A vida após o implante de íris artificial

No Brasil, temos um cenário representativo relacionado aos implantes de lentes especiais, com destaque para os casos de Catarata. Isso se deve ao elevado número de pacientes com a doença e, ainda, à consequente popularidade do tema. Porém, é importante mencionar que há outros casos que demandam o implante de lentes especiais, incluindo prótese de íris artificial, anel expansor e uma série de outros insumos cirúrgicos que possibilitam melhorar a qualidade técnica para implantes e reconstrução ocular. 

Nesse contexto, destacamos o uso da íris artificial, que marca uma grande revolução na oftalmologia por viabilizar o tratamento de pacientes que antes eram tidos como casos sem solução. Benefício para oftalmologistas, que passam a contar com insumos antes não existentes para cirurgias, e para os pacientes, que com seu implante ganham tratamento, bem-estar e qualidade de vida. 

Vamos saber mais sobre isso. 

A importância do implante de íris artificial 

O uso da íris artificial foi muito esperado pelos oftalmologistas até ser homologado no Brasil. Seu implante é um recurso valioso, usado para reconstrução de casos com falta de tecido iriano, traumáticos ou congênitos (desde o nascimento), e que não podem ser recompostos somente com técnicas de cirurgia plástica.  

Os pacientes desses casos têm muita fotofobia e desconforto em seu dia a dia, com limitação para troca de ambientes de diferentes luminosidades e exposição ao sol. Assim, analisando pelo aspecto funcional, o implante aumenta muito o bem-estar dessas pessoas. E há, adicionalmente, a questão estética, pois pode haver diferença entre os olhos devido à doença e a íris artificial tem cores muitos próximas aos tons naturais, equilibrando esse aspecto.  

O olhar de um oftalmologista 

O Dr. Rodrigo Pazetto, oftalmologista da Gramado Clínica de Olhos, compartilhou a experiência positiva que teve em seu primeiro caso de implante de íris artificial, celebrando seu sucesso. “Foi realizado em um paciente que eu já acompanhava por ter sofrido um trauma, que chegou ao consultório com Afacia Traumática e Aniridia parcial, com 90% da visão comprometida. Por isso, inicialmente passou por procedimentos para recuperar sua visão e, posteriormente, foi submetido ao implante de íris artificial para completar a reconstrução de seu olho. Foi um sucesso funcional e esteticamente”. 

O paciente do Dr. Pazetto representa os inúmeros pacientes que sofrem algum tipo de acidente e, até então, não tinham alternativa para reparar as consequências estéticas. Ele feriu sua visão enquanto praticava atividade física com um elástico específico para isso e, antes da íris artificial, teria ficado com sequelas. “Tive uma experiência excelente com a solução desse caso e já tenho novos pacientes em preparo para a cirurgia de implante”, completa Dr. Rodrigo Pazetto 

Dentre os pacientes “sem tratamento” até então, estão os com Aniridia. A boa notícia é que a partir desta inovação a Aniridia tem cura, assim como tantas outras doenças que eram consideradas insolúveis. 

A íris artificial  

Como mencionado anteriormente, o implante de íris artificial é uma alternativa de tratamento para inúmeras doenças por oferecer recuperação médica e estética. Com ele, o paciente pode voltar a usar os olhos para atividades normais no dia seguinte após a cirurgia e, como resultado, há redução da sensibilidade à luz com diminuição de fenômenos fóticos, aumento da sensibilidade ao contraste e eliminação de defeitos de transiluminação. A melhora é significativa e impacta a qualidade de vida do paciente de forma muito positiva. 

Essa opção é viável a partir dos 21 anos de idade, mediante realização de cirurgia de catarata. Não há contraindicações e o pós-operatório consiste em repouso físico de 7 a 10 dias. A recuperação visual perfeita se dá em cerca de 30 dias.    

