Alta miopia pode causar cegueira? Entenda tudo

A miopia é um problema nos olhos que causa a dificuldade para enxergar de longe. Quem tem o problema possui um formato de globo ocular mais longo do que o comum e, com isso, os raios de luz são absorvidos antes de chegar na retina. Isso faz com que os olhos distorçam as imagens, o que consequentemente provoca um impasse na visão.

Esse fenômeno também é chamado de alongamento axial e atinge cerca de 45,7 milhões de brasileiros, sendo que pelo menos 6 milhões possuem o que se chama de alta miopia, aquela com mais de 6 graus. Apesar de comum, esse é um dos principais fatores que causam a cegueira. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a alta miopia é a terceira causa de cegueira no mundo.

Como tratar a alta miopia?

O risco de perda da visão causado da alta miopia está relacionado ao aumento do comprimento axial do olho. Pode provocar o descolamento da retina, edema na mácula (porção central da retina), catarata e problemas de circulação que podem levar à degeneração da retina e ao glaucoma. Por isso, muitas pessoas investem na correção da miopia com o implante de lente intraocular ICL. A cirurgia é indicada para miopia entre 6 e 23 graus, mas não pode ser feita em gestantes, pessoas com glaucoma, doenças na retina ou estabilidade do grau menor que um ano.

Apesar da correção ser efetiva e trazer benefícios à saúde ocular, os cuidados oftalmológicos não devem ser descartados. Isso porque o implante corrige a visão, mas não altera o comprimento do globo ocular. Por isso, o risco de contrair as doenças ainda vão existir e, para preveni-los, é necessário que os pacientes continuem o acompanhamento com um especialista em miopia e estejam em dia com seus exames.

Quais são as causas?

A miopia é, no geral, causada pela hereditariedade. Quando um dos pais ou ambos são míopes, as chances de os filhos apresentarem o problema são altas.

Além disso, estudos também demonstram que a miopia pode estar relacionada ao excesso de esforço visual que fazemos quando dedicamos horas em frente às telas, sejam elas de computador, celular ou televisão. Nesse caso, fala-se da miopia acomodativa, que é uma dificuldade temporária de enxergar à distância. Ela pode se tornar permanente caso o hábito persista ou não seja tratado. Justamente por esse motivo, alguns especialistas recomendam que crianças descansem os olhos após o contato com telas.

Outros estudos ainda apontam que a falta de atividade ao ar livre pode danificar a saúde ocular e causar miopia, já que a maior iluminação dos ambientes externos faz a pupila contrair e ajuda aprofundar o foco.

Como prevenir?

As principais formas de prevenir e melhorar a saúde ocular são simples: é preciso estar em dia com o acompanhamento médico para analisar possíveis chances de desenvolver o problema e investir em métodos como as atividades ao ar livre e alimentação adequada.

 

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Conheça os tipos de lentes intraoculares indicadas para casos de catarata

A catarata é uma doença indolor que afeta o cristalino do olho, causando a perda progressiva da visão. O tratamento é geralmente realizado através do implante de lente intraocular para catarata, que substitui o cristalino afetado.

A causa mais comum da catarata é a danificação natural do cristalino que acontece com o tempo, sendo mais observada em pessoas a partir de 65 anos. Porém, ela também pode ocorrer quando o cristalino é lesionado de alguma maneira – como em acidentes ou pancadas – ou decorrente de outras doenças, como diabetes, hipertireoidismo, glaucoma ou miopia patológica. A catarata congênita é o caso de crianças que nascem com a condição. Todos esses casos são tratados com o implante de lente intraocular para catarata.


Existem vários tipos de lentes que podem ser implantadas no paciente. Neste post iremos falar um pouco sobre a cirurgia para catarata e explicar quais são os tipos de lente disponíveis no mercado para o tratamento da doença.

Como é feita a cirurgia de implante de lente intraocular para catarata?

A cirurgia para catarata é um processo rápido, simples, indolor e perfeitamente seguro.

Usando um laser de precisão, o cirurgião faz um corte de no máximo 2 milímetros no centro da córnea (tecido que reveste o olho). Em seguida é usado um aparelho chamado facoemulsificador que emite pulsos vibratórios curtos. Esses pulsos quebram o cristalino afetado do paciente, que depois são retirados do olhos através de um mini aspirador.

Terminado este processo, é feito o implante da lente intraocular para catarata pelo mesmo corte em que o cristalino foi retirado. Este corte se regenera sozinho dentro de poucos dias.

