Cuidando dos Olhos na Primeira Infância: Práticas Recomendadas para Pais e Professores

 

A saúde ocular na primeira infância é fundamental para o desenvolvimento visual e o bem-estar geral das crianças. Assim, os cuidados com a visão infantil não podem ser deixados de lado. 

Os pais e professores desempenham um papel importante na preservação da visão dos pequenos nesta fase crucial. Com atenção ao desenvolvimento desse sentido, essas pessoas podem verificar pontos de alerta e, assim, até mesmo colaborar com o diagnóstico precoce de doenças, algo fundamental para aumentar as possibilidades de tratamento e cura. 

Se você convive com pequenos, é importante que se informe sobre esse tema! Por isso, pensando em apoiar pais e responsáveis, compartilharemos práticas recomendadas e informações valiosas para cuidar dos olhos na primeira infância. Confira abaixo. 

Tome nota: Cuidados com a visão infantil 

Olhos atentos para dicas de cuidados com a visão infantil: 

  • Agende exames oftalmológicos regulares 

O primeiro exame essencial é o teste do olhinho, realizado na criança recém-nascida ainda na maternidade. Paralelamente a isso, consultas oftalmológicas regulares são essenciais para monitorar a saúde ocular das crianças. Recomenda-se realizar o primeiro exame por volta dos seis meses de idade, seguido por exames adicionais conforme orientação médica. Essas avaliações ajudam a identificar precocemente problemas visuais e a iniciar o tratamento, se necessário. 

  • Mantenha uma alimentação saudável 

Uma dieta equilibrada é benéfica para a saúde dos olhos das crianças. Para isso, inclua no dia a dia alimentos ricos em nutrientes, como vitamina A, C e E, ômega-3 e zinco. Exemplos de alimentos saudáveis incluem cenouras, laranjas, vegetais de folhas verdes, peixes, ovos e nozes. Esses nutrientes desempenham um papel importante na saúde ocular e no desenvolvimento visual adequado. 

  • Estimule o tempo de brincadeiras ao ar livre 

Incentive as crianças a passarem tempo ao ar livre, brincando e explorando o ambiente externo. A exposição à luz natural e ao ar livre tem benefícios para a saúde ocular, ajudando a reduzir o risco de miopia. No entanto, lembre-se de proteger os olhos das crianças com óculos de sol apropriados e um chapéu de aba larga para evitar a exposição excessiva aos raios UV. 

  • Promova pausas durante o uso de dispositivos eletrônicos 

Na era digital, é importante monitorar o tempo que as crianças passam em dispositivos eletrônicos, como tablets e smartphones. Caso sua criança interaja com esses elementos, estimule pausas regulares e estabeleça limites para a exposição a telas, pois o uso excessivo pode levar à fadiga ocular e a problemas visuais como a miopia. Durante essas pausas, encoraje atividades que envolvam o uso dos olhos em diferentes distâncias, como ler um livro físico ou brincar ao ar livre.  

E lembre-se: segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), crianças de zero a dois anos não devem ser expostas a telas devido ao período de desenvolvimento neural e cognitivo. Conforme o crescimento, a orientação varia: de 2 a 5 anos devem ser limitadas a aproximadamente uma hora por dia; a partir dos 5 anos o acesso dever ser de duas horas e com monitoramento de conteúdo devido à influência emocional que alguns conteúdos podem exercer. 

  • Garanta uma boa iluminação 

Mantenha ambientes bem iluminados para facilitar a leitura e outras atividades que exijam foco visual. Evite a exposição à iluminação excessivamente brilhante ou muito fraca, pois isso pode colocar estresse adicional nos olhos das crianças. Além disso, em caso de uso de telas de dispositivos eletrônicos, evite o brilho excessivo ajustando essa função e usando filtros de luz azul, se necessário.  

  • Esteja atento a sinais de problemas visuais 

Fique atento a queixas e possíveis sinais de problemas visuais, como olhos lacrimejantes, vermelhos ou irritados, coceira, sensibilidade à luz, dificuldade de focar, piscar excessivo, desalinhamento dos olhos ou dificuldade de acompanhar objetos em movimento. Se observar algum desses sintomas, procure um oftalmologista para uma avaliação mais detalhada. 

