As principais preocupações dos pais com a saúde dos filhos na volta às aulas presenciais

Depois de tanto tempo de homeschooling – termo em inglês para ‘ensino em casa’ – a expectativa de voltar às atividades escolares está causando um misto de alívio e preocupação em muitos pais, já que a rotina na escola deixa a criança muito mais exposta ao contágio da Covid-19. 

Apesar de o retorno ainda estar em aberto, obedecendo aos critérios de segurança estabelecidos pelo Centro de Contingência do Coronavírus, é essencial orientar seu filho sobre os cuidados que ele deve ter no dia a dia, reforçar os bons hábitos de higiene e observar o comportamento da criança na próxima retomada das aulas para garantir que todo esse processo ocorra de forma segura e sem prejudicar a saúde do pequeno.

O retorno escolar

Mesmo antes da pandemia, a propagação de doenças infecciosas, como gripe, conjuntivite, sarampo entre outras, em crianças no período escolar já era grande por conta do  compartilhamento de objetos com os amiguinhos. Por isso, essa fase de reencontro e da volta do contato social com outras crianças pede muito cuidado e atenção para evitar as doenças infantis típicas dos ambientes escolares, da visão infantil e a Covid-19. Veja algumas dicas para orientar seu filho e garantir segurança na volta às atividades escolares:

  • Máscara deve fazer parte do uniforme!

O cuidado e fiscalização com o uso de máscara durante o período escolar devem ser redobrados. Ensinar seu filho sobre o manuseio e uso do acessório é fundamental para ter uma volta às aulas mais segura. Além disso, também é importante enviar algumas máscaras extras em suas mochilas e lancheiras, para que a criança possa mudar para uma nova se a primeira ficar suada após o intervalo ou depois de ter se alimentado. 

  • Mãos limpinhas

Outra dica importante é orientar seu pequeno sobre os benefícios de lavar as mãos com água e sabão várias vezes ao dia e pendurar um potinho de álcool em gel 70% na mochila para que fique visível e a professora faça a higienização regular das mãos da criança também. 

  • Distanciamento 

Esse é o maior desafio quando se trata de criança. Manter uma frequência de conversas com a escola sobre como as regras de distanciamento estão sendo aplicadas e explicar ao seu filho sobre não abraçar e beijar os coleguinhas nesse período delicado de pandemia também é essencial para proteger dos riscos de contágio.


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O momento de isolamento social e homeschooling fez com que os pais se aproximassem ainda mais dos filhos e observassem alguns comportamentos, principalmente em relação à visão infantil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, houve um aumento de 39% de diagnósticos de miopia em crianças durante a pandemia. Esse aumento não se deu somente pelo uso excessivo de telas, mas também pela proximidade dos pais que puderam perceber certas dificuldades dos pequenos.

Não deixar essa “observação” de lado com a volta às aulas é ideal para assegurar de que não há nada de errado com a saúde da criança. Além disso, mesmo que ela não apresente nenhum sintoma de miopia infantil ou outros probleminhas de visão, as consultas regulares ao oftalmologista e exames de vista são imprescindíveis para se certificar de que seu filho possa se desenvolver de forma segura. 

Cuidados com a visão infantil

Os pais também devem orientar as crianças a não coçar, não colocar a mão, não esfregar e nem apertar os olhos. Esse ato, além de evitar a contaminação da Covid-19, também mantém a  visão infantil saudável, pois o hábito de coçar os olhos, quando repetitivo, pode levar à diminuição da visão, secreção, olho vermelho e lacrimejamento.

Um motivo para que a criança não consiga tirar as mãos dos olhos, coçando e esfregando de maneira contínua, é a tentativa de “consertar” a visão que fica embaçada. A miopia em crianças, por exemplo, pode deixar os olhos constantemente irritados ou avermelhados, como se tivessem chorado ou sofrido algum tipo de impacto físico. Novamente, o sintoma pode ser confundido e o que muitos acham se tratar de sono ou irritação natural do olho é, na verdade, um problema de  visão infantil. Por isso, é essencial sempre acompanhar o comportamento do seu filho e investigar caso algo saia do normal. 

