5 hábitos que podem acelerar problemas de visão

Um hábito é uma rotina de comportamento, algo que aprendemos e, por fazer repetidas vezes, acaba se tornando de execução automática. Muito se fala sobre hábitos saudáveis e como desenvolvê-los para beneficiar a saúde, a produtividade e o dia a dia em geral. Quem nunca viu uma dica nas redes sociais sobre isso, não é mesmo?  

Mas você sabia que um hábito também pode ser algo negativo? 

Hábitos negativos 

É isso mesmo, existem hábitos que podem prejudicar a saúde ocular, como fumar. Pode parecer óbvio, mas vale ser destacado. A parte mais surpreendente dos hábitos negativos está na dificuldade de deixá-los de lado e, principalmente, nos que não sabemos que fazem mal. Alguns deles impactam diretamente na saúde dos olhos, prejudicando a visão e causando doenças como mudanças de níveis de miopia, catarata precoce e alteração da pressão intraocular. Saiba quais são.  

1.Uso de telas por muitas horas 

Celulares, computadores e tantas outras ferramentas viraram praticamente uma extensão de nosso corpo. Mas o uso excessivo desses dispositivos demanda muito de nossa visão de perto, deixando a de longe sem uso. Isso traz consequências, como o desenvolvimento da miopia, cada vez mais comum em crianças e adolescentes. Além de estimular o desenvolvimento da doença, o hábito das telas pode alterar os níveis de miopia, aumentando o grau do paciente. 

Outros danos são causados pelo uso das telas, como o risco aumentado para o desenvolvimento da síndrome do olho seco, que é uma anomalia na produção ou na qualidade das lágrimas. Entre os principais sintomas estão ressecamento da superfície do olho, vermelhidão, ardor e coceira. 

Se não pode minimizar o uso das telas, para evitar esses problemas, descanse os olhos a cada 20 minutos (olhe para o horizonte, por exemplo) e pisque mais vezes para lubrificar a superfície ocular. 

2. Levar as mãos aos olhos e coçá-los de forma frequente 

Você já deve ter notado alguém que vive com as mãos nos olhos, certo? Fazer isso e coçar os olhos de forma frequente são um dos piores hábitos para a saúde ocular. As mãos estão em contato com muitas superfícies e objetos e, por isso, há grande risco de levar para os olhos vírus, bactérias, protozoários e partículas que podem causar doenças oculares e sistêmicas. 

Além disso, ao coçar os olhos o atrito pode causar ceratocone, doença que afeta a córnea e pode alterar a acuidade visual, entre outras consequências. Há também o risco do desenvolvimento de uma ptose palpebral, lesão no músculo responsável pelo movimento de abrir e fechar os olhos, fazendo com que a pálpebra sofra uma queda, recobrindo uma parte maior da córnea.  

Em caso de coceira frequente, é importante consultar um oftalmologista para entender a causa. E mantenha sempre as mãos higienizadas. 

3. Usar produtos vencidos ou de má qualidade 

Qualquer produto que for aplicado na face, principalmente nos olhos, precisa ter uma boa procedência. A região é porta de entrada para nosso corpo, além de ser um órgão sensível. Isso vale para maquiagens, cremes e qualquer outro item de beleza ou higiene. O uso de produtos vencidos, estragados ou de má qualidade podem gerar consequências sérias, como irritação ou alergia, descamação da pálpebra, conjuntivite e blefarite, doença ocular causada por bactérias que provoca vermelhidão, ardência, coceira e sensação arenosa na vista. 

4. Usar colírios sem prescrição médica 

O hábito da automedicação é bastante presente no Brasil e os colírios são uns dos preferidos para isso, o que é muito perigoso. Um dos principais usos é para diminuir a vermelhidão dos olhos, com os colírios descongestionantes. Eles atuam por meio da contração dos vasos sanguíneos do globo ocular, fazendo com que a vermelhidão melhore. Porém, o uso frequente desses fármacos leva a um efeito rebote, fazendo com que sejam necessárias doses cada vez maiores. Isso ocorre porque os vasos sanguíneos perdem a elasticidade. 

Há, ainda, aqueles que contêm corticoide na fórmula, por exemplo, e podem até mesmo levar a um episódio agudo de glaucoma e provocar catarata precoce. 

Caso você apresente qualquer sintoma, como vermelhidão ocular de forma frequente, procure um oftalmologista. Os colírios não são inofensivos e devem ser usados sob recomendação médica. 