E atenção: o implante deve ser feito por profissional certificado, que também verificará se é a solução indicada. Caso ache uma opção interessante, consulte um oftalmologista e saiba mais sobre a Íris Artificial Humanoptics, prótese de íris.  

 

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Teste do olhinho: o papel do médico na orientação dos pais onde o exame não é obrigatório

O teste do olhinho é obrigatório apenas em 16 dos 26 estados do Brasil. Em locais onde não há essa obrigatoriedade, muitos pais acabam nunca sabendo da importância deste exame para um desenvolvimento saudável da visão infantil. Nestes casos, cai sobre os médicos a responsabilidade de orientação sobre o teste.

O exame pode ser realizado através do TRV (Teste do Reflexo Vermelho) ou digitalmente com a ajuda de um retinógrafo. A seguir falaremos um pouco sobre o teste do olhinho, e por que é importante para o médico orientar os pais sobre o mesmo.

A importância do teste do olhinho

A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que até 80% dos casos de cegueira infantil podem ser evitados. O descobrimento e tratamento precoce de doenças que podem levar à perda total da visão em uma criança são fatores decisivos para isso. E é justamente esta a função do teste do olhinho e o maior motivo da sua importância.

O teste do olhinho é um exame simples, rápido e indolor que pode acusar uma gama de doenças de visão em um bebê recém-nascido. Em lugares onde o exame é obrigatório, ele é realizado ainda na maternidade por um pediatra, sem necessariamente a presença de um oftalmologista.

Geralmente, o teste é feito utilizando luz vermelha direcionada ao olho do bebê e o observando o reflexo da luz no mesmo. Reflexos avermelhados indicam que a visão está saudável, enquanto que reflexos ausentes ou ofuscados podem significar a presença de alguma patologia. O bebê deve ser encaminhado a um médico especialista nesses casos.

O teste do olhinho pode detectar precocemente as seguintes doenças:

Visto que este exame simples pode detectar a presença de doenças gravíssimas – como o câncer – precocemente, é um primeiro passo importantíssimo para a saúde visual do bebê.

Além do método TRV, o teste do olhinho também pode ser realizado de maneira digital com a ajuda de um retinógrafo, um equipamento de exame oftalmológico que cria imagens em alta resolução do fundo do olho do paciente, mapeando até 130 graus do glóbulo ocular e possibilitando uma avaliação ampla do segmento posterior do olho.

Por que o médico deve orientar os pais sobre o teste do olhinho?

Na maior parte do território nacional, o teste do olhinho é obrigatório e é realizado por um pediatra logo no primeiro exame médico do recém-nascido, ainda na maternidade. Porém, ainda existem 10 estados brasileiros onde não há esta obrigatoriedade, e o exame pode acabar sendo negligenciado. Por isso, cabe ao médico orientar aos pais sobre a importância do exame.

Idealmente, o exame é feito dentro das primeiras semanas de vida do bebê, antes de receber alta da maternidade. Porém, ele pode ser realizado até os 24 primeiros meses de idade. O teste do olhinho também pode – e deve – ser repetido até 4 vezes dentro deste mesmo período.

Alertas precoces, mas não diagnósticos completos

O teste do olhinho é muito importante para apontar a possibilidade de doenças no olho da criança, mas ele sozinho não pode realizar diagnósticos completos de uma patologia, especialmente se não for realizado por um especialista da visão. O exame é apenas o primeiro passo para o cuidado da visão infantil, dando a vantagem da detecção precoce de doenças, o que aumenta dramaticamente a eficiência dos tratamentos.

Sendo assim, é importante para o médico ter acesso a equipamentos oftalmológicos eficientes para a realização deste e outros exames. Embora possa ser realizado com uma lanterna ou aparelho de luz vermelha, o uso de um retinógrafo como o Retcam garante um exame mais preciso, confiável e que também pode detectar ainda mais doenças do que o exame comum, e auxilia em diagnósticos mais precisos e completos.

 

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Óculoplasta, Dermatologista ou Esteticista: cuidados ao redor dos olhos devem ser realizados por quem?

