Compare as técnicas de cirurgia de catarata e ofereça a melhor ao seu paciente

Com o avanço da tecnologia, especialmente na introdução de mais opções de lente importada para cirurgia de catarata no Brasil, abriu-se para discussão as possibilidades de abordagem para este procedimento, que é um dos mais realizados em todo mundo na oftalmologia.

É comum que se confundam as opções de lentes com as modalidades de cirurgia. Na maioria das vezes, a tecnologia da lente não diz respeito a outro tipo de procedimento, embora existam sim lentes de alta tecnologia que utilizem outra abordagem cirúrgica, como veremos mais adiante.

Este artigo busca exemplificar melhor cada modalidade de cirurgia, apresentar opções de lentes intraoculares ideais para cirurgia de catarata. 

Cirurgia por facoemulsificação

É a modalidade mais tradicional e mais comum para a cirurgia de catarata. Pelo fato de se utilizar da tecnologia de um ultrassom de alta precisão, que emulsifica o núcleo do cristalino, a extração da catarata é mais simples, por uma incisão menor que 1mm. A vantagem é a rápida recuperação, que não requer internação, maior previsibilidade, segurança, sendo a técnica mais usada ao redor do globo. 

Embora seja um procedimento perfeitamente seguro, envolve riscos. Alguns são: o astigmatismo induzido, queima da córnea, traumatismo da íris, ruptura da cápsula posterior, perda de vítreo, edema macular cistóide, infecções etc.

Nesta modalidade de cirurgia, depois da facoemulsificação e remoção do cristalino que está opacificado, pode-se fazer o implante de uma LIO (Lente Intraocular). E é aqui que surgem as maiores dúvidas dos pacientes. Antes de entrarmos sobre cada tipo de lente intraocular, tanto lente nacional quanto importada para cirurgia de catarata, vamos falar de outra modalidade de cirurgia. 

Cirurgia a laser

É comum que se confunda o laser com a facoemulsificação, uma vez que as cirurgias refrativas mais populares são aquelas feitas com laser (como as PRK e LASIK). Porém, é importante informar aos pacientes e público em geral que são duas modalidades e possibilidades diferentes de se tratar a catarata, sendo uma com ultrassom (facoemulsificação) e outra com laser (outra tecnologia).

A cirurgia de catarata a laser não oferece muitas vantagens ainda hoje em dia, já que é mais demorada, com recuperação mais lenta, menos eficaz em cataratas com certo nível de dureza e com mais riscos (queimadura na córnea etc). 

Sobre as Lentes e as últimas inovações

Na cirurgia de facoemulsificação, como sabemos, o mais comum é utilizar uma lente intraocular depois de se remover o cristalino opaco. As opções de lente nacional para cirurgia de catarata nem sempre são as mais recomendadas. O mercado tende a preferir lentes intraoculares importadas por apresentarem mais conforto e qualidade ao serem implantadas. Embora, nenhuma das lentes dispensa o uso dos óculos, se esse é o caso do paciente operado.

As lentes TRIVIA, que é uma lente  intraocular trifocal indicada para corrigir catarata, chega ao mercado brasileira com o diferencial de corrigir problemas de visão também (miopia e astigmatismo). Ela possui tecnologia embarcada LIO inteligente, que impede efeitos colaterais multifocais indesejados. É uma lente já preparada para ambiente digital, otimizada para o uso de telas, além de corrigir a presbiopia associada à catarata. 

Mas o ponto mais forte, é sem dúvida seu sistema de injeção. Pré-carregado sem contato e com separação dos componentes. Tanto a LIO quanto o injetor passam por processos de esterilização separados. 

Ou seja, aqui falamos de uma lente que traz consigo uma nova abordagem cirúrgica.

Outras categorias de LIO’s

Algumas outras lentes.

  • Lentes intraoculares monofocais;
  • Lentes intraoculares asféricas;
  • Lentes intraoculares tóricas;
  • Lentes intraoculares trifocais tóricas;
  • Lentes intraoculares de foco estendido.

 

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A Inteligência Artificial também está no mercado de oftalmologia. Entenda melhor

A Inteligência Artificial (IA) vem trazendo soluções cada vez mais inovadoras aos mais diversos segmentos, e com a medicina não seria diferente. Por meio da tecnologia, é possível fazer operações e procedimentos com mais segurança e eficiência, oferecer diagnósticos mais precisos e até mesmo prevenir contra patologias futuras.  

A oftalmologia é uma das especialidades em que a IA mais evoluiu ao longo dos últimos anos, já podendo ser encontrada em diversos equipamentos oftalmológicos, que integram as tecnologias de luzes terapêuticas, terapia genética e tratamentos combinados para tratar os mais diversos casos, como cegueira, câncer, catarata, glaucoma, dentre outros. Além disso, o mercado vem se adaptando muito bem à tecnologia, implementando-a no desenvolvimento de diversos produtos que melhoram cada vez mais a qualidade de vida das pessoas com diferentes distúrbios oculares. É o caso das lentes ultrafinas, que se mostram uma ótima solução para quem possui algum tipo de ametropia. Sem contar os inúmeros estudos e experimentos que vêm sendo feitos na área, com o intuito de revolucionar a oftalmologia de ponta a ponta. 