Não tenha medo de exagerar nos cuidados 

O ponto de partida dos cuidados com a visão infantil é o teste do olhinho. Mas lembre-se, é somente a primeira medida e há muito que pode ser feito para complementar os cuidados, como vimos acima.  

Atente-se às consultas, exames regulares e a qualquer sinal de alerta da criança, seja ele físico ou comportamental. E tenha sempre em mente que cada criança é única, portanto, é importante adaptar essas práticas às necessidades individuais e buscar orientação profissional quando necessário.  

Ao cuidar dos olhos das crianças, estamos investindo em seu futuro e bem-estar visual. Fique de olho e cuide de seus pequenos! 

 

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Saiba até quando o teste do olhinho pode ser realizado em crianças

O teste do olhinho vem ganhando cada vez mais notoriedade sobre sua importância, tal como aconteceu com o teste do pezinho. Este é um exame realizado logo nos primeiros momentos de vida de um recém-nascido e garante que diagnósticos importantes sejam feitos para identificar possíveis problemas de visão em crianças.

Atualmente, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, mais de 80% dos casos de cegueira (inclusive a cegueira infantil) poderiam ser evitados com a realização de um diagnóstico precoce. Este é um dado assustador, mas que pode jogar uma luz sobre a real importância do teste do olhinho. 

Mas afinal de contas, até qual idade é recomendado que se faça o teste do olhinho?

Os cuidados no primeiro ano do bebê

É recomendado que o teste do olhinho seja realizado logo nos primeiros minutos de vida do bebê. Na maioria dos hospitais ele é oferecido através do teste do reflexo vermelho, feito de forma manual pelo médico pediatra. Porém, existe o exame do olhinho digital, feito por Retinógrafos de última geração, como o RETCAM, que pode diagnosticar um número muito mais expressivo de problemas de visão em crianças. 

Esse exame consiste em uma documentação fotográfica panorâmica da retina, do fundo de olho e do nervo óptico e, dentre as doenças diagnosticadas no exame do olhinho digital, estão a retinopatia diabética, o glaucoma, oclusões vasculares da retina, alterações e deformações retinianas  e até estudo de tumores oculares como o retinoblastoma que acomete principalmente as crianças.

Se seu bebê, porém, já saiu da maternidade e não realizou o teste do olhinho, saiba que até o primeiro ano completo é possível realizar o exame e garantir que tenham sido verificadas todas as probabilidades de problemas de visão em crianças, garantindo inclusive uma incidência muito menor de chance de uma cegueira infantil. 

Para crianças acima de um ano sem o exame do olhinho

Apesar do teste do olhinho ser um exame de suma importância, inclusive no diagnóstico do Retinoblastoma, caso a criança não passe por ele nos 12 primeiros meses, ainda assim são recomendados cuidados com a visão infantil na busca de evitar problemas de visão em crianças. Isso porque, após o primeiro ano, muitas das doenças diagnosticáveis no exame do olhinho já terão progredido a níveis não tratáveis, como é o caso do câncer ocular. Mas, mesmo após esse prazo, é recomendado que as crianças passem pelo mesmo exame com 3 ou 4 anos, e depois, com 6 ou 7 anos

O ideal é que a criança seja levada o mais rápido possível para sua primeira consulta no oftalmologista, pois além das doenças oculares já citadas, comumente crianças em idade escolar podem também apresentar outros problemas como o estrabismo, erros refrativos (como a miopia e o astigmatismo), conjuntivite sazonal e a ambliopia. Essas doenças oculares podem diminuir muito a qualidade de vida dos pequenos, atrapalhar o seu desenvolvimento e até levar a uma possível cegueira infantil

Por esses motivos, é importante que eles sejam acompanhados periodicamente por um médico oftalmologista. Fique sempre atento a sinais como falta de atenção extrema, dores de cabeça, dificuldade na leitura, reclamações constantes sobre incômodo nos olhos e outras características que podem sinalizar um possível sinal de problemas de visão em crianças.

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Problemas de visão podem dificultar socialização infantil. O que fazer?

Não há dúvidas de que todos os sentidos sejam importantes para um ser humano. Mas, quando o assunto é relacionado às crianças é preciso um olhar bastante atento à visão. Esse sentido é um dos mais essenciais para o desenvolvimento dos pequenos por desempenhar um papel fundamental na aprendizagem, exploração do mundo e na socialização.  