5. Não passar por consulta oftalmológica anualmente 

Por último, mas não menos importante, está o hábito de não procurar um médico de forma recorrente, nesse caso o oftalmologista. Costumamos buscar um especialista apenas em caso de sinais de doença ou desconfortos, mas é fundamental fazer consultas e exames de rotina. Quando o assunto é com os olhos, a falta de disciplina é ainda maior em relação a isso, principalmente quando a pessoa não tem problemas de visão, como miopia, hipermetropia e astigmatismo. 

Fazer avaliações oftalmológicas frequentemente é importante para acompanhar fatores como a pressão intraocular, identificar problemas como a catarata precoce e monitorar os níveis de miopia, que podem surgir ou sofrer alterações no caso de quem já identificou a doença.  

Reveja seus hábitos para evitar ou retardar o aparecimento de problemas oculares. 

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Alta miopia cresce no Brasil. Saiba o que pode causar e como tratar

O nome “miopia” faz parte de nosso dia a dia, não é mesmo? Mas você sabe o que ela é tecnicamente?  

A miopia é um distúrbio visual caracterizado por um globo ocular mais longo, o que provoca a formação da imagem antes que a luz chegue até a retina. Com isso, gera a dificuldade de enxergar à distância, deixando embaçada a imagem dos objetos que estão longe. 

A doença pode atingir níveis mais graves, com casos que passam dos 6 graus de refração, o que é chamado de alta miopia. Nestes casos, os sintomas costumam se manifestar com mais intensidade. Isso gera dificuldades para a realização de algumas tarefas cotidianas, como tomar banho, cozinhar e praticar determinados esportes (futebol e natação, por exemplo). Em alguns casos, limita também o campo de trabalho da pessoa.  

Cenário preocupante: o aumento dos casos 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a miopia é um dos problemas de saúde pública que mais cresce no mundo. A projeção é de que metade da população mundial seja míope em 2050. E o mais alarmante: a alta miopia em alguns países está aumentando mais que a moderada ou baixa dificuldade de enxergar. Este é o caso do Brasil, infelizmente. Segundo a organização, a estimativa é que entre 2020 e 2040 o número global de altos míopes aumente 74%, passando de 399 milhões para 695 milhões. Neste mesmo período o número de brasileiros com alta miopia deve aumentar 84.8%, passando de 6,6 milhões para 12,2 milhões. 

 Como lidar com a alta miopia 

A alta miopia pode se desenvolver em função de componente genético, mas o aumento dos casos também tem relação com o hábito da população, que passa cada vez mais tempo em frente as telas. Para quem ainda não desenvolveu a doença, a prevenção é uma grande aliada para minimizar seus riscos, evitando a exposição exagerada a dispositivos como computadores e celulares. 

Quem já convive com a alta miopia tem alterativa. Lentes de contato são a primeira solução que o esse paciente adota para a correção da alta miopia, mas existem riscos e desvantagens em seu uso, como a possibilidade de desenvolver síndrome do olho seco e até mesmo alguma infecção ou inflamação no olho por conta da má higiene e manutenção da lente. 

Para quem já está com o grau estabilizado, a cirurgia de correção com lente intraocular para alta miopia deve ser considerada. Felizmente, o mercado brasileiro oferece opções de alto nível, como a Evo Visian ICL, que garante eficácia por conta da excelente biocompatibilidade com os tecidos do olho humano e qualidade superior de visão  

Correção da alta miopia 

O procedimento com lente intraocular para alta miopia garante mais de 90% de satisfação entre os pacientes e entrega um resultado mais efetivo e superior ao conquistado com a cirurgia convencional a laser, que muitas vezes não é possível em pacientes de alto grau. 

A cirurgia para correção da alta miopia é de rápida realização, fácil recuperação e tem como principal diferencial corrigir o grau por completo, além de durar toda a vida e ser reversível, caso o paciente queira ou tenha a indicação.  

Consulte um profissional 

Busque um oftalmologista certificado para saber mais sobre o procedimento e realizar todos os exames necessários. A cirurgia para correção da alta miopia com lente intraocular pode ser feita em pessoas de 21 a 60 anos que possuem cristalino. Sua aplicação pode corrigir a visão de pacientes com grau de dioptria entre -6 e -18. 

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Conheça os benefícios da cirurgia de catarata e saiba como se preparar

A catarata é uma lesão ocular que deixa opaco o cristalino (lente localizada atrás da íris cuja transparência permite que os raios de luz o atravessem e alcancem a retina para formar a imagem), o que compromete a visão, deixando-a embaçada.  

