Conheça os benefícios da cirurgia de catarata e saiba como se preparar

A catarata é uma lesão ocular que deixa opaco o cristalino (lente localizada atrás da íris cuja transparência permite que os raios de luz o atravessem e alcancem a retina para formar a imagem), o que compromete a visão, deixando-a embaçada.  

Ela pode ser congênita (o que é raro) ou adquirida com o passar dos anos, uma vez que sua principal causa é o envelhecimento. E sua evolução tende a ser lenta, podendo afetar primeiro um dos olhos e o outro depois de algum tempo. Assim, a dificuldade de enxergar aumenta progressivamente, evoluindo, às vezes, até a cegueira. Outros sintomas possíveis são visão dupla, sensibilidade à luz e imagens distorcidas.  

Com isso, quem tem catarata pode enfrentar dificuldade para dirigir, ler, andar e até mesmo relatar quedas frequentes e que as cores estão desbotadas.  

Cirurgia de catarata 

Felizmente há tratamento para a catarata, mas sua solução é apenas cirúrgica. O procedimento é simples, rápido e feito sob anestesia local, visando substituir o cristalino danificado por uma lente para catarata que recupera a função perdida.  

Essa lente artificial pode ser de vários tipos e corrigir diferentes problemas de visão, como implantar lentes especiais que permitem corrigir a miopia e eliminar o uso de óculos. A Evo Visian ICL, por exemplo, garante eficácia por conta da excelente biocompatibilidade com os tecidos do olho humano e qualidade superior de visão.  

O cristalino pode ser retirado inteiro ou por uma técnica chamada facoemulsificação (um aparelho tritura e aspira o cristalino), que tem a vantagem de exigir um corte menor e, em geral, sem suturas. 

Aliada contra a demência 

Além de retomar a visão, a cirurgia de catarata é uma aliada para diminuir as chances do desenvolvimento de demência em idosos. Segundo estudo publicado no JAMA Internal Medicine, idosos submetidos à cirurgia de catarata para melhorar a visão têm 30% a menos de probabilidade de desenvolver a doença. 

Isso pode acontecer, pois as pessoas que perdem a visão geralmente ficam menos ativas e, portanto, recebem menos estimulação mental. Ou, ainda, pode ser devido a um efeito que a catarata tem nas cores que atingem a retina na parte posterior do olho. 

Você tem catarata e se interessou pela cirurgia? Prepare-se! 

Antes de tudo, é imprescindível consultar um oftalmologista de confiança para uma avaliação e realização de todos os exames necessários para a cirurgia e implantar uma lente para catarata. Ao considerar uma cirurgia, pesquise bastante sobre o assunto e tire todas as suas dúvidas com o profissional escolhido.  

Outra dica relevante é conversar com quem já passou pelo procedimento, afinal é uma cirurgia que requer cuidados no pré e pós-operatório. Além disso, conhecer a experiência de outras pessoas passará segurança sobre o impacto positivo que causará em sua qualidade de vida.  

Ao partir para a ação, os preparativos serão indicados por seu cirurgião. Alguns deles são: garantir dois dias de folga antes da cirurgia e outro para a recuperação, não consumir bebidas alcoólicas 24h antes, realizar jejum de oito horas e utilizar roupas limpas e confortáveis. 

Após um breve período de observação na clínica, você poderá retornar para casa. Lá deverá descansar e não levantar pesos, evitando que a pressão ocular aumente. É comum se sentir atordoado devido à anestesia e enxergar halos e brilhos. Com o tempo, esses sintomas irão desaparecer. 

Posts Relacionados

Capa do artigo
Lentes de contato e outros hábitos que podem causar problemas de visão como o ceratocone

O uso de lentes de contato é algo que tende a ser polêmico: há quem ame e há quem não tolere o acessório. Apensar disso, o time dos favoráveis às lentes tem ganhado adeptos. 

Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Penido Burnier, em Campinas (SP), o aumento no uso de lentes de contato foi uma tendência identificada na pandemia. O estudo realizado com usuários de óculos de grau constatou que houve um incremento de 10% no número de pessoas que passaram a usar lentes. Esse aumento também é motivado pelo crescimento da incidência de míopes (pessoas que apresentaram início ou piora na miopia, atribuídos ao uso prolongado de eletroeletrônicos). São pessoas que antes não precisavam de correção e agora precisam, e que muitas vezes acabam optando pelas lentes de contato. 