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Lidando com a Perda de Visão Infantil: Orientações para Pais e Educadores

O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) indicou em seu relatório “As Condições da Saúde Ocular no Brasil 2023” que, seguindo a estimativa da Agência Internacional de Prevenção à Cegueira, é possível considerar que no Brasil tenhamos cerca de 27 mil crianças cegas, grande parte delas por doenças oculares que poderiam ter sido evitadas ou tratadas precocemente.  

Independentemente da causa de cegueira infantil, a perda de visão em crianças é um desafio emocional e prático para pais, cuidadores e educadores. Quando gerada por uma doença como o Retinoblastoma, que afeta a retina e evolui com o passar do tempo, é ainda mais importante entender como lidar com essa situação de forma compassiva e efetiva.  

Por isso, compartilharemos orientações valiosas para ajudar pais e educadores a apoiarem os pequenos que enfrentam a perda de visão, de forma que continuem a ter uma vida plena e feliz. 

Busque informações e orientação 

Procure informações confiáveis sobre a doença que levou à perda de visão da criança. Compreender a condição, seus sintomas, tratamentos e opções de suporte permitirá que você esteja mais preparado para auxiliar a criança nessa jornada. 

Comunique-se abertamente e com empatia 

Seja sincero e cuidadoso ao tratar sobre o assunto com a criança. Converse com ela de forma clara, sincera e compassiva sobre a sua condição e a perda de visão. Certifique-se de que a criança se sinta à vontade para fazer perguntas e expressar suas emoções. Esteja disponível para ouvi-la e oferecer apoio emocional durante todo o processo. 

Promova a independência e a autonomia 

Além do entendimento e da aceitação, há uma fase desafiadora de adaptação ao novo cenário, incluindo o pequeno e toda sua família. Incentive a criança a desenvolver habilidades que a ajudem a ser mais independente em sua rotina. Isso pode incluir a adoção de técnicas de orientação e mobilidade, como o uso de bengalas ou cães-guia, além de ajudá-la a se adaptar a atividades cotidianas, como se vestir, comer e se locomover com segurança.  

Adapte o ambiente 

Modifique o ambiente para torná-lo mais acessível e seguro para a criança com perda de visão. Organize os objetos de forma consistente e coerente, reduza obstáculos e utilize marcações táteis, como texturas ou cores contrastantes, para facilitar a identificação de diferentes áreas ou objetos. 

Incentive o desenvolvimento de outras habilidades 

Encoraje a criança a explorar e desenvolver suas habilidades em outras áreas, como música, esportes adaptados, arte ou escrita. Isso ajudará a promover sua autoconfiança, desenvolvimento pessoal e a criar formas de expressão. Além de ser uma boa distração e alternativa para tornar o processo mais leve. 

 Acesso a recursos de suporte 

Procure organizações, grupos de apoio e serviços especializados que possam fornecer recursos e orientação adicional para você e sua família. Esses recursos podem incluir terapeutas ocupacionais, psicólogos, especialistas em reabilitação visual e programas educacionais específicos para crianças com deficiência visual. 

Eduque-se e envolva a escola ou instituição educacional 

Trabalhe em parceria com a escola ou instituição educacional que a criança frequenta para garantir que as necessidades dela sejam atendidas. Informe-se sobre os recursos disponíveis, como professores de apoio, material didático adaptado e tecnologias assistivas, para que a criança possa continuar aprendendo e participando plenamente da vida escolar. 

