Cuidados com a higiene dos olhinhos do bebê

Acordar logo de manhã, ver remela amarela no olho do bebê e se preocupar… quem nunca? Pais de primeira viagem e também as experientes, não se preocupem! Vamos ver neste artigo como fazer a higiene corretamente e até mesmo os sinais de alerta para problemas da visão infantil.

A primeira coisa que pode vir à mente é que essa secreção nos olhos seja consequência de uma conjuntivite. Como a conjuntivite é uma doença muito comum, é natural pensar que exista apenas um tipo. Comecemos por aí.

Como identificar conjuntivite em criança?

Primeiro, temos de entender que existem causas distintas para conjuntivite, podendo esta ser bacteriana, viral ou alérgica. Na maioria dos casos, será necessário uso de medicação, embora não haja imediatamente riscos graves à saúde, alguns quadros podem agravar levando a algo mais sério.

Por isso, ao identificar espessa remela amarela no olho do bebê, olhos colados, olhos avermelhados, muita coceira, entre outros; uma visita ao oftalmo ou pediatra se faz indispensável. 

Veja aqui um guia completo de como identificar a conjuntivite em criança.

Ainda assim, há inúmeras causas para remela, algumas delas podem acarretar sérios problemas para visão infantil. Algumas delas são de razões naturais e outras podem ser por causa de uma gripe ou resfriado, ou até mesmo a obstrução do canal lacrimal.

Como fazer a higiene dos olhos do bebê corretamente

Razões naturais

O mais comum é que algumas mamães estranham o bebê ter mais remela que os adultos. Mas isso é perfeitamente normal.  Nestes casos, a remela será branca e fluida. 

A forma de limpar é com água morna no rosto do bebê sem nenhum tipo de sabonete, também pode ser usado soro fisiológico ou água morna (depois de fervida).

Pequenas lesões

Os bebês costumam mexer muito as mãozinhas e levá-las aos olhos. Se ocorrer de passar a unha, pode levar o bebê a lacrimejar muito e ficar com os olhos avermelhados, o que pode ser confundido com conjuntivite em criança. No entanto, o problema desaparece conforme a dor passa e a lesão se recupera. 

Aqui também se aplica a receita básica da água morna e/ou soro fisiológico. Se o bebê estiver lacrimejando muito, por dias, leve-o ao médico para verificar a gravidade da lesão.

Canal lacrimal obstruído

Este problema, que afeta a visão infantil de recém-nascidos, tende a normalizar quando o bebê completa 1 ano de idade. Até lá, o indicado é massagear pressionando o canto interno do olho sempre no sentido do canto do olho para fora. 

Também se indica limpar o excesso de secreção com gaze molhada (uma para cada olho) e também fazer uma compressa com soro fisiológico. Este cuidado também serve para limpar a secreção no caso da conjuntivite em criança.

Outra dica importante é manter o nariz sempre limpo, pois isso pode contribuir para obstrução do canal, favorecendo proliferação de bactérias, o que poderia levar ao aparecimento de ramela amarela no olho do bebê

Na dúvida, ou nos sinais de alerta, consulte um oftalmologista

Além dos sintomas já discorridos aqui neste artigo e nos linkados, é importante que não se recorra a receitas caseiras para tratar problemas que podem parecer sérios, isso pode pôr em risco a saúde do seu bebê, como alerta a notícia do Correio Brasiliense, de 2010.

No caso citado, a mãe passou leite materno nos olhos do bebê que tinha canal lacrimal obstruído, o que, além de não limpar, piorou a situação causando uma infecção.

Lembrando que receita caseira é diferente de cuidados caseiros, estes são bem especificados e apoiados pela comunidade médica e podem ser consultados nas fontes confiáveis, como o da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, para os casos de conjuntivite alérgica.

Criança diagnosticada com alta miopia. Saiba o que fazer

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As consequências da miopia na alfabetização infantil

Se o seu filho apresenta dificuldade de aprendizado, falta de interesse na escola, problemas de atenção, notas baixas e letras grandes e tortas, fique atento e procure um médico especialista em oftalmopediatria para fazer o exame de vista infantil pois ele pode estar com a saúde ocular prejudicada. 

De acordo com estudo do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, cerca de 20% das crianças em idade escolar têm problemas de visão, sendo que a miopia infantil é o principal deles. O erro refrativo ocorre quando a imagem se forma antes da retina, causando dificuldade para enxergar de longe. 

A miopia infantil é, normalmente, diagnosticada logo no início da vida. Após o diagnóstico, ela pode se desenvolver de maneira gradual ou bem rápida, chegando a alta miopia – acima de 6 dioptrias (graus), que pode implicar em uma drástica diminuição da qualidade de vida. Por isso, quanto antes detectar através do exame de vista infantil e ter o diagnóstico, mais fácil o tratamento e, em alguns casos, reverter futuros problemas. Caso a doença não seja tratada rapidamente, a criança poderá ter um déficit importante no desenvolvimento por estar com a saúde ocular prejudicada.  

