intercorrência com outros sintomas, tais como, visão turva, dor nos olhos, ponto cego, baixa visão noturna, manchas na visão, escurecimento da visão etc, não há muitos motivos para se preocupar, podendo ser apenas algo simples e natural. 

O oftalmologista Dr. Danilo Campos, em resposta ao site Doctoralia, afirma que “a percepção de halos noturnos é um sintoma comum em pacientes com astigmatismo mas que não estão utilizando correção visual (óculos por exemplo)”.

Contudo, se os sintomas citados persistem ou ainda outros apareçam, como alteração repentina da visão, isto deve ser um alerta para ser investigado rapidamente. 

Da mesma forma que há inúmeras causas possíveis para o surgimento dos halos, seu tratamento também irá variar de acordo com a causa primária, sendo em todo caso, recomendável um acompanhamento de profissional capacitado.

Cirurgias refrativas e o aparecimento de halos

Outra causa possível para o aparecimento de halos é o resultado de uma lesão na córnea ou até mesmo resultado de recuperação pós-operatória. Isso nos leva à questão das cirurgias refrativas.

Notadamente, as técnicas mais comuns de cirurgia refrativa, como PRK e LASIK, funcionam removendo ou modificando material corneano. Recentes estudos têm demonstrado que essas pequenas lesões podem levar ao surgimento de halos. O Dr. Christopher Starr, professor associado de oftalmologia na Weill Cornell Medicine/New York Presbyterian Hospital em Nova York, destaca este fato: “Embora esteja comprovado que o Lasik seja seguro e eficaz ao longo de décadas, um subconjunto pequeno, mas significativo de pacientes relatam efeitos pós-operatórios, incluindo brilho, halos e outros sintomas, bem como olhos secos” (confira a matéria com o Dr. aqui).

Lentes intra-oculares podem causar halos?

Uma das soluções mais sólidas da atualidade em termos de cirurgias para correção de miopia, especialmente para altos míopes que não são operáveis por cirurgia à laser, justamente por algum tipo de condição da córnea (como a córnea fina), tem sido os implantes de lentes intraoculares. 

Primeiro temos de entender que existem dois tipos de lentes, sendo as pseudofácicas e as fácicas, sendo as últimas, as lentes que não removem o cristalino do olho, tais como a EVO Visian ICL™. Estas lentes são implantadas através de uma pequena incisão (menor que a própria lente, já que ela é dobrável), atrás da íris. Por isso mesmo, não alteram nem removem nenhum material corneano.

No caso da EVO Visian ICL™ ainda temos a vantagem do material usado, sendo um material exclusivo,  feito à base de colágeno, por isso, biocompatível, não causando rejeição ou reações. 

A recuperação de um implante de lente intraocular é rápida, em torno de 24 horas.

Por essas e outras razões, é que o aparecimento de halos ao redor das luzes não é um sintoma relacionado com implantes de lentes intraoculares.

1 ano de EVO Visian ICL no Brasil

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Glaucoma infantil: uma condição rara, mas grave, que pode levar a danos permanentes na visão se não for tratada precocemente

 

 Ouvir falar em glaucoma pode não ser uma novidade para você. Mas e glaucoma infantil, já escutou algo sobre isso? Apesar de ser mais popular por acometer adultos, o glaucoma é uma doença ocular que também pode afetar as crianças. 

Embora raro, o glaucoma infantil é uma condição séria que pode levar a danos permanentes na visão caso não seja tratada precocemente. Assim, é de suma importância que pais ou responsáveis estejam cientes de seus sintomas e causas para garantir um diagnóstico e tratamento o quanto antes. 

Conheça as causas 

Quando nenhuma causa específica para o Glaucoma é identificada, a condição é denominada como “glaucoma primário.” Já quando é resultado de um trauma ocular ou de uma doença sistêmica, é chamado de “glaucoma secundário.”  

O glaucoma infantil, especificamente, pode ser causado por um aumento na pressão intraocular, que é a pressão dentro do olho. Esse fato pode ser causado por um bloqueio no sistema de drenagem do olho, o que pode levar a danos no nervo óptico e perda de visão. A doença também pode ser congênita, o que significa que a criança nasce com a condição, ou se desenvolver mais tarde na infância.  

A maioria dos casos de glaucoma na infância é primário, congênito (presente desde o nascimento) ou infantil (desenvolvido entre 1 e 24 meses de idade). É mais comum que as crianças sejam diagnosticadas nos três primeiros anos de vida. Ainda, alguns casos de glaucoma primário podem ter um componente genético, mas a maioria ocorre em famílias sem histórico de glaucoma congênito. 

Sintomas 

Os sintomas do glaucoma infantil podem ser difíceis de detectar, especialmente em crianças pequenas. Por isso, conhecer os sintomas é bastante relevante para verificar o sinal de alerta. Alguns deles são: 

  • Olhos inchados ou lacrimejantes 
  • Sensibilidade à luz (fotofobia) 
  • Dificuldade para acompanhar objetos em movimento 
  • Dificuldade em ver objetos à distância 
  • Mudanças na aparência do olho, como aumento do tamanho ou embaçamento da córnea 

Tratamento do glaucoma infantil 

O tratamento do glaucoma infantil dependerá da causa subjacente e da gravidade da condição. Em alguns casos, pode ser necessário usar colírios ou outros medicamentos para diminuir a pressão intraocular. Em situações mais graves, pode ser necessário realizar uma cirurgia para criar um novo sistema de drenagem para o olho. A análise de um oftalmologista indicará o melhor caminho a ser seguido. 

Se o glaucoma infantil não for tratado precocemente, pode levar a danos permanentes na visão. É importante que pais e responsáveis levem seus pequenos a exames oftalmológicos de forma regular para evitar casos mais graves dessa e tantas outras doenças. 

Quanto mais cedo for diagnosticado e tratado, maiores são as chances de preservar a visão da criança. Atente-se a possíveis sinais e não deixe de consultar um médico oftalmologista sempre que preciso. 

 

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