Apesar das dicas apresentadas, não hesite em se aprofundar nas pesquisas sobre o assunto e em buscar apoio profissional ou de instituições dedicadas à cegueira infantil, o que é inclusive uma das sugestões listadas acima. Informação é sempre importante e toda a atenção com a criança e sua família é fundamental para que seu dia a dia se organize novamente da melhor forma possível. Independentemente da causa de cegueira infantil (retinoblastoma, catarata, glaucoma, entre outros), é um período delicado que requer dedicação e muitas adaptações. 

E lembre-se: existem doenças que levam à cegueira infantil que podem ser tratadas ou prevenidas. Por isso, cuide continuamente da visão infantil com visitas periódicas ao oftalmologista e a realização de exames de rotina, como o teste do olhinho. 

 

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O cuidado com a visão infantil na escola

Uma coisa é certa: toda criança fica doente com mais frequência ao entrar na creche ou escola. Doenças infecciosas e que prejudicam a visão infantil geralmente são as mais comuns da lista, certo? Normal! Com várias crianças juntas e brincando no mesmo ambiente é comum se contaminar já que nessa fase o sistema imunológico ainda é um pouco prematuro.   

Porém, mudanças de hábitos nas escolas, exames, teste de visão infantil e algumas orientações aos pais e alunos são essenciais para diminuir esse índice e principalmente preservar a saúde e visão. Confira algumas dicas:  

Lavar as mãos: o básico necessário para os pequenos

Parece simples, mas muitas vezes é esquecido pelos pais e educadores quando o assunto é saúde infantil. Lavar as mãos é um hábito de higiene simples que está relacionado com a prevenção de várias doenças, principalmente doenças comuns que prejudicam a visão infantil por um certo período, como conjuntivite e terçol.  

Isso ocorre porque os pequenos ainda não desenvolveram todo o seu canal lacrimal, ou seja, ele é mais estreito que o de adultos, o que propicia o desenvolvimento de inflamações e infecções na região. Desta forma, é necessário redobrar os cuidados com as crianças e incentivar a higiene das mãos diversas vezes ao dia e não deixar a criança compartilhar toalhas higiênicas ou outros objetos pessoais no ambiente escolar

Nada de coçar os olhos!

Também é papel fundamental dos educadores ensinar às crianças sobre a importância de não levar as mãos aos olhos. As mãos podem estar repletas de organismos patogênicos, o contato com os olhos, pode ajudar a transmitir doenças. É por isso que se deve lavar as mãos sempre que pegarem em objetos que podem estar sujos, como brinquedos usados por outros colegas.

Além disso, coçar e esfregar os olhos também prejudica (e muito!) a visão infantil. O hábito contribui para um afinamento e abaulamento da córnea. Ou seja, a córnea fica menos resistente em uma determinada área e perde a sua forma regular, assumindo uma forma de cone, resultado do Ceratocone trazendo sérias consequências e problemas de visão com o passar dos anos. Realizar o teste de miopia e teste de visão infantil todos os anos no oftalmologista é uma ótima forma de prevenção para que doenças mais graves não apareçam. 

Fique atento!

Os educadores também devem observar se a criança está muito dispersa ou se ela se aproxima muito dos livros, lousa ou caderno para enxergar melhor. Essas atitudes podem indicar algum problema de visão, como a miopia infantil. Avisar os pais sobre o comportamento do pequeno e até mesmo orientar sobre a importância de ir ao oftalmopediatra para realizar um teste de visão infantil e teste de miopia é essencial para evitar que o problema se agrave ou prejudique a qualidade de vida do aluno. 

Incentive as pausas

Com o ano letivo em andamento, as crianças passam muito tempo com os olhos fixos em livros, cadernos, tablets e telas de computador. Com o tempo, isso pode causar fadiga ocular, dores de cabeça, visão turva ou mesmo miopia. Por isso, é preciso ensinar as crianças a fazerem uma pausa de 10 a 15 minutos a cada hora de leitura para evitar problemas na visão. 