O procedimento leva entre 10 a 20 minutos para ser finalizado e é totalmente indolor com anestesia local aplicada. Após a realização do mesmo, o paciente deve ficar em observação por algumas horas para assegurar que não ocorra nenhuma complicação. Ao fim deste período o paciente já é liberado para voltar para casa.

O pós-operatório da cirurgia para catarata também é relativamente simples: O paciente deve evitar apenas grandes esforços físicos e levantar pesos maiores que 5 quilos por duas semanas. Deve-se evitar nadar em piscinas, rios, praias ou frequentar saunas por um mês. Atividades como ler, assistir TV, usar o computador ou o celular podem ser retomadas no mesmo dia.

É normal que a visão do paciente fique turva após o procedimento, sintoma este que deve desaparecer sozinho depois de 5 dias.

Quais são os tipos de lente intraocular para catarata?

Existem alguns tipos diferentes de lentes intraoculares com características distintas. Cada tipo é mais indicado para certos casos, incluindo lentes que são capazes de corrigir problemas adicionais de visão, como a miopia.

Veja a seguir quais são e para que servem cada um destes tipos de lente intraocular para catarata.

Lente intraocular monofocal não-tórica

Essas são as lentes indicadas para pacientes com baixo grau de astigmatismo (menor que 1). Essas lentes, além da catarata, também corrigem baixos graus de miopia ou até 6 graus de hipermetropia.

Após o implante desta lente, pode ser que o paciente ainda precise usar óculos de perto.

Lente intraocular monofocal tórica

Estas são indicadas para pacientes que possuem graus médios ou altos de astigmatismo. As lentes intraoculares monofocais tóricas contam com curvaturas calculadas para corrigir o astigmatismo, diminuindo assim a necessidade do paciente usar óculos para enxergar à distância.

Mesmo corrigindo a visão a distâncias maiores, não é raro que o paciente ainda precise de óculos para enxergar de perto mesmo após os implantes.

Lente intraocular multifocal tórica

As lentes multifocais são as mais modernas do mercado, pois como o nome indica, possuem foco tanto para perto quanto para longe. Por isso elas são as mais indicadas para pacientes que, além da catarata, também desejam corrigir tanto a vista de perto quanto de longe.

Esta lente é recomendada apenas para pacientes acometidos com grau médio de astigmatismo. Em alguns casos, o paciente ainda pode precisar de óculos após a cirurgia.

Lente intraocular multifocal não-tórica

Assim como a outra modalidade de lente multifocal, esta também é capaz de corrigir a visão tanto para perto quanto para longe. A diferença é que a lente não-tórica é recomendada para pacientes com grau baixo de astigmatismo.

Também pode ser necessário o uso de óculos após o procedimento.

Lente intraocular multifocal acomodativa

Este tipo de lente intraocular para catarata busca emular o formato natural do cristalino. Em outras palavras, elas imitam o movimento de acomodação do cristalino, além de serem capazes de focar a visão tanto para perto quanto para longe.

Consulte o seu oftalmologista!

É importantíssimo que consulte um médico oftalmologista caso haja alguma suspeita de catarata. Apesar da doença ser indolor, e os sintomas se manifestarem logo no início, ela é uma condição progressiva que só piora com o tempo, podendo vir a causar a perda total da visão.

Segunda a OMS (Organização Mundial da Saúde), a catarata é a causadora de metade de todos os casos de cegueira no mundo todo (fonte), e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) constatou que 28,7% dos brasileiros acima dos 60 anos são acometidos pela doença (fonte).

Levando em conta que estes casos são perfeitamente tratáveis preveníveis, é de suma importância a consulta com um oftalmologista caso a pessoa tenha sintomas como visão turva/embaçada, visão duplicada, fotossensibilidade, halos em volta da luz, dificuldade de diferenciar tons de cores e mudanças muito frequentes nos graus dos óculos.

O implante de lente intraocular para catarata é seguro e pode salvar a sua visão.

É possível evitar a progressão do Ceratocone?

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5 hábitos que podem acelerar problemas de visão

Um hábito é uma rotina de comportamento, algo que aprendemos e, por fazer repetidas vezes, acaba se tornando de execução automática. Muito se fala sobre hábitos saudáveis e como desenvolvê-los para beneficiar a saúde, a produtividade e o dia a dia em geral. Quem nunca viu uma dica nas redes sociais sobre isso, não é mesmo?  