Entretanto, é imprescindível atenção e cuidado ao adotar tais lentes, pois seu mal uso pode trazer danos à saúde. 

Cuidados com o uso  das lentes de contato

O comportamento de risco com as lentes, como uso incorreto e a falta de higiene em seu manuseio, pode causar perda de visão e até mesmo do globo ocular. Isso pode soar como algo alarmista, mas o assunto é delicado e merece atenção.  

Pensando nisso, seguem dicas de cuidados que colaboram para evitar possíveis danos: 

Para manusear as lentes, lave bem as mãos com água e sabão e seque-as totalmente. 

Use somente a solução de limpeza específica para lentes de contato para higienizar e armazenar, não use soro fisiológico ou água. Faça movimentos de fricção e enxágue todos os dias após o uso. 

Após colocar as lentes nos olhos, diariamente descarte a solução multiuso que ficou no estojo e limpe-o com a própria solução.  

Substitua o estojo de armazenamento a cada 3 meses. 

Não use as lentes após a data de validade indicada pelo fabricante. 

Não durma com as lentes de contato, a menos que seja indicado pelo seu oftalmologista. 

Não molhe as lentes com água de qualquer espécie. 

Use colírios lubrificantes próprios para o acessório. 

As lentes de contato não substituem completamente os óculos, assim alterne diariamente o seu uso com eles. 

Faça higiene nos cílios diariamente com shampoo neutro ou produtos não oleosos próprios para o uso oftalmológico. 

As lentes de contato devem ser adaptadas e supervisionadas pelo oftalmologista. Sintomas como dor, queimação, olhos vermelhos, lacrimejamento, visão embaçada e sensibilidade à luz podem indicar que algo está errado. Atente-se e procure atendimento. 

Implante de lente intraocular 

Para as pessoas que não se adaptam ao uso das lentes convencionais ou desejam corrigir seu grau de miopia, incluindo a correção de alta miopia, há uma alternativa: o uso de lente intraocular. 

O implante intraocular (ou implante intraocular para alta miopia) é também uma boa opção para quem quer evitar os efeitos colaterais da correção feita por meio de cirurgia a laser, como a síndrome dos olhos secos e halos de luz. 

A cirurgia é de rápida realização, fácil recuperação e tem como principal diferencial corrigir o grau por completo, além de durar toda a vida do paciente e ser reversível, caso o paciente queira ou tenha a indicação. Outro ponto de destaque é que pode ser realizada por um amplo número de pessoas com miopia, incluindo aquelas com ceratocone e alto grau.  

 Atenção constante aos olhos 

Independentemente do uso de lentes (e mesmo que não tenha realizado implante intraocular para alta miopia), lembre-se que os olhos são órgãos sensíveis e é preciso cuidado com hábitos que possam afetá-los. Evite coçá-los excessivamente (isso pode causar ceratocone), usar maquiagem vencida e até mesmo colírios de outras pessoas, pois isso pode gerar doenças oculares. 

Leia o artigo
Capa do artigo
A vida após o implante de íris artificial

No Brasil, temos um cenário representativo relacionado aos implantes de lentes especiais, com destaque para os casos de Catarata. Isso se deve ao elevado número de pacientes com a doença e, ainda, à consequente popularidade do tema. Porém, é importante mencionar que há outros casos que demandam o implante de lentes especiais, incluindo prótese de íris artificial, anel expansor e uma série de outros insumos cirúrgicos que possibilitam melhorar a qualidade técnica para implantes e reconstrução ocular. 

Nesse contexto, destacamos o uso da íris artificial, que marca uma grande revolução na oftalmologia por viabilizar o tratamento de pacientes que antes eram tidos como casos sem solução. Benefício para oftalmologistas, que passam a contar com insumos antes não existentes para cirurgias, e para os pacientes, que com seu implante ganham tratamento, bem-estar e qualidade de vida. 

Vamos saber mais sobre isso. 