Ela pode ser congênita (o que é raro) ou adquirida com o passar dos anos, uma vez que sua principal causa é o envelhecimento. E sua evolução tende a ser lenta, podendo afetar primeiro um dos olhos e o outro depois de algum tempo. Assim, a dificuldade de enxergar aumenta progressivamente, evoluindo, às vezes, até a cegueira. Outros sintomas possíveis são visão dupla, sensibilidade à luz e imagens distorcidas.  

Com isso, quem tem catarata pode enfrentar dificuldade para dirigir, ler, andar e até mesmo relatar quedas frequentes e que as cores estão desbotadas.  

Cirurgia de catarata 

Felizmente há tratamento para a catarata, mas sua solução é apenas cirúrgica. O procedimento é simples, rápido e feito sob anestesia local, visando substituir o cristalino danificado por uma lente para catarata que recupera a função perdida.  

Essa lente artificial pode ser de vários tipos e corrigir diferentes problemas de visão, como implantar lentes especiais que permitem corrigir a miopia e eliminar o uso de óculos. A Evo Visian ICL, por exemplo, garante eficácia por conta da excelente biocompatibilidade com os tecidos do olho humano e qualidade superior de visão.  

O cristalino pode ser retirado inteiro ou por uma técnica chamada facoemulsificação (um aparelho tritura e aspira o cristalino), que tem a vantagem de exigir um corte menor e, em geral, sem suturas. 

Aliada contra a demência 

Além de retomar a visão, a cirurgia de catarata é uma aliada para diminuir as chances do desenvolvimento de demência em idosos. Segundo estudo publicado no JAMA Internal Medicine, idosos submetidos à cirurgia de catarata para melhorar a visão têm 30% a menos de probabilidade de desenvolver a doença. 

Isso pode acontecer, pois as pessoas que perdem a visão geralmente ficam menos ativas e, portanto, recebem menos estimulação mental. Ou, ainda, pode ser devido a um efeito que a catarata tem nas cores que atingem a retina na parte posterior do olho. 

Você tem catarata e se interessou pela cirurgia? Prepare-se! 

Antes de tudo, é imprescindível consultar um oftalmologista de confiança para uma avaliação e realização de todos os exames necessários para a cirurgia e implantar uma lente para catarata. Ao considerar uma cirurgia, pesquise bastante sobre o assunto e tire todas as suas dúvidas com o profissional escolhido.  

Outra dica relevante é conversar com quem já passou pelo procedimento, afinal é uma cirurgia que requer cuidados no pré e pós-operatório. Além disso, conhecer a experiência de outras pessoas passará segurança sobre o impacto positivo que causará em sua qualidade de vida.  

Ao partir para a ação, os preparativos serão indicados por seu cirurgião. Alguns deles são: garantir dois dias de folga antes da cirurgia e outro para a recuperação, não consumir bebidas alcoólicas 24h antes, realizar jejum de oito horas e utilizar roupas limpas e confortáveis. 

Após um breve período de observação na clínica, você poderá retornar para casa. Lá deverá descansar e não levantar pesos, evitando que a pressão ocular aumente. É comum se sentir atordoado devido à anestesia e enxergar halos e brilhos. Com o tempo, esses sintomas irão desaparecer. 

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Conheça os tipos de lentes intraoculares indicadas para casos de catarata

A catarata é uma doença indolor que afeta o cristalino do olho, causando a perda progressiva da visão. O tratamento é geralmente realizado através do implante de lente intraocular para catarata, que substitui o cristalino afetado.

A causa mais comum da catarata é a danificação natural do cristalino que acontece com o tempo, sendo mais observada em pessoas a partir de 65 anos. Porém, ela também pode ocorrer quando o cristalino é lesionado de alguma maneira – como em acidentes ou pancadas – ou decorrente de outras doenças, como diabetes, hipertireoidismo, glaucoma ou miopia patológica. A catarata congênita é o caso de crianças que nascem com a condição. Todos esses casos são tratados com o implante de lente intraocular para catarata.


Existem vários tipos de lentes que podem ser implantadas no paciente. Neste post iremos falar um pouco sobre a cirurgia para catarata e explicar quais são os tipos de lente disponíveis no mercado para o tratamento da doença.

Como é feita a cirurgia de implante de lente intraocular para catarata?

A cirurgia para catarata é um processo rápido, simples, indolor e perfeitamente seguro.