Dentre as soluções já disponíveis no mercado, os tratamentos oftalmológicos baseados em IA são: 

 

  • Tomografia de coerência óptica (OCT) – Trata-se de uma técnica de imagem que utiliza luz para capturar imagens detalhadas das estruturas oculares do paciente. A IA presente neste exame oftalmológico pode ser usada para analisar as imagens obtidas e identificar padrões que possam indicar doenças oculares. 

 

  • Fundoscopia – Esta é uma outra técnica de imagem que utiliza uma lente especial para examinar o fundo do olho. Neste caso, a IA analisa as imagens fundoscópicas e identifica padrões que possam indicar patologias como retinopatia diabética. 

É muito importante que o oftalmologista esteja atento às tendências e movimentos do mercado, buscando estar sempre atualizado não apenas em termos de conhecimento, como também de tecnologias disponíveis em seu consultório. A Advance Vision é uma empresa que trabalha com equipamentos oftalmológicos de ponta, e está sempre trazendo o que existe de mais atualizado e inovador no mercado. Plataformas como OS4, Faros, CataRhex e Retcam Envision já são comercializadas no Brasil pela companhia. Para saber mais sobre os equipamentos e as melhores soluções para seu consultório, acesse o site ou entre em contato com a equipe comercial.  

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RetCam: saiba como escolher a lente ideal para um diagnóstico rápido e preciso

Conscientizar os adultos a se preocuparem com a visão das crianças desde cedo é fundamental para evitar problemas oculares que podem levar a danos irreversíveis. A primeira avaliação com equipamentos oftalmológicos é feita nas primeiras horas de vida do bebê, ainda na maternidade. Muito comum, esse primeiro exame de visão dos recém-nascidos é conhecido como teste do olhinho ou teste do reflexo vermelho (TRV)

Resumidamente, com o auxílio de um aparelho com fonte de luz é realizada a primeira triagem ocular para verificar se o reflexo vermelho está presente nos olhos. Caso esteja ausente ou diferente de um olho para outro, uma avaliação oftalmológica mais completa deve ser realizada prontamente para o diagnóstico precoce de doenças como Retinopatia da Prematuridade  e o Retinoblastoma.

Porém, o teste do olhinho tradicional não detecta problemas de fundo de olho. O complemento do mapeamento do globo ocular por meio do Teste Digital do Olhinho, realizado com o retinógrafo RetCam, é mais eficaz e fundamental para auxiliar identificar patologias mais graves na visão dos recém-nascidos. Uma avaliação completa do olho e a escolha da lente correta na realização do exame pode, inclusive, predizer e encaminhar para um diagnóstico precoce de doenças neurológicas. 

Considerada a tecnologia mais avançada do mercado em mapeamento e avaliação de retina, o Retcam garante alta resolução nas imagens e um diagnóstico rápido e preciso. Conheça as lentes disponíveis e as diferenças entre elas. 

 

Precisão no diagnóstico!

O conjunto de lentes que acompanha o sistema RetCam torna o exame mais fácil e tem diversas aplicações na detecção precoce das enfermidades oftalmológicas, tanto na visão dos recém-nascidos, quanto em crianças e adultos. Escolher a lente certa de acordo com cada paciente permite a melhor imagem anatômica e facilita o diagnóstico. 

O : 130 graus, lente de maior campo de visão, possibilita a visualização ampla de periferia; 120 graus, lente muito próxima a de 130 graus, possui um contraste maior em relação a de 130; 80 graus e 30 graus, possui um campo menor, mas excelentes para identificar estruturas, devido aproximação/zoom e lente panorâmica para  retrato de estruturas externas. O equipamento oftalmológico possui uma família de lentes intercambiáveis ​​que fornecem uma ampla gama de opções de imagem e que permitem ao médico visualizar a patologia ocular anterior e posterior. São elas:

Lente D1300

Campo de visão: 130°

Aplicações: pediátrica

Benefícios: ponta pequena e ângulo de iluminação para bebês – triagem para a ROP, Retinoblastoma e Shaken Baby Syndrome

Lente B1200

Campo de visão: 120°

Aplicações: pediátrica

Benefícios: triagem e documentação de Retinoblastoma & Shaken Baby Syndrome. Possui um maior contraste, em comparação com a de 130º

Lente E800

Campo de visão: 80°

Aplicações: pediátrica e adulto

Benefícios: contraste de imagem em 80º para crianças e adultos. Excelente para olhos mais escuros, Retinoblastoma, Shaken Baby Syndrome e adulto pólo posterior.

Lente C300

Campo de visão: 30°

Aplicações: pediátrica e adulto

Benefícios: visualização de imagem de disco óptico e mácula em crianças e adultos. Visualização de 30º. Sem contato de imagem de segmento anterior em crianças e adultos.