Todo cuidado é pouco

Mesmo que o aluno não apresente nenhum sintoma ou problema de visão, alertar os pais sobre a importância das consultas regulares ao oftalmologista, teste de miopia, teste de visão infantil e outros exames são imprescindíveis para se certificar de que a criança esteja se desenvolvendo de forma segura e evitar que possíveis doenças se agravam ou passem despercebidas, prejudicando assim, a qualidade de vida e bem-estar dos pequenos no longo prazo.

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Problemas de visão podem dificultar socialização infantil. O que fazer?

Não há dúvidas de que todos os sentidos sejam importantes para um ser humano. Mas, quando o assunto é relacionado às crianças é preciso um olhar bastante atento à visão. Esse sentido é um dos mais essenciais para o desenvolvimento dos pequenos por desempenhar um papel fundamental na aprendizagem, exploração do mundo e na socialização.  

Além dos sintomas mais populares, como dores de cabeça, dificuldade de aprendizagem, coceira nos olhos e lacrimejamento, as questões não tratadas ou mal resolvidas de visão podem gerar danos emocionais para as crianças, especialmente na primeira infância. Esse é um ponto pouco conhecido ou lembrado, mas que precisa ser destacado, uma vez que não enxergar bem pode afetar o comportamento, gerando um grande desafio para a socialização infantil. 

Por isso, toda atenção à visão infantil é fundamental. O teste do olhinho, as consultas e os exames de rotina são de suma importância para identificar problemas e doenças como a miopia infantil e o retinoblastoma 

Comportamento infantil e sinais de alerta 

É natural que algumas crianças sejam introvertidas e tímidas, afinal são traços de personalidade que variam de pessoa para pessoa. Porém, é importante que pais e responsáveis fiquem atentos a mudanças significativas no comportamento infantil, pois podem indicar questões relevantes a serem tratadas. 

O alerta surge quando há grande variação. Ou seja, uma criança normalmente alegre passa a ficar mais quieta e triste, sem motivo aparente. Ou quando um pequeno antes focado e calmo começa a demonstrar impaciência, irritação e ansiedade. Nesses casos, é preciso buscar a orientação de um profissional de saúde.  

Assim, depois de uma investigação médica e caso as mudanças de comportamento não estejam associadas a algum transtorno psicológico evidente, é recomendado marcar uma consulta oftalmológica. Problemas de visão podem estar afetando a criança e seu bem-estar de forma sutil, sem que ela mesma identifique ou consiga comunicar isso. 

Acompanhamento constante é fundamental 

É importante salientar que, mesmo que seu pequeno não apresente sinais ou sintomas de problemas de visão, é indispensável que crianças sejam examinadas por um oftalmologista no primeiro ano de vida, entre seis e doze meses, e depois entre três e cinco anos de idade. Essa orientação faz parte das diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP).  

O desenvolvimento da visão da criança acontece até os sete anos, por isso é desejável que o diagnóstico e o tratamento de doenças oculares que comprometam isso sejam realizados prematuramente. Nesse contexto, o teste do olhinho é um dos recursos usados pelos oftalmologistas para avaliar a visão e detectar doenças como o retinoblastoma. Exija que seus filhos ou crianças pelas quais é responsável passem por ele. 

O teste do olhinho realizado com a tecnologia RetCam, por exemplo, pode identificar um elevado número de enfermidades nos recém-nascidos, como retinopatia da prematuridade, retinoblastoma, hemorragia de retina, zika congênita, córnea opaca e catarata congênita. Isso é possível graças à sua inovação e imagens precisas, que permitem uma visualização detalhada das estruturas do fundo do olho. 

Uma visão nítida e saudável é fundamental para que possam explorar o mundo, interagir com os outros e se desenvolver plenamente. Cuidar da saúde ocular das crianças desde cedo é um investimento no seu bem-estar e sucesso futuro. Lembre-se sempre de que a visão é mais do que apenas enxergar, é a chave para a descoberta e a conexão com o mundo ao redor. 

Cuide da visão de seus pequenos! 

 

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