Entenda porque a conjuntivite é comum entre crianças e como preveni-la

Caracterizada por uma inflamação na membrana externa do olho, a conjuntivite em criança é considerada uma doença comum, mas ainda assim traz bastante preocupação para os pais e mães por conta do grande incômodo e até mesmo pela forte aparência de irritação que ela causa. 

A saúde dos filhos é uma questão de grande importância e vê-los com o olho avermelhado ou até mesmo com secreção pode ser realmente assustador. Mas há uma série de cuidados, como pequenas mudanças de hábitos, que podem ser tomados para evitar o surgimento da doença. Confira!

Os diferentes tipos de conjuntivite em criança

A conjuntivite é uma enfermidade mais comum em crianças que em adultos, isso porque seu olho ainda está em desenvolvimento e, desta forma, seu canal lacrimal é mais curto. O resultado disso é uma fisionomia mais propícia para que inflamações se instalem e se agravem.

três diferentes tipos de conjuntivite e todos eles podem ser encontrados em crianças. Para poder entender como evitá-las, é necessário compreender seu surgimento.

Conjuntivite viral

Esse é o tipo mais comum de conjuntivite em crianças e ela tem o mesmo processo de contaminação do que o de outros vírus comuns, o contato com pessoas que estão doentes. 

Assim como outras doenças virais ela tem uma duração curta, entretanto os oftalmopediatras podem indicar uma série de cuidados como limpeza com colírios para que aliviar o incômodo.

Conjuntivite bacteriana

Ainda que seja um pouco menos comum do que a viral, enfermidades bacterianas costumam ser mais perigosas e podem ter diferentes tratamentos, envolvendo o uso de antibióticos. 

Conjuntivite alérgica

Outra forma de conjuntivite em criança muito comum é a alérgica, de acordo com o EBC 20% das crianças brasileiras (entre 6 e 7 anos) apresentam esse tipo de conjuntivite. Isso porque essa doença pode se manifestar quando uma pessoa mantém contato com diferentes tipos de componentes, como o ácaro, poluição, fungos, fumaça de cigarro entre outros. Vale ressaltar que crianças que possuem rinite têm maior probabilidade de desenvolver esse tipo de conjuntivite, além disso, a chegada do outono e inverno podem agravar essa doença.

Como evitar o surgimento de conjuntivite em criança

Há diversas mudanças de hábitos capazes de reduzir o risco da criança desenvolver um quadro de conjuntivite, e o principal deles envolve regras simples de higiene

Mantenha a casa – e principalmente o quarto da criança – sempre limpo, a fim de evitar o acúmulo de poeira. Junto a isso, certos cuidados como a troca de roupa de cama deve ser feita com frequência e carpetes e cortinas devem ser lavados periodicamente. Se possível, evitar o uso tapetes no quarto da criança.

É necessário manter também as mãos da criança sempre limpas, evitando que elas levem sujeiras aos olhos e desencadeiam assim o processo de inflamação, junto a isso, ensinar e conscientizar a criança sobre não coçar os olhos.

Evite também permitir que a criança tenha acesso a ambientes com muita poluição, mantendo quando possível a casa fechada – principalmente se ela estiver em ruas com grande movimento de pessoas e carros.

Outra medida importante é conscientizar a criança de que ela não deve compartilhar itens de uso pessoal com colegas, como lenços e toalhas ou até mesmo maquiagem ou outros tipos de produtos.

É natural preocupar-se com a visão da criança, principalmente quando se trata de uma enfermidade tão recorrente quanto a conjuntivite. Para saber mais sobre isso confira o post: 5 maneiras de manter os olhos das crianças saudáveis em casa.

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Miopia em criança pode causar depressão

Quando o assunto é saúde, muitas vezes somos surpreendidos pela relação de fatos que nunca imaginamos. Esse provavelmente é um deles para uma grande parte da população: miopia infantil e depressão.  

Você sabia que elas podem estar relacionadas? 

Crianças que têm problemas de visão, especialmente a miopia, são mais propensas a terem depressão e ansiedade em comparação com as que têm a visão normal. A conclusão é de uma revisão de 36 estudos que envolveu a análise de dados de mais de 700 mil crianças e foi publicada na revista científica Ophthalmology 

Saiba mais sobre a miopia 

A miopia é um erro refrativo em que os olhos não são capazes de enxergar claramente os objetos que estão longe. Isso acontece devido ao formato do globo ocular mais longo do que deveria ser, fazendo com que a imagem não seja formada corretamente na retina. No caso, os objetos são focados à frente da retina e a imagem transmitida ao cérebro não corresponde ao real, deixando a visão dos objetos distantes turva. 