Além dos sintomas mais populares, como dores de cabeça, dificuldade de aprendizagem, coceira nos olhos e lacrimejamento, as questões não tratadas ou mal resolvidas de visão podem gerar danos emocionais para as crianças, especialmente na primeira infância. Esse é um ponto pouco conhecido ou lembrado, mas que precisa ser destacado, uma vez que não enxergar bem pode afetar o comportamento, gerando um grande desafio para a socialização infantil. 

Por isso, toda atenção à visão infantil é fundamental. O teste do olhinho, as consultas e os exames de rotina são de suma importância para identificar problemas e doenças como a miopia infantil e o retinoblastoma 

Comportamento infantil e sinais de alerta 

É natural que algumas crianças sejam introvertidas e tímidas, afinal são traços de personalidade que variam de pessoa para pessoa. Porém, é importante que pais e responsáveis fiquem atentos a mudanças significativas no comportamento infantil, pois podem indicar questões relevantes a serem tratadas. 

O alerta surge quando há grande variação. Ou seja, uma criança normalmente alegre passa a ficar mais quieta e triste, sem motivo aparente. Ou quando um pequeno antes focado e calmo começa a demonstrar impaciência, irritação e ansiedade. Nesses casos, é preciso buscar a orientação de um profissional de saúde.  

Assim, depois de uma investigação médica e caso as mudanças de comportamento não estejam associadas a algum transtorno psicológico evidente, é recomendado marcar uma consulta oftalmológica. Problemas de visão podem estar afetando a criança e seu bem-estar de forma sutil, sem que ela mesma identifique ou consiga comunicar isso. 

Acompanhamento constante é fundamental 

É importante salientar que, mesmo que seu pequeno não apresente sinais ou sintomas de problemas de visão, é indispensável que crianças sejam examinadas por um oftalmologista no primeiro ano de vida, entre seis e doze meses, e depois entre três e cinco anos de idade. Essa orientação faz parte das diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP).  

O desenvolvimento da visão da criança acontece até os sete anos, por isso é desejável que o diagnóstico e o tratamento de doenças oculares que comprometam isso sejam realizados prematuramente. Nesse contexto, o teste do olhinho é um dos recursos usados pelos oftalmologistas para avaliar a visão e detectar doenças como o retinoblastoma. Exija que seus filhos ou crianças pelas quais é responsável passem por ele. 

O teste do olhinho realizado com a tecnologia RetCam, por exemplo, pode identificar um elevado número de enfermidades nos recém-nascidos, como retinopatia da prematuridade, retinoblastoma, hemorragia de retina, zika congênita, córnea opaca e catarata congênita. Isso é possível graças à sua inovação e imagens precisas, que permitem uma visualização detalhada das estruturas do fundo do olho. 

Uma visão nítida e saudável é fundamental para que possam explorar o mundo, interagir com os outros e se desenvolver plenamente. Cuidar da saúde ocular das crianças desde cedo é um investimento no seu bem-estar e sucesso futuro. Lembre-se sempre de que a visão é mais do que apenas enxergar, é a chave para a descoberta e a conexão com o mundo ao redor. 

Cuide da visão de seus pequenos! 

 

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Fatores para a escolha de bons profissionais para cuidar da saúde do seu filho

Quando o assunto é saúde ocular, a junção de exames com bons profissionais é a chave da prevenção. Escolher um bom médico para acompanhar a saúde do seu filho é essencial para garantir o diagnóstico precoce de possíveis doenças e evitar que alguns problemas oculares, como o estrabismo infantil ou a miopia, por exemplo, comprometam o desenvolvimento da criança no longo prazo.

Por isso, o acompanhamento regular com o oftalmopediatra e pediatra é primordial a partir dos primeiros meses de vida. Para que você possa se informar e entender mais sobre o assunto, conheça os exames que são essenciais para bebês e crianças e como devem funcionar as consultas! 

Quanto antes, melhor!