A área da saúde é repleta de diferentes profissionais que podem ajudar a solucionar questões médicas e estéticas. Felizmente, há diversas especialidades. Porém, essa variedade pode gerar dúvidas nos pacientes sobre quem procurar em determinadas necessidades, não é mesmo? 

A saúde ocular não é diferente tanto no que diz respeito à parte clínica quando aos cuidados estéticos da região periocular. Afinal, Oculoplasta, Dermatologista e Esteticista são especialistas que podem utilizar tecnologias semelhantes para oftalmologia estética, como plasma, Ultraformer III e Agnes, em seus procedimentos. Que tal saber mais sobre isso para fazer uma escolha consciente ao buscar cuidados oculares e estéticos? Vamos juntos. 

Oculoplasta: Especialista nos Olhos e Região Periocular 

Caso não saiba o que é oculoplastia, vamos começar por aí: é uma especialização da Oftalmologia que abrange o diagnóstico e tratamento de condições que afetam as estruturas perioculares, como pálpebras, vias lacrimais e órbita. Assim, esses profissionais possuem formação médica sólida e são altamente treinados para realizar cirurgias e procedimentos específicos na região dos olhos, buscando resolver problemas funcionais e estéticos.  

O oculoplasta é a escolha adequada para pacientes que buscam soluções para questões relacionadas à saúde e estética dos olhos e região periocular. Falamos mais sobre o assunto aqui. 

Dermatologista: Especialista em Pele e Tratamentos Estéticos 

O dermatologista é um médico especializado em dermatologia, que trata problemas de pele, cabelo e unhas. Esse profissional está apto para realizar tratamentos estéticos na região periocular, como preenchimentos e procedimentos com laser, mas é importante saber que não tem o mesmo enfoque específico em problemas oculares que um oculoplasta possui, uma vez que não é especializado em cuidados oculares abrangentes. 

Se você busca melhorias estéticas na pele e na região dos olhos, um dermatologista pode ser uma boa opção.  

Esteticista: Foco em Tratamentos Estéticos 

O esteticista é um profissional que realiza tratamentos estéticos, como limpezas faciais, peelings superficiais e outros procedimentos não invasivos para melhorar a aparência da pele. Apesar de alguns desses profissionais utilizarem tecnologias como plasma e Ultraformer III em seus tratamentos faciais, é importante destacar que eles não possuem formação médica.  

Os procedimentos estéticos realizados por esteticistas podem ser benéficos para melhorar a aparência da pele, mas não se concentram em questões oculares específicas. 

Escolhendo o Profissional Adequado 

Ao considerar cuidados para a saúde ocular ou estéticos na região periocular, é essencial escolher o profissional adequado para suas necessidades. Se você está enfrentando problemas nos olhos, como pálpebras caídas, obstruções lacrimais ou outros problemas oculares, agora você já sabe o que é oculoplastia e que o oculoplasta é o especialista indicado para oferecer um diagnóstico preciso e tratamentos específicos.  

Para tratamentos estéticos mais amplos, pontos relacionados à saúde da pele e que não envolvam questões oculares específicas, um dermatologista pode ser uma opção apropriada. Já para ações mais superficiais na pele, como limpeza de pele e cuidados com acne leve, pode buscar o apoio de um esteticista. Observe que esses especialistas podem usar os mesmos equipamentos em determinados momentos, mas isso não significa que executem as mesmas funções. 

Oftalmologia estética e saúde 

A oftalmologia estética é uma área rica em possibilidades e que não para de evoluir, trazendo benefícios para seus profissionais e, principalmente, seus pacientes.  

Lembre-se de que a saúde dos seus olhos é uma prioridade e, antes de realizar qualquer procedimento, seja para saúde ou estética, é fundamental passar por uma consulta com um profissional qualificado. Certifique-se sempre de que o escolhido seja experiente, esteja devidamente certificado e ofereça um ambiente seguro para os tratamentos. 