Mas você sabia que um hábito também pode ser algo negativo? 

Hábitos negativos 

É isso mesmo, existem hábitos que podem prejudicar a saúde ocular, como fumar. Pode parecer óbvio, mas vale ser destacado. A parte mais surpreendente dos hábitos negativos está na dificuldade de deixá-los de lado e, principalmente, nos que não sabemos que fazem mal. Alguns deles impactam diretamente na saúde dos olhos, prejudicando a visão e causando doenças como mudanças de níveis de miopia, catarata precoce e alteração da pressão intraocular. Saiba quais são.  

1.Uso de telas por muitas horas 

Celulares, computadores e tantas outras ferramentas viraram praticamente uma extensão de nosso corpo. Mas o uso excessivo desses dispositivos demanda muito de nossa visão de perto, deixando a de longe sem uso. Isso traz consequências, como o desenvolvimento da miopia, cada vez mais comum em crianças e adolescentes. Além de estimular o desenvolvimento da doença, o hábito das telas pode alterar os níveis de miopia, aumentando o grau do paciente. 

Outros danos são causados pelo uso das telas, como o risco aumentado para o desenvolvimento da síndrome do olho seco, que é uma anomalia na produção ou na qualidade das lágrimas. Entre os principais sintomas estão ressecamento da superfície do olho, vermelhidão, ardor e coceira. 

Se não pode minimizar o uso das telas, para evitar esses problemas, descanse os olhos a cada 20 minutos (olhe para o horizonte, por exemplo) e pisque mais vezes para lubrificar a superfície ocular. 

2. Levar as mãos aos olhos e coçá-los de forma frequente 

Você já deve ter notado alguém que vive com as mãos nos olhos, certo? Fazer isso e coçar os olhos de forma frequente são um dos piores hábitos para a saúde ocular. As mãos estão em contato com muitas superfícies e objetos e, por isso, há grande risco de levar para os olhos vírus, bactérias, protozoários e partículas que podem causar doenças oculares e sistêmicas. 

Além disso, ao coçar os olhos o atrito pode causar ceratocone, doença que afeta a córnea e pode alterar a acuidade visual, entre outras consequências. Há também o risco do desenvolvimento de uma ptose palpebral, lesão no músculo responsável pelo movimento de abrir e fechar os olhos, fazendo com que a pálpebra sofra uma queda, recobrindo uma parte maior da córnea.  

Em caso de coceira frequente, é importante consultar um oftalmologista para entender a causa. E mantenha sempre as mãos higienizadas. 

3. Usar produtos vencidos ou de má qualidade 

Qualquer produto que for aplicado na face, principalmente nos olhos, precisa ter uma boa procedência. A região é porta de entrada para nosso corpo, além de ser um órgão sensível. Isso vale para maquiagens, cremes e qualquer outro item de beleza ou higiene. O uso de produtos vencidos, estragados ou de má qualidade podem gerar consequências sérias, como irritação ou alergia, descamação da pálpebra, conjuntivite e blefarite, doença ocular causada por bactérias que provoca vermelhidão, ardência, coceira e sensação arenosa na vista. 

4. Usar colírios sem prescrição médica 

O hábito da automedicação é bastante presente no Brasil e os colírios são uns dos preferidos para isso, o que é muito perigoso. Um dos principais usos é para diminuir a vermelhidão dos olhos, com os colírios descongestionantes. Eles atuam por meio da contração dos vasos sanguíneos do globo ocular, fazendo com que a vermelhidão melhore. Porém, o uso frequente desses fármacos leva a um efeito rebote, fazendo com que sejam necessárias doses cada vez maiores. Isso ocorre porque os vasos sanguíneos perdem a elasticidade. 

Há, ainda, aqueles que contêm corticoide na fórmula, por exemplo, e podem até mesmo levar a um episódio agudo de glaucoma e provocar catarata precoce. 

Caso você apresente qualquer sintoma, como vermelhidão ocular de forma frequente, procure um oftalmologista. Os colírios não são inofensivos e devem ser usados sob recomendação médica. 

5. Não passar por consulta oftalmológica anualmente 

Por último, mas não menos importante, está o hábito de não procurar um médico de forma recorrente, nesse caso o oftalmologista. Costumamos buscar um especialista apenas em caso de sinais de doença ou desconfortos, mas é fundamental fazer consultas e exames de rotina. Quando o assunto é com os olhos, a falta de disciplina é ainda maior em relação a isso, principalmente quando a pessoa não tem problemas de visão, como miopia, hipermetropia e astigmatismo. 