A importância do implante de íris artificial 

O uso da íris artificial foi muito esperado pelos oftalmologistas até ser homologado no Brasil. Seu implante é um recurso valioso, usado para reconstrução de casos com falta de tecido iriano, traumáticos ou congênitos (desde o nascimento), e que não podem ser recompostos somente com técnicas de cirurgia plástica.  

Os pacientes desses casos têm muita fotofobia e desconforto em seu dia a dia, com limitação para troca de ambientes de diferentes luminosidades e exposição ao sol. Assim, analisando pelo aspecto funcional, o implante aumenta muito o bem-estar dessas pessoas. E há, adicionalmente, a questão estética, pois pode haver diferença entre os olhos devido à doença e a íris artificial tem cores muitos próximas aos tons naturais, equilibrando esse aspecto.  

O olhar de um oftalmologista 

O Dr. Rodrigo Pazetto, oftalmologista da Gramado Clínica de Olhos, compartilhou a experiência positiva que teve em seu primeiro caso de implante de íris artificial, celebrando seu sucesso. “Foi realizado em um paciente que eu já acompanhava por ter sofrido um trauma, que chegou ao consultório com Afacia Traumática e Aniridia parcial, com 90% da visão comprometida. Por isso, inicialmente passou por procedimentos para recuperar sua visão e, posteriormente, foi submetido ao implante de íris artificial para completar a reconstrução de seu olho. Foi um sucesso funcional e esteticamente”. 

O paciente do Dr. Pazetto representa os inúmeros pacientes que sofrem algum tipo de acidente e, até então, não tinham alternativa para reparar as consequências estéticas. Ele feriu sua visão enquanto praticava atividade física com um elástico específico para isso e, antes da íris artificial, teria ficado com sequelas. “Tive uma experiência excelente com a solução desse caso e já tenho novos pacientes em preparo para a cirurgia de implante”, completa Dr. Rodrigo Pazetto 

Dentre os pacientes “sem tratamento” até então, estão os com Aniridia. A boa notícia é que a partir desta inovação a Aniridia tem cura, assim como tantas outras doenças que eram consideradas insolúveis. 

A íris artificial  

Como mencionado anteriormente, o implante de íris artificial é uma alternativa de tratamento para inúmeras doenças por oferecer recuperação médica e estética. Com ele, o paciente pode voltar a usar os olhos para atividades normais no dia seguinte após a cirurgia e, como resultado, há redução da sensibilidade à luz com diminuição de fenômenos fóticos, aumento da sensibilidade ao contraste e eliminação de defeitos de transiluminação. A melhora é significativa e impacta a qualidade de vida do paciente de forma muito positiva. 

Essa opção é viável a partir dos 21 anos de idade, mediante realização de cirurgia de catarata. Não há contraindicações e o pós-operatório consiste em repouso físico de 7 a 10 dias. A recuperação visual perfeita se dá em cerca de 30 dias.    

E atenção: o implante deve ser feito por profissional certificado, que também verificará se é a solução indicada. Caso ache uma opção interessante, consulte um oftalmologista e saiba mais sobre a Íris Artificial Humanoptics, prótese de íris.  

 

Leia o artigo
Capa do artigo
5 hábitos que podem acelerar problemas de visão

Um hábito é uma rotina de comportamento, algo que aprendemos e, por fazer repetidas vezes, acaba se tornando de execução automática. Muito se fala sobre hábitos saudáveis e como desenvolvê-los para beneficiar a saúde, a produtividade e o dia a dia em geral. Quem nunca viu uma dica nas redes sociais sobre isso, não é mesmo?  

Mas você sabia que um hábito também pode ser algo negativo? 

Hábitos negativos 

É isso mesmo, existem hábitos que podem prejudicar a saúde ocular, como fumar. Pode parecer óbvio, mas vale ser destacado. A parte mais surpreendente dos hábitos negativos está na dificuldade de deixá-los de lado e, principalmente, nos que não sabemos que fazem mal. Alguns deles impactam diretamente na saúde dos olhos, prejudicando a visão e causando doenças como mudanças de níveis de miopia, catarata precoce e alteração da pressão intraocular. Saiba quais são.  