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Cirurgias de correção de miopia vs presbiopia

As cirurgias refrativas para correção a laser, especialmente as que se popularizaram no mercado nos últimos anos, como a LASIK, têm algo em comum: a contraindicação para quem possui a córnea muito fina, condição mais comum em pacientes alto míopes. 

Mesmo para aqueles que são elegíveis para cirurgia refrativa corneana, como se sabe, por volta dos 50 anos ou até antes, pode haver surgimento da visão com presbiopia, ou conhecida como vista cansada. Então, qual melhor solução para seus pacientes?

Nova geração de lentes intraoculares implantáveis

As cirurgias a laser existentes para o tratamento de miopia, também são eficazes contra a presbiopia. O problema é que, a partir dos 40 anos, há uma natural e maior dificuldade de acomodação do cristalino, acarretando na dificuldade de correção da miopia, o que continuará a exigir uso de óculos.

Suprindo essa deficiência e também modernizando o mercado, especialmente para melhorar a visão do míope de alta graduação, gerando maior liberdade em relação a lentes de contato e óculos e maior qualidade de vida, surgiram as lentes implantáveis. A EVO Visian ICL®, uma lente intraocular fácica bio-compatível, dobrável, removível e a mais moderna tecnologia no mercado, corrige a miopia e pode ser feita em qualquer pessoa entre 21 e 60 anos, dispensando completamente o uso do óculos para alto-míopes e com uma recuperação rápida, em muitos casos, o paciente já sai enxergando logo após a cirurgia. 

Lentes fácicas, como a EVO Visian ICL® corrigem a visão com presbiopia?

Não. As lentes EVO Visian ICL® são implantadas atrás da íris e na frente da lente do cristalino, ou seja, mantendo o cristalino saudável do olho, o que continua permitido foco para perto e para longe, diferente da maioria das demais lentes implantáveis. Não obstante, elas não impedem o surgimento de presbiopia e não dispensam eventual necessidade de uso de óculos para leitura, em função da idade. Importante lembrar que a presbiopia costuma aparecer a partir dos 40 e o mais recomendado para se fazer o implante é bem antes disso, especialmente para pacientes alto míopes.

As lentes EVO Visian ICL são as únicas lentes intraoculares feitas de Collamer®, um material totalmente biocompatível, além de fácicas dobráveis minimamente invasivas certificadas pelo FDA (Agência reguladora de saúde norte-americana) como seguras e efetivas para todo tipo de miopia em adultos. Embora seja projetada para ser permanente, o procedimento é reversível. São ainda tais lentes passíveis de serem indicadas para todos que são e que não são candidatos para a cirurgia com método LASIK.

Levando ainda em consideração que a visão do míope se estabiliza em torno dos 21 anos de idade, data em que já poderá optar por uma EVO Visian ICL®, podemos considerar que os pacientes terão no mínimo 20 anos de independência total de óculos, o que é um benefício incalculável para um portador de ametropias graves.

Presbiopia em pacientes já implantados com EVO Visian ICL®

A vantagem dos pacientes já implantados com EVO Visian ICL®, que apresentem presbiopia, assim como nos casos de catarata, é que a  EVO Visian ICL® é uma lente removível. Isso significa que, seja por necessidade, ou opção do paciente, realizar cirurgia refrativa corneana ou mesmo o implante de lentes pseudo fácicas, que substitua integralmente o cristalino, isto ainda será possível. 

Deverá ser avaliado, no entanto, sempre qual o maior benefício, uma vez que muitos alto míopes não podem ser operados nas técnicas a laser e que, considerando o óculos para leitura como algo esporádico e que não limita em nada as atividades do paciente, verifique-se que o explante da EVO Visian ICL® não seria vantajoso. Notadamente, exceptuando-se os casos em que o cristalino não esteja acometido de catarata, em que se fará imperiosa a facoemulsificação. 

 

1 ano de EVO Visian ICL no Brasil

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