O primeiro exame nos olhos da criança é realizado assim que ela nasce. É o chamado teste do Reflexo Vermelho (TRV), popularmente conhecido como teste do olhinho. É ideal para mapear a saúde ocular e visão infantil do bebê. O teste do olhinho consiste em direcionar o feixe de luz vermelha de um oftalmoscópio para o olho do bebê. Caso o reflexo dessa luminosidade seja avermelhado, alaranjado ou amarelado, significa boa saúde ocular. Se o resultado for algo diferente disso, o sinal de alerta deve ser apresentado a um médico oftalmologista especialista que fará um mapeamento mais aprofundado. 

O ideal é que o teste do olhinho seja realizado nos primeiros meses de vida do bebê e, no máximo, até a criança completar um ano de idade. Isso porque estudos mostram que 90% da visão se desenvolve nos dois primeiros anos, enquanto o desenvolvimento dos outros 10% acontece entre os sete e nove anos de idade. Além disso, uma pesquisa realizada pela Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira, órgão ligado à Organização Mundial da Saúde, mostra que oito em cada dez casos de problemas oculares poderiam ser evitados, caso houvesse um diagnóstico precoce. 

Por isso, caso seu filho não tenha realizado o teste ainda na maternidade, procure um oftalmopediatra para realizar o exame o quanto antes. Também é importante ficar atento se o médico irá solicitar inclusive o teste digital do olhinho – que, por meio de um retinógrafo de última geração, mapeia 130 graus do globo ocular e detecta a presença de diversas enfermidades oculares, de maneira rápida, precisa e indolor. O teste digital do olhinho inclusive complementa a avaliação do TRV, pois avalia o segmento posterior, através de imagens fotográficas de alta resolução.

A urgência se faz necessária pelo fato de que, quando uma doença ocular é tratada somente após os dois anos de idade, é muito improvável que a criança tenha uma visão infantil perfeita. Por isso, todo o cuidado é pouco. 

A primeira consulta

Nessa fase da vida, o correto é procurar um oftalmologista pediátrico que se preocupe com a visão infantil como um todo. Ou seja, ele deve focar em medidas de prevenção e de promoção da saúde dos olhos da criança. Logo, priorizar visitas de rotina ao oftalmologista é essencial para garantir a uma visão infantil perfeita, além de alertar para os riscos de não tratar precocemente certos sintomas e problemas na infância.

As consultas de rotina devem acontecer logo no primeiro ano de vida e é importante que essa orientação venha, inclusive, do pediatra do seu filho. Além disso, também é fundamental ficar de olho no comportamento da criança e se ela apresenta alguma queixa. 

Durante a consulta, a criança não precisa necessariamente contribuir em nada. O oftalmologista pediátrico deve examinar e medir a acuidade visual inclusive do recém-nascido, provocando movimentos oculares por excitação que já diz se a criança enxerga ou não. Além disso, o médico também deve realizar exames mais completos que avaliam o desenvolvimento neuropsicomotor, simetria facial e aspecto externo dos olhos. Caso exista alguma suspeita, o oftalmologista poderá também realizar exames de refração nos bebês para garantir que sua visão infantil se desenvolva de forma saudável. 

Consulta na fase escolar

É comum que o próprio pediatra te oriente sobre a importância de procurar um médico especialista em oftalmologia infantil para acompanhar seu filho durante a fase de alfabetização. Isso porque alguns problemas de visão, como o estrabismo infantil e outras doenças, podem aparecer nessa fase da vida. 

Também é frequente, muitas vezes, não entender alguma dificuldade que a criança apresenta na fase escolar. E, muitas vezes, o que pode ser visto como um problema de desenvolvimento, quando a criança demora mais a ler e escrever por exemplo, pode ser simplesmente resolvido com o uso de óculos. E quem vai te ajudar a detectar e dar o diagnóstico correto é o oftalmologista. 

Em crianças entre 3 e 6 anos, é comum que o próprio pediatra realize uma triagem na qual usa-se uma tabela com a letra ‘E’ em diversas posições e a criança deve dizer para que lado as perninhas da letra estão viradas. Caso o exame detecte alguma dificuldade na visão infantil, o pediatra encaminha para um exame oftalmológico.

Em casa, também podemos observar atentamente algumas atitudes como: assistir televisão muito próximo ao aparelho, ou levar os brinquedos e os livros próximos do rosto. Esse tipo de comportamento  merece uma investigação. Não deixe de procurar bons profissionais para cuidar da saúde ocular do seu pequeno e realizar exames desde cedo!

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