Olhar na escola

Além das conjuntivites virais que são comuns na fase escolar, o diagnóstico de estrabismo, que é genético e aparece geralmente até os 4 anos de idade, e miopia também são bastante frequentes e devem ser tratados precocemente para não causar mais danos à saúde ocular.

Em relação à miopia infantil, a dificuldade de enxergar o que está distante, pode impactar significativamente o desempenho escolar da criança, já que ela terá dores de cabeça e dificuldade para acompanhar o que o professor escreve no quadro, ainda mais se não estiver nas primeiras fileiras, gerando assim desinteresse e pouco aproveitamento das aulas.

Analisar o rendimento escolar do seu filho e saber ouvir as queixas é um dos principais alertas para detectar o problema. Quando a saúde ocular da criança está afetada, é comum que ela se queixe de não conseguir ler o que está escrito no quadro ou de incômodo nos olhos. Além disso, independente das queixas, é fundamental agendar consultas frequentes com médico especialista em oftalmopediatria para acompanhamento e exames de vista de rotina. 

Causas da Miopia Infantil 

Ainda não se pode dizer ao certo as causas exatas da miopia infantil. Porém, entre as principais estão: hereditariedade e fadiga ocular.

Não tem jeito: caso não apresente histórico de miopia na família e caso o teste do olhinho no bebê  – realizado ainda na maternidade – tenha descartado qualquer problema ocular, restringir o tempo que o seu filho fica em frente às telas e estimular brincadeiras ao ar livre continuam sendo uma das principais recomendações da oftalmopediatria para evitar a miopia infantil e outros problemas na visão.

A Academia Americana de Pediatria (AAP) indica somente 1 hora de tela dos 18 meses aos 6 anos, período que deve ser fracionado ao longo do dia e com conteúdo pedagogicamente responsável. A tecnologia traz, sim, benefícios às crianças desde que o uso seja feito com o acompanhamento da família, sem jamais se esquecer de proporcionar momentos sem tela e atividades que estimulem o movimento. 

Consulta no oftalmopediatria

Ainda que os resultados dos exames de vista infantil estejam normais, consultas frequentes no oftalmologista são essenciais para o médico fazer uma avaliação geral da visão da criança. Dessa forma, ele indicará quais exames são ideais para o diagnóstico e, em caso de miopia infantil, também fará a prescrição correta do grau de correção e indicará opções de tratamentos.  

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Como é a visão de um recém-nascido: entenda a evolução ocular

Você já parou para se perguntar como é a visão de um recém-nascido? Muitos não sabem, entretanto a forma que um bebê enxerga é bem diferente do que a de uma criança ou um adulto.

Ao longo do primeiro ano de vida, o olhar do bebê tem uma grande transformação, que varia entre o ver turvo até a completa distinção de cores e traços. 

Ainda que seja muito comum que os pais não conheçam esse processo, entender como é a visão de um recém-nascido é um grande passo para compreender seus comportamentos, principalmente porque este sentido é responsável por 83% do aprendizado.

Como é a visão de um recém-nascido: as fases da evolução ocular

Recém-nascido

Se você tem um bebê em casa, já deve ter parado para imaginar como é a visão de um recém-nascido. Afinal, hoje as crianças já nascem de olhos abertos, parecem curiosas e espertas, mas será que eles enxergam tudo?

Nessa fase, o bebê tem uma visão turva. O recém-nascido não consegue distinguir formas nem cores, enxergando apenas preto e branco, de forma muito embaçada.

Isso acontece por uma série de fatores, como o ajuste da visão à luz, mas nessa fase há um componente além do ocular, o psicológico.

Assim que o bebê nasce, ele ainda não tem a compreensão de como coordenar seu olhar de forma que seja fácil decifrar a quantidade de informação obtida. Dessa forma, ao longo dos primeiros meses há grandes mudanças em sua forma de entender toda essa chuva de novidades trazidas pela visão.

2 a 5 meses de idade

Entre os 2 e 5 meses, o bebê já começa a identificar algumas cores, como o vermelho, ainda que de forma opaca.

Essa é uma etapa onde ele já começa a entender como coordenar o olhar, e com isso passa a decifrar melhor os traços, principalmente se estiverem próximos a eles. Assim, a melhor maneira dos pais se comunicarem com a criança é estarem perto de seu rosto.

5 a 8 meses

A criança já começa a entender melhor a profundidade e, ainda que sua visão de cores não esteja completamente desenvolvida, o olhar já passa a se adaptar melhor para diversas tonalidades. Nessa fase o bebê já consegue identificar bem rostos conhecidos, como o dos pais.

8 a 12 meses

Entre os 8 e 12 meses, a visão do bebê já está bem evoluída, tanto que é nessa mesma etapa quando as crianças começam a engatinhar e tentar andar, isso porque já tem uma noção de profundidade e distância

Os bebês ainda não tem a visão completamente formada, durante os próximos meses eles ainda irão aperfeiçoar o entendimento de cores. Entretanto, já é possível considerar que grande parte de seu processo de evolução está completo.