Usando um laser de precisão, o cirurgião faz um corte de no máximo 2 milímetros no centro da córnea (tecido que reveste o olho). Em seguida é usado um aparelho chamado facoemulsificador que emite pulsos vibratórios curtos. Esses pulsos quebram o cristalino afetado do paciente, que depois são retirados do olhos através de um mini aspirador.

Terminado este processo, é feito o implante da lente intraocular para catarata pelo mesmo corte em que o cristalino foi retirado. Este corte se regenera sozinho dentro de poucos dias.

O procedimento leva entre 10 a 20 minutos para ser finalizado e é totalmente indolor com anestesia local aplicada. Após a realização do mesmo, o paciente deve ficar em observação por algumas horas para assegurar que não ocorra nenhuma complicação. Ao fim deste período o paciente já é liberado para voltar para casa.

O pós-operatório da cirurgia para catarata também é relativamente simples: O paciente deve evitar apenas grandes esforços físicos e levantar pesos maiores que 5 quilos por duas semanas. Deve-se evitar nadar em piscinas, rios, praias ou frequentar saunas por um mês. Atividades como ler, assistir TV, usar o computador ou o celular podem ser retomadas no mesmo dia.

É normal que a visão do paciente fique turva após o procedimento, sintoma este que deve desaparecer sozinho depois de 5 dias.

Quais são os tipos de lente intraocular para catarata?

Existem alguns tipos diferentes de lentes intraoculares com características distintas. Cada tipo é mais indicado para certos casos, incluindo lentes que são capazes de corrigir problemas adicionais de visão, como a miopia.

Veja a seguir quais são e para que servem cada um destes tipos de lente intraocular para catarata.

Lente intraocular monofocal não-tórica

Essas são as lentes indicadas para pacientes com baixo grau de astigmatismo (menor que 1). Essas lentes, além da catarata, também corrigem baixos graus de miopia ou até 6 graus de hipermetropia.

Após o implante desta lente, pode ser que o paciente ainda precise usar óculos de perto.

Lente intraocular monofocal tórica

Estas são indicadas para pacientes que possuem graus médios ou altos de astigmatismo. As lentes intraoculares monofocais tóricas contam com curvaturas calculadas para corrigir o astigmatismo, diminuindo assim a necessidade do paciente usar óculos para enxergar à distância.

Mesmo corrigindo a visão a distâncias maiores, não é raro que o paciente ainda precise de óculos para enxergar de perto mesmo após os implantes.

Lente intraocular multifocal tórica

As lentes multifocais são as mais modernas do mercado, pois como o nome indica, possuem foco tanto para perto quanto para longe. Por isso elas são as mais indicadas para pacientes que, além da catarata, também desejam corrigir tanto a vista de perto quanto de longe.

Esta lente é recomendada apenas para pacientes acometidos com grau médio de astigmatismo. Em alguns casos, o paciente ainda pode precisar de óculos após a cirurgia.

Lente intraocular multifocal não-tórica

Assim como a outra modalidade de lente multifocal, esta também é capaz de corrigir a visão tanto para perto quanto para longe. A diferença é que a lente não-tórica é recomendada para pacientes com grau baixo de astigmatismo.

Também pode ser necessário o uso de óculos após o procedimento.

Lente intraocular multifocal acomodativa

Este tipo de lente intraocular para catarata busca emular o formato natural do cristalino. Em outras palavras, elas imitam o movimento de acomodação do cristalino, além de serem capazes de focar a visão tanto para perto quanto para longe.

Consulte o seu oftalmologista!

É importantíssimo que consulte um médico oftalmologista caso haja alguma suspeita de catarata. Apesar da doença ser indolor, e os sintomas se manifestarem logo no início, ela é uma condição progressiva que só piora com o tempo, podendo vir a causar a perda total da visão.

Segunda a OMS (Organização Mundial da Saúde), a catarata é a causadora de metade de todos os casos de cegueira no mundo todo (fonte), e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) constatou que 28,7% dos brasileiros acima dos 60 anos são acometidos pela doença (fonte).

Levando em conta que estes casos são perfeitamente tratáveis preveníveis, é de suma importância a consulta com um oftalmologista caso a pessoa tenha sintomas como visão turva/embaçada, visão duplicada, fotossensibilidade, halos em volta da luz, dificuldade de diferenciar tons de cores e mudanças muito frequentes nos graus dos óculos.

O implante de lente intraocular para catarata é seguro e pode salvar a sua visão.

É possível evitar a progressão do Ceratocone?

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