Fazer avaliações oftalmológicas frequentemente é importante para acompanhar fatores como a pressão intraocular, identificar problemas como a catarata precoce e monitorar os níveis de miopia, que podem surgir ou sofrer alterações no caso de quem já identificou a doença.  

Reveja seus hábitos para evitar ou retardar o aparecimento de problemas oculares. 

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Entenda a relação da alta miopia com outros problemas oculares

Conviver com a miopia pode ser um verdadeiro desafio. Além das próprias dificuldades que a enfermidade ocasiona para o paciente, como dores de cabeça e o uso de lentes, assim como sua série de cuidados, o alto míope sofre também com a maior probabilidade de desenvolver uma série de doenças por conta do alongamento do globo ocular. Uma forma inovadora de solucionar essa dificuldade é a correção da miopia com lentes intraoculares ICL, que chegaram no mercado trazendo alto nível de satisfação.

Degenerações periféricas da retina

Responsável por captar e decifrar as imagens, a retina é uma camada fina que cobre todo o globo ocular, mas, a miopia é uma doença que está diretamente ligada com o alongamento dessa região. Principalmente para o alto míope, em que o alongamento é maior, a retina se torna mais frágil e fina.

Para evitar o surgimento dessa enfermidade, o ideal é focar na correção da miopia com lentes intraoculares, corrigindo o alongamento do globo e reduzindo a necessidade da retina se estirar. É necessário ressaltar que a degeneração periférica da retina ainda não há cura, entretanto o tratamento mais comum para esses casos é a fotocoagulação a laser.

Ruptura da retina

Assim como o alto míope tem maior probabilidade de desenvolver a degeneração periférica da retina, a sua ruptura também é algo que se dá diretamente pela necessidade do estiramento da membrana. Por ela tornar-se ainda mais frágil, fendas podem acontecer na retina. 

O sintoma mais comum dessa enfermidade é a visão de manchas escuras. É possível considerar que a ruptura seria como um agravamento das degenerações, tendo como uma boa forma de prevenção a correção de miopia com lentes e o mesmo tipo de tratamento indicado, a fotocoagulação a laser. 

Descolamento da retina regmatogênico

A falta de tratamento de rupturas na retina podem causar o descolamento do vítreo posterior, sendo uma enfermidade óptica grave e comum para o alto míope. 

Entre 40% e 55% dos pacientes com descolamento da retina são míopes e a consequência dessa doença é a morte celular que, em seu agravamento pode chegar até mesmo à cegueira.

Os sintomas são semelhantes ao de ruptura da retina, com manchas na visão ou flashes de luz, dessa forma, ao sentir os incômodos é necessário marcar com urgência uma consulta com o oftalmologista. 

Para a resolução do descolamento é necessária a realização de uma cirurgia de vitrectomia.

Degeneração Miópica

A degeneração miópica está diretamente relacionada ao grau do alto míope, isso porque com o alongamento do globo é possível que a retina passe por uma atrofia progressiva. O resultado desse processo é o de redução na visão, hemorragias e o desenvolvimento de membranas neovasculares na mácula.

O oftalmologista poderá prescrever o melhor tipo de tratamento para o seu caso e nível de progressão da degeneração a partir de um mapa de retina, entretanto a possibilidade mais comum são injeções intravítreas.

Glaucoma

Considerada uma doença comum, o glaucoma é uma enfermidade que precisa de um tratamento correto, pela sua capacidade de desenvolver um quadro perigoso causando até mesmo a cegueira do paciente.

O glaucoma é uma enfermidade que se dá a partir de lesões no nervo óptico, causadas pelo grande nível de pressão intraocular. Entretanto, ainda que durante muito tempo essa doença tenha sido diretamente vinculada com questões de idade, um estudo publicado na Ophthalmology afirma que míopes têm o dobro de chance de desenvolver a doença.

Para evitar o desenvolvimento dessas diferentes enfermidades, uma solução segura é a correção da miopia com lentes, como a EVO Visian ICL, que possui mais de 20 anos de pesquisas e traz a taxa de satisfação de 99,4% dos pacientes. Feita com um material biocompatível, está presente em 75 países e é uma grande aposta do mercado brasileiro. Para saber mais sobre, confira o post: Lentes de contato para alto míope: quando elas deixam de ser uma opção?

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