Como saber se a visão de meu filho está se desenvolvendo bem?

Para entender o desenvolvimento ocular de seu filho, é necessário mais do que a compreensão de como é a visão de um recém-nascido. O acompanhamento de um oftalmologista é essencial. 

Ainda nos primeiros meses de vida é possível a realização do teste digital do olhinho, uma triagem visual rápida e indolor feita com um retinógrafo de última geração, chamado RetCam. 

Ela é uma ótima opção de auxílio de diagnóstico de uma série de enfermidades oculares como Retinopatia da Prematuridade, Retinoblastoma, Catarata Congênita, por ter o alcance de até 130º do globo ocular.

O teste digital do olhinho é uma ótima opção para entender como é a visão do recém-nascido e auxiliar o diagnóstico de uma série de patologias de forma precoce, oferecendo assim o tratamento adequado para o bebê. Para entender mais sobre essa triagem leia também Teste digital do olhinho: tudo que você precisa saber antes de fazer.

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Tampão no olho: por que seu filho deve usar?

Não é incomum ver uma criança usando tampão no olho. Mas, nem sempre as pessoas sabem quais causas motivam esse uso. Você sabe algo sobre isso? Caso não, fique tranquilo que falaremos mais sobre isso agora. 

O tampão ocular é indicado pelo oftalmologista quando, após o teste da visão infantil, é identificado que a criança precisa de tratamento para estrabismo ou ambliopia, também conhecida como visão preguiçosa.  

Saiba mais sobre a ambliopia 

A ambliopia é a redução da visão e é popularmente conhecida como “olho preguiçoso”. Trata-se da diminuição capacidade de enxergar (acuidade visual), em um ou nos dois olhos, quando não se encontra nenhuma lesão ocular no exame oftalmológico. 

Ela pode acontecer mesmo com uso de óculos e aparece devido a obstáculos no desenvolvimento da visão. Isso significa que o olho amblíope não apresenta um amadurecimento normal da visão. Sua incidência em crianças em idade escolar é de aproximadamente 4% e, em geral, é prevenível ou tratável nos primeiros anos de vida. 

Dentre as principais causas da ambliopia, estão: estrabismos, acentuadas anisometropias (diferença de “grau”) entre os olhos e catarata congênita.  

O ideal é que isso seja corrigido antes dos 7 anos e quanto mais jovem maior a eficácia do tratamento, que deve ser feito com o uso de tampão ocular. Ele irá obstruir o olho com visão normal e forçar a criança a usar o olho preguiçoso.  

Caso essa correção não ocorra até esta idade, a criança pode não só ter a redução da visão, como também dificuldade de localização, distorções e sensibilidade ao contraste.  

Saiba mais sobre o estrabismo 

A criança com estrabismo tem um desvio para dentro ou para fora em um ou nos dois olhos, o que faz com que não sejam paralelos. Quando eles não estão alinhados, o olho que está com a visão correta torna-se o dominante e o outro, que está sendo afetado, perde o foco, o que também prejudica a conexão com o cérebro. 

É importante destacar que é normal que as crianças apresentem esse desvio nos primeiros meses de vida. Porém, quando essa característica se mantém após os seis meses, é sinal que o bebê tem a doença e precisa tratá-la o quanto antes. 

Assim como no caso da ambliopia, o tratamento da criança com estrabismo se dá com o uso de tampão ocular. Com ele, a visão do olho saudável é impedida para forçar o afetado a enxergar corretamente. 

O uso do tampão pode ser um desafio 

O uso do tampão tende a ser rejeitado na maioria dos casos por causar vergonha e desconforto às crianças. Por isso, é muito importante que pais e responsáveis sejam muito sinceros sobre a importância de seu uso e deixem claro que é algo positivo e em prol de sua saúde. 

Para incentivar o uso, é recomendado que seja feito como uma brincadeira, com tampões coloridos e personalizados como a criança desejar. Caso mesmo assim o uso seja desafiador, seguem algumas dicas.  

No caso de bebês, uma boa opção é colocar o tampão alguns minutos antes de acordá-los. Já para crianças de 3 e 4 anos, vale comparar o uso temporário do acessório com outros itens limitantes e que conhecem, como aparelho dentário e gesso. Para crianças acima de 4 anos, é recomendado caprichar na explicação, então mostre a necessidade da visão binocular no dia a dia, o que pode ser feito ao mostrar um microscópio ou no binóculo. 

O tempo de uso diário varia conforme o caso, por isso use a criatividade para que se torne um acessório divertido. 

Fique de olho! 

É fundamental realizar o teste da visão infantil em suas crianças por volta dos dois anos de idade. Isso diagnosticará doenças como as citadas acima. E para as que já apresentarem estrabismo ou tiverem histórico de ambliopia na família, isso deve ser feito ainda mais cedo.  

Consulte um oftalmologista! 

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