Embora se desconheça as causas exatas, normalmente a miopia está associada ao fator genético. Ou seja, crianças cujos pais são míopes têm maior chance de desenvolver miopia infantil, podendo afetar homens e mulheres de igual forma. 

Também existem outros fatores e um dos principais deles é o tempo excessivo em frente a aparelhos eletrônicos (como TV, celulares e tablet). Fica aqui o ponto de atenção principalmente no que diz respeito às crianças. Para evitar que desenvolvam miopia, evitar o excesso de telas é uma importante medida. 

Como identificar a miopia em uma criança 

É comum que a miopia infantil seja notada no período escolar, pois a criança começa a enfrentar dificuldades para ver as informações apresentadas na lousa, em sala de aula. Uma criança míope pode, ainda, apresentar estrabismo, necessidade de ficar perto da TV, manter livros muito próximos durante a leitura, não enxergar objetos distantes, piscar excessivamente e esfregar os olhos com frequência. 

A confirmação se dá em consultório, com análise do oftalmologista e exame de vista infantil, como o de Refração, que avalia a capacidade de enxergar e define o grau dos óculos. No caso de bebês, pode ser identificada no teste do olhinho. 

Além da visão 

Como mencionamos no início do texto, os pequenos com problemas de visão, especialmente a miopia, são mais propensos à depressão em comparação com as que têm a visão normal. De acordo com os pesquisadores, a saúde mental das crianças míopes é afetada porque elas tendem a ficar mais isoladas socialmente, fazem menos atividades físicas e costumam ter um desempenho escolar mais baixo. 

Segundo explicou o oftalmologista Adriano Biondi, do Hospital Israelita Albert Einstein, para o portal Viver Bem Uol, “a criança, principalmente a míope, não sabe que não enxerga direito. Ela se acostuma a enxergar mal porque o universo dela é próximo: brinca, pega objetos que estão mais perto dela, o alimento está perto, ela assiste televisão mais perto. A criança nunca vai chegar para os pais e dizer que não está enxergando porque ela não sabe que está vendo mal. Ela vai simplesmente se adaptar àquela dificuldade“.   

Assim, a atenção ao possível desenvolvimento de miopia infantil (ou outras doenças relacionadas à visão) é fundamental não só para o tratamento específico da visão, mas também para evitar que isso afete a saúde emocional da criança. Por isso, consulte sempre um oftalmologista e garanta que o teste do olhinho e um exame de vista infantil sejam realizados. 

Criança diagnosticada com alta miopia. Saiba o que fazer

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Tampão no olho: por que seu filho deve usar?

Não é incomum ver uma criança usando tampão no olho. Mas, nem sempre as pessoas sabem quais causas motivam esse uso. Você sabe algo sobre isso? Caso não, fique tranquilo que falaremos mais sobre isso agora. 

O tampão ocular é indicado pelo oftalmologista quando, após o teste da visão infantil, é identificado que a criança precisa de tratamento para estrabismo ou ambliopia, também conhecida como visão preguiçosa.  

Saiba mais sobre a ambliopia 

A ambliopia é a redução da visão e é popularmente conhecida como “olho preguiçoso”. Trata-se da diminuição capacidade de enxergar (acuidade visual), em um ou nos dois olhos, quando não se encontra nenhuma lesão ocular no exame oftalmológico. 

Ela pode acontecer mesmo com uso de óculos e aparece devido a obstáculos no desenvolvimento da visão. Isso significa que o olho amblíope não apresenta um amadurecimento normal da visão. Sua incidência em crianças em idade escolar é de aproximadamente 4% e, em geral, é prevenível ou tratável nos primeiros anos de vida. 

Dentre as principais causas da ambliopia, estão: estrabismos, acentuadas anisometropias (diferença de “grau”) entre os olhos e catarata congênita.  

O ideal é que isso seja corrigido antes dos 7 anos e quanto mais jovem maior a eficácia do tratamento, que deve ser feito com o uso de tampão ocular. Ele irá obstruir o olho com visão normal e forçar a criança a usar o olho preguiçoso.  

Caso essa correção não ocorra até esta idade, a criança pode não só ter a redução da visão, como também dificuldade de localização, distorções e sensibilidade ao contraste.  

Saiba mais sobre o estrabismo 

A criança com estrabismo tem um desvio para dentro ou para fora em um ou nos dois olhos, o que faz com que não sejam paralelos. Quando eles não estão alinhados, o olho que está com a visão correta torna-se o dominante e o outro, que está sendo afetado, perde o foco, o que também prejudica a conexão com o cérebro. 

É importante destacar que é normal que as crianças apresentem esse desvio nos primeiros meses de vida. Porém, quando essa característica se mantém após os seis meses, é sinal que o bebê tem a doença e precisa tratá-la o quanto antes. 