Lente Panorâmica

Aplicações: pediátricas e adulto

Benefícios: visualização de estruturas externas, cílios pálpebras.

Dupla certa!

Unir a expertise do médico oftalmologista com o uso correto das lentes do Retcam é essencial para garantir um diagnóstico precoce na visão dos recém nascidos, controle e prevenção de doenças oculares, incluindo as severas e progressivas, como retinoblastoma, retinopatia da prematuridade, coloboma íris, entre outras. 

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O que seus pacientes precisam saber sobre testes genéticos na área de oftalmologia

A tecnologia avança cada vez mais e, no que diz respeito aos exames oftalmológicos, não poderia ser diferente. Constantemente, novos processos estão sendo realizados para que a saúde do paciente seja sempre colocada em 1º lugar. Com isso, desde o nascimento, alguns exames são obrigatórios para detecção de doenças, como é o caso do teste do olhinho 

Mas e se for possível fazer um teste genético em oftalmologia? Este anularia os outros exames fundamentais para diagnóstico de doenças oculares? 

De acordo com as atualizações recentes, os testes genéticos atualmente disponíveis e que são a base dos estudos de DNA podem estabelecer a predisposição para uma doença genética específica décadas antes que o paciente tenha sintomas, o que é um ótimo aliado na luta contra doenças genéticas e hereditárias.  

Além disso, permite avaliar várias hipóteses ao mesmo tempo, ou seja, testar doenças de forma simultânea. A verdade é que cada situação exige uma análise detalhada do caso para que o melhor seja proporcionado, mas é fundamental que os médicos orientem os pacientes de nenhum teste genético substitui a necessidade de idas regulares ao oftalmologista, inclusive em crianças.  

Retinógrafo: veja mais sobre o teste digital do olhinho 

O retinógrafo é a tecnologia fundamental para diagnóstico precoce de possíveis doenças oculares do bebê, com o teste do olhinho também conhecido como teste do Reflexo Vermelho.   

Ao realizar este exame é possível detectar enfermidades oculares, ter um diagnóstico preciso, reduzir as chances de cegueiras nos recém-nascidos, tratar de maneira adequada qualquer doença e garantir a qualidade da visão do bebê.  

Contudo, recentemente, estudos apontaram um novo teste genético na área da oftalmologia, e como mencionado acima, ele não exclui a necessidade de outros exames fundamentais e de rotina. 

Quando o teste genético oftalmológico foi lançado? 

Os testes genéticos foram lançados na área de oftalmologia durante o 44° Simpósio Internacional Moacyr Álvaro (SIMASP). O congresso foi impulsionado pelo departamento de oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e aconteceu entre os dias 14 e 18 de junho, na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo.  

Os estudiosos explicam que após o lançamento a meta é seguir com os testes, aprimorar as tecnologias em prol da melhoria e precisão dos diagnósticos: “Existem vários genes relacionados a quadros oculares, portanto, a identificação certeira se torna essencial para que o paciente possa receber um tratamento assertivo ou ser acompanhado à luz do conhecimento científico sobre seu problema”, afirma Juliana Sallumb especialista em genética clínica pela Sociedade Brasileira de Genética Clínica (SBGC), e professora do departamento de Oftalmologia e do programa de Pós-Graduação em Oftalmologia e Ciência Visual da Unifesp. 

Quais doenças ele consegue detectar? 

Com isso, diante de tantas inovações, confira algumas das principais doenças que o teste genético pode detectar: 

  • Segmento anterior: é um teste para avaliar a estrutura molecular de doenças da córnea e também genes relacionados às disgenesias mesodérmicas do segmento anterior, por exemplo, a síndrome de Rieger’s, Peter’s e aniridia; 
  • Retinoblastoma: o teste auxilia, e muito, para detectar mutações no RB1, o que previne tumores. Ademais, também dá suporte para investigar casos na família; 
  • Stargardt e diagnósticos diferenciais de doenças Flecks: diagnóstico para casos suspeitos de doença de Stargardt; 
  • Neuropatias incluindo doenças mitocondriais; 
  • Doenças oftalmológicas: sequencia e avalia a somatória de genes que estão em alguns dos painéis oftalmológicos anteriores, o que permite observar as alterações oculares de etiologia genética mais distantes. 

Como é possível constatar, o teste é muito indicado para os diagnósticos de adultos com histórico de doenças oculares graves na família.  

É essencial a ressalva de que nada elimina a necessidade do acompanhamento periódico das consultas no oftalmologista e dos exames que são pedidos desde o nascimento, como é o caso do teste do olhinho. 

Além disso, se não há recomendação de que o paciente realize o teste genético, a orientação é que siga normalmente com visitas ao oftalmologista durante toda a sua vida para manter sua saúde ocular em dia. E isso vale também para crianças e adolescentes.  

 Os resultados de um teste genético podem afetar os planos de um paciente, portanto, deve ser feito apenas com recomendação de um profissional, que deve conhecer bem todas suas implicações.  

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