1.Uso de telas por muitas horas 

Celulares, computadores e tantas outras ferramentas viraram praticamente uma extensão de nosso corpo. Mas o uso excessivo desses dispositivos demanda muito de nossa visão de perto, deixando a de longe sem uso. Isso traz consequências, como o desenvolvimento da miopia, cada vez mais comum em crianças e adolescentes. Além de estimular o desenvolvimento da doença, o hábito das telas pode alterar os níveis de miopia, aumentando o grau do paciente. 

Outros danos são causados pelo uso das telas, como o risco aumentado para o desenvolvimento da síndrome do olho seco, que é uma anomalia na produção ou na qualidade das lágrimas. Entre os principais sintomas estão ressecamento da superfície do olho, vermelhidão, ardor e coceira. 

Se não pode minimizar o uso das telas, para evitar esses problemas, descanse os olhos a cada 20 minutos (olhe para o horizonte, por exemplo) e pisque mais vezes para lubrificar a superfície ocular. 

2. Levar as mãos aos olhos e coçá-los de forma frequente 

Você já deve ter notado alguém que vive com as mãos nos olhos, certo? Fazer isso e coçar os olhos de forma frequente são um dos piores hábitos para a saúde ocular. As mãos estão em contato com muitas superfícies e objetos e, por isso, há grande risco de levar para os olhos vírus, bactérias, protozoários e partículas que podem causar doenças oculares e sistêmicas. 

Além disso, ao coçar os olhos o atrito pode causar ceratocone, doença que afeta a córnea e pode alterar a acuidade visual, entre outras consequências. Há também o risco do desenvolvimento de uma ptose palpebral, lesão no músculo responsável pelo movimento de abrir e fechar os olhos, fazendo com que a pálpebra sofra uma queda, recobrindo uma parte maior da córnea.  

Em caso de coceira frequente, é importante consultar um oftalmologista para entender a causa. E mantenha sempre as mãos higienizadas. 

3. Usar produtos vencidos ou de má qualidade 

Qualquer produto que for aplicado na face, principalmente nos olhos, precisa ter uma boa procedência. A região é porta de entrada para nosso corpo, além de ser um órgão sensível. Isso vale para maquiagens, cremes e qualquer outro item de beleza ou higiene. O uso de produtos vencidos, estragados ou de má qualidade podem gerar consequências sérias, como irritação ou alergia, descamação da pálpebra, conjuntivite e blefarite, doença ocular causada por bactérias que provoca vermelhidão, ardência, coceira e sensação arenosa na vista. 

4. Usar colírios sem prescrição médica 

O hábito da automedicação é bastante presente no Brasil e os colírios são uns dos preferidos para isso, o que é muito perigoso. Um dos principais usos é para diminuir a vermelhidão dos olhos, com os colírios descongestionantes. Eles atuam por meio da contração dos vasos sanguíneos do globo ocular, fazendo com que a vermelhidão melhore. Porém, o uso frequente desses fármacos leva a um efeito rebote, fazendo com que sejam necessárias doses cada vez maiores. Isso ocorre porque os vasos sanguíneos perdem a elasticidade. 

Há, ainda, aqueles que contêm corticoide na fórmula, por exemplo, e podem até mesmo levar a um episódio agudo de glaucoma e provocar catarata precoce. 

Caso você apresente qualquer sintoma, como vermelhidão ocular de forma frequente, procure um oftalmologista. Os colírios não são inofensivos e devem ser usados sob recomendação médica. 

5. Não passar por consulta oftalmológica anualmente 

Por último, mas não menos importante, está o hábito de não procurar um médico de forma recorrente, nesse caso o oftalmologista. Costumamos buscar um especialista apenas em caso de sinais de doença ou desconfortos, mas é fundamental fazer consultas e exames de rotina. Quando o assunto é com os olhos, a falta de disciplina é ainda maior em relação a isso, principalmente quando a pessoa não tem problemas de visão, como miopia, hipermetropia e astigmatismo. 

Fazer avaliações oftalmológicas frequentemente é importante para acompanhar fatores como a pressão intraocular, identificar problemas como a catarata precoce e monitorar os níveis de miopia, que podem surgir ou sofrer alterações no caso de quem já identificou a doença.  

Reveja seus hábitos para evitar ou retardar o aparecimento de problemas oculares. 

Leia o artigo