Assim como no caso da ambliopia, o tratamento da criança com estrabismo se dá com o uso de tampão ocular. Com ele, a visão do olho saudável é impedida para forçar o afetado a enxergar corretamente. 

O uso do tampão pode ser um desafio 

O uso do tampão tende a ser rejeitado na maioria dos casos por causar vergonha e desconforto às crianças. Por isso, é muito importante que pais e responsáveis sejam muito sinceros sobre a importância de seu uso e deixem claro que é algo positivo e em prol de sua saúde. 

Para incentivar o uso, é recomendado que seja feito como uma brincadeira, com tampões coloridos e personalizados como a criança desejar. Caso mesmo assim o uso seja desafiador, seguem algumas dicas.  

No caso de bebês, uma boa opção é colocar o tampão alguns minutos antes de acordá-los. Já para crianças de 3 e 4 anos, vale comparar o uso temporário do acessório com outros itens limitantes e que conhecem, como aparelho dentário e gesso. Para crianças acima de 4 anos, é recomendado caprichar na explicação, então mostre a necessidade da visão binocular no dia a dia, o que pode ser feito ao mostrar um microscópio ou no binóculo. 

O tempo de uso diário varia conforme o caso, por isso use a criatividade para que se torne um acessório divertido. 

Fique de olho! 

É fundamental realizar o teste da visão infantil em suas crianças por volta dos dois anos de idade. Isso diagnosticará doenças como as citadas acima. E para as que já apresentarem estrabismo ou tiverem histórico de ambliopia na família, isso deve ser feito ainda mais cedo.  

Consulte um oftalmologista! 

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Doenças infantis que não podem ser combatidas com vacina e alteram a visão

As vacinas estão na ordem do dia. Em função da pandemia de coronavírus que enfrentamos, este assunto tem ganhado destaque mundial. Vale ressaltar que as vacinas foram um avanço civilizatório fundamental. Só no Brasil, de acordo com Isabella Ballalai, Presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), aumentou-se 30 anos na expectativa de vida, sobretudo, na diminuição de óbitos por doenças infecciosas preveníveis.

Com relação à saúde infantil, estima-se que a mortandade global seria 45% maior sem a existência de vacinas. Temos grandes aliados na prevenção de doenças infecciosas e outras que não são preveníveis com vacina, como é o caso do exame de vista infantil, o teste do olhinho, teste do pezinho, etc. Conheçamos algumas dessas doenças preveníveis com o teste do olhinho.

Quais doenças para as quais não existem vacinas, são preveníveis com o teste do olhinho?

O exame de vista infantil, como o teste do reflexo vermelho, ou o teste do olhinho digital, além de poder detectar questões mais simples de tratamento, podem também detectarem doenças graves, congênitas ou não, como o retinoblastoma.

Veja quais doenças são detectadas no teste digital do olhinho, sendo o mais completo:

Catarata;

– Coloboma Retinal;

– Doença de Coats;

– Familial Exudative Vitreoretinopatia (FEVR);

– Hemorragia de Retina e Macular;

– PHPV, Norrie & TORCH;

– Retinoblastoma (RB);

– Retinopatia da Prematuridade (ROP);

– Shaken Baby Syndrome;

– Síndromes Congênitas;

– Zika Congênita.

Quais são as vacinas do Plano Nacional de Imunização (PNI) e quais doenças elas previnem?

Ao nascer – BCG e Hepatite B, em uma e duas doses respectivamente, contra Formas Graves de Tuberculose e a Hepatite B;
2 meses – VORH, Pentavalente, VIP e VOP, Pneumocócica 10. Protege contra o Rotavírus, Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B e meningite tipo b, Poliomelite, Pneumonia, otite, meningite (1a dose);
3 meses – Meningocócica C 1.ª dose;
4 meses – Rotavírus 2.ª dose, Pentavalente 2.ª dose, Poliomelite 2.ªdose VIP (1), Pneumocócica 10;
5 meses – Meningocócica 2.ª dose;
6 meses – Pentavalente 3.ª dose, VIP 2.ª dose;
9 meses – Febre amarela dose inicial;
12 meses – Pneumocócica 1.ºreforço, Meningocócica C 1.º reforço, Tríplice Viral 1a dose; 15 meses – DTP 1.ºreforço, 1.º reforço VOPb (1), Tetra Viral, Hepatite A;
4 anos – DTP 2.º reforço, VOPb 2.º reforço (1), Febre Amarela reforço 3, Varicela 2.ª dose;
9 anos – Febre Amarela uma dose, HPV duas doses.

Não nos esqueçamos de manter a vacinação e o exame de vista infantil em dia.

Doenças infantis que não podem ser combatidas com vacina e alteram a visão

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